tag:blogger.com,1999:blog-46947099054575038462024-03-13T14:45:52.369-07:00amamos ler livros lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.comBlogger173125tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-55036083906148883092014-10-06T14:35:00.001-07:002014-10-06T14:35:13.722-07:00Spirit Bound - O recomeço Capitulo 2 Marcas da Vida<div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-sARmWF4fSrU/VDMLANT2ygI/AAAAAAAAA1A/7iUvZm8e5ic/s1600/cap2-SB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-sARmWF4fSrU/VDMLANT2ygI/AAAAAAAAA1A/7iUvZm8e5ic/s1600/cap2-SB.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
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<br /><br />Stan e eu caminhamos lado a lado pelo terreno escuro da academia. Já fazia tanto tempo que eu andava sozinha, que de repente pareceu ser bom ter alguém ao meu lado. Nós não dissemos muitas coisas. Eu não sabia o que dizer e provavelmente Stan também não.<br /><br /> Chegamos de volta ao ginásio algum tempo depois. Eu olhei para a multidão de pessoas e pensei em como a vida era engraçada. Alguns minutos atrás eu havia fugido de algo que desejei minha vida toda. Estranho como o valor das coisas muda. Eu ás vezes me perguntava o que eu estava fazendo naquele lugar ainda.<br /><br />– Rose! Eu sabia que você conseguiria, eu sempre soube.<br /><br />Lissa correu para mim assim que eu entrei no ginásio. Quando ela me abraçou eu me lembrei da razão de estar ainda na academia, eu estava ali por ela. A confiança de Lissa em mim era a única coisa que eu ainda tinha. Eu sorri encarando seus olhos pálidos de jade. Lissa sorriu de volta e me arrastou pelo braço.<br /><br />– Vamos, precisamos arrumar você.<br /><br />– Me arrumar? Para que?<br /><br />Lissa colocou as mãos na cintura, como se eu fosse uma anormal ou coisa parecida. Se bem que ultimamente eu me sentia mesmo, meio anormal.<br /><br />– Para a cerimônia.<br /><br />– Ah claro, a cerimônia.<br /><br />Quando os guardiões se formavam, era feita uma cerimônia especial. Uma cerimônia em que se ganhava a marca da promessa.<br /><br />Lissa me levou até o meu quarto e ficou tagarelando de um lado para o outro, como se quem fosse ser tatuada fosse ela, e não eu. Eu me limitei a ficar em silêncio e tentar salvar o que Stan não conseguiu destruir do meu rosto. Muitas camadas de corretivo depois, eu estava apresentável. Lissa prendeu meu cabelo em um coque alto, para deixar meu pescoço exposto, e me ajudou a vestir a roupa. Nada de vestido bonitos e brilhantes – alguém tinha que reformular essa história de terninho, afinal eu tenho dezoito anos! – o que nós usávamos era mesmo um conjunto de calça e blusa preta, com uma regata de decote amplo nas costas. É claro que minha amiga, princesa Lissa Dragomir, deu jeitinho de deixar minha roupa um pouco melhor, fazendo alguns ajustes em uma costureira moroi.<br /><br />Quando terminamos, eu me olhei no espelho. Lissa sorriu.<br /><br />– Fizemos um bom trabalho, hum?<br /><br />– Você sempre faz um bom trabalho Liss.<br /><br />Nós nos abraçamos por um longo tempo. Quando eu a soltei, Lissa estava com lágrimas nos olhos.<br /><br />– Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes, Rose. Eu queria tanto que ele estivesse aqui.<br /><br />Eu engoli o meu próprio choro. Okay, falar de Dimitri agora era, sem dúvida, covardia das grandes.<br /><br />– Está tudo bem Liss, vamos apenas deixar as coisas como estão.<br /><br />Lissa não insistiu. Ela sabia que eu não gostava de falar sobre o passado, ela me conhecia bem.<br /><br />Abrimos a porta do quarto, para encontrar Adrian do lado de fora. Ele estava com a mão para cima, preparando-se para bater.<br /><br />– Hey, eu pensei que estava na corte – eu disse, puxando um sorriso de canto de boca.<br /><br />– E perder isto?<br /><br /> Adrian abriu os braços, apontando para mim. Eu não pude deixar de sorrir.<br /><br />– Isto o que? Os hematomas, ou os arranhões? Ah já sei! Provavelmente você está se referindo as múltiplas escoriações.<br /><br />Adrian levou a mão ao meu rosto. Seus olhos castanhos estavam absolutamente doces e calmos. Embora ele ainda cheirasse a nicotina e whisky.<br /><br />– Você não muda, Litlle Dhampir. Você não muda.<br /><br />Eu queria dizer a ele que ele estava errado. Queria dizer que eu havia mudado muito, mas achei que não seria uma boa idéia, então eu apenas o peguei com um braço e Lissa com o outro e sai pelo corredor.<br /><br />Alberta e os outros guardiões estavam em uma fileira quase militar. O clima no salão era muito sério e formal. Assim que eu coloquei o pé no salão da cerimônia, meu coração acelerou. Uma sensação forte e confortável tomou conta de mim. Eu estava ali, finalmente. Eu havia conseguido, apesar de tudo. Hoje, eu receberia minha marca da promessa, o que faria de mim uma guardiã de verdade. Hoje, eu cumpriria a maior de todas as minhas promessas.<br /><br />Enquanto eu andava em fila junto aos outros novatos, meu coração estava em paz. Depois de muito tempo, enfim, meu coração estava em paz.<br /><br />Eu me ajoelhei em uma almofada vermelha, em frente a um moroi de cabelos grisalhos que eu nunca tinha visto. Ele começou a recitar o juramento e eu comecei a sentir minha garganta se fechando junto com cada sim que eu dizia. Cada sim que eu dizia me lembrava a promessa que eu fiz a Dimitri, cada sim me lembrava que eu ainda tinha um trabalho para fazer. Um trabalho doloroso.<br /><br />As lágrimas começaram a rolar no momento em que minha marca começou a ser feita. Não era dor, ou pelo menos, não dor física. A dor que eu sentia era na alma. É difícil explicar a responsabilidade que eu senti. Pode ser estranho para qualquer um que uma tatuagem possa mudar algo em você, mas eu nasci para isso. Receber aquela marca me transformava mais do que eu podia ter imaginado. Enquanto eu sentia a agulha arranhar a minha pele, eu me lembrei do meu instrutor. Me lembrei da primeira vez que vi sua marca. Da admiração que eu senti por suas seis marcas molnija. Eu tinha as minhas agora, e não poderia mostrar a ele.<br /><br /> Quando terminou, tudo que eu queria era sair dali. Eu queria me sentar em algum lugar e chorar. Só chorar.<br /><br /> Infelizmente, sair do salão não foi tão rápido como eu gostaria. Todos os meus amigos estavam ali, e eu pensei que se fizesse o que tinha vontade, eu estaria mais parecida com Stan do que eu poderia suportar.<br /><br /> Edie veio correndo e me pegou em um abraço apertado.<br /><br />– Conseguimos Rose! Nós conseguimos!<br /><br />O sorriso no rosto de Edie era tão sincero que eu acabei sorrindo junto. Sim nós havíamos conseguido.<br /><br />Eu deixei Edie conversando com um outro garoto louro, do qual eu não me lembrava o nome e continuei andando. Uma mão conhecida em meu ombro, me fez virar.<br /><br />– Eu estou orgulhosa de você Rosemary.<br /><br />A voz impessoal de Jeanine Hathaway. Okay, eu estava costumada com isso, mas será que ela não podia me abraçar e dizer que me amava?<br /><br />– Obrigada mãe, significa muito para mim.<br /><br />Ela sorriu e eu percebi que significava muito para ela também. Apesar de tudo, eu acho que compreendia melhor a minha mãe ultimamente. Eu continuei buscando espaço entre a multidão.<br /><br />– Procurando emprego, guardiã?<br /><br /> A voz sarcástica de Christian saiu de trás de uma pilastra.<br /><br />– Não com um Ozera – eu respondi.<br /><br />– Uh! Esta partiu o meu coração – Christian respondeu, colocando a mão sobre o peito.<br /><br />– Você tem um?<br /><br /> Ele não respondeu minha provocação, apenas sorriu.<br /><br />– Bela roupa.<br /><br />– É, eu tenho uma bela estilista.<br /><br />– Eu sei.<br /><br />Só quando ele respondeu, foi que eu percebi que tinha dito besteira. Christian e Lissa ainda não tinham se acertado e isso era muito doloroso para os dois.<br /><br />– Desculpe.<br /><br />Eu tentei concertar as coisas, e o sorriso sarcástico voltou aos lábios dele.<br /><br />– Não por isso.<br /><br /> Christian virou de costas e deu um tchau com as mãos, o que era bem típico dele.<br /><br />– Nos vemos por aí? – eu gritei para ele.<br /><br />– Sempre!<br /><br />Um pouco antes de sair pela grande porta de madeira de lei, Lissa veio me abraçar e por mais que eu tentasse disfarçar, minha amiga entendia a razão das lágrimas – Sim, eu estava chorando. Assim que virei para a porta, tornou-se impossível segurar. Ela não perguntou ou falou absolutamente nada, apenas segurou minha mão e saiu comigo da multidão.<br /><br />Lissa me deixou no quarto e voltou para festa, assim que eu disse que precisava ficar sozinha. Quando a porta se fechou, eu me livrei das roupas o mais rápido que pude e me deitei. Eu estava tão cansada que parecia que desmaiaria a qualquer momento.<br /><br />Eu fechei meus olhos e busquei Dimitri em minha mente. Não foi difícil, já que ele estava em toda ela. Eu me foquei nele. Em seus olhos e seu sorriso e seu cheiro. Ah meu Deus como eu queria sentir aquele cheiro novamente!<br /><br />Quando os sonhos vieram, eu estava na cabana. Nossa cabana. Eu estava na cama, vestindo uma calcinha e uma camiseta. E o cheiro estava lá. Aspirei o máximo que pude de ar. O cheiro dele. Estava tão perto, tão em mim. Quando olhei para baixo, eu percebi o porque, a camiseta que eu usava, era dele. Um barulho na pia, desviou minha atenção. Dimitri estava lá, usando apenas uma calça jeans, mexendo em alguma coisa. Eu não consegui desviar os olhos dele. Era ele novamente. Sua pele, seus olhos. Eu me levantei e caminhei até onde ele estava. Dimitri se virou e sorriu para mim, nada de presas, apenas sua boca, seus dentes.<br /><br />– Então você acordou, Roza? Finalmente. Eu fiz café.<br /><br /> Ele estendeu uma xícara para mim. Eu a peguei e coloquei na pia. Dimitri estranhou.<br /><br />– Não quer café?<br /><br /> Eu sorri maliciosamente para ele.<br /><br />– Talvez depois.<br /><br />Ele retribuiu a malicia do meu sorriso e me puxou em seus braços. Ah Deus, como eu estava com saudades! Minhas mãos deslizavam em seu peito nu, sentindo, tocando. Dimitri me beijou. Sua língua explorando minha boca, suas mãos explorando meu corpo. Eu podia sentir as correntes elétricas se espalhando em meu corpo.<br /><br />– Eu quero você. Eu preciso de você - Foi o que eu consegui dizer entre um gemido e outro.<br /><br />Ele não vacilou. Suas mãos desceram em minhas coxas e ele me segurou contra seu quadril. Eu agarrei em seu pescoço, puxando o mais perto. Dimitri me sentou na mesa atrás de nós e encaixou meu corpo no seu. Eu sentia seu toque em minha pele. Suas mãos percorrendo minhas costas, seus dedos acariciando meus seios. Eu podia sentir que era um sonho, mas eu não queria sair daquele lugar. Eu não queria sair nunca. Ele começou a beijar minha barriga, por baixo da camiseta e eu gemi mais. Tanto desejo, tanto tesão. Eu queria ele, eu queria mais. Deslizei meus dedos em seu cabelo, sentindo o toque suave e sedoso dele. Minha cabeça girou e de repente Dimitri não estava mais comigo. Eu estava em algum lugar estranho. Algo como uma fazenda. Uh! eu odeio fazendas! Que diabos eu estava fazendo em uma?<br /><br />– Rose?<br /><br /> A voz de Mason me assustou.<br /><br />– Pelo amor de Deus Mase, me diga que você não me tirou do meu sonho!<br /><br />– Hey, eu não chamei você aqui!<br /><br />– Não? Então me responda porque eu não estou na cabana com Dimitri e estou aqui com você?<br /><br />– Eu não faço idéia. Eu moro aqui.<br /><br />– Mora aqui? Como assim, mora aqui? Isto – eu abri meus braços, tentando dar ênfase a todo o feno e coco de cavalo que tinha no chão – é o paraíso?<br /><br /> Mason se deitou em um monte de feno e cruzou as mãos atrás do pescoço.<br /><br />– Eu gosto daqui.<br /><br />– Ótimo! Me lembre de não ir mais a igreja, assim quem sabe, eu não venha parar aqui.<br /><br /> Mason riu.<br /><br />– Uma reuniãozinha e ninguém me convida?<br /><br />– Adrian! O que você faz aqui? – eu perguntei assim que o vi.<br /><br /> Ele se aproximou, impecável, em sua calça caqui e sua camisa branca. Adrian estendeu a mão para mim.<br /><br />– Eu não consegui dar os parabéns antes, resolvi aparecer agora - seus olhos encontraram os de Mason e ele continuou – só não esperava que você tivesse companhia. Aliás, eu achei que os espíritos não pudessem se comunicar com os vivos.<br /><br />– Rose é uma shadow-kissed. E você o que quer com ela? – Mason perguntou, levantando-se um pouco.<br /><br />– Assunto particular – Adrian respondeu me puxando para perto dele.<br /><br />Impressão minha ou naquele momento eu tinha dois espíritos brigando por minha causa? Bom papai-do-céu, ou fada-do-dente, ou coelhinho-da-páscoa, sei lá. Se eu puder posso trocar os dois e voltar para a cabana? Okay, é claro que eu não posso. Eu respirei fundo e olhei para Adrian.<br /><br />– Então foi você que me trouxe aqui?<br /><br />– Sim. Não. Mais ou menos. Eu tentei entrar no seu sonho, mas não consegui, então de repente, você estava aqui.<br /><br /> Ele olhou diretamente para mim e continuou.<br /><br />– Alguma coisa me bloqueou de entrar em sua mente antes, o que foi?<br /><br />– Eu não faço idéia, o usuário do espírito aqui é você!<br /><br />– Você estava com alguém poderoso. Alguém com quem você tem uma ligação muito forte. Lissa, talvez.<br /><br />Eu tossi e pigarreei um pouco, antes de concordar. Bem, era muito melhor ele pensar em Lissa do que saber a verdade. Minha bochecha corou só de pensar.<br /><br />Mason e Adrian continuaram discutindo sobre qual dos dois tinha mais direito de estar em meus sonhos e minha cabeça estava doendo, muito. Eu dei uma sacudida, tentando eliminar as vozes, nada. Soltei hunf entre os dentes e me sentei ao lado de Mason – aquilo iria demorar – mas antes que eu soltasse meu peso, alguma coisa me espetou e eu olhei para baixo. Para a minha maior felicidade, eu ainda estava de calcinha e camiseta, o que era absolutamente constrangedor. Eu surtei.<br /><br />– Você! Eu apontei para Mason – me faça o favor de aparecer apenas quando eu estiver vestida! E você! – eu apontei para Adrian – me faça o favor de arranjar alguma roupa decente para mim em suas fantasias! E agora os dois! Me levem de volta, pelo amor Deus. Vocês estão me dando dor de cabeça.<br /><br /> Um segundo depois, eu estava em minha cama.<br /><br /> Confesso que tentei, desesperadamente, voltar a sonhar com Dimitri, mas eu não consegui. Eu estava ansiosa com o futuro e amedrontada. Como se pudesse sentir, Mason apareceu.<br /><br />– Rose, me desculpe. Eu não queria atrapalhar você, eu nem sabia que você poderia ir até lá.<br /><br />– Okay – eu respondi meio sem vontade.<br /><br />– É sério Rose. Eu não entendo bem estas coisas ainda, sabe, não fácil morrer.<br /><br />Eu pensei em dizer alguma coisa como: “E você vem dizer isto para mim? Eu estou tentando matar um strigoi que eu amo e não está dando muito certo”. Mas ao invés disso, eu disse outra coisa. Algo que convenceu ele de que tudo estava mesmo bem, porque ele parou de falar do assunto.<br /><br />– Hey, posso ver sua marca?<br /><br />– Hum?<br /><br /> Mason revirou os olhos para mim.<br /><br />– A da promessa Rose, a da promessa! Lembra? Aquela que você fez hoje!<br /><br />– Ah esta. Sim, é claro.<br /><br /> Segurei meu cabelo em um rabo de cavalo para que Mason pudesse ver meu pescoço.<br /><br />– Está linda.<br /><br /> Eu olhei pelo espelho.<br /><br />– Ah, ela inda está meio vermelha, mas vai ficar bom logo. Sabe, eu tenho ma ótima cicatrização.<br /><br /> Mason sorriu e se aproximou.<br /><br />– Não a marca sua boba, você.<br /><br />Engoli em seco. Eu não tinha menor idéia de como lidar com o flerte de um fantasma. Sarcasmo! Sarcasmo é sempre bem vindo.<br /><br />– Devem ser os hematomas, sabe, eu li que homens se sentem atraídos por isso.<br /><br /> Mason sorriu comigo.<br /><br />– Você leu? Desde quando você lê?<br /><br /> Eu me fiz de ofendida.<br /><br />– Desde sempre. Eu não sou só um rostinho bonito em um corpo super sexy, eu sou inteligente.<br /><br /> Mason segurou minha mão e olhou em meus olhos.<br /><br />– Eu amo você Rose. Sempre vou amar.<br /><br />– Mase eu...<br /><br />– Não se preocupe, eu entendo. Eu sei o quanto você o ama, eu sinto. Sempre senti.<br /><br />Mason baixou os olhos para o chão e eu me senti culpada. Culpada por usa-lo, culpada não ter conseguido protege-lo. Ele segurou meu rosto entre suas mãos frias.<br /><br />– Vou fazer o que for preciso para vê-la feliz de novo.<br /><br />Ele sorriu e eu sorri também. Era bom ter Mason de volta, por mais estranho que isso fosse. Ele soltou meu rosto de repente, ainda sorrindo.<br /><br />– Vivo na área! - E desapareceu.<br /><br /> Alguns segundos depois, bateram em minha porta. Eu não me espantei quando abri.<br /><br />– Adrian. O que você quer.<br /><br /> Ele me estudou um pouco e depois soltou um dos seus sorrisos irônicos.<br /><br />– Prefiro a camiseta.<br /><br />Olhei para baixo e percebi que eu usava minhas calças velhas de ginástica e uma blusa de algodão.<br /><br />– E você veio aqui, no meio da noite, só para me dizer isto?<br /><br />Ele entrou – Adrian nunca esperava ser convidado – e se sentou na cadeira da escrivaninha.<br /><br />– Eu vim te dar os parabéns – ele esperou um pouco para depois continuar – e, fazer uma proposta.<br /><br />– Ah uma proposta! Bem, isto muda tudo. E o que seria Adrian Ivashcov?<br /><br />– Eu vou ajuda-la.<br /><br />– Em que?<br /><br />– Em sua busca.<br /><br />Eu sabia exatamente do que ele estava falando e já estava odiando Lissa por ter contado, mas mesmo assim, me fiz de desentendida.<br /><br />– Que busca?<br /><br /> Ele suspirou fundo.<br /><br />– Seu guardião, Litlle Damphir.<br /><br />Eu fiquei muda. Se por um lado, eu não queria que ninguém soubesse, por outro, seria bom ter ajuda. Especialmente de alguém que pudesse obter facilmente favores com a rainha. Eu precisava de alguém que pudesse me ajudar com Victor.<br /><br />– E o que você quer em troca?<br /><br />– Sua garantia de que eu terei minha chance com você.<br /><br /> Eu me sentei na cama e cruzei as pernas.<br /><br />– Eu já lhe prometi isso.<br /><br />– Não Rose. Eu não quero que você me prometa nada, eu quero que pense. Por isso eu vou ajuda-la, enquanto você tiver esperanças com Belikov, você não vai poder me dar uma chance.<br /><br />– Então por isso, você vai me ajudar a mata-lo.<br /><br />– Sim.<br /><br />De repente, uma esperança brilhou em minha mente. E se desse certo? E se fosse mesmo verdade? O que eu faria com Adrian? Não era justo usa-lo, especialmente sabendo que ele realmente tinha esperanças em relação a isso. Eu suspirei.<br /><br />– E se eu descobrir que posso salva-lo. E se der certo Adrian, você sabe que vamos ficar juntos.<br /><br /> Ele olhou serio para mim, mas eu pude ver a doçura e a sinceridade em sua voz.<br /><br />– Então eu vou saber que fiz a coisa certa.<br /><br />Eu o abracei e Adrian encostou os lábios nos meus. Não foi exatamente um beijo, mesmo porque eu não me movi, mas foi carinhoso e tenho que admitir que Adrian tinha um certo charme.<br /><br />– Para a corte, então? Adrian me perguntou.<br /><br />– Sim para a corte!lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-32698178035575271872014-10-02T21:08:00.001-07:002014-10-02T21:13:19.939-07:00Spirit Bound - o recomeço / Capitulo 1<br />
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<i>Quando eu saí pela Rússia, em minha caçada pelo homem que eu amo, eu não imaginei que seria tão difícil.</i></div>
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<i><i>Não foi difícil encontrá-lo, nem me deixar cair em seus braços, mais uma vez. O difícil foi matá-lo. enterrar uma estaca de prata no coração do único homem que eu amei em toda a minha vida.</i></i></div>
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<i>Tão ficícil que eu falhei. Eu não pude completar minha missão. Agora, Dimitri é quem está me caçando e eu tenho a impressão de que isto não terá um final feliz.</i></div>
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<br style="background-color: white; color: #595959; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 22.5px; outline: none;" />
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<div class="historia resizeabletext keep_on" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 5px 8px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
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<span style="color: #595959; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
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Prólogo – A Carta<br />
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Quando acordei, a sensação era estranha. Eu não sentia dor, embora a estaca ainda estivesse em meu peito. Eu a puxei e segurei em minhas mãos. Não havia mais mágica nela, ou eu não estaria escrevendo esta carta agora.<br />
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Naquela noite, na margem do rio, eu me levantei e caminhei de volta para a casa que agora pertencia a mim. Apesar de tudo, ela havia me ajudado. Apesar de tudo, ela havia escolhido permanecer ao meu lado, ainda que não quisesse se unir a mim.<br />
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Agora, enquanto eu escrevo esta carta, a estaca de prata está em minha mão. Eu não consigo tirá-la da minha mente. Penso em como seria tocá-la novamente. Em como seria sentir seu gosto em minha boca novamente. Hoje, enquanto escrevo esta carta um pensamento faz minha boca salivar de desejo. Eu penso em como seria provar o gosto de seu sangue quente e doce, enquanto faço amor com ela. Minha. Esta é única palavra que vem em minha mente quando penso nela. Minha, minha Roza.<br />
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Nada do que escrevo aqui é mentira. Eu penso exatamente isso, eu sinto exatamente isso, e mais, muito mais. O desejo que tenho dela é doentio, eu vou tê-la novamente. Não importa o que eu tenha que fazer para conseguir, eu vou fazer.<br />
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Infelizmente, não será fácil. Eu a treinei bem. O que me consola, é que será muito interessante. Eu preciso matá-la, e eu vou. Mas antes disso, eu preciso tê-la em meus braços, mais uma vez.<br />
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Capítulo 1 – Passado Perdido<br />
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A janela do quarto estava entreaberta. Estávamos na primavera e apesar de Montana ser um lugar frio, naquela tarde o sol brilhava razoavelmente forte. Eu estava sentada na beira da janela, sentindo o sol esquentar a minha pele enquanto olhava as montanhas. O papel ainda estava amassado em minhas mãos.<br />
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Definitivamente, existe uma diferença entre cartas de amor e ameaças de morte, mas para mim, não importava muito. O que importava de verdade é que ele havia escrito. O que importava é que eram suas mãos segurando a caneta que marcou aquele pedaço de papel. Eu estava apavorada, mas eu não conseguia de deixar de amá-lo.<br />
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Enquanto o sol esquentava minha pele, meu pensamento viajou até a Rússia, até Dimitri. Eu tinha tantas lembranças. Abri o papel mais uma vez, eu já havia perdido a conta de quantas vezes o li, mas eu precisava ler uma vez mais.<br />
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Minha querida Rose, <br />
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Uma das poucas desvantagens de ter despertado é que não precisamos mais dormir; portanto nós não sonhamos mais. É uma pena porque se eu pudesse sonhar, eu sei que sonharia com você. Eu sonharia com o seu cheiro e sobre a sensação do seu cabelo negro entre meus dedos. Eu sonharia com a suavidade da sua pele e o poder seus lábios quando nos beijamos. <br />
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Sem sonhos, eu tenho que me contentar apenas com minha imaginação – que é quase tão boa quanto. Eu posso imaginar todas essas coisas perfeitamente, assim como consigo imaginar como será quando eu tirar sua vida desse mundo. É algo que eu me arrependo de ter que fazer, mas você tornou minha escolha inevitável. Sua recusa de se juntar a mim numa vida e amor eterno não me deixa outra opção, e eu não posso permitir que alguém tão perigoso quanto você viva. Além do mais, mesmo que você seja transformada contra sua vontade, você agora tem tantos inimigos entre os Strigoi que um deles iria te matar. Se você deve morrer, que seja por minhas mãos. A de mais ninguém. <br />
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Mesmo assim, eu te desejo sorte hoje enquanto você faz suas provas – não que você precise. Se eles estão fazendo você fazer os testes – e eu não tenho duvidas que eles fizeram – é uma perda do tempo de todos. Você é a melhor no grupo, e nessa noite você vai merecer sua marca da promessa. É claro, isso significa que você será um desafio muito maior quando nos reencontrarmos – o que eu definitivamente vou gostar.<br />
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E nós vamos nos encontrar de novo. Com a formatura, você partira da Academia, e assim que você estiver do lado de fora das wards, eu vou encontrar você. Não existe lugar nesse mundo que você possa se esconder de mim. Estou observando. <br />
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Amor, <br />
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Dimitri.<br />
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Eu também me lembrava exatamente de todas aquelas sensações, e de outras, muitas outras mais. Eu me lembrava da sensação do seu corpo apertado contra o meu. A suave pressão do movimento de fazer amor com ele. Eu me lembrava do calor da sua pele. Um calor que eu não sentiria mais, nunca mais. O homem que eu amava já não existia mais, ele havia se perdido em algum lugar daquele passado. E não importa o que eu fizesse, nada poderia trazê-lo de volta – ou quase nada – mas eu não estava disposta a arriscar Lissa por isso. Ela não. Eu já havia perdido muitas coisas e Lissa não entraria nesta lista.<br />
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Eu suspirei fundo, mandando aquela nova Rose de volta para dentro de mim e resgatando a garota inconseqüente, que fazia piada de tudo. Podia não ser honesto, mas era o único jeito de não enlouquecer.<br />
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Eu estava terminando de pentear o meu cabelo, quando Lissa entrou.<br />
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– Não me diga que chama isso de rabo de cavalo?<br />
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Lissa estava parada na porta, sorrindo para mim, ou melhor, ela estava rindo de mim. Okay, eu nunca fui mesmo muito boa com cabelos, para minha sorte minha herança genética sempre me ajudou. Eu sorri para ela, segurando desajeitada a escova nas mãos.<br />
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– Bem, é uma tentativa.<br />
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Lissa pegou a escova e começou a alisar o meu cabelo. Ultimamente ela tinha sido muito mais minha guardiã, do que eu dela. Eu gostava de ver como Lissa estava diferente. Eu gostava de ver tanta confiança em seus olhos e eu tinha que admitir que muito dessa mudança, eu devia a Christian Ozera. Mesmo não estando mais com ela, Christian havia mudado muito Lissa, e eu podia ver que era para melhor.<br />
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– Ansiosa?<br />
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A voz suave e carinhosa de Lissa me arrancou dos meus pensamentos. Eu queria dizer a ela o quanto eu estava ansiosa e o quanto eu estava apavorada. Ansiosa porque eu queria muito ser aprovada nos meus testes finais e finalmente poder ser a guardiã dela e começar nossas vidas. Apavorada porque se eu realmente fosse aprovada – o que Stan iria tornar bem difícil – eu teria que ser a guardiã dela e começar nossas vidas. Contraditório? Nem tanto, quando se tem um Strigoi no seu encalço. Apavorante? Absolutamente! E principalmente quando este Strigoi é o melhor, ou o pior, dependendo do ponto de vista. E mais principalmente ainda, quando você ama este Strigoi.<br />
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Eu respirei fundo mais uma vez – qualquer dia eu iria arrebentar um pulmão, ou uma costela, ou os dois – e respondi sarcasticamente:<br />
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– Bom você sabe, Stan é muito pior que um Strigoi!<br />
<br />
Lissa não riu. Ela me conhecia bem, o que ás vezes me dava medo. Ao invés de rir comigo, ela me abraçou.<br />
<br />
– Você vai se sair bem – e então, ela completou - eu tenho certeza.<br />
<br />
Eu a segurei um pouco mais, junto a mim. Lissa era meu porto seguro.<br />
<br />
– Você sempre cuidou de mim, agora eu vou cuidar de você – Lissa disse em meu ouvido.<br />
<br />
Com as últimas palavras eu tive que segurar a nova Rose para não sair de dentro de mim chorando. Eu não podia. Lissa não merecia uma guardiã fraca.<br />
<br />
– Hey, você fez um bom trabalho aqui! – eu disse, passando a mão pelo rabo de cavalo perfeito que Lissa havia feito.<br />
<br />
Ela sorriu e caminhou em direção a porta.<br />
<br />
– Bem, ninguém disse que uma guardiã tem quer ser desarrumada!<br />
<br />
– Diga isto á Alberta!<br />
<br />
– Rose!<br />
<br />
– Hey! Eu sou sincera, você sabe.<br />
<br />
Lissa revirou os olhos sorrindo.<br />
<br />
– Te vejo lá embaixo? Ela perguntou.<br />
<br />
– É claro, eu tenho um Strigoi hipotético para matar! – eu respondi dando um soquinho no ar.<br />
<br />
– Hey, Rose?<br />
<br />
Eu me virei para ela á tempo de pegar o pequeno anel de prata.<br />
<br />
– Para dar sorte!<br />
<br />
Lissa saiu e eu fiquei olhando a argola em minha mão. Sorte eu teria se meu dedo não caísse!<br />
<br />
Por mais boa vontade que Lissa tivesse, ela realmente não havia entendido bem o que colocar naqueles anéis. Meu dedo que o diga! Ele ainda tinha marcas do último.<br />
<br />
Eu fechei os olhos e encaixei o anel em meu dedo cuidadosamente. Quando ele chegou a base do dedo eu sorri – pelo menos nada estava quebrado, ou sangrando, ainda.<br />
<br />
Desci as escadas correndo. Eu estava atrasada, como de costume. Algumas coisas nunca mudam.<br />
<br />
Quando olhei o ginásio cheio, meu coração deu uma fisgada. Dimitri estaria ali, junto dos outros guardiões e com sorte, seria com ele que eu lutaria. Se eu pudesse mudar as coisas, se eu pudesse desfazê-las. Meu pensamento viajou mais um pouco, meses atrás, quando nós dois treinávamos naquele lugar. Eu o vi ali novamente, sentado em sua cadeira, com os pés apoiados na grade do ginásio, enquanto eu corria. Seu livro de Cowboy aberto, embora seus olhos estivessem em mim. Na é época eu ignorei, achei que fosse bobagem, mas hoje eu sei, era para mim que ele olhava. Se eu pudesse voltar no tempo eu teria feito tanta coisa diferente. Eu teria arriscado mais. Eu teria tirado o livro das mãos dele e o teria trazido para mim. Eu o teria beijado, muitas vezes mais. Da última vez que eu o beijei não foi a mesma coisa, não que eu não tivesse gostado, é só que, não era mais o meu Dimitri.<br />
<br />
Eu dei um pulo e agarrei alguma coisa atrás de mim.<br />
<br />
– Hey, garota me solte! Pelo amor de Deus eu só queria dizer “olá”!<br />
<br />
– Edie, ficou maluco?<br />
<br />
– Porque eu queria dizer “olá”? <br />
<br />
– Não! Por se aproximar sem fazer barulho.<br />
<br />
Edie sorriu e eu percebi que tinha sido uma idiota – okay, ultimamente isso não era tão incomum.<br />
<br />
– Desculpe, okay? Eu estava distraída.<br />
<br />
De repente os olhos de Edie se perderam dos meus. Ele os baixou para algum lugar no piso e eu sabia exatamente para onde. Não fazia muito tempo desde a morte de Mason.<br />
<br />
– Era para ele estar aqui conosco – Edie afirmou.<br />
<br />
– Sim.<br />
<br />
Pensar em Mason me deixou ainda pior. Eu sentia falta do meu amigo. Era tão fácil ser eu mesma com Mason. Ele me compreendia tanto. Eu estava pensando em como a vida era injusta, tirando de mim duas pessoas que eu amava tanto, quando Edie continuou.<br />
<br />
– Mase está melhor agora, eu sinto.<br />
<br />
E então eu me lembrei que a nova Rose estava tentando sair novamente e a puxei para dentro.<br />
<br />
– Hey! Pensei que só eu sentisse estas coisas por aqui! – eu falei dando um soco de ombro em Edie.<br />
<br />
Deve ter funcionado um pouco, porque o garoto sorriu. Edie segurou em meu braço e me levou para o lugar onde os novatos estavam.<br />
<br />
Um pouco antes de eu me sentar, Stan parou ao meu lado.<br />
<br />
– Hatway, finalmente nos deu o ar da sua graça!<br />
<br />
Bem injusto se você pensar que eu estava no máximo cinco minutos atrasada, mas vindo de Stan, era compreensível.<br />
<br />
Eu olhei para ele com meu olhar inocente, apesar de não funcionar com ele, era sempre divertido.<br />
<br />
– Bem, eu tenho uma marca da promessa para ganhar.<br />
<br />
– Veremos!<br />
<br />
Por um momento, eu pensei que talvez não fosse assim tão ruim não ser aprovada. Quem sabe eu não poderia continuar ali, na academia? Pelo menos eu não teria que lidar com meus problemas externos.<br />
<br />
Eu nem tinha me ajeitado direito no banco, quando Alberta chamou o meu nome. Okay, eu já devia esperar que eu seria a primeira, mesmo assim, me surpreendeu. Eu me levantei e caminhei para o meio do ginásio, fazendo um pouco de alongamento com meus braços. O nome que Alberta chamou depois de mim, fez meus braços caírem como pedras ao lado do meu corpo.<br />
<br />
– Guardião Alto – a voz de Alberta ecoou pelo ginásio.<br />
<br />
Ah não! Isso já era demais! Stan? Tinha que ser Stan? Engoli em seco. É claro que tinha que ser Stan. Quem mais me deixaria tão motivada?<br />
<br />
Eu olhei na fileira de guardiões nas arquibancadas e encontrei os olhos da minha mãe. Ela estava séria – o que não era novidade – e olhando para mim. Provavelmente ela e Stan haviam tramado tudo só para me fazer perceber que não importa o quanto as coisas estejam ruins, elas podem piorar.<br />
<br />
Stan entrou na arena montada para os testes e se posicionou ao meu lado.<br />
<br />
– Agora vamos ver o que o Belikov lhe ensinou.<br />
<br />
Eu não respondi. Não havia nada para dizer. As maiores lições de Dimitri eram apenas minhas. Além disso, eu não entraria nas provocações de Stan. Eu precisava me concentrar, e foi o que eu fiz.<br />
<br />
Assim que o juiz iniciou nossa luta, minha mente entrou em modo matar. Eu não era tão grande e nem tão forte quanto Stan, mas eu havia aprendido com o melhor. Se Dimitri não estaria ali para me ver, eu honraria sua memória.<br />
<br />
Meu teste final, como o de todos os novatos, era uma luta corpo a corpo. Nada de ser pego de surpresa, ou fingir que se estava lutando com Strigoi. Ali, eu tinha que vencer Stan, como em uma luta de boxe. Hum, boxe! Até que não seria tão ruim. Eu pensei isso por exatos dois segundos, foi o tempo que Stan levou para acertar o meu rosto. A mão em punho bateu no meu rosto e eu senti alguma coisa quente e pegajosa escorrer – sangue! Ótimo, nem dez minutos de luta e eu estava sangrando. Eu caí.<br />
<br />
Enquanto eu estava no chão, meus olhos encontraram minha mãe. Ela não estava torcendo por mim – ou pelo menos não visivelmente – mas eu percebi uma certa tensão nela. Expectativa? Talvez. Preocupação? Provavelmente. Amor? Nem tanto! Mas o fato é que ela estava ali, por mim. Meus olhos rodaram e encontraram Lissa. Ela estava lá, torcendo por mim, no meio da multidão. Era por ela que eu estava ali. Eu precisava vencer, eu precisava vencer por ela. E foi quando, atrás de Lissa, eu o vi novamente. A forma brilhante e esfumaçada de cabelos cor de bronze – Mason. Eu pisquei um pouco, ele não desapareceu. Eu quase sorri, mas o outro braço de Stan estava indo para minha boca, eu desviei. Mason ainda estava lá, atrás de Lissa, olhando para mim. Eu levantei e cerrei meu punho. Um soco no estômago e Stan afastou-se um pouco. Em minha mente eu podia ouvir Mason falando comigo: “Isso! Faça isso! Você precisa vencer” . Eu precisava mesmo. Não só por mim, mas por todos que eu havia perdido pelo caminho.<br />
<br />
Eu apanhei mais um pouco e tenho certeza de que meu rosto estava completamente desfigurado – o que só provava que Stan me odiava muito. Porque diabos ele só batia no meu rosto? Mas o importante é que eu acabei em cima de Stan. Montada em sua cintura, imobilizando-o completamente. Ele tentou se mexer, mas não pode. Meus olhos pararam, minha mente voou. Na ultima vez em que eu havia lutado, era Dimitri embaixo de mim. Da ultima vez, eu havia enfiado uma estaca no coração do homem que eu amava. Infeliz ou infelizmente, eu não havia completado minha missão – ele estava vivo.<br />
<br />
Quando o juiz anunciou minha vitória, eu não consegui comemorar. A nova Rose estava incontrolável e eu apenas corri. Corri como uma boba e corri exatamente como Dimitri me disse que um dia eu precisaria. “No dia em que você não puder lutar” – ele me disse – “corra!” . Foi o que eu fiz. Eu não podia lutar com minhas lembranças, embora eu também não pudesse arrancá-las de mim. Pelo menos eu podia esconde-las das pessoas.<br />
<br />
Eu só parei quando avistei a cabana. Minhas pernas falharam. Eu não conseguia voltar aquele lugar, nunca mais. Não sem ele.<br />
<br />
A grama estava seca e fofa. Eu me sentei nela, com as pernas cruzadas, escondendo minha cabeça entre elas. Fiquei ali, tentando controlar minha respiração e mandar a nova Rose para dentro de novo, quando o cheiro entrou em meu nariz. Era um cheiro gozado, de incenso e roupa velha, sei lá. O pior é que eu sabia o que significava.<br />
<br />
Desta vez ele se aproximou mais. Eu senti sua mão em meu ombro, mas não abri os olhos. Eu não conseguia definir se eu queria ou não, ver alguma coisa.<br />
<br />
– Rose?<br />
<br />
– Já faz bem mais de quarenta dias, você não deveria estar no céu, ou coisa assim?<br />
<br />
Mason retirou a mão do meu ombro e eu me senti uma estúpida. Abri os olhos e encontrei Mason ao meu lado. Sentado comigo na grama. Ele parecia exatamente o mesmo de sempre. A mesma roupa, os mesmos olhos, o mesmo sorriso. Algo em meu coração me dizia que era Mason, apenas meu amigo Mason, e que eu não precisava ter medo dele. Algo em minha razão me dizia que eu estava completamente louca e que precisava de terapia. Eu decidi ouvir o coração – como se eu nunca tivesse feito isso!<br />
<br />
– Hey Mase, me perdoe. Eu estou um pouco confusa.<br />
<br />
– Eu sei.<br />
<br />
<br />
<br />
A mão voltou ao meu ombro e eu senti a suavidade fria e quase imperceptível de seu toque.<br />
<br />
– Eu achei que você não poderia voltar – não foi exatamente uma pergunta, embora eu esperasse exatamente uma resposta.<br />
<br />
– Eu não posso – ele baixou um pouco a cabeça, desviando os olhos dos meus – mas eu não poderia deixá-la sozinha.<br />
<br />
– Hum.<br />
<br />
Foi a única coisa que saiu da minha garganta. Na verdade eu tenho certeza que pareceu mais um rosnado que qualquer outra coisa. A minha sorte é que eu não precisava mais flertar com Mason, porque certamente, foi bem assustador.<br />
<br />
– Você vai ficar por muito tempo? – eu perguntei, assim que minhas palavras retornaram.<br />
<br />
– O tempo que você precisar.<br />
<br />
– Isso pode ser muito tempo.<br />
<br />
Eu não respondi exatamente para o fantasma de Mason ao meu lado, na verdade, eu respondi mais para mim mesma. Eu não tinha idéia de como resolver toda a situação estranha em que minha vida se encontrava, mas eu sabia que não seria fácil, nem rápido.<br />
<br />
Mason sorriu para mim. Um sorriso brilhante e cheio de sentimento. Se eu não olhasse seus olhos vermelhos, eu diria que era o mesmo Mason de antes, se bem que ultimamente, olhos vermelhos não eram um problema tão grande para mim.<br />
<br />
– Então acho que vou ficar por muito tempo – ele parou e sorriu novamente – mas não agora. Você tem companhia.<br />
<br />
Não deu tempo de perguntar quem era, Mason desapareceu. Eu continuei ali, parada, olhando para o nada, ou melhor, para o tudo – nossa cabana.<br />
<br />
Quando eu conseguir ver a pessoa que sentou ao meu lado, eu quase não acreditei – Stan. Eu não fazia a menor idéia da razão que havia levado Stan até aquele lugar, e sinceramente, eu nem sabia se queria descobrir.<br />
<br />
– Você fugiu.<br />
<br />
Eu não respondi e Stan ficou em silêncio por alguns segundos.<br />
<br />
– Não se foge de uma vitória.<br />
<br />
Eu encarei seus olhos, pela primeira vez. Não que eu nunca tivesse olhado para ele, mas naquela noite, eu olhei de verdade. Stan não parecia mais tão assustador agora. Ele estava ali, sentado em minha frente, olhando para mim, tão sem jeito quanto eu. Em outra ocasião, talvez eu o tivesse ignorado. Eu podia ter feito isso, afinal o cara socou o meu rosto repetidas vezes e provavelmente levariam semanas até que eu pudesse sair na luz novamente. Eu não sei se foi o fantasma de Mason ou a lembrança da cabana, mas algo me fez ser sincera com Stan.<br />
<br />
– Eu não tenho ganhado muitas coisas ultimamente. Acho que esqueci como é.<br />
<br />
– Você venceu Hatway, como eu sempre soube que venceria – ele fez uma pausa e suspirou fundo – como Dimka sempre soube que venceria.<br />
<br />
Golpe baixo ou não, a verdade é que eu estava chorando. Não chorando de soltar coisas estranhas pelo nariz, mas meus olhos não podiam segurar as lágrimas.<br />
<br />
Stan tirou um lenço do bolso e me entregou. Eu passei em meus olhos e acabei manchando tudo de sangue.<br />
<br />
– Me desculpe. Eu prometo que lavo.<br />
<br />
Stan sorriu.<br />
<br />
– Não se preocupe, é só um lenço – ele pegou o lenço da minha mão e secou mais uma lágrima – eu queria que fosse Dimka á lhe dizer isto, mas eu sei que ele não pode, então vou dizer por ele: Estou orgulhoso de você. Nós estamos!<br />
<br />
Eu congelei. Será que as pancadas haviam sido tão fortes? Será que eu estava com uma concussão? Stan orgulhoso de mim? O cara me odeia desde... Desde sei lá quando!<br />
<br />
Não tive muito tempo para digerir o elogio, porque Stan continuou.<br />
<br />
– Eu sei o quanto é duro para você.<br />
<br />
– Sabe?<br />
<br />
– Sim, Rose. Eu sei.<br />
<br />
Rose? Alguém mais ouviu o guardião Stan “Terrível” Alto me chamar pelo meu apelido? Okay, eu devo ter batido mesmo a cabeça com força.<br />
<br />
– Eu passei por algo parecido.<br />
<br />
Deus, agora eu estava assustada mesmo. Primeiro minha mãe se preocupando comigo, depois o fantasma de Mason e por último, Stan me contando confidências! Eu só podia estar morta, ou louca, ou os dois!<br />
<br />
– Como assim?<br />
<br />
– Eu matei alguém que eu amava.<br />
<br />
Eu olhei para Stan. Seus olhos estavam perdidos no passado. Por um momento, eu senti nele a mesma dor que eu tinha. Por um momento eu pensei que talvez ele não fosse tão ruim assim, e eu pensei em quantas vezes eu quis ser durona como ele e afastar todo mundo. Eu o compreendia melhor do que imaginava.<br />
<br />
– Eu não matei Dimitri – minha cabeça pendeu para á frente – eu falhei.<br />
<br />
Eu esperei ver admiração nos olhos de Stan, esperei ver um monte de coisas, mas não o que eu vi – compreenção.<br />
<br />
– Eu sei.<br />
<br />
– Como sabe?<br />
<br />
– Seu pai me contou.<br />
<br />
Meu pai? Meu pai contou a ele? Ele sabia quem era o meu pai? Puxa a coisa só estava piorando!<br />
<br />
Eu não sabia o que perguntar a Stan. Não que eu não tivesse perguntas, o problema era exatamente o contrário – eu não sabia o que perguntar primeiro.<br />
<br />
Stan se levantou rapidamente, com desenvoltura. Enquanto eu parecia uma pata choca com todos os meus hematomas e cortes. Ele estendeu a mão para mim e quando eu a segurei, ele me ajudou a levantar.<br />
<br />
– Venha, temos uma marca da promessa para tatuar.</div>
<div style="background-color: white; color: #595959; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 22.5px;">
<spanarial ms="" sans-serif="" style="outline: none;" unicode=""><br /></spanarial></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #595959; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 25px !important; margin-bottom: 15px !important; outline: 0px; padding: 0px; text-indent: 40px !important; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #595959; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 25px !important; margin-bottom: 15px !important; outline: 0px; padding: 0px; text-indent: 40px !important; vertical-align: baseline;">
</div>
</div>
lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-81230123550156552512013-05-21T07:01:00.002-07:002013-05-21T07:14:38.439-07:00Trechos de Amos e Masmorras<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-tlBQTChmglw/UZt86753NQI/AAAAAAAAAlM/OR2IUC584HU/s1600/253233_187087314776344_1858978735_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-tlBQTChmglw/UZt86753NQI/AAAAAAAAAlM/OR2IUC584HU/s320/253233_187087314776344_1858978735_n.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">"</span></span>O respeito é básico numa relação de dominação/submissão. Nunca faça com um amo o que não gostaria que ele lhe fizesse como submissa”</b><br /><br /><b><br /></b><br />
<b>"A submissão é como uma meditação. Vendam seus olhos, sua mente está em silêncio, seu coração bate... A porta de sua rendição se abre."</b><br />
<br /><b><br /></b><br />
<b>"No BDSM, os casais são tão diferentes e tem necessidades tão díspares como pessoas existem no mundo."</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red;">“Submissa não é a que sofre mais, </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red;">mas sim a que mais deseja”.</span></b></div>
<br /><b><br /></b><br />
<b>"O amo e a submissa gravam-se um na pele do outro. Como uma tatuagem.</b>”</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">“Não
há prazer que seja mau.</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">O mau é não saber que prazeres escolher e quais
evitar”<i>.</i><i><o:p></o:p></i></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">“Em
uma sessão, o amo é um demônio e, também, um anjo”.<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">“Não
importa quão grandes sejam as lágrimas de uma submissa; </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">será amada e venerada
por como as deixa cair”.<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">"As
verdadeiras submissas, têm caráter e se zangam às vezes."<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">“</span></b><b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">Das
lágrimas ao beijo existe um calafrio”</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-hR_eDBtXJpE/UZt85Zu4KJI/AAAAAAAAAlE/AnacM2lEaac/s1600/248145_187087581442984_1866744873_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><i><span style="color: black;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-hR_eDBtXJpE/UZt85Zu4KJI/AAAAAAAAAlE/AnacM2lEaac/s400/248145_187087581442984_1866744873_n.jpg" width="282" /></span></i></a><b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">“Na
submissão e na dominação, como na vida, sempre há penalidades”.<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><i>"</i>Se
pedirem para escolher entre quatro demônios, o feio, o mau, o bom e o cara bom,
a quem escolheria? No final agarraria o cara bom… Não? Pois o mesmo com os
amos."<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">"Açoite
e chicotadas: açoitar um submisso é somente outra maneira de acariciar, tocar e
estimular à outra pessoa a níveis físicos e psicológicos."<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">"O BDSM
é uma viagem de auto-descobrimento, onde cada passo que dão juntos — amo e
submissa — devem andar na mesma direção, numa mesma vibração".<i><o:p></o:p></i></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: red; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"><u><br /></u></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: red; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;">Trechos de Amos e masmorras </span></b></div>
lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-89828785640981275142013-05-21T06:33:00.003-07:002013-05-21T06:33:17.107-07:00Livro Amos e Masmorras - Primeiro Castigo <br />
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: red;"><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;"> Amos e Masmorras </span><br /><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;">Primeiro Castigo de Cléo </span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: red;"><span style="font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="color: red;"><span style="font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span></span><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;">Espero que gostem e bem picante....</span><br /><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;">e a parte do livro que mais gosto.</span><br /><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;">Como já havia dito o livro e muito bem escrito e torna toda a experiencia que Clêo tem no mundo do BDSM em algo </span><span style="font-size: 15px; line-height: 17px;">incrível</span><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;">, que nos faz imaginar e desejar .<br />Bom mais um pedacinho do livro.<br />Fiquem a vontade e apreciem.</span></i></div>
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<b><i><a href="http://3.bp.blogspot.com/-MxoAXvJRPp8/UZt1wp-VMmI/AAAAAAAAAk0/J_c4zir4OhM/s1600/amos1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-MxoAXvJRPp8/UZt1wp-VMmI/AAAAAAAAAk0/J_c4zir4OhM/s640/amos1.jpg" width="424" /></a></i></b></div>
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<span style="font-size: large;"><b><i><span style="line-height: 27px;"> </span></i></b><b><i><span style="line-height: 27px;"><span style="color: red;">“Submissa não é a que sofre mais, </span></span></i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b><i><span style="line-height: 27px;">mas sim a que mais deseja”.</span></i></b></span></div>
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<b><i><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 17px;"><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></i></b></div>
<span style="color: red;"><br /></span><br /><br />Ela o fez, e ele prendeu correntes em seus pulsos, por cima da cabeça, e em seus tornozelos, abrindo suas pernas.<br /><br />Quando as correntes faziam clique, ele acariciava a área capturada para tranquilizá-la.<br /><br />—Vou tocá-la, Cleo - anunciou com o rosto entre sombras.<br /><br />—Sim - sussurrou.<br /><br />Lion passou a mão por cima de sua garganta e foi deslizando através de sua clavícula e seus seios. Acariciou os mamilos com os polegares, detendo as mãos ali.<br /><br />O coração de Cleo disparou, e um golpe de desejo se localizou no centro de suas pernas, formando redemoinhos por trás de seu umbigo. Mordeu o lábio inferior e fechou os olhos.<br /><br />—Gosta que a toque assim?<br /><br />—Sim, senhor. Eu gosto.<br /><br />—E eu gosto de te tocar, Cleo.<br /><br />Ela abriu os olhos e centrou sua vista nele. Lion sorria extasiado com seus seios e tinha a ponta do nariz vermelha de excitação.<br /><br />“Então, também o deixo um pouco nervoso, não é? Bem, um pouquinho não é mau”, pensou com regozijo.<br /><br />—Tenho que te disciplinar com os açoites. No torneio podem vir provas de todo tipo se não encontrarmos antes os cofres; e poderíamos nos ver obrigados a empreender algum duelo. Um duelo poderia ser o de conter o grito durante o açoite, o de contá-lo, ou o de não gozar ou não chorar… E terá que ter muito autocontrole.<br /><br />—Poderia gozar pelos açoites?<br /><br />—É óbvio —respondeu— Talvez hoje não, porque vai estar muito preocupada em pensar se dói ou não. Misturarei os açoites com as carícias, a estimularei e acalmarei. Quero que se familiarize com os golpes e quero comprovar qual é sua área mais sensível, está de acordo?<br /><br />—Sim — disse decidida.<br /><br />—Primeiro vou prepará-la na frente, e depois o farei por trás. Não uso chicotes porque são muito dolorosos e podem chegar a cortar a pele. No torneio, as Criaturas utilizam chicotes para castigar; mas são amos muito versados nessas práticas e sabem que não podem cometer enganos e machucar de verdade uma submissa.<br /><br />—Me dão medo as Criaturas.<br /><br />Lion assentiu.<br /><br />—Não tem que temê-las. Além disso, faremos o possível para não cair em suas garras.<br /><br />—Bem.<br /><br />—Os instrumentos que usar pode despertar muitas sensações em você. Se tiver que gritar, faça, Cleo. Se tiver que chorar, chore. E, se não aguentar, recorde a palavra de segurança.<br /><br />—Scar.<br /><br />—Isso. —Voltou a passar os polegares pelos mamilos e logo deslizou os dedos por sua cintura, suas costelas e depois os quadris. Ficou com os olhos cravados em sua vagina e levou os dedos até lá para abri-la com cuidado.<br /><br />Oh, meu Deus. Só queria vê-la; não a acariciou por dentro nem penetrou os dedos em nenhum lugar. A abriu como se fosse um pêssego para observar sua cor e textura. Mas ela sentiu que umedecia e que começava a palpitar.<br /><br />—Tem uma cor muito rosada. Quando o sangue se acumular aí pelos açoites e palmadas, inchará e passará ao vermelho raivoso. Se tornará muito sensível. Os açoites nesta área servem para que o sangue bombeie nos pontos sexuais e seja plenamente consciente deles. Quando estiver preparada, poderia chegar ao orgasmo só com um sopro —assegurou acariciando-a levemente—É muito bonita, Cleo. —Elogiou-a com tato e cuidado.<br /><br />Ela inspirou profundamente quando parou de tocá-la e exalou com um obrigada afogado.<br /><br />—Vamos começar —disse agarrando um flogger de várias caudas. — A primeira coisa que tem que fazer é não pôr etiquetas ao que está sentindo. Sei que é angustiante estar atada e imobilizada sabendo que alguém vai golpeá-la, mas sou eu: sou Lion. Cortaria uma mão antes de machucá-la de verdade. Assim — sopesou o peso das extremidades e as analisou com atenção. — Não etiquete. Não há dor. Não há prazer. Há algo muito mais poderoso e potente que isso. —Deixou que as caudas do flogger acariciassem seu torso e passassem por cima de seus mamilos. Estes reagiram e ficaram arrepiados.<br /><br />— Isso. Responde muito bem, Cleo.<br /><br />—Ah… Obrigada, Senhor.<br /><br />—O que vou fazer com você, tudo o que vai sentir pode parecer doloroso; mas é dor para conseguir um prazer sublime. A dor não é o fim dos açoites: é o meio para fazer que voe. Uma sessão de BDSM, um castigo, não tem por que te aterrorizar. Pode pensar nisso como uma cena de filme de suspense em que não sabe o que vai acontecer. Sentirá um golpe, e depois, na mesma área, dois beijos ou duas lambidas; um açoite, e depois uma carícia reconfortante. E a soma de tudo isso, a soma de sentimentos e do grande contraste da dor e do prazer é o que faz do BDSM algo tão incrível. Sexo bestial e doçura infinita, suavidade e dureza, inferno e céu… Imagine uma discussão e depois quão incrível é a reconciliação. Aqui é o mesmo: depois que a flagelam ou a castigam, o melhor é que cuidam de você e a mimam. —Inclinou-se sobre ela e lhe deu um beijo fugaz nos lábios. — Vou cuidar de você, meu bem.<br /><br />Antes sequer que Cleo pudesse saborear e entender o motivo desse beijo, chegou a primeira carícia vertical das extremidades do flogger. Golpeou-a sobre o estômago, aproveitando seu próprio peso para que as estremidades não se enredassem e fossem todas na mesma direção.<br /><br />Cleo se esticou e com as mãos se agarrou às correntes.<br /><br />Primeiro chegou um e depois outro e outro e outro… Chegavam a grande velocidade e impactavam sobre a pele nua da jovem, que apertava os olhos com força e punha todo o corpo em tensão<br /><br />—Não gosto dos vergões, nem marcas na pele, nem cortes… Os sádicos, não os amos que gostam da dominação e da submissão —esclareceu, — abusam dos chicotes — Zás!, no seio esquerdo, — inclusive dos floggers com objetos cortantes. — Outro zás no outro seio. — Mas os sádicos têm outra psique e gostam de infligir dor por dor. A mim não.<br /><br />Cleo estava tremendo, aguentando as sensações tão facilmente como podia. Lion parou, e agora sentia como a pele atiçada formigava e esquentava. E, então, chegou outro tipo de golpe sobre suas coxas. Um igualmente estimulante.<br /><br />A pele picava e não sabia se o que estava experimentando era dor ou prazer.<br /><br />Depois de trabalhar suas coxas, Lion subiu o flogger de novo sobre o estômago; e então chegou o primeiro raio de dor forte quando as caudas foram parar em sua virilha.<br /><br />—Oh, meerda! —exclamou ela apertando os dentes.<br /><br />—Doeu este, Cleo? Assim?<br /><br />Ele fez de novo: e Cleo saltou da maca-mesa ao sentir o açoite na vagina.<br /><br />Mas quando a sensação picante desaparecia, ficava de novo aquela estranha estimulação em toda sua pele, como se alguém a tocasse, mas sem tocá-la. E se sentia arder.<br /><br />—Aguenta, Cleo. Isto é somente para te preparar. É um aquecimento. —centrou-se de novo em seus seios e passou de maneira continuada as caudas do flagelador como uma carícia sussurrante, para logo voltar a começar.<br /><br />Esteve longos minutos trabalhando sua parte dianteira, até que toda sua pele estava vermelha devido à estimulação.<br /><br />—Deus… É tão bonita.<br /><br />Cleo não podia falar. Estava convencida que seu cérebro estava fritando. O que acontecia com seu corpo?<br /><br />Acaso queria mais? Não podia ser…<br /><br />Ele acariciou seu rosto e retirou a vermelha franja de seus olhos.<br /><br />—Faz que queira fodê-la agora mesmo, Cleo. Está se entregando para mim. — Colocou a palma da mão sobre sua vagina e a deixou ali, sem mover os dedos. — Nota? Está umedecendo, querida.<br /><br />Estava se entregando a ele? O que acontecia era que estava ardendo como um maldito vulcão. Não queria que parasse de tocá-la. Não queria que afastasse a mão dali.<br /><br />—Lion…<br /><br />Zás! A primeira bofetada com a mão aberta sobre seu sexo: spanking vaginal; e deixou a mão ali, retendo todo o calor.<br /><br />Saltaram lágrimas dela, mas, incompreensivelmente de novo, desejou muito mais.<br /><br />—Como me chamo?<br /><br />—Senhor.<br /><br />—Sim, assim é —passou os dedos pelos lábios do seu sexo, mas não fez nada mais. — Boa garota.<br /><br />Sem saber muito bem como, Lion a liberou das correntes e a virou como um frango; ficou de barriga para baixo sobre a mesa. Ele a aprisionou outra vez e começou a flagelá-la tal e como fez com sua parte dianteira. O fazia num ritmo e velocidade que continham uma força hipnótica. Não forte, porque aquele não era o castigo principal, mas sim com suficiente pressão e cadência constante para que sua pele se preparasse.<br /><br />—Deus —gemeu Cleo, colocando o rosto para o lado contrário de onde ele estava. Ardia-lhe a pele, certamente que a estava irritando; mas seu corpo mergulhava numa hipnose provocada pelo contato das extremidades, por como alternava um golpe e outro: um mais forte, outro mais frouxo, um mais suave… Depois parava e passava as mãos por cima da área torturada, como se a quisesse consolar e acariciar, pedindo perdão pelo castigo que estava infligindo. E ela, nesse momento, sentia vontade de chorar. Mas não o faria. Devia ser forte.<br /><br />—No torneio só eu a tocarei. Não vou deixar que ninguém se aproxime, Cleo. Para isso devemos ser os mais rápidos em encontrar os cofres; e, se não o fizermos, temos que ganhar os duelos. Mas se em algum momento tiver que enfrentar às Criaturas ou ceder ao que o Amo do Calabouço ou Uni exijam, tem que se preparar para qualquer coisa — Zás! Um açoite entre as nádegas que fez que sua linda pele se avermelhasse. — OH, gatinha… Veja. — Passou as mãos por seu traseiro e se inclinou para lhe dar um beijo.<br /><br />—Lion? —soluçou ela muito necessitada dessa boca.<br /><br />Zás! Um açoite com a mão aberta.<br /><br />E ela se queixou pelo contato.<br /><br />—Senhor!<br /><br />Esfregou a área em que deu a bofetada e se inclinou de novo para beijá-la.<br /><br />—É muito importante que nos castigos nunca pronuncie meu nome. Pense que você e eu temos outras identidades, e que essas serão as oferecidas aos organizadores do torneio. Um engano desse tipo chamaria muito a atenção dos Vilões.<br /><br />—Sim, senhor.<br /><br /><br />—Já está preparada para seu castigo.<br /><br />Desencadeou-a e a deixou sentada de novo sobre a mesa-maca. Com o flogger na mão ainda, retirou seu cabelo do rosto e pôs uma mão de cada lado de suas pernas, sobre o suporte, de modo que a deixou presa entre seu corpo e a maca, nua, afetada pelos açoites e vermelha como um tomate.<br /><br />Cleo nunca foi tão consciente de seu corpo como nesse momento.<br /><br />—Deixa-me louco que confie em mim desse modo, Cleo.<br /><br />—Ob... Obrigada, Senhor.<br /><br />—Está indo muito bem em seu papel, não é, bonita?<br /><br />Lion retirou o cabelo vermelho e úmido pelo suor do seu rosto. Encostou sua testa à dela e a olhou nos olhos. Ansiava beijá-la.<br /><br />Mas não queria confundí-la nesse momento; como tampouco ele queria se confundir.<br /><br />—Me olhe.<br /><br />Cleo levantou a vista, confusa. Não sabia como devia se sentir, mas se sentia tão bem e descansada… Tão ativada.<br /><br />Lion a agarrou nos braços e a deixou em frente ao seu punching bag.<br /><br />—Coloque suas mãos no saco, Cleo, e segure.<br /><br />O olhou por cima do ombro.<br /><br />Não se sentia tão desorientada para não o advertir com seus olhos, muito verdes, o que aconteceria se a machucasse de verdade.<br /><br />—Disse que confiava em mim — a recriminou, captando a mensagem desse olhar— Olhe para a frente.<br /><br />—Sim, senhor. —Ela mordeu a língua e esperou paciente que chegasse o golpe.<br /><br />—Quero que você mesma aceite a dor voluntariamente. Por isso não a amarro.<br /><br />—Bem. —Cleo se posicionou melhor para receber o castigo.<br /><br />—Deve se manter quieta, sim?<br /><br />—Sim, senhor.<br /><br />—O início da dor vai crescer porque liberou muitas endorfinas, e por isso é mais difícil que saiam hematomas. No pré-aquecimento, as carícias servem para que as endorfinas se<br /><br />se acumulem na pele. Está vermelha e abrasada, querida. Vou golpeá-la num ritmo lento para que tenha tempo de absorver cada golpe e antecipe a sensação do próximo. Ontem me ofendeu três vezes. Serão cinco chicotadas por cada ofensa.<br /><br />—Quinze, senhor? —perguntou estreitando os olhos e desejando que a tocasse de uma vez: não importava se vinha um açoite, uma bofetada ou uma carícia.<br /><br />Queria que continuasse estimulando-a, não queria esfriar.<br /><br />—Uma, quando me disse que queria outro amo, quando o que eu pretendia era te proteger de cair nas mãos erradas; a segunda, quando insinuou que não me preocupavam suas necessidades, quando a domesticação de ontem a preparava para mim; e a terceira, quando disse que não era irresistível, quando Cleo —se aproximou dela e sussurrou ao ouvido, — vejo o brilhante que está entre as pernas, gatinha. E é pelo muito que gosta do que faço. Mas vamos acrescentar cinco mais.<br /><br />—Por que?! —replicou.<br /><br />Ele permaneceu em silêncio durante uns segundos. Essas respostas mereciam outro castigo, mas esperaria que Cleo se dessa conta que não devia falar com ele assim.<br /><br />—Senhor? —perguntou sem entusiasmo.<br /><br />—Por insinuar que Clint morreu por minha culpa e que minha incompetência fez que sequestrassem Leslie.<br /><br />Aquelas palavras a afundaram. Era verdade que disse isso e se arrependeu imediatamente, mas não pediu perdão ainda. Como se atreveu a atacá-lo assim?<br /><br />—Está pronta? —Acariciou sua nádega esquerda e a beliscou suavemente—Está ardendo.<br /><br />—Sim, senhor —respondeu com um fio de voz.<br /><br />—Vai contar em voz alta as chicotadas. Tenho um chicote de nove caudas nas mãos, Cleo. Isto vai doer um pouquinho mais. —Usou a velocidade e o peso do chicote para golpear sobre suas nádegas, fazendo alavanca com seu braço e o cabo.<br /><br />O som das caudas cortando o vento podia ser atemorizante, mas era mais espetacular escutar como açoitavam a pele.<br /><br />—Um! —gritou Cleo cravando os dedos no saco de boxe. Deus… Como ardia. Depois de dez segundos, chegou o segundo contato, na mesma área, entre as nádegas— Doooiiis! —exclamou cravando os pés na grama para manter a postura. Os golpes cada vez eram mais fortes, mas iam mudando de lugar para não fazer muito dano. O três e o quatro alcançaram a área traseira das coxas. O cinco e o seis golpearam a parte baixa das costas. A pele do traseiro doía e ao mesmo tempo picava. Não sabia se queria se coçar, esfregar ou que continuasse a golpeando. O sete e o oito caíram de novo sobre as nádegas. Não. Não queria que continuasse batendo nela. Ou sim? Aquilo era muito confuso. — Nove! Dez!<br /><br />Lion sabia que Cleo aguentaria com isso e com mais. Era a mulher mais forte, obstinada, valente e entregue que jamais conheceu. Mas devia aprender a suportar isso com ele, pois seria ele quem jogaria com ela no torneio. A jovem tremia e se apoiava no saco, quase se abraçando a ele.<br /><br />—Doze! Treze!<br /><br />As exalações e os ruidinhos indefesos de Cleo percorreram a alma de Lion.<br /><br />Era por ela que estava ali.<br /><br />Era por ela que cuidava de Leslie.<br /><br />Não o contrário.<br /><br />Entenderia isso algum dia? Como ia saber se nunca disse nada a ela?<br /><br />—Dois mais, gatinha!<br /><br />—Dezenoooveee! —gritou grunhindo.<br /><br />As extremidades da última chicotada a pegaram de repente nas bochechas avermelhadas das nádegas e a agente caiu, cansada de seu próprio exercício. — Vinte… vinte… Deus… — soluçou — Vinte! — deixou-se cair no chão, mantendo-se abraçada ao saco, completamente abandonada.<br /><br />Lion atirou o chicote no chão e pegou Cleo nos braços, embalando-a contra ele, consolando-a com seu corpo e sua pele.<br /><br />Cleo nem sequer se atreveu a fugir.<br /><br />Aquilo era um castigo de BDSM; e sabia que ardia seu corpo, era consciente da reação de sua psique pela representação da flagelação, mas não entendia a outra sensação que se estendia sob sua pele.<br /><br />—Venha aqui, querida. Fez isso tão bem… — a felicitou. — Agora me deixe cuidar de você.<br /><br />—Não… Deixe-me em paz.<br /><br />—Chist, Cleo. —Olhou-a nos olhos e caminhou com a jovem nos braços até sentar na poltrona de vime, com ela montada sobre suas pernas. —Sei que agora não sabe como se sente. Mas também sei que, na realidade, de verdade, não foi dor que sentiu. —Seus peitos nus se colaram um no outro. Lion a beijou na cabeça e na têmpora, depois pelas bochechas… Também passou as mãos pelas costas e nádegas para consolar sua aflição e sua ardência. Cleo se abraçou a ele, sem pedir permissão nem chamá-lo de senhor. Apoiou sua cabeça sobre seu peito e permitiu que lhe desse o calor que precisava. Carinho. Só queria carinho.<br /><br />“Console-me, por favor”, dizia em seu interior.<br /><br />—Sinto muito. Sinto o que te disse — gemeu sobre ele. — Não acho que teve culpa de nada… Fui horrível. Fui uma vadia má. Perdoe-me. Você perdeu seu melhor amigo no caso e eu…<br /><br />—Chist. Está bem, querida…<br /><br />—Não, Lion —o chamou por seu nome, mas nem se importou. Segurando-o pelo rosto, disse: — diga que me perdoa, por favor…<br /><br />—Sim. Claro que sim —Seus olhos azuis se impregnaram por tão bonita e viva que estava.<br /><br />—Perdão —soluçou, abraçando-o.<br /><br />Lion a acalmou e mimou, feliz por tê-la assim. Era a primeira vez que Cleo não o olhava mal, nem lançava uma palavra venenosa, nem ria dele…<br /><br />Agora era acessível. E terna.<br /><br />—No começo —explicou ele, — quando sente que gosta do que te fazem, sente-se desorientada. Mas, na verdade não é dor, não de verdade — explicou ele beijando-a no ombro e massageando suas carnes doloridas. — É uma dor prazerosa. —Segurou seu rosto entre as mãos e o ergueu um pouco para que ambos ficassem cara a cara. —A gente chora e se limpa. É como uma catarse. E há outros que acabam destruídos depois de uma sessão de BDSM, que ficam deprimidos por alguns dias. Tiram tanta merda e se esvaziam tanto que não sabem dar nome à paz interior que sentem.<br /><br />—Estou bem. Só… Só dolorida. —Secou as lágrimas com o dorso das mãos. Dolorida prazerosamente. Sentia-se ardida, mas também muito, muito sensual e acesa para qualquer coisa.<br /><br />—Estou bem<br /><br />—Ouça… Antes me beijou. Me deu um beijo. —O recriminou. — Podemos nos beijar quando bancamos os personagens de amo e submissa? Isso está bem? —perguntou insegura.<br /><br />Lion sorriu ao ver que ela voltava a ter lágrimas nos olhos; mas eram lágrimas purificadoras. As limpou sorvendo-as com os lábios.<br /><br />E ela ficou estática ao se dar conta que Lion cumpria suas promessas:<br /><br />“Quando chorar, beberei suas lágrimas”.<br /><br />—Para mim sim. Se preciso fazer, faço —explicou ele. — Queria te beijar, Cleo.<br /><br />—Precisava me beijar?<br /><br />—É uma submissa muito especial, e muito sexy —murmurou sobre sua bochecha. — Entregou-se a mim, Cleo. É óbvio que queria te beijar. E a beijarei sempre que me agradar.<br /><br />—Porque você diz?<br /><br />—Porque eu digo.<br /><br />Ela deixou cair os olhos e voltou a se apoiar sobre seu peito. Não ia falar disso com ele; os beijos sempre eram algo mais. Se tinham que se beijar, se beijariam de novo, mas dessa vez ela tomaria o controle, não a pegaria de surpresa.<br /><br />—Foi tão intenso… —murmurou sobre sua pele— Minha pele arde, arde em mim lá embaixo, e meu traseiro… Meu pobre traseiro — choramingou entre risadas. — O deixou como um tomate, selvagem.<br /><br />Lion começou a rir.<br /><br />—Ontem me ofendeu. Como submissa no jogo, deverá acatar os castigos, e lembre que haverá gente nos observando. Não poderá me ofender e permanecer impune. Tem que aprender a agir como se requer no torneio.<br /><br />—Sei. — gemeu ao sentir que a pele da virilha se ressentia ao roçar contra… OH, certo!— Ups…<br /><br />—Oh! —Lion sorriu abertamente e olhou abaixo—Está acordado desde que chegou ao jardim.<br /><br />Cleo engoliu saliva. Sim, já tinha se dado conta que Lion quase sempre estava preparado.<br /><br />—Dói? —perguntou ele.<br /><br />—Onde? —perguntou ela.<br /><br />—Aqui. —Lion deslizou a mão entre seus corpos e cobriu seu sexo com a mão.<br /><br />A jovem se sobressaltou, mas ele a manteve em seu lugar.<br /><br />— Sabe o que acontece aos homens depois de uma situação de risco?<br /><br />—O que?<br /><br />—A adrenalina e as endorfinas se aglomeram em nossos órgãos sexuais e nos deixa duros.<br /><br />—Como agora. —Arqueou uma sobrancelha vermelha e gostou de sentir a mão de Lion acalmando seu lugar mais íntimo.<br /><br />—É o mesmo que acontece com as mulheres. Mas vocês incham e umedecem. —Lion deslizou um dedo por sua fatia ardente e inflamada e se encontrou com a suavidade e a excitação de Cleo. — Como agora.<br /><br />—Isto também é instrução ou pode se considerar apalpar discretamente?<br /><br />—Isto faz parte da sua disciplina. Vamos fazer tudo que nos compete representar em Dragões e Masmorras DS.<br /><br />Cleo estava hipnotizada pela expressão de Lion. Parecia que estava tocando um pedacinho do céu.<br /><br />—E o que vai fazer a respeito, senhor? —Ela fechou os olhos e se agarrou aos seus ombros.<br /><br />—Depois do açoite, vem os carinhos, querida.<br /><br />Lion a elevou e a sentou sobre a mesa de vime, com cuidado de não roçar muito a pele flagelada.<br /><br />—Se abra e me mostre como é aí, Cleo.<br /><br />—Saiba que não faço isso com todos. Só estou fazendo porque o FBI me ordenou.<br /><br />Lion lhe deu uma bofetada no interior da coxa esquerda.<br /><br />—Sou o único a quem deve obedecer, descarada. Agora, se abra.<br /><br />Ela não estava em situação de contrariar ninguém, e desejava como uma louca que ele a acariciasse. A tinha estimulado de um modo muito selvagem, e agora não havia nada que pudesse acalmá-la a não ser que a levasse ao êxtase. Jamais imaginou que as surras sexuais podiam excitá-la até esse ponto. Mas seu corpo saltava com desejo de começar.<br /><br />E se eram amo e submissa, deviam representar o papel à perfeição.<br /><br />Ia se jogar em Lion.<br /><br />Ou seria ele quem se jogaria sobre ela?<br /><br />Que importância tinha? Queria uma maldita gratificação por suportar o castigo.<br /><br />Abriu as pernas e apoiou os pés, com fibras de grama, na mesa escura de vime.<br /><br />—Está… —Lion ficou sem voz e aproximou a cadeira da mesa, de modo que o sexo de Cleo permanecia aberto diante de seu rosto. Estava vermelho e, também, inchado.<br /><br />Mas o que mais estava era úmida. Sua vagina tinha fome e resultava que ele também. Com as mãos, manteve suas pernas abertas e a obrigou a se estirar em cima da mesa.<br /><br />—O que deseja? Minha língua ou meu pênis? Decide, porque agora só terá um deles.<br /><br />O que disse? Cleo fechou os olhos e colocou o antebraço sobre eles. Com a outra mão se ergueu um pouco para segurar sua cabeça e a guiar até a área que chorava pelo castigo e por ele.<br /><br />Ele riu e com um grunhido disse:<br /><br />—Sim, eu também. Quero te comer. — Abrindo a boca abrangeu todo seu sexo de cima abaixo e começou a lambê-la como se fosse um doce.<br /><br />Foi muito rápido e fulminante. Sentia-o muito intenso.<br /><br />Notou sua língua e boom!, Cleo se elevou ao sétimo céu, gozando numa velocidade vertiginosa.<br /><br />Lion assentiu orgulhoso dela e satisfeito por sua resposta, enquanto continuava a beijando e lambendo.<br /><br />Aparentemente, acreditava que era o fim do mundo, e que ela era um maldito salva-vidas. Capturou suas pernas com força e começou a sugá-la de cima abaixo. Golpeou o clitóris com sua suave língua e depois a penetrou em sua cavidade.<br /><br />As paredes de Cleo se estreitavam e tremiam, sob sua inspeção.<br /><br />—É muito gostosa… —murmurou sobre sua entrada.<br /><br />Cleo sentiu a voz do amo entrar por seu útero e chegar ao estômago, reverberando como um eco em seu interior. Gozou uma vez e gozaria outra mais.<br /><br />Balançou os quadris para cima e para baixo e deixou cair o pescoço atrás. Nunca se sentiu assim. Teve sexo oral outras vezes, mas Lion era…, era… Não tinha palavras para descrevê-lo. Talvez os açoites a houvessem hipersensibilizado, mas, depois da surra, notar algo tão suave como sua língua, tão flexível e elástica, e com essa textura tão especial, a deixou louca.<br /><br />Agarrou-o pela cabeça com as duas mãos e o manteve no lugar que ela precisava.<br /><br />Lion não se moveu dali. Fustigava-a com sua língua e os lábios e depois a mordia carinhosamente com os dentes; absorveu seus lábios exteriores, primeiro o direito e depois o esquerdo e, em seguida, começou a fazer o mesmo percurso desde o início.<br /><br />Tinha tudo estudado. Queria a martirizar.<br /><br />Foi numa das profundas imersões de sua língua que Cleo voltou a gozar em sua boca; enquanto ele continuava a mimando como somente um amo podia fazer depois de um castigo.<br /><br />Se essa era a recompensa por sofrer sua disciplina, esse mesmo dia lhe diria que era feio, vesgo e um nazista pelo menos vinte vezes.<br /><br />Mas seus cuidados não acabaram aí.<br /><br />Depois de gozar uma vez mais, Lion pegou o que restava dela e colocou ambos na jacuzzi. A água estava fria, assim ativou as borbulhas e colocou Cleo entre suas pernas para lhe dar uma massagem cheia de sabão sobre os ombros doloridos e as costas irritadas.<br /><br />Permaneceram em silêncio enquanto ele cuidava dela.<br /><br />—Obrigada, senhor — disse realmente agradecida.<br /><br />Lion a beijou na nuca e passou as mãos pela parte baixa de suas costas para logo percorrer as nádegas com os dedos.<br /><br />—Como está seu traseiro?<br /><br />—Melhor. A água me acalma.<br /><br />—Acrescentei sais de banho calmantes. Depois, quando sairmos daqui, farei uma massagem com uma loção especial para que sua pele se restabeleça. É feita de folhas de carvalho.<br /><br />—É um detalhista —sussurrou fechando os olhos. — Também sabe fazer massagens, senhor?<br /><br />—Sei fazer de tudo —murmurou brincalhão. — Já sei como está seu bumbum... E você, Cleo, como está?<br /><br />—Mmm… Incrivelmente bem. É como se tivesse corrido uma maratona. Agora me sinto tão cansada e maleável… —suspirou. — Mas feliz. Isto de ter um amo não é má ideia — brincou com a água entre seus dedos. — Poderia deixar que me castigassem, se depois tenho tudo isto.<br /><br />Um pensamento cruzou a mente de Lion.<br /><br />Cleo estaria com ele como amo enquanto durasse a missão. Os supervisores concordavam que o modo de finalizar o caso era no torneio, uma vez que entrassem no círculo dos Vilões; mas isso implicava que ficariam juntos só até a conclusão do caso. Não gostou do comentário de Cleo. Sugeria que ela pudesse escolher outro amo depois que tudo acabasse.<br /><br />Com amargura disse:<br /><br />—Há castigos que não têm recompensa. Há castigos disciplinadores que não acabam em orgasmos. Mas prefiro que acabem assim. É muito melhor para ambos.<br /><br />Cleo se apoiou sobre seu peito. Estava bem e era correto estar assim com ele.<br /><br />Ambos tinham uma missão a cumprir e iam se conhecer melhor que ninguém; assim intimidade a esses níveis não era inadequado.<br /><br />—Acredito que ficaria arrasada se alguém me castigasse como você fez e depois não me consolasse.<br /><br />—Há amos muito cruéis, Cleo. Mas as submissas que procuram são muito submissas, e aceitam o que façam porque é o que necessitam.<br /><br />—Sim. Sim…, já sei.<br /><br />—Ninguém está com um amo por obrigação.<br /><br />—Exceto… Exceto as mulheres que possam traficar utilizando o torneio de BDSM. Talvez não todas, mas as estão obrigando a ficar lá, e algumas perderam inclusive a vida.<br /><br />—Exato. Faltam quatro dias, Cleo — moldou suas nádegas e as abriu para que as borbulhas batessem justo nessa área. — E restam coisas para aprender.<br /><br />—Ouça… — se esticou divertida. — Isso faz cócegas. Sabe? É a primeira vez que utilizo a jacuzzi com outra pessoa.<br /><br />—Sério?<br /><br />Ele soltou uma gargalhada enquanto a colocava sobre um jorro de água.<br /><br />—Vamos para o quarto, querida.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-30133417665103962272013-05-16T09:37:00.002-07:002013-05-16T09:37:23.910-07:00Um pequeno pedacinho de Amos e Masmorras <br />
<ul class="uiList -cx-PRIVATE-webMessengerReadView__messageList -cx-PRIVATE-uiList__vert" id="webMessengerRecentMessages" role="log" style="background-color: white; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px;">
<li class="webMessengerMessageGroup clearfix" id="wm:mid.1368197189553:f3654e50e9e5da9d95" style="border-width: 1px 0px 0px; padding: 8px 20px 7px; position: relative; zoom: 1;"><div class="clearfix" style="zoom: 1;">
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<div class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__message direction_ltr" style="direction: ltr; margin-right: 50px;">
<i><span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 1.38;">Um novo livro para vocês (se quiserem eu posto)</span></span></i><span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 1.38;"><i>Andei lendo esse livro e me apaixonei e fascinante, </i></span><span style="line-height: 17px;"><i>exótico e erótico<br />um dos melhores livros que já li apesar de ser erótico que um tema que todos tem certo preconceito, ele mostra de uma forma suave e nada vulgar <br />simplesmente perfeito </i><br /><br /> </span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-PIT8lhOkqq4/UZUK7MdwTeI/AAAAAAAAAkU/465L8TzbOQg/s1600/amos1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-PIT8lhOkqq4/UZUK7MdwTeI/AAAAAAAAAkU/465L8TzbOQg/s640/amos1.jpg" width="424" /></a></span></div>
<br />
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
</div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><b>Resumo:</b></span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Cleo Connelly sempre quis ser como sua irmã Leslie.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Por isso, quando decidiu trabalhar para a lei, Cleo a seguiu e se esforçou sempre para chegar ao seu nível. Mas só Leslie foi aceita no FBI, enquanto Cleo teve que se conformar em patrulhar sua cidade natal: Nova Orleans.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Agora, Leslie desapareceu. O subdiretor do departamento do FBI visitou Cleo para pedir que os ajude e colabore em sua missão resgate, já que necessitam de um perfil parecido ao de sua irmã. A jovem policial, levada pelo medo e desespero, aceitará fazê-lo antes de entender em que tipo de missão estava Leslie envolvida: Um jogo chamado Dragões e masmorras DS? Drogas sintéticas afordisíacas? BDSM? Rede de tráfico de pessoas? BDSM?!!</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Se antes explicassem que teriam que instrui-la para fazê-la passar por submissa, talvez a resposta fosse outra… Submissa? Ela?! Mas se sua resistência à dor era nula e até as manicures a machucavam! Como se passaria por…? Maldição. É óbvio que sim. Por sua irmã faria qualquer coisa. Um momento… O inspetor disse que seu “master” seria Lion? Lion Romano??!! Vamos voltar atrás!</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">O atrativo e arisco Lion Romano está devastado pela morte de seu melhor amigo Clint, encontrado morto enquanto trabalhava disfarçado na missão de tráfico de mulheres em que se achava envolvido junto com Leslie Connelly, uma das melhores agentes do FBI, cujo paradeiro se achava desconhecido. Lion fará o possível para recuperar Leslie, e se para isso precisar se infiltrar no jogo de BDSM com sua sexy, impetuosa e descarada irmã Cleo, o sacrifício valerá a pena. O que ninguém sabia era que submeter e instruir Cleo na arte da dominação e da submissão era algo que desejava fazer desde que a jovem completou sua maioridade.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Ambos se engajarão numa aventura cheia de perigo e sensualidade, inclemência e crueldade, em que os chicotes e castigos marcam a realidade e o dia a dia.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Uma policial com vocação de agente especial que não se acha submissa está a ponto de conhecer o amo que está destinado a submetê-la.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Conseguirão salvar Leslie antes que se matem entre eles?</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">O trabalho pode se misturar com o prazer?</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Os jogos terão início: os dragões saem de suas masmorras.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Esta história se divide em duas partes. A Domesticação de Cleo pelas mãos de Lion, que se localiza na grande e escura Nova Orleans e em que descobrem um ao outro em seus papéis, e depois, o intenso e apaixonante torneio de dominação e submissão de Dragões e Masmorras DS.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Não há margem para o aborrecimento. Nunca leu nada igual.</span></span></div>
<div style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;">Preparados? Prontos? JÁ!</span></span></div>
<br />
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
Resumo </div>
<br />
<h4>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 17px;"><span style="color: red;">Inicie-se</span></span></div>
<span style="color: red; font-size: large;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 17px;">Faça a domesticação</span></div>
<span style="line-height: 17px;"><div style="text-align: center;">
Prepare-se</div>
</span></span></h4>
<br /><br /><br />
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
Cleo não queria nem imaginar o que acontecia entre essas paredes.<br />Uma vez, na universidade, sua amiga Marisa, que trabalhava em Nova Orleans como assistente jurídica, disse que as mulheres deviam ter em seu interior um anjo e um demônio, uma Santa e uma vadia.<br />Pois bem, diante daquela situação, a Santa Cleo fazia cruzes. Mas “a vadia” Cleo arqueava uma sobrancelha espectadora e curiosa.<br />—O que fazemos aqui? —embora soubesse muito bem.<br />—Vai fazer uma escolha. É sua vez.<br />Três homens entraram na sala.<br />Vestiam-se com calças de couro e estavam descalços. Um deles era calvo e robusto, de olhos claros; o outro era alto, muito musculoso, bonito, com longo cabelo negro e olhos escuros, mas de aspecto um tanto gótico; e o terceiro era… um homem mais velho, muito atrativo, mas lembrava seu pai.<br />Ela ficou na defensiva quando os três invadiram seu espaço e, inconscientemente, deu um passo para se aproximar de Lion. Ele a olhou analisando sua reação, mas continuou com o gesto impassível.<br />—Estes são Brutus, Prince e Amadeo.<br />—E ela é? —perguntou o de cabelo comprido e liso.<br />—Pussycat —respondeu Lion olhando-a de soslaioCleo revirou os olhos por baixo da boina. Bichana? Ela? Ela não era uma bichana!<br />—Pussycat procura um amo. Quem quer pô-la a prova?<br />Os três sorriram espectadores e caminharam ao seu redor, como hienas desejosas de tirar seu pedaço.<br />Cleo não podia se imaginar trabalhando com um deles. Não poderia nunca. Eles... A assustavam. Ela não… Esses homens exudavam hormônios dominantes por todos os poros.<br />Brutus, que era o calvo robusto parecido com um fisiculturista, ficou diante dela e com voz doce disse:<br />—Dispa-se para mim, Pussycat. Me deixe vê-la. —Estendeu a mão decidido a afastar seu capuz, mas Lion o agarrou pelo pulso.<br />—Não se toca até que ela dê permissão —ordenou com voz fria</div>
</div>
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<span class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__status" style="float: right;"></span></div>
</div>
</div>
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</div>
</div>
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<br /><div class="clearfix -cx-PRIVATE-uiFlexibleBlock__flexibleContent" style="overflow: hidden; zoom: 1;">
<div class="rfloat" style="color: #333333; float: right; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">
<a aria-label="Enviado por bate-papo" class="mrs -cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__tooltipForSource" data-hover="tooltip" href="" role="button" style="color: #3b5998; cursor: default; display: inline-block; margin-right: 5px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img -cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__sourceChat" height="1" src="https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/y4/r/-PAXP-deijE.gif" style="background-image: url(https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/yW/r/w8ex9wxPd2M.png); background-position: -201px -136px; background-repeat: no-repeat no-repeat; background-size: auto; border: 0px; display: inline-block; height: 13px; vertical-align: middle; width: 9px;" width="1" /></a><a class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__noLocation" data-hovercard-instant="1" href="" role="button" style="color: #3b5998; cursor: default;"><abbr class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__timestamp timestamp" data-utime="1368197227.605" style="border-bottom-style: none; color: #bfbfbf; display: inline-block; vertical-align: middle;" title="Sexta">11:47</abbr></a><div class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__fbmlLink" style="text-align: right;">
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</div>
</div>
<div>
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<span style="color: #333333; font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; line-height: 14px;"><strong></strong></span></span><div class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__content" id="mid.1368197227635:2767689b74b9b90404">
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<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
Brutus grunhiu e obedeceu ao Rei Leão.<br />Amadeo, que se parecia com seu pai, se inclinou sobre seu ouvido.<br />—Que cheiro bom.<br />Pessoal eu andei lendo esse livro AMOS E MASMORRAS<br />e me apaixonei<br />deixarei uma parte do livro só para deixar o gostinho para vocês<br />se quiserem eu posto o livro aqui no blog<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.38;">
Lion apertou os dentes quando viu que Cleo tremia pela proximidade desses homens.<br />—Usa muita roupa. Tire-as. — ordenou Amadeo passando a mão pelo traseiro dela.<br />—Amadeo, não a toque se ela não pediu isso ainda—grunhiu Lion entre dentes.<br />Cleo se sentiu humilhada. Lion a estava pressionando e deixava que esses três amos a provocassem, acreditando que era submissa e que obedeceria. Mas não o faria.<br />Não com eles. Sentiu-se como um pedaço de carne com olhos, mas no fundo compreendeu o que Lion oferecia. Não a machucaria, era alguém em quem podia confiar…<br />Não era um homem completamente desconhecido quem a despiria e pressionaria até seus limites… Era Lion. E queria instrui-la.<br />Haveria alguém melhor que ele? Não para ela. Se pedirem para escolher entre quatro demônios; o feio, o mau, o bom e o cara bom, a quem escolheria? No final agarraria o cara bom. Não? Pois decidiu que devia ser o mesmo com os amos.<br />—Não vemos seu rosto, não vemos seu corpo… Não sabemos nada dela —enumerou Brutus. — Não nos dá uma puta atenção, Rei. Está seguro que é uma submissa?<br />Prince sorriu diabolicamente e observou o queixo trêmulo de Cleo.<br />—Tem a pele pálida e está assustada —murmurou. — Por que tem medo? Não faremos nada que não esteja disposta a aceitar. Bom — se corrigiu, — Brutus sim. Eu não. — disse petulante.<br />Lion apertou os punhos para não arrebentar a cabeça do convencido Príncipe. Todas as submissas se apaixonavam por ele, mas ele… nunca se apaixonava por nenhuma.<br />Brutus grunhiu e tocou a virilha.<br />—Já tenho o pau duro, Pussycat. Tire sua fodida roupa. Vamos te dar uma lição de boas maneiras.<br />Cleo negou com a cabeça e cravou seus olhos verdes em Lion, dizendo:<br />“Pensa continuar esta merda muito mais?”<br />Lena Valenti Amos e Masmorras 1<br />78 | PRT<br />—Isso é um não? —inquiriu Brutus se aproximando perigosamente de Cleo. Ultrapassava por duas cabeças a jovem agente— Tão rápido procura castigo, gracinha? Já entendi… Quer que eu a tire?<br />Brutus era, sem dúvida, o amo cruel.<br />Lion a observou, e seus olhares colidiram.<br />Se Lion permitisse que um desses três homens a tocasse, não ia perdoá-lo jamais.<br />Ele se sentia aborrecido pelo mau momento que a estava fazendo passar; mas era necessário que visse que não era nada simples trabalhar com um amo de quem não conhecia nada. Outras mulheres submissas que já tivessem praticado o BDSM, certamente não teriam problema em obedecer as instruções que deram a Cleo. Mas para ela tudo era novo e sombrio. Era normal que se negasse.<br />Precisaria se acostumar com isso. E tinham poucos dias para conseguir. Mas contavam com sua paciência, a dele, e com o entusiasmo que a jovem poria para não ficar atrás e o seguir, tão somente para que não pudesse a recriminar por nada e não a comparasse mais com Leslie.<br />—Gatinha? —perguntou Lion de modo tentativo— Você decide, neném. A que amo quer escolher?<br />Ela estava tensa como uma vara.<br />Baixou a cabeça e engoliu saliva.<br />—Você —respondeu com voz trêmula.<br />Lion recebeu sua rendição como uma bênção, embora escutar as lágrimas em sua resposta não lhe desse nenhum orgulho.<br />Podia ser muito baixo se havia algo com que se importava em jogo. Ela devia conhecer seus defeitos. Nesses dias se conheceriam perfeitamente, na intimidade e fora do quarto.<br />E Cleo não só importava para a missão. Cleo era importante desde o dia em que a conheceu. De formas que nem ele compreendia, mas assim era.<br />—Como disse? —perguntou para deixar claro perante aos outros amos e também perante eles mesmos.<br />—Disse que escolho você —replicou elevando um pouco mais a voz, magoada pela situação.<br />—Perfeito —Lion se despediu dos três amos com um movimento de cabeça e uma simples palavra: — Cavalheiros, obrigado por seus serviços.<br />Os três amos se despediram dele e analisaram Cleo pela última vez.<br />Lena Valenti Amos e Masmorras 1<br />79 | PRT<br />—Talvez em outro momento, macacada. —disse Prince piscando um olho.<br />—Talvez não —assegurou Lion o ameaçando só com a voz.<br />Prince elevou as mãos e encolheu os ombros.<br />—Claro, Rei.<br />A porta fechou e os deixaram sozinhos.<br />Cleo estava tremendo, com o olhar embaçado e cravado em seus tênis Adidas de tecido azul e branco. Não sabia o que acontecia com ela. Como policial fez coisas imensamente mais perigosas que se meter nesse buraco com quatro amos.<br />Mas se sentia mal… um deles passou a mão em seu traseiro. Porra.<br />Além disso, uma mulher tinha que ser muito valente para ficar ali e se entregar a eles desse modo. A submissão era, ou um ato de coragem incontestável, ou um ato de loucura atroz. Não sabia.<br />Escutou os passos de Lion e viu a ponta de seus tênis.<br />—Se fosse uma submissa, teria se excitado somente por ouvi-los falar. Não sei que tipo de inclinações sexuais tem, Cleo, mas está dentro desta missão e vou te ensinar a agir como uma submissa com seu amo. Dentro da cama —especificou. — Vou testar em você todos os joguinhos que utilizaremos no torneio. —Parou para escolher as palavras adequadas, mas não lhe veio nada à mente que pudesse suavizá-lo. — Teremos sexo. Entende, Cleo? Diga-me que entende… —Apertou os punhos, assustado.<br />Ela afirmou com a cabeça, mas continuava sem olhá-lo nos olhos.<br />—Sei que pode ser incômodo no princípio, mas, se relaxar, pode gostar das lições. Faremos isto juntos. Aprenderá tudo sobre este mundo, e talvez inclusive a agrade. Não saberá até provar. Minha missão é conseguir que goste, para que faça o melhor papel de sua vida no jogo. Está de acordo? Desta vez me diga a verdade porque não vou perder mais tempo.<br />Cleo assentiu com movimentos mecânicos de sua cabeça.<br />“Merda, Cleo, me olhe…”.<br />Lion levantou seu queixo com doçura.<br />Ela tinha as pupilas um pouco dilatadas pelo estresse. Maldita seja; Cleo acreditou que ele ia permitir que os amos jogassem com ela. Acreditou nisso de verdade. O que pouco que o conhecia…<br />—Ei, me olhe, bruxinha —ordenou com ternura. — Está bem?<br />Lena Valenti Amos e Masmorras 1<br />80 | PRT<br />Cleo lambeu os lábios e seus olhos lançaram labaredas verdes de raiva e confusão enquanto o olhava de frente.<br />—É um sacana, filho da…<br />—Chist —sorriu com suavidade. — Sei. Não era minha intenção te assustar. Mas queria que soubesse com que tipo de perfis de amos podia se encontrar. Os três são excelentes caras, sério. Mas não é o mesmo tratá-los como dominantes.<br />—De verdade? Não me dei conta.<br />—Agora me encarregarei de você, agente. Diga que aceita ser minha submissa para testar. Até o torneio, até o fim do caso Amos e Masmorras. Preciso estar seguro com você e com nosso papel. Diga.<br />—Sim.<br />—Não. Diga: sim, aceito ser sua submissa até a finalização do caso. Isso implica começar o jogo a partir de agora.<br />Cleo fechou os olhos e se lançou ao abismo. “Por Deus… vou deixar que Lion me apalpe e que me faça gozar como uma louca. Vou entregar meu corpo para que faça e desfaça a seu desejo”.<br />—Sim, aceito ser sua submissa até a finalização do caso.<br />—Prometa isso.<br />—Prometo. E você me prometa que não fará nada que me fira ou me cause dor —exigiu em troca</div>
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<li class="webMessengerMessageGroup clearfix" id="wm:mid.1368197237328:229de90edfca981e21" style="border-width: 1px 0px 0px; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; padding: 8px 20px 7px; position: relative; zoom: 1;"><div class="clearfix" style="zoom: 1;">
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<a aria-label="Enviado por bate-papo" class="mrs -cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__tooltipForSource" data-hover="tooltip" href="" role="button" style="color: #3b5998; cursor: default; display: inline-block; margin-right: 5px; vertical-align: middle;"><img alt="" class="img -cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__sourceChat" height="1" src="https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/y4/r/-PAXP-deijE.gif" style="background-image: url(https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/yW/r/w8ex9wxPd2M.png); background-position: -201px -136px; background-repeat: no-repeat no-repeat; background-size: auto; border: 0px; display: inline-block; height: 13px; vertical-align: middle; width: 9px;" width="1" /></a><a class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__noLocation" data-hovercard-instant="1" href="" role="button" style="color: #3b5998; cursor: default;"><abbr class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__timestamp timestamp" data-utime="1368197237.288" style="border-bottom-style: none; color: #bfbfbf; display: inline-block; vertical-align: middle;" title="Sexta">11:4</abbr></a></div>
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<strong></strong><div class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__content" id="mid.1368197237328:229de90edfca981e21">
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<div class="-cx-PRIVATE-webMessengerMessageGroup__message direction_ltr" style="direction: ltr; font-size: 13px; line-height: 1.38; margin-right: 50px;">
—Prometo isso, Cleo. Sua segurança e seu bem-estar vêm em primeiro. Em sua casa te mostrarei o tipo de Amo que sou; mas prometo que comigo não tem que temer nada.<br />Ela assentiu um pouco mais tranquila e olhou nervosa ao redor.<br />—Podemos sair daqui já?<br />—Claro. Te trouxe para o clube das mulheres Latiffe só para que pare de me sacanear dizendo que ia procurar outro amo — a puxou pela mão e a tirou da sala de castigo. — Se entrar nesta sala com a pessoa adequada a verá de outro modo… Lamento ter te assustado.<br />—Certamente… conseguiu o que queria, assim não pode lamentar muito</div>
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lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-15408642596296136212012-05-28T12:02:00.002-07:002012-05-28T12:02:44.365-07:00house of night - escolhida (capitulo 19)<br />
DEZENOVE<br />
Sim, eu estava seriamente perturbada. Não apenas eu não tinha terminado com<br />
Heath, mas eu provavelmente tinha deixado nosso Imprint ainda mais forte. Além do<br />
mais, eu posso ter causado a morte de dois homens. Eu tremi, me sentindo mais do que<br />
apenas um pouco enjoada. O que diabos tinha acontecido comigo? Eu bebi o sangue de<br />
Heath e estava sentindo o tesão (jeesh, eu estou me tornando uma vadia total), e então<br />
aqueles homens começaram a mexer com a gente e foi como se algo dentro de mim<br />
mudou de Zoey normal para Maluca Assassina Vampira Zoey. Foi isso que aconteceu?<br />
Vampiros surtam quando humanos que tiveram um Imprint são ameaçados?<br />
Eu lembrei o quão fula eu fiquei nos túneis com os “amigos” de Stevie Rae (não que<br />
ela fosse amiguinha daqueles garotos mortos vivos) tinham atacado Heath. Ok, eu fui<br />
violenta, mas não tinha sentindo uma vontade poderosa de rasgar o rosto deles! Só de<br />
lembrar da raiva que passou por mim quando os dois homens começaram a vir até nós<br />
(Heath) para dar a nós (Heath) dificuldade era o suficiente para fazer minhas mãos<br />
começarem a tremer de novo.<br />
Claramente tinha muitas coisas de vampiros que eu não sabia. Diabos, eu tenho feito<br />
anotações e memorizado alguns dos capítulos sobre Imprint e ânsia de sangue, mas eu<br />
estava começando a ver que havia varias coisas do tão educacional livro tinha deixado de<br />
fora. Eu precisava de um vampiro adulto. Felizmente, eu conhecia um que com certeza<br />
ficaria feliz de ser voluntário para ser meu professor.<br />
Eu tenho certeza que tem muitas coisas que ele ficaria feliz de me ensinar.<br />
Eu pensei nessas coisas, o que foi fácil de fazer quando eu estava cheia do delicioso<br />
e sexy sangue de Heath. Meu corpo ainda estava formigando com o calor e poder e<br />
sensações que eu sabia que não conhecia, mas eu desejava mais. Muito mais.<br />
Não havia como negar que Loren e eu tínhamos algo. Era diferente do que eu e<br />
Heath tínhamos, diferente até do que Erik e eu tínhamos. Droga. Eu tenho coisas de mais<br />
acontecendo na minha vida.<br />
Basicamente, eu flutuei para o apartamento dos pais de Afrodite meio excitada, e<br />
cheia de poder, ainda sim confusa e tão distraída por, bem, sexo que eu nem pensei no<br />
fato que parecia não haver nada mais do que nevoa e escuridão até eu estar parada no<br />
meio da sala do apartamento observando Stevie Rae olhar com olhos vermelhos e<br />
molhados a TV e fungar. Eu olhei para a TV e percebi que ela estava assistindo um filme.<br />
Parecia com aquele sobre a mãe que sabia que estava morrendo de alguma doença<br />
horrível e tinha que correr contra o tempo (e comercias) para encontrar uma nova família<br />
para seu zilhão de filhos.<br />
“Em falar em deprimente,” eu disse.<br />
A cabeça de Stevie Rae virou enquanto ela tomava uma posição feral de defesa<br />
depois de pular atrás do sofá de onde ela assoviou e rosnou para mim.<br />
“Ah, merda!” Eu instantaneamente afastei a escuridão e tudo mais, para ficar sólida,<br />
e visível de novo. “Desculpe, Stevie Rae. Eu esqueci que dei uma de Bram Stoker.”<br />
Ela olhou por cima do sofá para mim, olhos brilhando e presas expostas, mas ela<br />
parou de assoviar.<br />
“Uh, relaxe. Sou apenas eu.” Eu levantei a bolsa e balancei o sangue para que ele<br />
fizesse um barulho nojento. “Sua refeição sobre rodas.”<br />
Ela levantou e cerrou os olhos. “Você não deveria fazer isso.”<br />
Eu levantei minhas sobrancelhas para ela. “Você não deveria fazer isso. Fazer o que?<br />
Trazer seu sangue ou me tornar nevoa e escuridão.”<br />
Stevie Rae arrancou a bolsa que eu estava balançando na direção dela. “Me pegar de<br />
surpresa. Eu posso ser perigosa.”<br />
Eu suspirei e sentei no sofá, tentando ignorar o fato que ela já estava rasgando uma<br />
bolsa de sangue. “Se você me comer, do jeito que a minha vida é uma droga agora, você<br />
me faria um favor.”<br />
“Yeah. Eu aposto. Eu lembro o quão difícil é ficar viva. Cheia de drama de namoro e<br />
ohminhadeusa, o que eu deveria usar para aula. Realmente horrível, diferente do estresse<br />
de estar morta e morta viva, mas ainda me sentindo morta.” Stevie Rae falou em um tom<br />
frio e sarcástico que era totalmente diferente do jeito que ela costumava soar, o que de<br />
repente me irritou para caramba. Como se eu não tivesse estresse na minha vida só<br />
porque eu não estava morta? Ou morta viva? Ou algo assim.<br />
“A professora Nolan foi morta ontem a noite. Parece que alguém das Pessoas de Fé<br />
crucificou ela e decapitou ela e deixou o corpo dela perto da porta escondida do portão<br />
leste com um adorável bilhete sobre não poder haver uma bruxa viva. Eu acho que meu<br />
padrasto-perdedor pode estar envolvido, mas não posso dizer mais nada porque minha<br />
mãe esta acobertando ele, e se eu delatar ele ela provavelmente vai pra cadeia para<br />
sempre. Eu acabei de sugar o sangue de Heath e fui interrompida por dois otários que eu<br />
acho que matei acidentalmente, e Loren Blake e eu estávamos ficando. Então, como foi o<br />
seu dia?”<br />
A velha Stevie Rae pulou dentro dos olhos vermelhos. “Ohminhadeusa,” ela disse.<br />
“Yeah.”<br />
“Você tem ficado com Loren Blake?” Como sempre, Stevie Rae ficou excitada com a<br />
fofoca poderosa. “Como que foi?”<br />
Eu suspirei e vi ela pegar outra bolsa de sangue. “Foi incrível. Eu sei que isso vai<br />
soar ridículo, mas eu acho que podemos realmente ter algo juntos.”<br />
“Assim como Romeu e Julieta,” ela disse entre goles.<br />
“Uh, Stevie Rae, vamos usar uma analogia diferente, ok? R&J não terminou muito<br />
bem.”<br />
“Eu aposto que ele tem um gosto bom,” ela disse.<br />
“Huh?”<br />
“O sangue dele.”<br />
“Eu não saberia.”<br />
“Ainda,” ela disse, e pegou outro saco de sangue.<br />
“Falando nisso. É melhor você diminuir a beberagem de sangue. Neferet chamou os<br />
Vampiros Filhos de Erebus e está muito difícil de sair da escola agora. Eu não tenho<br />
certeza se vou ser capaz de voltar aqui com mais sangue.”<br />
Um calafrio passou pelo corpo de Stevie Rae. Ela parecia quase normal, mas nas<br />
minhas palavras a expressão dela se achatou e os olhos dela se arredondaram.<br />
“Eu não posso aguentar muito tempo.”<br />
Ela falou numa voz tão baixa e contida que eu quase não ouvi ela.<br />
“Isso é algo importante, Stevie Rae? Eu quero dizer, você não pode só fazer um<br />
racionamento ou algo assim?”<br />
“Não é assim! Eu posso me sentir me perdendo... mais e mais a cada dia... a cada<br />
hora.”<br />
“O que é se perder?”<br />
“Minha humanidade!” Ela praticamente chorou.<br />
“Mas, querida,” eu me aproximei e coloquei meus braços ao redor dela, ignorando o<br />
jeito estranho que ela cheirava e o fato que o corpo dela estava tão duro quanto uma<br />
pedra. “Você está melhor. Estou aqui agora. Vamos dar um jeito nisso.”<br />
Stevie Rae me olhou nos olhos. “Agora, eu posso sentir o seu pulso. Eu sei cada vez<br />
que eu seu coração bate. Tem algo dentro de mim que está gritando para abrir sua<br />
garganta e tomar seu sangue. E é algo que está ficando mais forte.” Ela se afastou de<br />
mim, se movendo para se pressionar contra o sofá. “Eu posso colocar o rosto da antiga<br />
Stevie Rae, mas é apenas parte do monstro em mim. Eu só faço isso para poder te caçar.”<br />
Eu respirei fundo e me recusei a desviar o olhar. “Ok, eu sei que parte disso pode ser<br />
verdade. Mas eu não acredito em tudo, e eu não quero acreditar em tudo. Sua<br />
humanidade ainda está aí, dentro de você. Yeah, pode estar ficando fraca, mas ainda está<br />
aí. Isso significa que ainda somos melhores amigas. Além do mais, pense nisso. Você não<br />
tem que me caçar. Olá - estou bem aqui. Não exatamente escondida.”<br />
“Eu acho que você está em perigo estando comigo,” ela sussurrou.<br />
Eu sorri. “Sou mais durona do que você acha, Stevie Rae.” Me movendo devagar<br />
para não assustar ela, em pus minha mão sobre a dela. “Tire poder da terra. Eu acredito<br />
que você é diferente do resto dos, uh -” eu parei, tentando descobrir um jeito de chamar<br />
eles.<br />
“Nojentos garotos mortos vivos?” Stevie Rae sugeriu.<br />
“Yeah. Você é diferente dos nojentos garotos mortos vivos porque você tem uma<br />
afinidade com a terra. Se agarre nisso e ele vai te ajudar a lutar com o que quer que seja<br />
que está dentro de você.”<br />
“Escuridão... é tudo escuridão dentro de mim,” ela disse.<br />
“Não é tudo escuridão. A terra está aí, também.”<br />
“Ok... ok...” ela ofegou. “A terra. Eu lembro. Eu vou tentar.”<br />
“Você pode suportar isso, Stevie Rae. Você pode suportar isso.”<br />
“Me ajude,” ela disse, de repente apertando minha mão tão forte que eu quase<br />
chorei. “Por favor, Zoey, me ajude.”<br />
“Eu vou. Eu prometo.”<br />
“Logo. Tem que ser logo.”<br />
“Será. Eu prometo,” eu repeti, sem ter idéia de como manter minha promessa.<br />
“O que você vai fazer?” Stevie Rae perguntou, olhos se trancando desesperadamente<br />
nos meus.<br />
Eu disse a única coisa que veio na minha mente. “Eu vou lançar um circulo e pedir a<br />
ajuda de Nyx.”<br />
Stevie Rae piscou. “Só isso?”<br />
“Bem, nosso circulo é poderoso e Nyx é uma deusa. O que mais você precisa?” Eu<br />
soava mais segura do que eu me sentia.<br />
“Você quer que eu represente a terra de novo?” A voz dela tremeu.<br />
“Não. Sim.” Eu parei culpada, me perguntando o que eu deveria fazer em relação a<br />
Afrodite. Ficou claro quando ela manifestou a terra que ela deveria se juntar ao nosso<br />
circulo. Mas Stevie Rae surtaria se ela descobrisse que o seu lugar foi substituído por<br />
alguém que ela considerava sua inimiga? Além do mais, ninguém a não ser Afrodite sabia<br />
sobre Stevie Rae, e é assim que eu preciso manter até estar pronta para Neferet saber<br />
sobre ela. Problemas. Eu definitivamente tinha problemas. “Uh, eu não tenho certeza. Me<br />
deixe pensar sobre isso, ok?”<br />
A expressão de Stevie Rae mudou de novo. Agora ela parecia quebrada, e derrotada.<br />
“Você não quer que eu faça mais parte do seu circulo.”<br />
“Não é isso! É só que você precisa ser curada, então vai ser melhor se você estiver<br />
no centro do circulo comigo ao invés de ficar no lugar normal.” Eu suspirei e balancei a<br />
cabeça. “Eu preciso fazer mais pesquisa.”<br />
“Faça rápido, ok?”<br />
“Eu vou. E você tem que prometer que vai tomar o sangue com calma e ficar aqui e<br />
se concentrar na sua conexão com a terra,” eu disse.<br />
“Ok. Eu vou tentar.”<br />
Eu apertei a mão dela e então e então me soltei do aperto dela. “Desculpe, eu<br />
preciso ir. Neferet vai fazer um ritual especial para a professora Nolan, então eu tenho o<br />
ritual da Lua Cheia.” E eu ia ter que ir na biblioteca de novo e catar algum ritual que<br />
pudesse ajudar Stevie Rae. E eu não fazia idéia do que fazer em relação ao Loren. E Erik<br />
provavelmente ia ficar bravo comigo por sair. E eu não tinha terminado com Heath. Jeesh,<br />
minha cabeça dói. De novo.<br />
“Já faz um mês.”<br />
“Huh?” eu estava parada, e distraída com meu pensamento sobre tudo que eu tinha<br />
que lidar.<br />
“Eu morri durante o ritual da Lua Cheia, e isso foi um mês atrás.”<br />
Isso chamou minha atenção. “É verdade. Já faz um mês. Eu me pergunto...”<br />
“Se isso pode significar algo? Se hoje a noite pode ser a noite certa para consertar o<br />
que aconteceu comigo?”<br />
“Não! O lugar está cheio de guerreiros. Eles te pegariam com certeza.”<br />
“Talvez eles devessem,” ela disse devagar. “Talvez todos devessem saber sobre<br />
mim.”<br />
Eu esfreguei a cabeça, tentando entender o que eu estava pressentindo. Eu estive<br />
tentando manter Stevie Rae em segredo a tanto tempo que eu não sabia dizer se eu<br />
deveria manter ela escondida, ou se o que eu estava sentindo era apenas ecos e confusão<br />
(e provavelmente algum desespero e depressão também).<br />
“Eu não sei sobre isso. Eu - eu preciso de um pouco mais de tempo, ok?”<br />
Stevie Rae deu nos ombros. “Ok. Mas eu não acho que tem o suficiente de mim para<br />
durar mais um mês.”<br />
“Eu sei. Vou me apressar.” Eu disse estupidamente. Eu me curvei e abracei ela<br />
rapidamente. “Tchau. Não se preocupe. Eu volto logo. Prometo.”<br />
“Se você descobrir, só me mande uma mensagem ou algo assim e eu vou. Ok?”<br />
“Ok.” Eu virei para a porta. “Eu te amo, Stevie Rae. Não esqueça disso. Ainda<br />
seremos amigas.”<br />
Ela não disse nada, mas acenou, parecendo fria. Eu chamei a noite e a nevoa e<br />
mágica e sai na escuridão.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-82817843161726302902012-05-28T12:02:00.000-07:002012-05-28T12:02:05.806-07:00house of night - escolhida (capitulo 18)<br />
DEZOITO<br />
“Heath, se concentre.” Eu canalizei o calor que estava passando pelo meu corpo em<br />
uma onda. “Os túneis. Você deveria estar me dizendo o que você lembra.”<br />
“Oh, yeah.” Ele riu com seu sorriso doce de bad-boy. “Eu não lembro de muita coisa,<br />
é por isso que estou te perguntando. Só de dentes e garras e olhos e tal, e de você. É<br />
como um pesadelo. Bem, a não ser pela parte com você. Essa parte é leal. Hey, Z, você<br />
me resgatou?”<br />
Eu virei meus olhos e comecei a andar de novo, arrastando ele comigo. “Sim eu te<br />
resgatei, nerd.”<br />
“Do que?”<br />
“Jeesh, você não lê os jornais? A história estava na pagina dois.” Tinha sido uma<br />
adorável, mas ficcional artigo, onde eles citaram o Detetive Marx e seu muito breve<br />
relatório.<br />
“Yeah, mas não dizia muita coisa. Então o que aconteceu de verdade?”<br />
Eu mordi o lábio e minha mente voou. Ele não lembrava quase nada sobre Stevie<br />
Rae e seu bando de amigos mortos vivos. E, de repente, eu percebi, que precisava ficar<br />
desse jeito. O quanto menos Heath soubesse sobre o que tinha acontecido, menores as<br />
chances de Neferet pensar nele de novo o que resultaria numa terceira limpeza de mente,<br />
o que não seria uma boa coisa. Além do mais, o garoto precisava continuar sua vida. Sua<br />
vida humana. E parar de ficar obcecado comigo e coisas de vampiros.<br />
“Não foi muito mais do que os papeis diziam. Eu não sei quem era o cara, só um<br />
louco da rua. O mesmo cara que matou Chris e Brad. Eu te encontrei e usei meu poder<br />
com os elementos para te soltar dele, mas você estava bem ruim. Ele, uh, te cortou e tal.<br />
É provavelmente por isso que você tem essas estranhas memória, quando você lembra de<br />
qualquer coisa.” Era minha vez de dar nos ombros. “Eu não me preocuparia com isso, ou<br />
nem pensaria nisso se fosse você. Não tem nada demais.” Ele começou a dizer outra<br />
coisa, mas chegamos na entrada do parque e eu apontei para um banco abaixo de um<br />
carvalho. “Que tal sentar ali?”<br />
“O que você disser, Zo.” Ele colocou os braços ao meu redor e andamos até o banco.<br />
Quando sentamos eu consegui sair do braço dele e angular meu corpo em direção a<br />
ele para que meus joelhos fossem um tipo de barreira para ele não se aproximar de mim.<br />
Eu respirei fundo e me fiz encontrar os olhos de Heath. Eu posso fazer isso. Eu posso<br />
fazer isso.<br />
“Heath, você e eu não podemos mais nos ver.”<br />
A testa dele se enrugou. Ele parecia estar tentando descobrir a resposta de um<br />
complexo problema de matemática. “Porque você diria algo assim Zo? É claro que<br />
podemos nos ver de novo.”<br />
“Não. Não é bom para você. Temos que terminar.” Eu me apressei quando ele<br />
começou a protestar. “Eu sei que parece difícil não me ver, mas isso é porque tivemos um<br />
Imprint, Heath. Verdade. Eu estive pesquisando. Se não nos virmos mais nosso Imprint<br />
vai sumir.” Isso não era exatamente verdade. O texto só dizia que às vezes um Imprint<br />
iria diminuir devido a não exposição. Bem, eu estava contando com algo funcionar dessa<br />
vez. “Você vai ficar bem. Você vai esquecer de mim e voltar a ser normal.”<br />
Enquanto eu falava a expressão de Heath ficou cada vez mais seria e o corpo dele<br />
começou a ficar muito duro. Eu sabia por que podia sentir o coração batendo dele, e até<br />
isso tinha diminuído. Quando ele falou soava velho. Muito velho. Como se tivesse vivido<br />
mil anos e soubesse coisas que eu só podia adivinhar.<br />
“Eu não vou esquecer de você. Nem se estiver morto. E isso é normal para mim.<br />
Amar você é o meu normal.”<br />
“Você não me ama. Você só teve um Imprint comigo,” eu disse.<br />
“Mentira!” ele gritou. “Não me diga que eu não te amo. Eu te amo desde que tinha 9<br />
anos de idade. O Imprint é só outra parte do que tem acontecido entre nós desde que<br />
somos crianças.”<br />
“Esse negocio do Imprint tem que terminar,” eu disse calmamente, encontrando o<br />
olhar dele.<br />
“Por quê? Eu te disse que é bom para mim. E você sabe que pertencemos juntos,<br />
Zo. Você tem que acreditar em mim.”<br />
Os olhos dele me imploraram e eu senti minhas entranhas se contorcerem. Ele<br />
estava certo sobre tanta coisa. Tem sido nós dois por tanto tempo - e se eu não tivesse<br />
sido Marcada, nós provavelmente teríamos ido para a faculdade juntos e nos casado<br />
depois da formatura. Teríamos filhos e vividos no subúrbio e comprado um cachorro.<br />
Iríamos brigar de vez enquando, na maior parte porque ele é tão obcecado por esportes,<br />
então faríamos as pazes e ele me traria flores e um ursinho de pelúcia, como temos feito<br />
desde que éramos adolescentes.<br />
Mas eu fui Marcada e minha antiga vida morreu o dia que a nova Zoey nasceu.<br />
Quanto mais eu penso nisso, mais eu sei que terminar com Heath era a coisa certa a<br />
fazer. Comigo ele nunca seria mais do que meu energético, e o doce Heath, o amor da<br />
minha infância, merece mais que isso. Eu percebi o que eu tinha que fazer e como fazer.<br />
“Heath, a verdade é que não é tão bom para mim quanto é para você.” Minha voz<br />
era fria e sem emoção. “Não é mais você e eu. Eu tenho namorado. Um namorado de<br />
verdade. Ele gosta de mim. Ele é como eu. Ele não é humano. É ele que eu quero agora.”<br />
Eu não tinha certeza se estava falando de Erik ou Loren, mas estava certa da dor que vi<br />
nos olhos de Heath.<br />
“Se eu tiver que dividir você, eu vou.” A voz dele caiu para quase um suspiro, e ele<br />
olhou para longe de mim como se estivesse muito embaraçado para me olhar nos olhos.<br />
“Eu vou fazer o que for preciso para não perder você.”<br />
Isso fez algo dentro de mim se quebrar, mas eu ri de Heath. “Escute você! Você soa<br />
patético. Você sabe como são os homens vampiros?”<br />
“Não.” A voz dele ficou mais forte e ele encontrou meus olhos de novo. “Não, eu não<br />
sei como eles são. Eu tenho certeza que eles podem fazer todo tipo de coisa legal. Eles<br />
provavelmente são grandes e malvados e tudo isso. Mas eu sei de uma coisa que eles não<br />
podem fazer. Eles não podem fazer isso.”<br />
Em um movimento tão rápido que eu não entendi o que ele estava fazendo até ser<br />
tarde demais, Heath tirou uma navalha do bolso do jeans e cortou uma longa e profunda<br />
linha do lado do pescoço dele. Eu soube imediatamente que ele não tinha acertado uma<br />
artéria nem nada disso. O corte não o mataria, mas estava derramando sangue - quente,<br />
doce, e frescos pingos de sangue escorriam no pescoço dele até os ombros. E era o<br />
sangue de Heath! Um cheiro que eu tive um Imprint para desejar acima dos outros. A<br />
doçura dele me cobriu, acariciando a minha pele com uma quente insistência.<br />
Eu não podia me segurar. Eu me inclinei para frente. Heath colocou a cabeça de<br />
lado, esticando seu pescoço para que todo o lindo corte ficasse exposto.<br />
“Faça a dor sumir, Zoey, para nós dois. Beba de mim e pare a queimação antes que<br />
eu não consiga mais suportar.”<br />
A dor dele. Eu estava causando dor a ele. Eu li sobre isso no livro avançado de<br />
sociologia. Avisava sobre o perigo do Imprint e como o laço de sangue pode ficar tão<br />
próximo que não beber do humano pode causar dor a ele.<br />
Então eu ia beber dele... só mais uma vez... só para parar a dor...<br />
Eu me inclinei mais para frente e pus minhas mãos nos ombros dele. Quando minha<br />
língua alcançou e lambeu a linha vermelha do pescoço dele, meu corpo tremia.<br />
“Oh, Zoey, sim!” Heath gemeu. “Você está refrescando. Sim, chegue mais perto<br />
baby, Tome mais.”<br />
Ele passou sua mão no meu cabelo e pressionou minha boca contra seu pescoço e<br />
eu bebi dele. O sangue dele foi uma explosão. Não apenas na minha boca, mas pelo meu<br />
corpo. Eu li todo o porquê e como sobre a reação física que acontece entre um humano e<br />
um vampiro quando a ânsia por sangue os consume. Era simples. Algo que Nyx nos deu<br />
para que ambos pudessem sentir prazer em um ato que poderia, ao contrario, ser brutal e<br />
mortal. Mas meras palavras em um livro sem sentimentos nem começava a descrever o<br />
que estava acontecendo dentro de nossos corpos enquanto eu bebia do pescoço<br />
ensangüentado de Heath. Eu sentei de pernas abertas, pressionando a minha parte mais<br />
privada contra a dureza dele. As mãos dele deixaram meu cabelo para segurar meus<br />
quadris e ele me esfregou contra ele com ritmo enquanto ele gemia e ofegava e<br />
sussurrava para mim não parar. E eu não queria parar. Eu não queria parar nunca. Meu<br />
corpo estava queimando, assim como o dele. Só que minha dor era doce, quente,<br />
deliciosa. Eu sabia que Heath estava certo. Erik era como eu e eu me importava com ele.<br />
Loren era um homem real e poderoso e incrivelmente misterioso. Mas nenhum deles podia<br />
fazer isso por mim. Nenhum deles me fazia sentir assim... querer desse jeito... desejo de<br />
pegar assim...<br />
“Yeah, vadia! Cavalga nele! Faça ele se machucar tão booooommm!”<br />
“Esse pequeno garoto branco não tem nada para você. Vamos te dar algo que você<br />
vai sentir de verdade!”<br />
O aperto de Heath no meu quadril mudou e ele estava tentando afastar meu corpo<br />
das vozes para que ele pudesse me proteger, mas a raiva que surgiu em mim estava<br />
aumentando. Minha fúria era impossível de ignorar e minha resposta foi imediata. Eu<br />
levantei meu rosto do pescoço dele. Dois caras negros estavam a apenas alguns metros<br />
de distancia e estavam se aproximando de nós. Eles estavam usando aquelas calças de<br />
cintura bem baixa ridículas, casacos enormes e quando eu cerrei os dentes para ele e<br />
assoviei, a expressão deles mudou de desdém para descrença.<br />
“Se afastem de nós ou eu mato vocês.” Eu resmunguei para eles com uma voz tão<br />
poderosa que eu nem reconheci como minha.<br />
“Ela é uma fudida de uma sugadora de sangue vadia!” O mais baixo dos dois falou.<br />
O outro cara bufou. “Nah, a vaca não tem tatuagem. Mas se ela quer algo para<br />
sugar, eu vou dar a ela.”<br />
“Yeah, primeiro você e depois eu. O namoradinho dela pode assistir e ver como se<br />
faz.” Com uma risada maldosa, eles começaram a andar em direção a nós.<br />
Ainda sentada de pernas abertas em cima de Heath, eu levantei meu braço por cima<br />
da minha cabeça. Com a outra eu esfreguei as costas da minha mão pela minha testa e<br />
pelo meu rosto, limpando a maquiagem que escondia minha identidade. Eles tropeçaram e<br />
pararam. E então ambos os meus braços estavam por cima da minha cabeça. Foi fácil me<br />
concentrar. Cheia com o sangue fresco de Heath, eu me senti poderosa e forte e muito,<br />
muito irritada.<br />
“Vento, venha até mim,” eu comandei. Minha cabeça começou a se erguer com a<br />
brisa que passava agitada ao meu redor. “Assopre eles diabos para fora daqui!” Eu atirei<br />
minhas mãos em direção aos dois homens, deixando minha raiva explodir com minhas<br />
palavras. O vento obedeceu instantaneamente, acertando eles com tanta força que eles<br />
foram varridos, gritando e xingando, e empurrados para longe de mim. Eu assisti com um<br />
tipo de fascinação deslocada enquanto o vento derrubou os dois homens no chão no meio<br />
da rua 27.<br />
Eu nem recuei quando uma caminhonete atingiu eles.<br />
“Zoey, o que você fez!”<br />
Eu olhei para Heath. O pescoço dele ainda estava sangrando e o rosto dele pálido, os<br />
olhos bem apertados em choque.<br />
“Eles iam machucar você.” Agora que eu tirei a raiva de mim estava me sentindo<br />
estranha, meio atordoada e confusa.<br />
“Você matou eles?” A voz dele soava toda errada, assustada e acusadora.<br />
Eu franzi para ele. “Não. Tudo o que fiz foi mandar eles para longe de nós. A<br />
caminhonete fez o resto. E de qualquer forma, eles podem não estar mortos.” Eu olhei<br />
para a rua, a caminhonete parou de forma barulhenta. Outros carros também pararam, e<br />
eu podia ouvir pessoas gritando. “E o hospital Saint John é a menos de um quilometro<br />
daqui.” Sirenes começaram a tocar não muito longe. “Vê, a ambulância já está vindo. Eles<br />
provavelmente vão ficar bem.”<br />
Heath me tirou do colo dele e me afastou dele, pressionando a manga do suéter<br />
contra o corte do pescoço. “Você tem que ir embora. Vai haver policias aqui logo. Eles não<br />
podem te encontrar aqui.”<br />
“Heath?” Eu levei minha mão em direção a ele, mas a derrubei quando ele se<br />
esquivou de mim. O atordoamento estava sumindo e eu comecei a tremer. Meu Deus, o<br />
que eu tinha acabado de fazer? “Você está com medo de mim?”<br />
Devagar, ele se aproximou, pegando minha mão e me puxando para mais perto dele<br />
para poder me abraçar. “Eu não estou com medo de você. Estou com medo por você. Se<br />
as pessoas descobrirem as coisas que você pode fazer, eu - eu não sei o que pode<br />
acontecer.” Ele se afastou um pouco, sem tirar os braços do meu redor, mas me olhando<br />
nos olhos. “Você está mudando, Zoey. E eu não tenho certeza do que você está se<br />
tornando.”<br />
Meus olhos se encheram de lagrimas. “Estou me tornando uma vampira, Heath. É<br />
nisso que estou Mudando.”<br />
Ele tocou minha bochecha, e então usou seu polegar pra limpar o resto da<br />
maquiagem para que minha Marca ficasse completamente visível. Heath se curvou para<br />
beijar a lua crescente no meio da minha testa. “Estou bem sobre você se tornar uma<br />
vampira, Zo. Mas eu quero que você lembre que ainda é a Zoey. Minha Zoey. E minha<br />
Zoey não é maldosa.”<br />
“Eu não podia deixar eles machucarem você,” eu sussurrei, tremendo de verdade<br />
agora e percebendo o quão fria e horrível eu tinha acabado de ser. Eu posso ter acabado<br />
de causar a morte de dois homens.<br />
“Hey, olhe para mim Zo.” Heath pôs seu queixo em minha mão e me forçou a olhar<br />
ele nos olhos. “Eu sou enorme. Um ótimo quarterback numa escola top. E estão me<br />
oferecendo uma bolsa para a faculdade. Você pode por favor lembrar que eu posso me<br />
cuidar?” Ele soltou meu queixo e tocou minha bochecha de novo. A voz dele era tão seria<br />
e adulta que ele de repente me lembrou estranhamente do pai dele. “Quando eu estava<br />
longe com meus pais, eu li um pouco sobre a deusa vampira Nyx. Zo, tem muitas coisas<br />
escritas sobre vampiros, mas não encontrei nada que dizia que sua deusa é maldosa. Eu<br />
acho que você deveria manter isso em mente. Nyx te deu vários poderes, e eu não acho<br />
que ela gostaria que você os usasse da forma errada.” Os olhos dele olharam por cima<br />
dos meus ombros para a distante rua e a horrível cena que estava acontecendo ali. “Você<br />
não deve ser má, Zo. Não importa o que acontecer.”<br />
“Quando você cresceu tanto?’<br />
Ele sorriu. “Dois meses atrás.” Heath beijou meus lábios suavemente, e então<br />
levantou, me erguendo. “Você tem que sair daqui. Eu vou voltar por onde viemos. Você<br />
provavelmente deveria cortar caminho pelo jardim de rosas e voltar para a escola. Se<br />
aqueles caras não estão mortos eles vão falar, e isso não vai ser bom para a House of<br />
Night.”<br />
Eu acenei. “Ok, yeah. Eu vou voltar para a escola.” Então eu suspirei. “Eu deveria<br />
terminar com você.”<br />
O sorriso dele virou uma risada. “Não vai acontecer, Zo. É você e eu baby!” Ele me<br />
beijou bem e com força, e me deu um pequeno empurrão na direção do Jardim de Rosas<br />
de Tulsa, que fazia fronteira com o Parque Woodward. “Me liga e vamos nos encontrar<br />
semana que vem. Ok?”<br />
“Ok,” eu murmurei.<br />
Ele começou a voltar para poder me ver partir. Eu me virei e me dirigi ao jardim de<br />
rosas. Eu chamei a nevoa e a noite, mágica e escuridão me cobriram.<br />
“Wow! Legal, Zo!” Eu ouvi ele atrás de mim. “Eu te amo, baby!”<br />
“Eu também te amo, Heath.” Eu não virei, mas sussurrei para o vento e deixei ele<br />
carregar minha voz até el<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-49272126748253861562012-05-28T11:57:00.001-07:002012-05-28T11:57:25.159-07:00house of night - escolhida (capitulo 17)<br />
dEZESSETE<br />
Erik ia ficar muito bravo comigo. As Gêmeas estavam sentadas em suas cadeiras<br />
favoritas assistindo Homem Aranha 3 quando me apressei para a cozinha pegando minha<br />
lata de coca e a bolsa cheia de sangue.<br />
“Puta merda, Z, você está bem?” Shaunee perguntou, parecendo meio assustada e<br />
meio surtada.<br />
“Ouvimos sobre você e a bruxa -” Erin pausou e então relutantemente se corrigiu,<br />
“digo, você e Afrodite encontrarem a professora Nolan. Deve ter sido horrível.”<br />
“Yeah, foi bem ruim.” Eu me fiz sorrir de forma segura e então não fiz parecer que<br />
estava louca para sair da sala.<br />
“Eu não consigo acreditar que isso realmente aconteceu,” Erin disse.<br />
“Eu sei. Simplesmente não parece real,” Shaunee disse.<br />
“É real. Ela está morta,” eu disse solenemente.<br />
“Você tem certeza que está bem?” Shaunee perguntou.<br />
“Estávamos preocupadas com você,” Erin acrescentou.<br />
“Estou bem. Prometo.” Minhas entranhas reviraram. Shaunee, Erin, Damien, e Erik<br />
eram meus melhores amigos, e eu odiava mentir para eles, mesmo que eu estivesse<br />
apenas omitindo informações. Nos dois meses que estou na House of Night nos tornamos<br />
uma família, então eles não estão fingindo. Elas estão genuinamente preocupadas comigo.<br />
E enquanto eu estava ali tentando descobrir o que eu podia ou não dizer para eles, uma<br />
horrível premonição tremeu na minha pele. E se eles descobrissem sobre as coisas que eu<br />
estava escondendo deles e se virassem contra mim? E se eles parassem de ser minha<br />
família? Só de pensar nessa horrível possibilidade me deixou toda agitada e em pânico por<br />
dentro. Antes de poder amarelar, e confessar tudo, e me jogar aos pés delas enquanto<br />
implorava pelo entendimento e para não ficarem com raiva de mim, eu disse, “Eu tenho<br />
que ir ver Heath.”<br />
“Heath?” Shaunee parecia confusa.<br />
“O ex-namorado humano dela, Gêmea. Lembra?” Erin disse.<br />
“Oh, yeah, o gostosinho loiro que quase foi comido por vampiros fantasmas dois<br />
meses atrás, e então quase foi morto pelas nojentas pessoas de rua que viraram serial<br />
Killers mês passado,” Shaunee disse.<br />
“Você sabe, Z, você pega pesado com seu ex-namorado,” Erin disse.<br />
“Yeah, é ruim ser ele,” eu disse, me movendo casualmente em direção a porta. “Eu<br />
tenho que ir, gente.”<br />
“Eles não estão deixando ninguém sair do campus,” Erin disse.<br />
“Eu sei, mas eu, um, bem...” eu hesitei, e então me senti ridícula pela hesitação. Eu<br />
não podia dizer as Gêmeas sobre Stevie Rae ou Loren, mas eu com certeza podia dizer a<br />
eles algo tipicamente adolescente tipo sair da escola. “Eu sei uma saída secreta para fora<br />
do campus.”<br />
“Muito bem, Z!” Shaunee disse feliz. “Vamos totalmente usar suas habilidades<br />
superiores para sair da escola durante as provas finais essa primavera, quando<br />
deveríamos estar estudando.”<br />
“Por favor.” Erin virou os olhos. “Como se tivéssemos que estudar. Especialmente<br />
quando tem uma liquidação de sapatos.” Então ela ergueu a sobrancelha e acrescentou,<br />
“Uh, Z. O que falamos para o seu namorado?”<br />
“Namorado?”<br />
“O seu namorado, Erik, eu são tão booommmm Night.” Erin me deu um olhar que<br />
dizia que ela achava que eu tinha perdido a cabeça.<br />
“Olá. Terra para Zoey. Tem certeza que está bem?” Shaunee disse.<br />
“Yeah, yeah. Estou bem. Desculpa. Porque vocês tem que dizer qualquer coisa pra o<br />
Erik?”<br />
“Porque ele nos disse para dizer a você para ligar para ele no instante que você<br />
acordasse. Ele está muito preocupado com você,” Shaunee disse.<br />
“Sem duvidas se ele não ouvir logo de você ele vai acampar aqui,” Erin disse.<br />
“Ooooh, Gêmea!” Os olhos dela se alargaram e ela curvou os lábios num sorriso sexy.<br />
“Você acha que o gostoso vai trazer dois amigos quentes?”<br />
Shaunee jogou o cabelo para trás. “É definitivamente uma possibilidade, Gêmea. T.J<br />
e Cole são amigos dele e é uma época muito estressante.”<br />
“Você está certa, Gêmea. E todos sabemos que durante tempos estressantes amigos<br />
devem ficar juntos.”<br />
Em perfeita concordância as Gêmeas viraram para mim. “Vá em frente e faça o que<br />
precisa com o ex-namorado,” Erin disse.<br />
“Yeah, nós te cobrimos. Vamos esperar Erik aparecer e dizer a ele que é muito<br />
assustador para nós ficarmos sozinhas,” Shaunee disse.<br />
“Definitivamente precisamos de proteção,” Erin disse. “O que significa que vamos ter<br />
que ir pegar os amigos dele e esperar você voltar do seu encontro.”<br />
“Parece um plano. Ok, mas não digam a ele que eu sai do campus. Ele vai surtar. Só<br />
sejam vagas, como se eu estivesse falando com Neferet ou algo assim.”<br />
“Tanto faz. Te cobrimos. Mas, falando em sair do campus, tem certeza que é<br />
seguro?” Shaunee disse. “Não estamos esquecendo completamente o fato de que está<br />
assustador por aqui no momento.”<br />
“Yeah, você não pode terminar com seu namorado humano depois, tipo depois de<br />
pegarem o maluco que decapitou e crucificou a professora Nolan?” Erin perguntou.<br />
“É algo que eu tenho que fazer agora. Você sabe, com o Imprint não é exatamente<br />
fácil terminar.”<br />
“Drama,” Erin disse.<br />
“Muito drama.” Shaunee acrescentou em solene concordância.<br />
“Yeah, e quanto mais durar, pior vai ser. Eu quero dizer, Heath acabou de voltar<br />
para a cidade e já está me mandando 10 mil mensagens.” As Gêmeas me deram olhares<br />
simpáticos. “Então, até depois. Eu volto em tempo de me trocar antes do ritual de<br />
Neferet.” Eu me afastei rápido enquanto as Gêmeas falavam “te vemos mais tarde” para<br />
mim.<br />
Eu me apressei para a porta e me encontrei com o que pareceu uma enorme<br />
montanha masculina. Mãos impossivelmente fortes me seguraram antes deu cair. Eu olhei<br />
para cima (e mais e mais para cima) para um homem parecendo uma rocha, com um<br />
rosto incrivelmente bonito. E então pisquei surpresa. Ele definitivamente era um vampiro<br />
adulto (com tatuagens muito legais), embora ele não parecesse muito mais velho que eu.<br />
Mas, nossa, ele é muito alto!<br />
“Cuidado, caloura,” a montanha que tinha se vestido de preto disse. Então a<br />
expressão dele mudou. “Você é Zoey Redbird.”<br />
“Yeah, eu sou Zoey.”<br />
Me soltando, ele deu um passo para trás e pressionou o punho por cima do coração<br />
e me saudou. “Merry met. É um prazer conhecer a caloura ao qual Nyx deu tantos dons.”<br />
Me sentindo constrangida e boba, eu retornei a saudação. “Prazer em conhecer você<br />
também. E você é?”<br />
“Darius, um Filho de Erebus,” ele disse, se curvando formalmente e dizendo como se<br />
fosse um titulo e não apenas uma descrição.<br />
“Você é um dos caras chamados pelo que aconteceu com a professora Nola?” Minha<br />
voz morreu um pouco, o que ele claramente notou.<br />
“Hey,” ele disse, parecendo ainda mais jovem, e ainda sim, de alguma forma,<br />
incrivelmente poderoso, “Você não deveria se preocupar, Zoey. Os Filhos de Erebus vão<br />
proteger a escola de Nyx até o nosso último fôlego.”<br />
O jeito como ele disse isso me fez minha pele formigar. Ele era enorme e forte e<br />
muito, muito serio. Eu não podia imaginar nada nem ninguém que podia passar por ele,<br />
muito menos fazer ele respirar pela última vez. “O-obrigado,” eu murmurei.<br />
“Meus irmãos guerreiros estão todos no território da escola. Você pode descansar<br />
segura, pequena sacerdotisa,” ele sorriu para mim. Pequena sacerdotisa? Por favor. O<br />
garoto tinha que ter Mudado apenas recentemente.<br />
“Oh, ótimo. Uh, eu vou.” Eu comecei a descer os degraus. “Eu só vou para os, uh,<br />
estábulos, visitar minha égua. Persephone. Foi um prazer te conhecer. Estou feliz que<br />
você esteja aqui,” eu acrescentei, dando a ele um ridículo aceno e então correndo para a<br />
calçada em direção ao estábulo. Eu podia sentir os olhos dele me seguindo.<br />
Droga. Isso não é bom. Eu me pergunto o que diabos eu ia fazer. Como eu vou sair<br />
daqui com essas montanhas de guerreiros (não importando o quão fofos e jovens eles<br />
sejam) por todo lado? Não que importe o quão jovem e fofo ele seja. Como se eu tivesse<br />
tempo para outro possível namorado? Absolutamente não. Sem mencionar que a<br />
gostosura dele não deixa menos montanhoso. Jeesh, e eu estava uma confusão e tinha<br />
uma péssima dor de cabeça.<br />
E então eu ouvi uma suave voz na mente, me dizendo para pensar... fique calma...<br />
As palavras passaram pela minha mente freneticamente. Automaticamente eu<br />
comecei a diminuir a velocidade. Eu respirei fundo, me permitindo pensar e relaxar. Eu<br />
preciso me acalmar... ficar firme... pensar e -<br />
E bem assim veio até mim. Eu sabia o que precisava fazer. Nas sombras entre os<br />
dois postes de luz eu sai silenciosamente da calçada e decidi andar entre os enormes<br />
carvalhos, só que quando cheguei na primeira árvore eu parei na sombra, fechei os olhos,<br />
e me concentrei. Então, como tinha feito antes, eu chamei o silencio e invisível para mim,<br />
me protegendo me fazendo ficar dura como um tumulo (eu brevemente esperei que a<br />
metáfora era por mim ser muito imaginativa e não ser algum tipo de pressagio<br />
assustador).<br />
Eu sou perfeitamente silenciosa... ninguém pode me ver... ninguém pode me ouvir...<br />
eu sou como a nevoa... sonhos... espírito...<br />
Eu podia sentir a presença dos Filhos de Erebus, mas eu não olhei ao redor. Eu não<br />
permiti minha concentração ser minada. Eu me movi como um sussurro ou um segredo,<br />
indetectável e escondida em camadas de silêncio e neblina, nevoa e mágica. Meu corpo<br />
tremeu. Parecia que eu estava flutuando, e quando olhei para mim mesma eu só vi<br />
sombras entre uma nevoa na escuridão. Isso deve ser o que Bran Stoker descreveu em<br />
Drácula. Ao invés de me atrapalhar, a idéia firmou minha concentração e eu me senti ficar<br />
ainda menos substancial. Me movendo como num sonho, eu encontrei a árvore e subi por<br />
seu tronco quebrado e encontrei o grosso galho que ficava contra a parede.<br />
Bem como Afrodite tinha dito, havia uma corda amarrada ao redor do galho que<br />
parecia uma cobra. Ainda me movendo em silencio, com movimentos de um sonho, eu me<br />
firmei no topo do muro. Então, seguindo os instintos que saiam do núcleo da minha alma<br />
até meu corpo, eu ergui meus braços e sussurrei, “Venha até mim ar e espírito. Como a<br />
nevoa da meia noite, me carregue pela terra.”<br />
Eu não tive que pular do muro. O vento se moveu ao meu redor, erguendo meu<br />
corpo, que tinha sido transformado em um espírito sem substancia, e me flutuou até a<br />
grama do outro lado do muro. Por um segundo o senso de maravilha que me encheu me<br />
fez esquecer sobre a professora assassinada, problemas de namorados, e o estresse da<br />
minha vida em geral. Com os braços ainda erguidos, eu me virei, adorando o sentimento<br />
do vento e poder contra minha pele transparente. Era como se eu tivesse virado parte da<br />
noite. Mal tocando o chão eu me movi pela grama até chegar na calçada da rua Utica até<br />
a Utica Square. Eu estava me sentindo tão incrível que eu quase esqueci de parar e<br />
colocar a maquiagem para esconder as tatuagens. Relutantemente, eu parei para pegar a<br />
maquiagem e o espelho que estava na bolsa. Meu reflexo me fez parar de respirar. Eu<br />
parecia iridescente. Minha pele brilhava com cores perolizadas como uma miragem. Meu<br />
cabelo escuro se levantava suavemente ao meu redor, flutuando com a brisa que soprava<br />
ao meu redor. Eu não parecia humana e não parecia uma vampira. Eu parecia um novo<br />
tipo de ser, nascida da noite e abençoada pelos elementos.<br />
O que Loren disse sobre mim na biblioteca? Algo sobre eu ser uma deusa entre<br />
semi-deuses. O jeito que eu parecia agora me fez pensar que ele podia estar certo sobre<br />
algo. O poder passou por mim, e meu cabelo levantou do meu ombro. Eu juro que podia<br />
sentir as tatuagens queimando como um delírio no meu pescoço e costas. Talvez Loren<br />
estivesse certo sobre muitas coisas - sobre nós dois sermos amantes nas estrelas. Talvez<br />
depois de terminar com Heath eu devesse me afastar de Erik também. A idéia de deixar<br />
Erik me fez perder o fôlego, mas isso era esperado. Eu não era sem coração - eu<br />
realmente gostava dele. Mas a morte da professora Nolan não provou que nunca se sabe<br />
o que pode acontecer? A vida, mesmo para vampiros, pode ser muito curta. Talvez eu<br />
devesse ficar com Loren - talvez essa fosse a coisa certa a se fazer. Eu continuei olhando<br />
para meu reflexo mágico.<br />
Afinal de contas, eu realmente não era como outros calouros.<br />
Isso era algo que eu deveria aceitar a parar de lugar contra isso ou me sentir<br />
assustada.<br />
E se eu não era como outros calouros, então não era lógico que eu precisava ficar<br />
com alguém especial - algum outro calouro que eu fosse capaz de ficar?<br />
Mas Erik se importa com você, e eu me importo com ele. Eu não estou sendo justa<br />
com Erik... ou com Heath... Loren é um adulto... ele deveria ser um professor... então<br />
talvez não devêssemos ficar juntos escondidos...<br />
Eu ignorei a culpa que passou pela minha consciência. E silenciosamente ordenei que<br />
o vento e a nevoa e a escuridão levantasse para que eu pudesse me materializar<br />
completamente e poder cobrir minhas intricadas tatuagens. E então, levantando meu<br />
queixo e endireitando as costas, eu andei pela caçada até a Utica Square, para a<br />
Starbucks, e Heath, ainda sem ter 100% de certeza sobre o que diabos eu ia fazer.<br />
Eu fiquei no lado escuro da calçada onde havia poucos postes de luz e andei<br />
devagar, tentando descobrir o que dizer a Heath e fazer ele entender que ele e eu não<br />
podíamos mais nos ver. Eu estava a alguns metros de distancia da praça quando eu o vi<br />
vindo em minha direção. Na verdade, eu senti ele antes. Como se ele estivesse na minha<br />
pele que eu não podia alcançar para coçar. E numa compulsão abstrata eu me movi para<br />
frente, procurando por alguém que eu conhecia e queria, mas não sabia como encontrar.<br />
E então a compulsão passou de abstrata para definitiva - de subconsciente insistente para<br />
exigente. Então eu o vi. Heath. Ele estava vindo me encontrar. Nos vimos ao mesmo<br />
tempo. Ele estava andando do lado oposto da rua e estava debaixo de um poste. Eu podia<br />
ver os olhos dele brilharem e seu sorriso aumentar. Instantaneamente, ele começou a<br />
correr a cruzou a rua (eu notei que ele não olhou para nenhum dos olhos e eu estava feliz<br />
pelo péssimo tempo estar mantendo o trânsito mínimo - o garoto poderia ter sido<br />
atropelado por um carro).<br />
Os braços dele estavam ao meu redor e a respiração dele fez cócegas na minha<br />
orelha. “Zoey! Oh, baby, eu realmente senti sua falta!”<br />
Eu odiei notar que meu corpo respondeu a ele instantaneamente. Ele tinha cheiro de<br />
lar - uma versão sexy, e gostosa de casa - mas era um lar. Antes de poder derreter nos<br />
braços dele eu me afastei, de repente ciente do quão escuro e isolado, até intimo, estava<br />
nesse lado da calçada.<br />
“Heath, você deveria esperar por mim na Starbucks.” Yeah, no pequeno pátio da<br />
área da calçada estaria cheio de gente e definitivamente não seria intimo.<br />
Ele deu nos ombros e riu. “Eu estava, mas quando senti você chegando eu não<br />
consegui mais ficar sentado.” Os olhos dele brilharam adoravelmente e suas mãos<br />
acariciavam a minha bochecha enquanto acrescentou, “Nós tivemos um Imprint, lembra?<br />
É você e eu, baby.”<br />
Eu me senti dar um passo para trás para que ele não invadisse mais meu espaço<br />
pessoal. “É sobre isso que preciso falar com você. Então vamos para a Starbucks e pegar<br />
dois cafés e conversar.” Em publico. Onde não ficaria tão tentada a tirar ele da calçada e<br />
levar a um beco e afundar meus dentes em seu doce pescoço e -<br />
“Não posso,” ele disse, rindo de novo.<br />
“Não pode?” Eu balancei a cabeça, tentando me livrar do semi-nojenta (ok,<br />
provavelmente não era semi) cena que tinha começado a se formar na minha (vadia)<br />
imaginação.<br />
“Não podemos, porque Kayla e o esquadrão de vadias estão no Starbucks.”<br />
“Esquadrão de vadias?”<br />
“Yeah, é assim que eu Josh e Travis chamamos Kayla e Whitney e Lindsey e Chelsea<br />
e Paige.”<br />
“Oh, ugh. Desde quando Kayla começou a andar com aquelas vadias odiosas?”<br />
“Desde que você foi Marcada.”<br />
Então eu estreitei os olhos para ele. “E porque Kayla e seus novos amigos<br />
escolheram essa noite em particular para estar na Starbucks? E porque nessa Starbucks<br />
ao invés de uma em Broken Arrow que é muito mais perto de onde vivemos?”<br />
Heath ergueu a mão como se estivesse cercado. “Eu não fiz de propósito!”<br />
“Fez o que, Heath?” Jeesh, o garoto era um idiota às vezes.<br />
“Eu não sabia que elas iam sair da Gap logo quando eu estava começando a<br />
encostar na Starbucks. Eu não as vi até que elas me viram. Era muito tarde daí.”<br />
“Bem isso explica o desejo repentino delas por cafeína. Estou surpresa que elas não<br />
te seguiram pela calçada.” Ok, sim. Eu lembrava que eu deveria terminar com ele, mas<br />
ainda me irritava pensar que Kayla estava dando em cima dele.<br />
“Então você não quer ver elas, quer?”<br />
“Não, diabos não.” Eu disse.<br />
“Achei que não. Bem, que tal eu te acompanhar de volta para escola então.” Ele se<br />
aproximou de mim. “Eu lembro quando conversamos no muro alguns meses atrás. Aquilo<br />
foi bom.”<br />
Eu lembrava também. Especialmente porque foi a primeira vez que eu provei o<br />
sangue dele. Eu tremi. E então me recompus. Eu realmente precisava controlar essa ânsia<br />
por sangue. “Heath,” eu disse firmemente. “Você não pode ir comigo na escola. Você não<br />
viu o noticiário? Algum humano idiota matou um vampiro. Agora o lugar virou um<br />
acampamento do exercito. Eu tive que fugir para vir ver você, e não posso demorar.”<br />
“Oh, yeah. Eu ouvi sobre isso.” Ele pegou minha mão. “Você está bem? Você<br />
conhecia o vampiro que foi morto?”<br />
“Sim, eu conhecia ela. Ela era minha professora de teatro. E não, eu não estou bem.<br />
É uma das razões das quais eu precisava falar com você.” Eu me decidi. “Anda. Vamos<br />
andar pela rua e ir até o Parque Woodward. Podemos conversar lá.” Além do mais, era um<br />
parque publico, no meio do centro de Tulsa, não podia ser muito privado. Pelo menos era<br />
o que eu esperava.<br />
“Tudo bem por mim,” Heath disse feliz.<br />
Ele se recusou a largar minha mão, então começamos a descer a rua juntos como<br />
fazíamos desde o ensino fundamental. Só tínhamos nos afastado uns poucos quando uma<br />
voz passou por mim e eu tentei não pensar no fato que o pulso dele estava pressionado<br />
contra o meu e eu podia sentir nossos pulsos batendo juntos.<br />
“Zo, o que aconteceu nos túneis?”<br />
Eu dei a ele um afiado olhar de lado. “O que você lembra?”<br />
“Na maior parte escuridão, e você?”<br />
“Como assim?”<br />
“Eu não lembro como cheguei lá, mas lembro de dentes e olhos vermelhos que<br />
brilhavam.” Ele apertou minha mão. “E eu não me refiro a seus dentes, Zo. Além do mais,<br />
seus olhos não brilham. Eles cintilam.”<br />
“Eles cintilam?”<br />
“Totalmente. Especialmente quando você está bebendo meu sangue.” Ele diminuiu a<br />
velocidade para que quase parássemos quando ergueu minha mão até os lábios dele e a<br />
beijou. “Você sabe que é muito bom quando você bebe de mim, não sabe?”<br />
A voz de Heath ficou profunda e rouca, e os lábios dele pareciam fogo contra a<br />
minha pele. Eu queria me inclinar nele e me perder nele e afundar meus dentes nele e...<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-5035479925677465272012-05-28T11:49:00.000-07:002012-05-28T11:49:21.485-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 9)<br />
CAPÍTULO NOVE<br />
“Eu pensei que você era um sonho,” eu disse.<br />
Todos eles permaneceram em pé, os dhampir rondando o Moroi em uma<br />
formação protetora. Abe era o rosto estranho que eu vi quando estava entrando e<br />
saindo de consciência depois da luta no celeiro. Ele era mais velho que eu, perto da<br />
idade de Olena. Ele tinha cabelo preto e uma barbicha, e um bronzeado que Moroi<br />
tinham. Se você já viu pessoas de cor escura que estão doentes e ficam pálidas, é<br />
muito parecido. Havia algum pigmento na pele dele, mas estava descolorido com a<br />
intensa palidez. O mais surpreendente de tudo eram suas roupas. Ele usava um longo<br />
casaco escuro que gritava dinheiro, junto com um cachecol vermelho de cashmere.<br />
Abaixo dele, eu podia ver uma corrente de ouro que combinava com o brinco que ele<br />
usava em uma de suas orelhas. Minha impressão inicial daquele extravagante seria de<br />
um pirata ou um cafetão. Um momento depois, eu mudei de ideia. Algo nele dizia que<br />
ele era o tipo de cara que quebrava joelhos para conseguir o que queria.<br />
“Sonho, eh? Isso,” o Moroi disse, com um leve sorriso, “não é algo que eu ouço<br />
sempre. Bem, não.” Ele reconsiderou. “Eu ocasionalmente apareço nos pesadelos das<br />
pessoas.” Ele não era nem americano nem russo; eu não conseguia identificar o<br />
sotaque.<br />
Ele estava tentando me impressionar ou me intimidar com sua reputação ruim?<br />
Sydney não tinha estado exatamente com medo dele, mas ela certamente possuía<br />
uma quantidade saudável de cuidado.<br />
“Bem, eu assumo que você já saiba quem sou,” eu disse. “Então, a questão é, o<br />
que você está fazendo aqui?”<br />
“Não,” ele disse, o sorriso ficando mais duro. “A pergunta é, o que você está<br />
fazendo aqui?”<br />
Eu gesticulei em direção a casa, tentando bancar a bacana. “Vou a um funeral.”<br />
“Não é por isso que você veio para Rússia.”<br />
“Eu vim para Rússia para dizer aos Belikov que Dimitri está morto, já que ninguém<br />
se incomodou em fazer isso.” Isso estava se tornando uma explicação útil do porque<br />
eu estava aqui, e de novo eu senti a ponta perigosa da personalidade jovial dele.<br />
Abe balançou a cabeça, e agora o sorriso tinha sumido. “Essa também não é a<br />
razão. Não minta para mim, garotinha.”<br />
Eu senti meu descuido aumentar. “E não me interrogue, velhote. A não ser que<br />
você esteja pronto para me dizer porque você e seus ajudantes arriscaram dirigir<br />
naquela estrada para pegar Sydney e eu.” Os dhampirs de Abe se endureceram com a<br />
palavra velhote, mas para minha surpresa, ele sorriu de novo – embora o sorriso não<br />
tenho alcançado seus olhos.<br />
“Talvez eu estivesse apenas ajudando.”<br />
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“Não pelo que ouvi. Foi você quem fez os alquimistas enviarem Sydney aqui<br />
comigo.”<br />
“Oh?” ele arqueou uma sobrancelha. “Ela te disse isso? Mmm... isso é um mal<br />
comportamento por parte dela. Os superiores dela não vão gostar. Nem um pouco.”<br />
Oh, merda. Eu falei sem pensar. Eu não queria meter Sydney em problemas. Se<br />
Abe realmente era um tipo de Poderoso Chefão Moroi – do que ela tinha chamado<br />
ele? Zmey? A cobra? – eu não duvidava que ele poderia convencer os outros<br />
alquimistas a deixarem a vida dela ainda mais miserável.<br />
“Eu forcei ela a me dizer,” eu menti. “Eu... eu a ameacei no trem. Não foi tão<br />
difícil. Ela já morre de medo de mim.”<br />
“Eu não duvido que ela morra. Todos eles tem medo de nós, ligados por séculos<br />
de tradição e se escondendo atrás de suas cruzes para proteger eles – apesar dos dons<br />
que eles tem através de suas tatuagens. Em muitos jeitos, eles tem os mesmos traços<br />
que os dhampirs – só não tem problemas de reprodução.” Ele olhou para as estrelas<br />
enquanto falava, como uma espécie de filósofo meditando sobre os mistérios do<br />
universo. De alguma forma, isso me deixou ainda mais irritada. Ele estava tratando<br />
como se fosse uma piada, quando ele claramente tinha algum plano em relação a mim.<br />
Eu não gostava de ser parte dos planos de ninguém – particularmente quando não<br />
sabia que planos eram esses.<br />
“Yeah, yeah, tenho certeza que poderíamos falar sobre os alquimistas e como<br />
você controla eles a noite toda,” eu surtei. “Mas eu ainda quero saber o que você quer<br />
comigo.”<br />
“Nada,” ele disse simplesmente.<br />
“Nada? Você passou por vários problemas para me colocar com Sydney e me<br />
seguir aqui para nada.”<br />
Ele olhou de volta para o céu, e havia um brilho perigoso em seu olhar. “Você não<br />
me interessa. Eu tenho meu próprio negócio. Eu vim a favor de outros que estão<br />
interessados em você.”<br />
Eu endureci, e finalmente, medo verdadeiro passou por mim. Merda. Havia<br />
procura por mim. Mas quem? Lissa? Adrian? Tatiana? De novo, essa última me deixou<br />
nervosa. Os outros iriam me procurar porque se importavam. Mas Tatiana... Tatiana<br />
temia que eu fugisse com Adrian. Mais uma vez eu pensei que se ela queria que eu<br />
fosse encontrada, poderia ser porque ela queria se assegurar que eu não voltasse. Abe<br />
me parecia o tipo de pessoa que fazia as pessoas desaparecerem.<br />
“E o que os outros querem? Eles querem que eu vá para casa?” eu perguntei,<br />
tentando parecer corajosa. “Você achou que poderia vir aqui e me arrastar de volta<br />
para os EUA?”<br />
Aquele sorriso de segredos de Abe retornou. “Você acha que eu poderia te<br />
arrastar de volta?”<br />
“Bem,” eu zombei, de novo sem pensar, “você não poderia. Seus homens<br />
poderiam. Bem, talvez, eu posso ser capaz de derrubar eles.”<br />
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Abe riu alto pela primeira vez, um som rico e profundo cheio de uma diversão<br />
sincera. “Você faz jus a sua reputação. Encantador.” Ótimo.<br />
Abe provavelmente tinha todo um arquivo sobre mim em algum lugar. Ele<br />
provavelmente sabia o que eu gostava de comer no café. “Eu faço um trato com você.<br />
Me diga porque está aqui, e eu te digo porque estou aqui.”<br />
“Eu já te disse.”<br />
Em um segundo, a risada desapareceu. Ele deu um passo mais para perto, e eu vi<br />
os guardiões ficarem tensos. “E eu te disse para não mentir para mim. Você tem um<br />
motivo para estar aqui. Eu preciso saber o que é.”<br />
“Rose? Você pode entrar?”<br />
Na casa dos Belikov, a voz clara de Viktoria correu pela noite. Olhando para trás de<br />
mim, eu vi ela parada na porta. De repente, eu queria sair de perto de Abe. Tinha algo<br />
letal debaixo daquela exagerada e jovial fachada, e eu não queria passar outro minuto<br />
com ele. Virando, eu comecei a andar em direção da casa, meio que esperando que os<br />
guardiões dele viessem me sequestrar, apesar das palavras dele. Os dois guardiões<br />
ficaram onde estavam, mas seus olhos me observavam com cuidado. O sorriso<br />
esquisito de Abe voltou para seu rosto.<br />
“Desculpe por não poder ficar e conversar,” eu disse.<br />
“Está tudo bem,” ele disse exageradamente. “Vamos encontrar tempo mais<br />
tarde.”<br />
“Dificilmente,” eu disse. Ele riu, e eu segui rapidamente Viktoria de volta para<br />
casa, sem me sentir segura até que fechei a porta. “Eu não gosto daquele cara.”<br />
“Abe?” ela perguntou. “Eu pensei que ele era seu amigo.”<br />
“Dificilmente. Ele é um tipo de gangster, certo?”<br />
“Eu suponho,” ela disse, como se não fosse nada demais. “Mas ele é o motivo do<br />
porque você está aqui.”<br />
“Yeah, eu sei sobre ele ter ido nos buscar.”<br />
Viktoria balançou sua cabeça. “Não, eu quero dizer aqui. Eu acho que quando você<br />
estava no carro, você ficou dizendo, ‘Belikov, Belikov’. Abe achou que você nos<br />
conhecia. É por isso que ele te trouxe para nossa casa.”<br />
Isso era surpreendente. Eu estava sonhando com Dimitri, então é claro que eu iria<br />
dizer o sobrenome dele. Mas eu não fazia ideia de que fora assim que acabei aqui. Eu<br />
achei que era porque Olena tinha treinamento médico.<br />
Então Viktoria acrescentou a coisa mais surpreendente de todas. “Quando ele<br />
percebeu que nós não te conhecíamos, ele ia te levar para outro lugar – mas vovó<br />
disse que precisávamos ficar com você. Eu acho que ela teve um sonho de que você<br />
viria.”<br />
“O que?” A maluca e assustadora Yeva que me odiava? “Yeva sonhou comigo?”<br />
Viktoria acenou. “É um dom que ela tem. Tem certeza que não conhece Abe? Ele é<br />
importante demais para estar aqui sem motivo.”<br />
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Olena correu até nós antes de eu poder responder. Ela pegou meu braço.<br />
“Estivemos procurando você. Porque demorou tanto?” A pergunta era dirigida para<br />
Viktoria.<br />
“Abe estava –”<br />
Olena balançou sua cabeça. “Esqueça. Venha. Todos estão esperando.”<br />
“Pelo que?” eu perguntei, deixando ela me arrastar pela casa até o quintal.<br />
“Eu devia te dizer,” explicou Viktoria, andando junto. “Essa é a parte onde todo<br />
mundo senta e lembra de Dimitri contando histórias.”<br />
“Ninguém vê ele a tanto tempo; não sabemos o que aconteceu com ele<br />
recentemente,” disse Olena. “Precisamos que você nos conte.”<br />
Eu recuei. Eu? Eu me neguei a continuar com isso, particularmente quando<br />
emergimos do lado de fora e eu vi todos aqueles rostos na fogueira. Eu não conhecia<br />
nenhum deles.<br />
Como eu poderia falar de Dimitri? Como eu poderia revelar o que estava fechado<br />
no meu coração? Todos pareceram se misturar juntos, e eu pensei que iria desmaiar.<br />
Por um momento, nenhum deles me notou. Karolina estava falando, seu bebê nos<br />
braços. De vez em quando ela parava, e os outros riam. Viktoria sentou em um ponto<br />
coberto por um cobertor no chão e eu sentei perto dela. Sydney se junto a nós um<br />
pouco depois.<br />
“O que ela está dizendo?” eu sussurrei.<br />
Viktoria ouviu sua irmã por alguns momentos e então se inclinou mais perto de<br />
mim. “Ela está falando sobre quando Dimitri era muito jovem, como ele costumava<br />
sempre implorar para ela e seus amigos que deixasse ele brincar com eles. Ele tinha<br />
cerca de seis anos e eles tinham oito e não queriam ele por perto.” Viktoria pausou de<br />
novo para ouvir a próxima parte da história. “Finalmente, Karolina disse a ele que ele<br />
poderia se ele concordasse em casar com um das bonecas deles. Então Karolina e seus<br />
amigos vestiram ele e as bonecas de novo e de novo e ficavam fazendo casamentos.<br />
Dimitri se casou pelo menos 10 vezes.”<br />
Eu não consegui me impedir de rir enquanto eu tentava imaginar, o sexy Dimitri<br />
deixando sua irmã mais velha vestir ele. Ele provavelmente teria tratado essa<br />
cerimônia de casamento com uma boneca séria e com auto domínio igual ao que ele<br />
tinha nos assuntos de guardiões.<br />
Outras pessoas falaram, e eu tentei acompanhar a tradução. Todas as histórias<br />
eram sobre a bondade e força de caráter de Dimitri. Mesmo quando não estava<br />
lutando contra os mortos vivos, Dimitri sempre esteve lá para ajudar quem precisava.<br />
Quase todo mundo conseguia se lembrar de algum tempo quando Dimitri tinha parado<br />
para ajudar outros, saindo do seu caminho para fazer o que era certo, mesmo nas<br />
situações que poderiam colocar ele em risco. Isso não era surpresa para mim. Dimitri<br />
sempre fazia a coisa certa.<br />
E foi essa atitude que me fez amar tanto ele. Eu tinha uma natureza similar. Eu<br />
também corro quando os outros precisam de mim, as vezes quando não deveria.<br />
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Outros me chamam de louca por fazer isso, mas Dimitri entendeu. Ele sempre me<br />
entendia, e parte do que trabalhávamos era como controlar essa necessidade<br />
impulsiva para correr para o perigo com razão e cálculo. Eu tinha o pressentimento<br />
que mais ninguém nesse mundo iria me entender do jeito que ele entendia.<br />
Eu não notei o quão forte as lágrimas estavam rolando pelas minhas bochechas<br />
até que vi todos olhando para mim. A princípio, eu pensei que eles me consideravam<br />
maluca por chorar, mas então eu percebi que alguém me fez uma pergunta.<br />
“Eles querem que você fale sobre os últimos dias de Dimitri,” Viktoria disse. “Nos<br />
conte algo. O que ele fez. Como ele era.”<br />
Eu usei minhas mangas para limpar meu rosto e desviei o olhar, me focando na<br />
fogueira. Eu falei na frente de outros antes sem hesitar, mas isso era diferente. “Eu...<br />
eu não posso,” eu disse a Viktoria, minha voz firme e suave. “Eu não posso falar sobre<br />
ele.”<br />
Ela apertou minha mão. “Por favor. Eles precisam ouvir sobre ele. Eles precisam<br />
saber. Só nos conte qualquer coisa. Como ele era?”<br />
“Ele... ele era seu irmão. Você sabe.”<br />
“Sim,” ela disse gentilmente. “Mas queremos saber como você acha que ele era.”<br />
Meus olhos ainda estavam na fogueira, observando como as chamas dançavam e<br />
mudavam de laranja para azul. “Ele... ele era o melhor homem que já conheci.” Eu<br />
parei para me preparar, e Viktoria usou a oportunidade para traduzir as palavras em<br />
russo. “E ele era um dos melhores guardiões. Eu quero dizer, ele era jovem comparado<br />
a vários deles, mas todos sabiam quem ele era. Todos conheciam a reputação dele, e<br />
várias pessoas confiavam nos conselhos dele. Eles chamavam ele de deus. E onde quer<br />
que houvesse uma luta... ou perigo... ele era sempre o primeiro a se colocar lá. Ele<br />
nunca recuou. E alguns meses atrás, quando nossa escola foi atacada...”<br />
Eu me engasguei um pouco. Os Belikovs falaram que sabiam do ataque – que<br />
todos sabiam – e pelos rostos daqui, era verdade. Eu não precisei elaborar sobre<br />
aquela noite, e os horrores que eu vi.<br />
“Aquela noite,” eu continuei, “Dimitri correu para enfrentar os Strigoi. Eu e ele<br />
estávamos juntos quando percebemos que eles estavam atacando. Eu queria ficar e<br />
ajudar ele, mas ele não me deixou. Ele me disse para ir, para correr e alertar os outros.<br />
E ele ficou para trás – sem saber quantos Strigoi ele teria que derrubar enquanto eu ia<br />
buscar ajuda. Eu ainda não sei com quantos ele lutou – mas haviam vários. E ele<br />
derrubou todos eles sozinho.”<br />
Eu me atrevi a olhar para os rostos ao meu redor. Todos estavam tão quietos e<br />
parados que eu me perguntei se eles sequer estavam respirando. “Foi tão difícil,” eu<br />
disse a eles. Sem perceber, minha voz caiu para um sussurro. Eu tive que repetir mais<br />
alto. “Foi tão difícil. Eu não queria deixar ele, mas eu sabia que precisava. Ele me<br />
ensinou tanto, mas uma das maiores coisas era que sempre temos que proteger<br />
outros. Era meu dever avisar a todos, mesmo que eu apenas quisesse ficar com ele.<br />
Todo o tempo eu fiquei repetindo para mim mesma, “Volte, volte. Vá até ele!” Mas eu<br />
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sabia o que eu tinha que fazer – e eu também sabia que parte dele estava tentando<br />
me manter segura. E se o papel fosse reverso... bem, eu teria feito ele correr também.”<br />
Eu suspirei, surpresa por revelar tanto do meu coração. Eu voltei para o modo<br />
negócios. “Mesmo quando os outros guardiões se juntaram a ele, Dimitri nunca<br />
recuou. Ele derrubou mais Strigoi do que ninguém.” Christian e eu tínhamos matado a<br />
maioria na verdade. “Ele... foi incrível.”<br />
Eu contei a eles o resto da história que eu tinha contado aos Belikovs. Só que eu<br />
forcei um pouco de detalhes dessa vez, dizendo eles o quão vívido e bravo e poderoso<br />
ele foi. As palavras me machucavam enquanto eu falava, e ainda sim... era quase um<br />
alívio soltar elas. Eu mantive as memórias daquela noite fechadas em mim. Mas<br />
eventualmente, eu tive que contar a eles sobre a caverna. E aquilo... aquilo era o pior.<br />
“Fizemos uma armadilha para os Strigoi na caverna. Haviam duas entradas, e<br />
viemos dos dois lados. Uma parte do nosso pessoal ficou preso, e havia mais Strigoi do<br />
que esperávamos. Perdemos gente... mas teríamos perdido muito mais se Dimitri não<br />
estivesse lá. Ele não sairia até que todos estivessem fora. Ele não se preocupou com o<br />
risco para si mesmo. Ele só sabia que tinha que salvar outros...”<br />
Eu vi nos olhos dele, aquela determinação. Nosso plano era finalmente recuar<br />
assim que todos escapassem, mas eu tinha o pressentimento que ele teria ficado e<br />
matado cada Strigoi que ele pudesse encontrar. Mas ele também seguia ordens,<br />
finalmente começando a recuar quando os outros estavam em segurança. E naqueles<br />
últimos momentos, logo antes do Strigoi morder ele, Dimitri encontrou meus olhos e<br />
encarou tão cheio de amor que foi como se toda a caverna se enchesse de luz. A<br />
expressão dele dizia o que havíamos conversado mais cedo: Podemos ficar juntos,<br />
Rose. Logo. Estamos quase lá. E nada vai nos separar de novo...<br />
Mas não mencionei essa parte. Quando finalmente terminei o resto da história, o<br />
rosto daqueles reunidos estavam triste, mas cheio de temor e respeito. Perto do fundo<br />
da multidão, eu notei Abe e seus guardiões ouvindo também. A expressão dele era<br />
ilegível. Dura, mas não irritada ou assustadora. Copos pequenos começaram a circular<br />
pelo grupo, e alguém me entregou um. Um dhampir que eu não conhecia, um dos<br />
poucos homens presente, levantou e ergueu seu copo no ar. Ele falou alto e<br />
reverentemente, e eu ouvi o nome de Dimitri mencionado vários vezes. Quando ele<br />
terminou, ele bebeu do copo. Todos os outros beberam então eu segui a deixa.<br />
Era como fogo em forma liquida. Foi preciso toda minha força para engolir e não<br />
cuspir naqueles ao meu redor. “O... o que é isso?” Eu perguntei, tossindo.<br />
Viktoria sorriu. “Vodka.”<br />
Eu olhei para o copo. “Não, não é. Eu já tomei Vodka.”<br />
“Não vodka russa.”<br />
Aparentemente não. Eu forcei o resto do copo por respeito a Dimitri, embora eu<br />
tivesse o pressentimento de que se ele estivesse aqui, ele estaria balançando sua<br />
cabeça para mim. Eu pensei que tinha terminado de ser o centro das atenções na<br />
história, mas aparentemente não. Todos ficavam fazendo perguntas. Eles queriam<br />
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saber mais sobre Dimitri, mais sobre como era a vida dele recentemente. Eles também<br />
queriam saber sobre mim e Dimitri como um casal. Todos eles pareciam ter<br />
descoberto que Dimitri e eu estávamos apaixonados – e eles não se importaram. Me<br />
perguntaram sobre quando nos conhecemos, quanto tempo estivemos juntos...<br />
E o tempo todo, algum ficava enchendo meu copo. Determinada a não parecer<br />
uma idiota de novo, eu fiquei bebendo até finalmente conseguir beber a vodka sem<br />
tossir ou derramar. Quanto mais eu bebia, mais altas e animadas minhas histórias<br />
ficavam. Meus membros começaram a formigar, e parte de mim sabia que isso<br />
provavelmente era uma má ideia. Ok, toda parte minha sabia.<br />
Finalmente, as pessoas começaram a ir embora. Eu não fazia ideia de que horas<br />
era, mas eu acho que era metade da noite. Talvez mais tarde. Eu levantei também,<br />
achando muito mais difícil do que eu esperava. O mundo girou, e meu estômago não<br />
estava muito feliz comigo. Alguém pegou meu braço e me firmou.<br />
“Calma,” disse Sydney. “Não force.” Devagar, cuidadosamente, ela me levou para<br />
a casa.<br />
“Deus,” eu gemi. “Eles usavam essa coisa para abastecer foguetes?”<br />
“Ninguém te obrigou a beber.”<br />
“Hey, não me dê sermões. Além do mais, eu tinha que ser educada.”<br />
“Claro,” ela disse.<br />
Conseguimos entrar e então tínhamos a tarefa impossível de subir as escadas para<br />
o quarto que Olena me cedeu. Cada passo era agonia.<br />
“Todos eles sabiam sobre Dimitri e eu,” eu disse, imaginando se eu estava dizendo<br />
alguma parte disso sóbria. “Mas nunca disse a eles que estávamos juntos.”<br />
“Você não precisava. Está escrito no seu rosto.”<br />
“Eles agiram como se eu fosse a viúva dele ou algo assim.”<br />
“É como se fosse.” Chegamos no meu quarto, e ela me ajudou a sentar na cama.<br />
“Não são muitas pessoas que se casam por aqui. Se você estiver com alguém por<br />
tempo o bastante, eles acham que é quase a mesma coisa.”<br />
Eu suspirei e encarei sem nenhum foco em particular. “Eu sinto tanta falta dele.”<br />
“Sinto muito,” ela disse.<br />
“Algum dia vai melhorar?”<br />
A pergunta pareceu pegar ela de surpresa. “Eu... eu não sei.”<br />
“Você já se apaixonou?’<br />
Ela balançou a cabeça. “Não.”<br />
Eu não tinha certeza se isso fazia dela sortuda ou não. Eu não tinha certeza se<br />
todos os dias brilhantes que eu tive com Dimitri valeram a dor que eu sentia agora. Um<br />
momento depois, eu sabia a verdade. “É claro que valeram.”<br />
“Huh?” perguntou Sydney.<br />
Eu percebi que falei meus pensamentos em voz alta. “Nada. Só estava falando<br />
comigo mesma. Eu deveria dormir um pouco.”<br />
“Você precisa de mais alguma coisa? Você vai ficar enjoada?”<br />
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Eu avaliei a situação do meu estômago. “Não, mas obrigado.”<br />
“Ok.” No jeito tipicamente brusco dela, ela saiu, desligando as luzes e fechando a<br />
porta.<br />
Eu pensei que iria desmaiar imediatamente. Honestamente, eu queria. Minha<br />
cabeça foi aberta para tanto de Dimitri hoje a noite, e eu queria que a dor fosse<br />
embora. Eu queria escuridão e ignorância. Ao invés disso, talvez porque eu estava<br />
querendo me punir, minha cabeça decidiu terminar o trabalho e se abrir<br />
completamente.<br />
Eu fui visitar Lissa<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-53992277677426117462012-05-28T11:45:00.000-07:002012-05-28T11:45:54.186-07:00A,Vampiro - promessa de sangue (capitulo 8)<br />
CAPÍTULO OITO<br />
As reações foram misturadas entre os familiares de Dimitri. Alguns choraram.<br />
Alguns ficaram chocados. E alguns – principalmente Yeva e Viktoria – simplesmente<br />
absorveram e mantiveram a emoção longe de seus rostos, como Dimitri teria feito.<br />
Isso me chateou tanto quanto as lágrimas; me lembrou demais dele. De todos eles, a<br />
grávida Sonya – que chegou logo depois da noticia – teve a reação física mais intensa.<br />
Ela correu chorando até sua mãe e não saiu.<br />
Não levou muito tempo, no entanto, para Yeva e Olena agirem. Elas falaram<br />
rapidamente em russo, claramente planejando algo. Ligações foram feitas, e Viktoria<br />
foi despachada para fazer tarefas. Ninguém parecia precisar de mim, então eu<br />
basicamente perambulei pela casa e tentei ficar fora do caminho,.<br />
Eu me encontrei estudando as prateleiras que tinha visto mais cedo, passando<br />
minhas mãos pelos lindos livros com capa de couro. Os títulos estavam em cirílico, mas<br />
não importou.<br />
“Procurando por uma leitura leve?” Sydney andou e parou ao meu lado. Ela não<br />
estava por perto mais cedo mas ouviu as noticias.<br />
“Muito leve, já que eu não consigo entender nenhuma delas,” eu repliquei. Eu<br />
gesticulei em direção aos familiares. “O que está acontecendo?”<br />
“Estão planejando o funeral de Dimitri,” Sydney explicou. “Ou, bem, seu<br />
memorial.”<br />
Eu franzi. “Mas ele não está morto –”<br />
“Shh.” Ela me cortou com um gesto afiado e olhou ansiosa para os outros<br />
enquanto eles se movimentavam. “Não diga isso.”<br />
“Mas é verdade,” eu falei em resposta.<br />
Ela balançou a cabeça. “Não para eles. Aqui... nesses vilarejos... não existe um<br />
meio termo. Você está vivo ou você está morto. Eles não vão reconhecer ele ser um...<br />
daqueles.” Ela não conseguiu esconder o nojo da sua voz. “Para todas as intenções e<br />
propósitos, ele está morto para eles. Eles vão ficar em luto por ele e seguir em frente.<br />
Você também deveria.” Eu não me ofendi com a atitude dura dela porque eu sabia que<br />
ela não queria ser dura. Era simplesmente o jeito dela.<br />
O problema era, que no estado de meio termo era bem real para mim, e não tinha<br />
como eu seguir em frente. Ainda não.<br />
“Rose...” começou Sidney depois de vários segundos de silêncio. Ela não olhou nos<br />
meus olhos. “Sinto muito.”<br />
“Você diz, por Dimitri?”<br />
“Yeah... eu não fazia ideia. Eu não fui muito gentil com você. Eu quero dizer, não<br />
vou agir como se me sentisse melhor por andar com sua gente, mas vocês ainda são...<br />
bem, não humanos, obviamente. Mas... eu não sei. Você ainda tem sentimentos; você<br />
ainda ama e se magoa. E enquanto estávamos vindo aqui, você tinha essa horrível<br />
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noticia com você, e eu não facilitei. Então sinto muito por isso. E sinto muito por<br />
pensar o pior de você.”<br />
A princípio, eu pensei que ela estava falando sobre pensar que eu era maligna,<br />
mas então eu entendi. Ela pensou todo esse tempo que eu realmente vim aqui para<br />
ser uma meretriz de sangue e agora acreditava que entregar as noticias para a família<br />
de Dimitri tinha sido meu único propósito. Não me incomodei em corrigir ela.<br />
“Obrigado, mas você não tinha como saber. E honestamente, se eu estivesse no<br />
seu lugar... eu não sei. Eu provavelmente agiria do mesmo jeito.”<br />
“Não,” ela disse. “Você não agiria. Você é sempre gentil com as pessoas.”<br />
Eu dei a ela um olhar incrédulo. “Você esteve viajando com outra pessoa nos<br />
últimos dias? Em casa, eu tenho uma reputação de nem sempre ser gentil. Eu tenho<br />
uma atitude e eu sei.”<br />
Ela sorriu. “Yeah, você tem. Mas você também diz a coisa certa para as pessoas<br />
quando precisa. Dizer aos Belikov o que você disse... bem, isso foi difícil. E não importa<br />
o que você diga, você é educada e faz coisas para ajudar as pessoas a se sentirem bem.<br />
Na maioria das vezes.”<br />
Eu estava um pouco assustada. Era assim que eu parecia? Eu frequentemente<br />
pensava em mim com a rainha das vadias impulsivas e tentei pensar em meu<br />
comportamento com ela durante os últimos dias. Eu tinha discutido muito com ela,<br />
porém com os outros que nós encontramos, eu acho que eu fui amigável.<br />
“bem, obrigada,” eu disse, sem saber o que mais dizer.<br />
“Você já viu Abe? Quando andou pela cidade?”<br />
“Não,” eu disse, percebendo que eu tinha esquecido sobre o meu misterioso<br />
salvador. “Eu deveria?”<br />
“Eu só achei que ele iria encontrar você.”<br />
“Quem é ele? Porque ele foi nos buscar quando você disse que eu estava<br />
machucada?”<br />
Sydney hesitou, e eu achei que iria ganhar um pouco mais do tratamento de<br />
silêncio dos alquimistas. Então, depois de olhar ao redor desconfortavelmente, ela<br />
disse em uma voz baixa, “Abe não é da realeza, mas ele é um cara muito importante.<br />
Eles nem é russo, mas ele vem para cá, sempre a trabalho – tanto ilegal quanto legal,<br />
eu acho. Ele é amigo de todos os Moroi importantes, e metade do tempo, parece que<br />
ele controla os alquimistas, também. Eu sei que ele está envolvido no processo de<br />
produção das nossas tatuagens... mas seus negócios vão além disso. Nós o demos um<br />
apelido sem ele saber... Zmey.”<br />
“Zma o que?” eu mal tinha ouvido a palavra. Ela soava como zz-may. Certamente<br />
não era nada que eu já tenha escutado antes.<br />
Ela deu um pequeno sorriso perante minha confusão. “Zmey é a palavra russa<br />
para ‘cobra’. Mas não para qualquer cobra,” os olhos dela se estreitaram enquanto ela<br />
ponderava uma melhor explicação. “É um termo usado em vários mitos. As vezes para<br />
cobras gigantes que os heróis tem que combater. Existem também algumas histórias<br />
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sobre feiticeiros com sangue de cobra que são chamados assim. A cobra no jardim do<br />
Éden? Que fez Eva cair na tentação? Ele era chamado de zmey também.”<br />
Eu tremi. Okay, isto era muito estranho, porém fez com que algo se encaixasse. Os<br />
alquimistas alegavam ter ligações com lideres e autoridades, e Abe aparentemente<br />
demonstrava muita influência sobres esses. “Foi Abe a pessoa que queria que você<br />
viesse comigo para Baia? A razão que os alquimistas fizeram você vir pra cá?”<br />
Novamente, ela pausou, e então concordou. “Yeah... quando eu fiz a ligação<br />
aquela noite em São Petersburgo, me disseram que você estava sendo procurada. Abe<br />
deu ordens através dos alquimistas para que eu ficasse com você até ele poder se<br />
encontrar conosco aqui. Ele aparentemente tem estado procurando por você em<br />
nome de alguém.”<br />
Eu fiquei gelada. Meus medos estavam se realizando. Pessoas estavam<br />
procurando por mim. Mas quem? Se Lissa tivesse iniciado uma perseguição, eu teria<br />
sentido isso enquanto visitava sua mente. Eu também não achava que era Adrian, não<br />
pelo jeito que ele parecia tão desesperado e sem ideia sobre o meu paradeiro. Além<br />
do mais, ele parecia aceitar minha necessidade de realizar essa busca.<br />
Então quem estava procurando por mim? E por que razão? Esse Abe soava como<br />
uma pessoa de alto escalão – apesar de ser alguém envolvido com negócios obscuros –<br />
alguém que poderia muito bem estar ligado a rainha ou outras pessoas quase tão<br />
importante quanto ela. Teria sido ele ordenado a me achar e me levar de volta? Ou –<br />
considerando o quanto a rainha me odiava – ele talvez teria sido ordenado a se<br />
certificar que eu não voltasse? Estava eu lidando com um assassino? Sydney<br />
certamente parecia considerar ele com um misto de medo e respeito.<br />
“Talvez eu não queira me encontrar com ele,” eu disse.<br />
“Eu não acho que ele irá te machucar. Quero dizer, se ele quisesse, ele já teria<br />
feito. Mas seja cuidadosa. Ele sempre está jogando vários jogos de uma vez, e ele trata<br />
de suficientes segredos que rivaliza com os alquimistas.”<br />
“Então você não confia nele?”<br />
Ela sorriu tristemente enquanto virava para ir embora. “Você esqueceu: eu não<br />
confio em nenhum de vocês.”<br />
Quando ela se foi, eu decidi sair de dentro de casa, para longe da tristeza e<br />
arranjos sendo resolvidos dentro dela. Eu sentei no topo do degrau da varanda do<br />
quintal, assistindo Paul brincar. Ele estava construindo um forte para alguns de seus<br />
bonecos de ação. Embora sensível a aflição de sua família, era difícil ele ser muito<br />
afetado pela “morte” de um tio que ele só tinha encontrado algumas poucas vezes. A<br />
noticia não significava tanto pra ele quanto significava para o resto de nós.<br />
Com tanto tempo sobrando para mim o resto do dia, eu decidi dar uma rápida<br />
conferida em Lissa. Pois querendo ou não, eu estava meio curiosa sobre como as<br />
coisas tinham se resolvido para Avery Lazar.<br />
Enquanto as intenções de Lissa eram boas, ela ainda tinha tido algumas dúvidas<br />
sobre almoçar com Avery. E ainda, ela ficou agradavelmente surpresa por ver Avery se<br />
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encaixando perfeitamente, encantando ambos Adrian e Christian. Admitidamente,<br />
Adrian era impressionado por quase qualquer coisa feminina. Christian era mais difícil<br />
de ganhar, mas até ele parecia estar ficando mais e mais encantado por ela –<br />
provavelmente porque ela ficava tesando Adrian. Qualquer um que fizesse piada as<br />
custas de Adrian subia na lista de pontos de Christian.<br />
“Sendo assim, explique isso,” Avery disse, enrolando o linguine no garfo. “Você<br />
apenas, tipo, perambula pela academia o dia inteiro? Você está tentando refazer suas<br />
experiências do ensino médio?”<br />
“Nada de refazer,” disse Adrian com orgulho. “Eu totalmente regi o meu ensino<br />
médio. Eu era cultuado e adorado – não que isso seja um choque.” Ao lado dele,<br />
Christian quase se engasgou com sua comida.<br />
“E aí... você estava tentando reviver seus dias de glória. Isso tudo foi por água<br />
abaixo desde então, huh?”<br />
“De jeito nenhum,” disse Adrian. “Eu sou como um vinho fino. Ficou melhor com o<br />
tempo. O melhor ainda está por vim.”<br />
“Parece que ficará velho depois de um tempo,” disse Avery, aparentemente não<br />
convencida pela convincente comparação com vinho. “Eu certamente estou entediada,<br />
e eu até passei parte do dia ajudando meu pai.”<br />
“Adrian dorme a maior parte do dia,” apontou Lissa, tentando manter a rosto<br />
sério. “Assim ele não tem realmente que se preocupar sobre encontrar coisas pra<br />
fazer.”<br />
“Hey, eu passo uma boa porção do meu tempo ajudando você a desvendar os<br />
mistérios do Espírito,” Adrian a lembrou.<br />
Avery se inclinou para frente, curiosidade por todo o seu bonito rosto. “Então isso<br />
é realmente real? Eu ouvi histórias sobre Espírito... e como você pode curar pessoas?”<br />
Levou um momento até Lissa responder. Ela não estava certa se conseguiria se<br />
acostumar com o fato de sua magia ser exposta a todos. “Entre outras coisas. Nós<br />
ainda estamos tentando compreender isso.”<br />
Adrian estava mais ansioso que ela para discutir isso – provavelmente na<br />
esperança de impressionar Avery – e providenciou um rápido resumo de algumas das<br />
habilidades do Espírito, como auras e compulsão. “E,” ele adicionou, “eu posso visitar<br />
os sonhos das pessoas.”<br />
Christian levantou a mão. “Pare. Eu acabei de sentir que há um comentário vindo<br />
sobre como as mulheres já sonham com você. Eu comi agora, você sabe.”<br />
“Eu não estava indo por esse caminho,” disse Adrian. Mas ele meio que parecia<br />
como se desejasse que ele tivesse pensado na piada primeiro. Eu não pude não achar<br />
engraçado.<br />
Adrian era tão imprudente e petulante em público... mas aí, nos meus sonhos, ele<br />
mostrava o seu lado sério e preocupado. Ele era mais complexo do que qualquer um o<br />
dava crédito.<br />
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Avery parecia derrotada. “Cara. Eu costumava pensar que Ar era legal. Acho que<br />
não.” Uma pequena brisa de repente soprou o cabelo dela, fazendo-a parecer como se<br />
estivesse pousando para um ensaio fotográfico de roupa de banho. Ela deu ao grupo<br />
um sorrido deslumbrante. Tudo que faltava era um fotógrafo.<br />
O som do sinal fez todos eles se levantarem. Christian percebeu que tinha deixado<br />
a lição em outra sala e saiu apressado para pega-la – depois de dar um beijo de<br />
despedida em Lissa, é claro.<br />
Adrian saiu igualmente apressado. “Os professores começam a me dar olhares<br />
sujos se eu perambulo por ai depois que as aulas começam.” Ele deu a Lissa e Avery<br />
uma pequena meia reverência.<br />
“Até a próxima vez, senhoras.”<br />
Avery, que não poderia se importar menos com o que os professores pensavam,<br />
acompanhou Lissa até sua próxima aula. O rosto da garota mais velha estava<br />
pensativo. “Então... você realmente está com Christian, certo?” Ela sempre estava. Se<br />
Avery tivesse visto metade das coisas que eu tinha visto Christian e Lissa fazerem<br />
através da nossa ligação, não haveria nenhuma pergunta.<br />
Lissa riu. “Sim, porque?”<br />
Avery hesitou, provocando a curiosidade de Lissa. “Bem... eu ouvi que você estava<br />
envolvida com Adrian.”<br />
Lissa quase parou de andar. “Onde você ouviu isso?”<br />
“Na corte. A rainha estava dizendo o quando ela estava feliz sobre vocês serem<br />
um casal e como vocês estão sempre juntos.”<br />
Lissa gemeu. “Isto é porque sempre que eu vou para a corte, ela convida ele<br />
também e então nos manda para fazer coisas para ela. Isso não é por escolha... bem,<br />
quero dizer, não me entenda mal. Eu não me importo em passar tempo com ele, mas a<br />
razão de nós estarmos sempre juntos é porque Tatiana nos faz.”<br />
“Ela parece gostar de você, entretanto. Ela fala sobre você o tempo todo, sobre<br />
quanto potencial você tem e como ela está orgulhosa de você.”<br />
“Eu achou que ela está orgulhosa de me manipular. Ir lá é um saco. Ela também<br />
ignora totalmente o fato que eu estou saindo com Christian ou em qualquer chance<br />
que ela tem começa a insultá-lo.” Rainha Tatiana, como muitas outras pessoas, nunca<br />
conseguia perdoar os pais de Christian por vontade própria terem se tornado Strigoi.<br />
“Desculpa,” disse Avery, parecendo como se ela se sentisse realmente mal. “Eu<br />
não queria trazer a tona um assunto ruim. Eu só meio que queria saber se Adrian<br />
estava disponível, é tudo.”<br />
Lissa não estava furiosa com Avery. Sua fúria se voltou para a rainha, em como ela<br />
assumia que todo mundo iria se comportar do jeito que ela queria e dançar quando ela<br />
mandasse. O mundo Moroi tinha sido regido por reis e rainhas desde o início dos<br />
tempos, e as vezes, Lissa pensava que era tempo para uma mudança. Eles precisavam<br />
de um sistema onde todos fossem vistos como iguais – reais e não reais. Até os<br />
Dhampirs.<br />
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Quanto mais ela pensava sobre isso, mais ela sentia seu temperamento piorar,<br />
raiva e frustração inflamando de um jeito mais comum para mim do que para ela.<br />
Fazendo ela querer gritar as vezes, ir até Tatiana e dizer a ela que o trato estava<br />
acabado. Nenhuma faculdade valia isso. Talvez ela até dissesse a Tatiana que era hora<br />
de uma revolução, hora de superar o passado Moroi – Lissa piscou, surpresa por<br />
descobrir que ela estava tremendo. De onde aquela emoção tinha vindo? Uma coisa<br />
era estar chateada com Tatiana, mas isso...?<br />
Ela não tinha tido esse tipo de fúria sem controle desde as primeiras vezes que ela<br />
tinha começado a usar o Espírito. Respirando fundo, ela tentou usar algumas das<br />
técnicas calmantes que tinha adquirido assim Avery não saberia o quão louca ela<br />
quase tinha se tornado.<br />
“Eu só odeio as pessoas falando sobre mim, é tudo,” Lissa disse finalmente.<br />
Avery não parecia ter notado o lapso de raiva. “Bem, se isso te faz sentir melhor,<br />
nem todos pensam isso sobre você. Eu encontrei um garota... Mia? Yeah, este era seu<br />
nome. Uma não realeza.” O tom desdenhoso de Avery sugeria que ela tinha a mesma<br />
visão que um monte de realezas tinham em relação aos Moroi “comuns”. “Ela apenas<br />
riu sobre você e Adrian estarem juntos. Disse que isso era ridículo.”<br />
Lissa quase sorriu com isso. Mia tinha sido uma vez rival de Lissa e uma<br />
egocêntrica pirralha. Porém, depois que um Strigoi matou sua mãe, Mia tinha<br />
adquirido uma atitude feroz e determinada, uma que tanto eu quanto Lissa<br />
gostávamos imensamente. Mia vivia na corte com seu pai, secretamente treinando<br />
luta, assim ela seria capaz de combater Strigoi um dia.<br />
“Oh,” disse Avery de repente. “Aí está Simon. Eu devo ir.”<br />
Lissa olhou através do corredor e viu o severo guardião de Avery. Simon pode não<br />
ser tão sério quanto o irmão de Avery, Reed, mas ele ainda tinha a mesma rigidez e<br />
duro olhar que ele tinha quando Lissa o encontrou pela primeira vez. Avery parecia se<br />
dar bem com ele, entretanto.<br />
“Okay,” disse Lissa. “Te vejo mais tarde.”<br />
“Pode apostar,” disse Avery, começando a virar para ir.<br />
“Oh, e Avery?”<br />
Avery olhou para Lissa. “Yeah?”<br />
“Adrian está disponível.”<br />
Avery respondeu apenas com um pequeno sorriso antes de ir se juntar com<br />
Simon. De volta com os Belikovs em Baia, a cerimônia memorial estava progredindo.<br />
Vizinhos e amigos, todos Dhampirs, lentamente chegavam, na maioria trazendo<br />
comida. Essa era minha primeira olhada na comunidade Dhampir, apesar dela ainda<br />
não parecer tão misteriosa quanto Sydney tinha insinuado. A cozinha se tornou um<br />
salão de festas, com todo as superfícies do balcão e mesa cobertas com pratos. Alguns<br />
eram comidas que eu conhecia, e tinha um monte de sobremesas – biscoitos e massas<br />
cobertos de nozes e açúcar que pareciam saídos do forno. Alguns dos pratos eu nunca<br />
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tinha visto antes e não tinha certeza se queria ver de novo. Tinhas uma tigela viscosa<br />
de repolho em particular que me fez desviar do meu caminho para evitá-la.<br />
Mas antes de nós comermos, todos foram para fora e se juntaram em um semicirculo<br />
no quintal. Esse era o único lugar que conseguia acomodar tantas pessoas. E<br />
então um padre apareceu, um padre humano. Isso me surpreendeu um pouco, mas eu<br />
supus que quando viviam em uma cidade humana, dhampirs iam a igrejas humanas. E<br />
para a maioria dos humanos, dhampirs eram parecidos com eles, assim o padre sem<br />
dúvida pensava que estava atendendo a um normal chamado. Um punhado de Moroi<br />
que estavam na cidade também estavam presentes, porém eles, também, poderiam<br />
mais ou menos passar por humanos – humanos pálidos – se eles fossem discretos com<br />
as presas. Humanos não esperam ver coisas sobrenaturais, por isso sua mente<br />
raramente considerava isso uma opção, mesmo quando isso estava bem na sua frente.<br />
Todo mundo ficou em silêncio. Era pôr-do-sol agora, com fogo laranja queimando<br />
no céu a oeste, e sombras caindo sobre todos nós. O padre executou a cerimônia<br />
memorial em russo, orando em uma voz que soava sobrenatural no quintal escurecido.<br />
Todos os cultos da igreja que eu já tinha visto eram em inglês, mas eu podia perceber<br />
como esse tinha o mesmo sentido. De vez em quando, as pessoas diziam alguma coisa.<br />
Eu não tinha ideia do que, assim eu simplesmente assistia e esperava, deixando a triste<br />
voz do padre preencher minha alma. Meus sentimentos por Dimitri se agitavam dentro<br />
de mim como uma tempestade crescendo, e eu me esforcei para manter-los dentro,<br />
trancados em meu coração. Quando a cerimônia finalmente acabou, a sombria<br />
pressão que tinha engolfado o grupo dispersou. Pessoas se movimentavam<br />
novamente, abraçando os Belikovs e apertando a mão do padre. Ele foi embora logo<br />
depois.<br />
Comida seguiu. Pratos eram preenchidos, e todos sentavam onde achavam<br />
espaço, seja isso dentro da casa ou no quintal. Nenhum dos convidados realmente me<br />
conhecia, e a família de Dimitri estava muito ocupada para prestar muita atenção em<br />
mim enquanto eles corriam de um lado para o outro e tentavam fazer todo mundo se<br />
sentir bem vindo. Sydney ficou comigo muito tempo, e enquanto a conversa estava<br />
leve entre nós, eu consegui sentir conforto através da presença dela. Nos sentamos no<br />
chão da sala de estar, encostadas na parede perto da estante de livros. Ela tinha<br />
beliscado sua comida, como sempre, o que me fez sorrir. Havia algo reconfortante<br />
sobre aquele hábito familiar.<br />
Quando o jantar acabou, pessoas continuaram conversando em pequenos grupos.<br />
Eu não conseguia entender nada, mas eu continuava ouvindo o nome dele sendo<br />
mencionado: Dimitri, Dimitri. Isso me lembrava do incompreensível silvo que os<br />
fantasmas fizeram durante sua visita. Era opressivo e sufocante, a força do nome dele<br />
pressionando o meu coração. Dimitri, Dimitri. Depois de um tempo, isso se tornou<br />
demais. Sydney tinha se afastado por alguns momentos, então eu fui para fora para<br />
conseguir um pouco de ar. Algumas pessoas tinham feito uma fogueira na parte de<br />
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trás e estavam sentando ao seu redor, ainda falando sobre Dimitri, por isso eu fui em<br />
direção a parte da frente da casa.<br />
Eu andei pela rua, não planejando ir muito longe. A noite estava morna e clara,<br />
com a lua e as estrelas queimando vivamente na escuridão sobre mim. Meus<br />
sentimentos estavam confusos, e agora que eu estava longe dos outros, eu permiti que<br />
um pouco da emoção presa dentro de mim se libertasse, vindo para fora como<br />
lágrimas silenciosas nas minhas bochechas. Quando eu estava algumas casas longe, eu<br />
sentei no meio-fio, descansando e desfrutando da quietude ao meu redor. Entretanto,<br />
minha paz foi curta – meus afiados ouvidos captaram o som de vozes vindo da casa<br />
dos Belikov. Três figuras apareceram. Uma, alta e esbelta, era Moroi, e os outros eram<br />
dhampirs. Eu observei enquanto eles vinham e paravam na minha frente. Não me<br />
importando com formalidades, eu lembrei onde eu estava, olhando acima pra os<br />
negros olhos do Moroi. Eu não reconheci o grupo da cerimônia – mas eu reconheci o<br />
Moroi de outro lugar. Eu dei a ele um sorriso meio torto.<br />
“Abe Mazur, eu presumo.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-81505928769467953272012-05-28T11:40:00.001-07:002012-05-28T11:40:28.465-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 7)<br />
CAPÍTULO SETE<br />
Era como a manhã de natal.<br />
Eu não era normalmente a favor de Deus ou destino, mas agora eu estava<br />
seriamente reconsiderando. Depois que desmaiei, Sydney aparentemente fez algumas<br />
ligações frenéticas, e alguém que ela conhecia em Baia tinha ido até nós – se<br />
arriscando na escuridão – para nos resgatar e nos levar até onde eu pudesse ser<br />
tratada. Não havia dúvidas do porque eu tive a vaga sensação de estar em um carro<br />
durante meu delírio; não tinha sido parte de um sonho.<br />
E então, de alguma forma, de todos os dhampirs em Baia, eu fui levada a mãe de<br />
Dimitri. Isso foi o bastante para me fazer seriamente reconsiderar que havia realmente<br />
uma força maior que trabalhava no universo. Ninguém me disse exatamente o que<br />
aconteceu, mas eu logo soube que Olena Belikova tinha uma reputação entre seus<br />
iguais para cura – e não era nem cura mágica. Ela tinha treinamento médico e era a<br />
pessoa que outros dhampirs – e até mesmo alguns Moroi – recorriam nessa região se<br />
eles queriam evitar contato humano. Ainda sim. As coincidências eram estranhas, e<br />
não consegui me impedir de pensar que havia algo acontecendo que eu não entendia.<br />
Por agora, eu não me preocupei demais com os comos e porquês da situação<br />
atual. Eu estava muito ocupada olhando com olhos bem abertos meus arredores e<br />
habitantes. Olena não vivia sozinha. Todas as irmãs de Dimitri – três delas – viviam na<br />
casa também, junto com seus filhos. A semelhança familiar era surpreendente.<br />
Nenhum deles parecia exatamente como Dimitri, mas em cada rosto, eu podia ver. Os<br />
olhos. O sorriso. Mesmo o senso de humor. Ver eles alimentou a ausência de Dimitri<br />
que eu sentia desde que ele desapareceu – e piou tudo ao mesmo tempo. Sempre que<br />
eu olhava para qualquer um deles em minha visão periférica, eu achava que tinha visto<br />
Dimitri. Era como uma casa de espelhos, com reflexos distorcidos em toda parte.<br />
Até mesmo a casa me animou. Não havia sinais óbvios de que Dimitri viveu ali,<br />
mas eu continuei pensando, É aqui que ele cresceu. Ele andou nesse chão, tocou essas<br />
paredes... Enquanto eu andava de quarto em quarto, eu toquei as paredes também,<br />
tentando tirar a energia delas. Eu imaginava ele no sofá, em casa nas férias da escola.<br />
Eu me perguntei se ele deslizava pelo corrimão quando era pequeno. As imagens eram<br />
tão reais que eu ficava me lembrando que ele não vinha pra cá a séculos.<br />
“Você fez uma incrível recuperação,” Olena notou na manhã seguinte depois que<br />
fui trazida para ela. Ela observou com aprovação enquanto eu inalava o prato de blini.<br />
Elas eram panquecas ultra finas recheadas com manteiga e geleia. Meu corpo sempre<br />
requeria muita comida para manter minha força, e eu achei que desde que não<br />
mastigasse de boca aberta nem nada disso, eu não teria motivos para me sentir mal<br />
por comer tanto. “Eu pensei que você estava morta quando Abe e Sydney te<br />
trouxeram.”<br />
“Quem?” Eu perguntei entre as mordidas.<br />
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Sydney estava sentada na mesa com o resto da família, mal tocando na sua<br />
comida como sempre. Ela parecia claramente agitada por estar na casa de dhampir,<br />
mas quando desci as escadas essa manhã, eu definitivamente vi alivio nos olhos dela.<br />
“Abe Mazur,” disse Sydney. A não ser que eu esteja enganada, algumas das outras<br />
pessoas trocaram olhares de conhecimento. “Ele é um Moroi. Eu... eu não sabia o quão<br />
mal você estava ferida ontem a noite, então liguei para ele. Ele veio com seus<br />
guardiões. Foi ele quem te trouxe aqui.”<br />
Guardiões. Plural. “Ele é da realeza?” Mazur não era um sobrenome real, mas isso<br />
nem sempre era um sinal da linhagem de alguém. E enquanto estava começando a<br />
confiar na rede social e conexões com pessoas poderosas de Sydney, eu não conseguia<br />
entender porque alguém da realeza iria querer algo comigo. Talvez ele devesse aos<br />
alquimistas um favor.<br />
“Não,” ela disse abruptamente. Eu franzi. Um Moroi que não é da realeza e tem<br />
mais do que um guardião? Muito estranho. Estava claro que ela não iria dizer mais<br />
nada sobre o assunto – pelo menos por agora.<br />
Eu engoli outra mordida no blini e voltei minha atenção de volta para Olena.<br />
“Obrigado por me abrigar.”<br />
A irmã mais velha de Dimitri, Karolina, estava na mesa também, junto com sua<br />
filhinha e filho Paul. Paul tinha cerca de 10 anos e parecia estar fascinado comigo. A<br />
irmã adolescente de Dimitri, Viktoria, também estava ali. Ela parecia ser mais nova que<br />
eu. A terceira irmã Belikov se chamava Sonya e tinha saído para trabalhar antes de eu<br />
acordar. Eu teria que esperar para conhecer ela.<br />
“Você realmente matou dois Strigoi sozinha”? Paul me perguntou.<br />
“Paul,” xingou Karolina. “Essa não é uma pergunta muito gentil.”<br />
“Mas é excitante,” disse Viktoria com um sorriso. O cabelo castanho dela tinha<br />
mechas em dourado, mas seus olhos escuros brilhavam tanto quanto os de Dimitri<br />
quando ele fica excitado que meu coração se apertou. De novo, eu tinha aquela<br />
sensação de que Dimitri estava mas não estava aqui.<br />
“Ela matou,” disse Sydney. “Eu vi os corpos. Como sempre.”<br />
Ela tinha uma expressão atormentada mas cômica, e eu ri. “Pelo menos os deixei<br />
onde você pudesse encontrar eles dessa vez.” Meu humor de repente diminuiu.<br />
“Alguém... algum humano notou ou ouviu?”<br />
“Me livrei dos corpos antes de alguém notar,” ela disse. “Se as pessoas ouviram<br />
alguma coisa... bem, a florestas como aquela sempre estão cheias de histórias de<br />
fantasma. Eles não tem evidências reais de vampiros, mas tem todo o tipo de crença<br />
que o sobrenatural e o perigo estão lá fora. Mal sabem eles.”<br />
Ela disse “histórias de fantasma” sem mudar de expressão. Eu me perguntei se ela<br />
tinha visto algum dos espíritos de ontem a noite, mas finalmente decidi que ela<br />
provavelmente não tinha. Ela saiu quase no fim da luta, e como as evidencias passadas<br />
indicavam, mais ninguém podia ver os espíritos que eu via – a não ser Strigoi, como<br />
acabou se mostrando.<br />
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“Você deve ter tido um bom treinamento então,” disse Karolina, se mexendo para<br />
que o bebê se inclinasse contra seu ombro. “Você parece como se devesse estar ainda<br />
na escola.”<br />
“Acabei de sair,” eu disse, recebendo outro olhar examinador de Sydney.<br />
“Você é americana,” disse Olena de forma muito ‘por sinal’. “ O que te trouxe<br />
aqui?”<br />
“Eu... estou procurando por alguém,” eu disse depois de alguns segundos de<br />
hesitação.<br />
Eu tive medo que eles fossem pressionar por detalhes ou que ela tivesse suspeitas<br />
que eu fosse uma meretriz de sangue, mas então, a porta da cozinha se abriu e a avó<br />
de Dimitri, Yeva, entrou. Ela tinha enfiado sua cabeça pra dentro mais cedo e me<br />
observado. Dimitri tinha me dito que ela era uma espécie de bruxa, e eu podia<br />
acreditar. Ela parecia ter um zilhão de anos e era tão magra, que era de se admirar que<br />
o vento não a soprasse para longe. Ela mal tinha 1,50m e o cabelo dela cobria sua<br />
cabeça em mechas grisalhas. Mas eram os olhos dela que realmente me assustavam. O<br />
resto dela pode ser frágil, mas aqueles olhos escuros eram afiados e alertas e pareciam<br />
olhar minha alma. Mesmo sem a explicação de Dimitri, eu iria achar que ela era uma<br />
bruxa. Ela era também a única na casa que não falava inglês.<br />
Ela sentou numa das cadeiras vazias, e Olena rapidamente pulou para pegar para<br />
ela mais blini. Yeva murmurou algo em russo que fez os outros parecerem<br />
desconfortáveis. Os lábios de Sydney se torceram em um pequeno sorriso. Os olhos de<br />
Yeva estavam em mim enquanto ela falava, e eu olhei ao redor pela tradução.<br />
“O que?” eu perguntei.<br />
“Vovó diz que você não está nos contando a verdade toda do porque você está<br />
aqui. Ela diz que quanto mais você procrastinar, pior será,” Viktoria explicou. Então ela<br />
deu um olhar apoplético para Sydney. “E ela quer saber quando a alquimista vai<br />
embora.”<br />
“Assim que possível,” disse Sydney secamente.<br />
“Bem, porque estou aqui... é meio que uma longa história.” Eu poderia ser mais<br />
vaga?<br />
Yeva disse outra coisa, e Olena respondeu com o que soava ser um corridão.<br />
Comigo, ela falou gentilmente: “Ignore ela, Rose. Ela está com um dos seus humores.<br />
Porque você está aqui é da sua conta – embora tenha certeza que Abe gostaria de<br />
conversar com você alguma hora.” Ela franziu um pouco, e eu lembrei dos olhares de<br />
mais cedo na mesa. “Você deveria se certificar de agradecer a ele. Ele parecia muito<br />
preocupado com você.”<br />
“Eu meio que gostaria de ver ele também,” eu murmurei, ainda curiosa com esse<br />
bem protegido Moroi que não era da realeza, que tinha me dado uma carona e parecia<br />
deixar todos agitados. Ansiosa para evitar mais conversa do porque eu estava aqui, eu<br />
rapidamente mudei de assunto. “Eu também adoraria dar uma olhada em Baia. Nunca<br />
estive em um lugar assim antes – onde tantos dhampir vivem, quero dizer.”<br />
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Viktoria se alegrou. “Eu posso definitivamente te fazer um tour – se você tem<br />
certeza de que está se sentindo bem. Ou se você não tiver que partir imediatamente.”<br />
Ela acreditava que eu estava de passagem, o que era basicamente isso.<br />
Honestamente, eu não tinha mais certeza do que estava fazendo, agora que parecia<br />
que Dimitri não estava na área. Eu olhei para Sydney de forma questionadora.<br />
Ela deu nos ombros. “Faça o que quiser. Não vou a lugar nenhum.” Eu achei isso<br />
um pouco desconcertante também. Ela me trouxe aqui como os superiores dela<br />
haviam mandado – mas e agora? Bem, essa era uma preocupação para mais tarde.<br />
Assim que terminei minha comida, Viktoria praticamente me arrastou pela porta,<br />
como se eu fosse a coisa mais excitante que aconteceu por aqui em um tempo. Yeva<br />
não tinha tirado seus olhos de mim pelo resto da refeição, e embora ela nunca tenha<br />
dito mais nada, o olhar suspeito dela claramente me disse que ela não acreditava<br />
numa palavra que eu disse. Eu convidei Sydney para vir junto, mas ela recusou,<br />
preferindo se trancar em um quarto para ler sobre templos gregos ou fazer ligações de<br />
controle-do-mundo ou o que quer que fosse que ela fazia.<br />
Viktoria disse que o centro não era longe de onde eles viviam e era mais fácil<br />
caminhar. O dia estava claro e frio, com sol o bastante para deixar o lado de fora bem<br />
agradável.<br />
“Não recebemos muitos visitantes,” ela explicou. “A não ser homens Moroi, mas a<br />
maioria não fica muito tempo.”<br />
Ela não acrescentou mais nada, mas me perguntei sobre as implicações dela. Esses<br />
homens Moroi estavam procurando encontrar ação com mulheres dhampir? Eu cresci<br />
pensando que essas mulheres, dhampirs que escolheram não se tornar guardiões,<br />
eram desgraçadas e sujas. Aquelas em Nightingale certamente faziam jus ao<br />
estereotipo de meretriz de sangue, mas Dimitri tinha me assegurado que nem todas as<br />
mulheres dhampir eram assim. Depois de conhecer os Belikovs, eu acreditei nele.<br />
Enquanto nos aproximávamos do centro da cidade, eu logo descobri outro mito<br />
que foi quebrado. As pessoas falavam sobre meretrizes de sangue vivendo em campos<br />
ou comunas, mas esse não era o caso aqui. Mala não era enorme, não como São<br />
Petersburgo ou mesmo Omsk, mas era uma cidade de verdade com uma população<br />
humana grande. Dificilmente um assentamento rural ou fazenda. O lugar todo era<br />
surpreendentemente normal, e enquanto nos aproximávamos do centro, linhas de<br />
pequenas lojas e restaurantes, faziam parecer que era realmente como qualquer outro<br />
lugar para se viver. Moderno e normal, como um vilarejo deveria ser.<br />
“Onde estão todos os dhampirs?” Eu me perguntei em voz alta. Sydney disse que<br />
havia um sub cultura secreta, mas eu não vi nenhum sinal.<br />
Viktoria sorriu. “Oh, estão por ai. Temos vários negócios e outros lugares que<br />
humanos não conhecem.” Enquanto podia entender humanos não serem notados em<br />
cidades grandes, parecia incrível conseguir isso aqui. “Muitos de nós só vivem e<br />
trabalham com os humanos.” Ela acenou em direção o que parecia ser uma farmácia.<br />
“Sonya trabalha lá agora.”<br />
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“Agora?”<br />
“Agora que está grávida.” Viktoria virou seus olhos. “Eu te levaria para conhecer<br />
ela, mas ela está mau humorada o tempo todo ultimamente. Eu espero que o bebê<br />
chegue cedo.”<br />
Ela deixou nisso, e eu estava de novo me perguntando sobre a dinâmica de Moroi<br />
e dhampirs por aqui. Não mencionamos de novo, e nossa conversa permaneceu leve e<br />
até um pouco provocadora. Viktoria era fácil de gostar, e em apenas uma hora, nos<br />
demos como se nos conhecêssemos a vida toda. Talvez minha conexão com Dimitri me<br />
ligasse a família dele também.<br />
Meus pensamentos foram cortados quando alguém chamou o nome de Viktoria.<br />
Viramos para ver um dhampir bonitinho cruzando a rua. Ele tinha cabelo bronze e<br />
olhos escuros, sua idade entre a minha e de Viktoria.<br />
Ele falou algo loquaz e conversador. Ela sorriu para ele e então gesticulou em<br />
minha direção, me apresentando em russo. “Esse é Nikolai,” ela me disse em inglês.<br />
“Prazer em te conhecer,” ele disse, também trocando de língua. Ele me avaliou<br />
rapidamente do jeito que os caras sempre fazem, mas quando ele virou de volta para<br />
Viktoria, ficou claro quem era o objeto de sua afeição. “Você deveria trazer Rose para a<br />
festa da Marina. É sábado a noite.” Ele hesitou, ficando um pouco tímido. “Você vai,<br />
não?”<br />
Viktoria ficou pensativa, e eu percebi que era completamente inconsciente a<br />
paixão dele. “Estarei lá, mas...” Ela virou em minha direção. “Você ainda vai estar por<br />
perto?”<br />
“Eu não sei,” eu disse honestamente. “Mas vou se estiver aqui. Que tipo de festa<br />
é?”<br />
“Marina é uma amiga da escola,” explicou Viktoria. “Vamos nos reunir e celebrar<br />
antes de voltarmos.”<br />
“Para escola?” eu perguntei idiotamente. De alguma forma, nunca tinha me<br />
ocorrido que os dhampirs daqui iam para escola.<br />
“Estamos de férias agora,” disse Nikolai. “Para páscoa.”<br />
“Oh.” Era tarde de abril, mas eu não fazia ideia de que dia cairia a páscoa esse ano.<br />
Eu perdi a noção dos dias. Não tinha acontecido ainda, então a escola deve estar em<br />
um feriado antes da páscoa. St. Vladimir fazia as férias depois. “Onde é sua escola?”<br />
“É a cerca de 3 horas de distância. Ainda mais remota do que aqui.” Viktoria fez<br />
uma cara.<br />
“Baia não é tão ruim,” provocou Nikolai.<br />
“Fácil para você dizer. Você eventualmente vai partir e conhecer lugares<br />
excitantes.”<br />
“Você não pode?” eu perguntei a ela.<br />
Ela franziu, de repente desconfortável. “Bem, eu poderia... mas não é assim que<br />
fazemos por aqui – pelo menos não na minha família. Vovó tem... opiniões fortes<br />
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sobre homens e mulheres. Nikolai será um guardião, mas eu vou ficar aqui com minha<br />
família.”<br />
Nikolai de repente me deu uma nova avaliação. “Você é uma guardiã?”<br />
“Ah, bem.” Agora eu era a desconfortável.<br />
Viktoria falou antes de eu inventar algo para dizer. “Ela matou dois Strigoi fora da<br />
cidade. Sozinha.”<br />
Ele parecia impressionado. “Você é uma guardiã.”<br />
“Bem, não... eu já matei antes, mas não sou jurada.” Virando ergui meu cabelo<br />
para mostrar a eles meu pescoço. Fora minhas marcas molnija regulares, eu também<br />
tinha uma pequena tatuagem em forma de estrela que significava que estive em<br />
batalha. Os dois ofegaram, e Nikolai disse algo em russo. Eu soltei meu cabelo e olhei<br />
para trás. “O que?”<br />
“Você...” Viktoria mordeu os lábios, olhos contemplativos enquanto ela engolia o<br />
que ia dizer. “Não prometida? Eu não sei a palavra em inglês.”<br />
“Não prometida?” eu disse. “Eu suponho... mas tecnicamente, não são todas as<br />
mulheres daqui?”<br />
“Mesmo que não sejamos guardiãs, ainda temos marcas que mostram que<br />
completamos nosso treinamento. Mas nenhuma marca da promessa. Para você ter<br />
matado tantos Strigoi e não ter lealdade a uma escola ou aos guardiões...” Viktoria deu<br />
nos ombros. “Não chamamos de ser prometida – é uma coisa estranha.”<br />
“É estranho de onde venho também,” eu admiti. Nunca tinha ouvido falar, na<br />
verdade. Era por isso que não tínhamos um termo para isso. Simplesmente não<br />
acontecia.<br />
“Eu deveria deixar vocês duas irem,” disse Nikolai, os olhos amorosos dele de volta<br />
a Viktoria. “Mas te vejo na Marina com certeza? Talvez mais cedo?”<br />
“Sim,” ela concordou. Eles se despediram em russo, e então ele saiu pela rua com<br />
o tipo de fácil e atlética graça que os guardiões geralmente adquiriam com<br />
treinamento. Me lembrou um pouco de Dimitri.<br />
“Eu devo ter assustado ele,” eu disse.<br />
“Não, ele acha que você é excitante.”<br />
“Não tão excitante quanto ele pensa que você é.”<br />
As sobrancelhas dela se ergueram. “O que?”<br />
“Ele gosta de você... eu quero dizer, realmente gosta. Você não percebeu?”<br />
“Oh. Somos apenas amigos.”<br />
Eu percebi pela atitude dela que ela falou sério. Ela foi completamente indiferente<br />
a ele, o que era uma pena. Ele era fofo e gentil. Deixando o pobre Nikolai ir, eu toquei<br />
no assunto de guardiões de novo. Eu estava intrigada com a diferença de atitude por<br />
aqui. “Você disse que não pode... mas você quer ser uma guardiã?”<br />
Ela hesitou. “Nunca realmente considerei. Tenho o mesmo treinamento na escola,<br />
e gosto de saber me defender. Mas prefiro usar para defender minha família do que os<br />
Moroi. Eu acho que soa...” ela pausou de novo para pensar na palavra certa.<br />
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“...maxista? Mas, os homens se tornam guardiões, e as mulheres ficam em casa. Só<br />
meu irmão partiu.”<br />
Eu quase tropecei. “Seu irmão?” eu perguntei, mantendo minha voz o mais firme<br />
possível.<br />
“Dimitri,” ela disse. “Ele é mais velho que eu e é guardião a um tempo. Ele está<br />
nos EUA, na verdade. Não o vemos a um longo tempo.”<br />
“Huh.”<br />
Eu me sentia horrível e culpada. Culpada porque eu estava escondendo a verdade<br />
de Viktoria e os outros. Horrível porque aparentemente ninguém de casa tinha se<br />
incomodado em avisar a família ainda. Sorrindo com suas próprias memórias, ela não<br />
notou minha mudança de humor.<br />
“Paul na verdade parece exatamente como ele nessa idade. Eu deveria te mostrar<br />
fotos dele – e algumas recentes também. Dimitri é bem bonito. Pro meu irmão, quero<br />
dizer.”<br />
Eu tinha certeza que ver Dimitri como um garotinho iria rasgar meu coração. E<br />
estava acontecendo, quando mais Viktoria falava dele, o mais doente eu me sentia.<br />
Ela não fazia ideia do que tinha acontecido, e embora fizesse alguns anos que<br />
desde que ela não o via, estava claro que ela e o resto da família o amam como louco.<br />
Não que isso deva ser surpreendente (E verdade, quem não amaria Dimitri?). Estar<br />
com eles por apenas uma manhã tinha mostrado o quão íntimos eles eram. Eu sabia<br />
das histórias de Dimitri que ele era maluco por todos eles também.<br />
“Rose? Você está bem?” Viktoria estava me olhando com preocupação,<br />
provavelmente porque eu não tinha dito nada nos últimos 10 minutos.<br />
Tínhamos feito a volta e estávamos quase de volta na casa dela. Olhando para ela,<br />
para seu rosto e olhos amigáveis que eram tão parecidos com os de Dimitri, eu percebi<br />
que eu tinha outra tarefa antes de ir atrás de Dimitri, onde quer que ele estivesse. Eu<br />
engoli.<br />
“Eu... yeah. Eu acho... eu acho que precisamos sentar com você e o resto da sua<br />
família.”<br />
“Ok,” ela disse, a preocupação ainda em sua voz.<br />
Dentro da casa, Olena estava andando pela cozinha com Karolina. Eu achei que<br />
elas estavam fazendo planos para o jantar de hoje a noite, o que era surpreendente<br />
considerando que acabamos um enorme café da manhã. Eu podia definitivamente me<br />
acostumar com o jeito que eles eram por aqui. Na sala, Paul estava construindo uma<br />
elaborada pista de corrida feita de Legos. Yeva estava sentada numa cadeira de<br />
balanço e parecia ser a avó mais estereotipada do mundo enquanto ela tricotava um<br />
par de meias. A não ser que a maioria das avós não pareciam que podiam te incinerar<br />
com teus olhos.<br />
Olena estava conversando com Karolina em russo mas mudou para inglês quando<br />
ela me viu. “Vocês duas voltaram mais cedo do que eu esperava.”<br />
“Vimos a cidade,” disse Viktoria. “E... Rose queria falar com você. Com todos nós.”<br />
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Olena me deu um olhar intrigado e preocupado como o de Viktoria. “O que está<br />
acontecendo?”<br />
O peso daqueles olhos Belikov em mim fizeram meu coração bater mais forte no<br />
meu peito. Como eu iria fazer isso? Como eu poderia explicar algo que eu não falava a<br />
semanas? Eu não suportava fazer eles – ou eu mesma – passar por isso. Quando Yeva<br />
correu para dentro, fez tudo ficar ainda pior. Talvez ela tivesse algum senso místico<br />
que algo grande estava para acontecer.<br />
“Deveríamos sentar,” eu disse.<br />
Paul ficou na sala, pelo que eu fiquei agradecida. Eu tinha certeza que não iria<br />
suportar dizer o que eu precisava com um garotinho – um que parecia com Dimitri,<br />
aparentemente – me observando.<br />
“Rose, qual o problema?” perguntou Olena. Ela parecia tão doce e, bem... como<br />
uma mãe, e eu quase chorei. Sempre que eu fiquei brava com minha própria mãe por<br />
não ficar por perto e fazer um bom trabalho, eu sempre comparava ela com a imagem<br />
de uma mãe – uma mãe que parecia muito como a de Dimitri, eu percebi. As irmãs de<br />
Dimitri pareciam igualmente preocupadas, como se eu fosse alguém que elas<br />
conheciam a uma eternidade. Essa aceitação e preocupação fez meus olhos<br />
queimarem ainda mais, já que elas me conheceram apenas essa manhã. Yeva tinha<br />
uma expressão estranha, no entanto – quase como se ela tivesse esperado algo assim<br />
o tempo todo.<br />
“Bem... o negócio é que, a razão de eu ter vindo aqui, para Baia, foi para encontrar<br />
vocês.”<br />
Isso não era inteiramente verdade. Eu vim procurar por Dimitri. Nunca pensei<br />
muito sobre ver a família dele, mas agora, eu percebi que isso era uma boa coisa.<br />
“Você vê, Viktoria estava falando de Dimitri mais cedo.” O rosto de Olena se<br />
iluminou quando ela ouviu o nome de seu filho. “E... eu conheci – er, conheço ele. Ele<br />
costumava ser um guardião na minha escola. Meu professor, na verdade.”<br />
Karolina e Viktoria se iluminaram também. “Como ele está?” perguntou Karolina.<br />
“Faz séculos desde que vimos ele. Você sabe quando ele vem visitar?”<br />
Eu não conseguia nem pensar sobre responder a pergunta dela, então eu<br />
continuei minha história antes de perder minha coragem na frente daqueles rostos<br />
amorosos. Enquanto as palavras saiam da minha boca, era quase como se outra<br />
pessoa as estivesse dizendo e eu estivesse simplesmente observando a distância. “Um<br />
mês atrás... nossa escola foi atacada por Strigoi. Um ataque muito ruim... um grupo<br />
grande de Strigoi. Perdemos várias pessoas – Moroi e dhampirs.”<br />
Olena exclamou em russo. Viktoria se inclinou em minha direção. “St. Vladimir?”<br />
Eu segurei minha história, surpresa. “Você ouviu falar?”<br />
“Todo mundo ouviu,” disse Karolina. “Todos sabemos o que aconteceu. Aquela era<br />
sua escola? Você estava lá aquela noite?”<br />
Eu concordei.<br />
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“Não é de se admirar que você tenha tantas marcas molnija,” falou Viktoria em<br />
admiração.<br />
“E é lá que Dimitri está agora?” perguntou Olena. “Perdemos noção de onde ele<br />
está desde sua última missão.”<br />
“Um, yeah...” Minha língua parecia presa na minha garganta. Eu não conseguia<br />
respirar. “Eu estava na escola na noite do ataque,” eu reafirmei. “E Dimitri também.<br />
Ele era um dos lideres de batalha... e do jeito que ele lutou... ele foi... ele foi muito<br />
corajoso... e...”<br />
Minhas palavras estavam se quebrando, mas nesse ponto, os outros estavam<br />
entendendo. Olena ofegou e de novo murmurou algo em russo. Eu entendi a palavra<br />
para “Deus”. Karolina permaneceu congelada, mas Viktoria se inclinou em minha<br />
direção. Aqueles olhos que eram tão parecidos com o de seu irmão me olharam com<br />
intensidade, tão intensamente quanto os dele quando ele insistia que eu contasse a<br />
verdade, não importava o quão horrível fosse.<br />
“O que aconteceu?” ela exigiu. “O que aconteceu com Dimitri?”<br />
Eu desviei o olhar de seus rostos, meus olhos passando pela sala. Na parede<br />
distante, eu vi uma estante de livros com livros antigos de capa de couro. Elas tinham<br />
letras douradas bordadas neles. Era totalmente aleatório, mas eu de repente me<br />
lembrei da menção que Dimitri fez a eles. Eles eram antigos livros de aventura que<br />
minha mãe coleciona, ele me disse uma vez. As capas eram lindas, e eu os amava. Se<br />
eu tomasse cuidado, ela me deixava ler as vezes. Os pensamentos de um jovem Dimitri<br />
sentado na frente da estante, cuidadosamente virando as páginas – e oh, ele tomaria<br />
cuidado – quase me fez perder o controle. Foi aqui que ele desenvolveu seu amor por<br />
histórias do faroeste?<br />
Eu estava perdendo o controle. Eu estava me distraindo. Eu não iria ser capaz de<br />
dizer a eles a verdade. Minhas emoções estavam ficando muito poderosas, minhas<br />
memórias flutuando por mim enquanto lutava para pensar em algo – qualquer coisa –<br />
que não envolvesse uma horrível batalha.<br />
Então olhei para Yeva de novo, e algo sobre a estranha e sábia expressão dela<br />
inexplicavelmente me estimulou. Eu tinha que fazer isso. Eu virei de volta para os<br />
outros. “Ele lutou com muita bravura na batalha, e depois, ele liderou uma missão de<br />
resgate para salvar algumas pessoas que os Strigoi capturaram. Ele foi realmente<br />
incrível lá também, só que... ele...”<br />
Eu parei de novo percebendo que lágrimas estavam rolando pelo meu rosto. Em<br />
minha mente, eu estava repassando aquela horrível cena na caverna, com Dimitri tão<br />
perto da liberdade e então derrubado por um Strigoi no último minuto. Mandando o<br />
pensamento para longe, eu respirei profundamente. Eu tinha que terminar isso. Eu<br />
devia a família dele.<br />
Não havia um jeito gentil de dizer isso. “Um dos Strigoi lá... bem, ele dominou<br />
Dimitri.”<br />
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Karolina enterrou seu rosto no ombro da mãe, e Olena se esforçou para esconder<br />
suas próprias lágrimas. Viktoria não estava chorando, mas o rosto dela ficou<br />
perfeitamente parado. Ela estava trabalhando duro para manter suas emoções<br />
controladas, como Dimitri teria feito. Ela buscou meu rosto, precisando saber com<br />
certeza.<br />
“Dimitri está morto,” ela disse.<br />
Era uma afirmação, não uma pergunta, mas ela estava procurando por<br />
confirmação. Eu me perguntei se eu tinha deixado algo escapar, uma dica de que havia<br />
ainda mais na história. Ou talvez ela simplesmente precisasse ter certeza daquelas<br />
palavras. E por um momento, eu considerei dizer a eles que Dimitri estava morto.<br />
Era o que a Academia diria a eles, o que os guardiões diriam a eles. Seria mais<br />
fácil... mas de alguma forma, eu não suportava mentir para eles – mesmo que fosse<br />
uma mentira para confortar. Dimitri iria querer toda a verdade, e sua família também.<br />
“Não,” eu disse, e por um segundo, esperança se espalhou no rosto de todos –<br />
pelo menos até eu falar de novo. “Dimitri é um Strigoi.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-61519306216162161412012-05-25T12:18:00.001-07:002012-05-25T12:19:54.953-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 6)<br />
CAPÍTULO SEIS<br />
Eu levantei rapidamente, cada parte de mim acordada e alerta. Não haviam luzes<br />
da cidade para brilhar, e eu levei vários segundos para distinguir qualquer coisa no<br />
quarto escuro. Sydney estava deitada em sua cama, seu rosto em paz enquanto<br />
dormia.<br />
Onde estava o Strigoi? Definitivamente não no nosso quarto. Ele estava na casa?<br />
Todos diziam que a estrada para casa de Dimitri era perigosa. Ainda sim, eu pensei que<br />
Strigoi iriam atrás de Moroi e dhampir – embora humanos fossem uma grande parte<br />
da dieta deles também. Pensando no casal gentil que nos deu boas vindas a sua casa,<br />
em senti algo se apertar no meu peito. De jeito nenhum eu iria deixar alguma coisa<br />
acontecer com eles.<br />
Saindo silenciosamente da cama, eu peguei minha estaca e sai do quarto sem<br />
perturbar Sydney. Mais ninguém estava acordado, e assim que eu cheguei na sala, a<br />
náusea sumiu. Ok. O Strigoi não estava dentro, o que era uma boa coisa. Ele estava do<br />
lado de fora, aparentemente do lado da casa perto do meu quarto. Ainda me movendo<br />
silenciosamente, eu sai pela porta da frente e virei a esquina, tão silenciosa quanto a<br />
noite ao meu redor.<br />
A náusea ficou mais forte enquanto me aproximava do celeiro, e eu não conseguia<br />
me impedir de me sentir orgulhosa. Eu ia surpreender esse Strigoi que pensou que<br />
poderia vir de fininho em um vilarejo humano para jantar. Ali. Perto da entrada do<br />
celeiro, eu podia ver uma longa sombra se movendo. Te peguei, eu pensei. Eu aprontei<br />
minha estaca e comecei a me mover para frente –<br />
– e então algo me atingiu no meu ombro.<br />
Eu tropecei, surpresa, e olhei para o rosto de um Strigoi. Com o canto do olho, eu<br />
vi a sombra perto do celeiro se materializar em outro Strigoi se movendo para frente.<br />
Pânico passou por mim. Haviam dois, e meu sistema de detecção secreto não foi capaz<br />
de dizer a diferença. Pior, eles me agarraram.<br />
Um pensamento imediatamente passou pela minha mente: E se um deles fosse<br />
Dimitri?<br />
Não era. Pelo menos, o mais perto de mim não era. Era uma mulher. Eu ainda<br />
precisava ver o segundo. Esse estava se aproximando do meu outro lado, se movendo<br />
rápido. Eu tinha que lidar com a ameaça imediata e ataquei a mulher com minha<br />
estaca, esperando ferir ela, mas ela se esquivou tão rapidamente, que eu mal vi ela se<br />
mover. Ela foi em minha direção de um jeito casual. Eu não fui rápida o bastante para<br />
reagir e fui voando em direção ao outro Strigoi – um cara que não era Dimitri.<br />
Eu respondi rapidamente, pulando e chutando ele. Eu estava segurando a estaca,<br />
dando uma distância entre nós, mas ajudou pouco quando a mulher veio por trás de<br />
mim e me agarrou, trazendo meu corpo contra o dela. Eu dei um choro abafado e senti<br />
as mãos dela na minha garganta. Ela provavelmente ia quebrar meu pescoço, eu<br />
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percebi. Era uma técnica rápida e fácil para os Strigoi que permitia que eles<br />
arrastassem sua vitima para se alimentar.<br />
Eu lutei, me soltando levemente das mãos dela, mas enquanto o outro Strigoi se<br />
inclinava na nossa direção, eu soube que era inútil. Eles me surpreenderam. Eles eram<br />
dois. Eles eram fortes.<br />
Pânico passou por mim de novo, um senso de medo e desespero que me<br />
sobrepujou. Eu tinha medo toda vez que lutava com um Strigoi, mas medo estava<br />
atingindo seu limite. Ele era desfocado e fora de controle, e eu suspeitava que era o<br />
toque de loucura e escuridão que eu absorvia de Lissa. Os sentimentos explodiram<br />
dentro de mim, e eu me perguntei se eles iriam me destruir antes dos Strigoi. Eu<br />
estava correndo um real perigo de morrer aqui – de deixar Sydney e os outros serem<br />
mortos. A raiva e o estresse desse pensamento me sufocou.<br />
Então, de repente, foi como se a terra tivesse se aberto. Formas translúcidas,<br />
brilhando suavemente na escuridão, se espalhavam em toda parte. Alguns pareciam<br />
pessoas normais. Outras eram horríveis, seus rostos magros e com forma de crânio.<br />
Fantasmas. Espíritos. Eles nos cercaram, sua presença fazendo meu cabelo levantar e<br />
enviando dor de cabeça pelo meu crânio.<br />
Os fantasmas viraram em nossa direção. Isso aconteceu antes, no avião, quando<br />
aparições tinham enxameado e ameaçado me consumir. Eu me preparei, tentando<br />
desesperadamente convocar forças para construir as barreiras que iriam me cortar do<br />
mundo dos espíritos. Era uma habilidade que tive que aprender, uma que eu<br />
normalmente mantinha sem esforço. O desespero e o pânico dessa situação<br />
quebraram meu controle. Naquele horrível momento, eu de novo de forma egoísta<br />
desejei que Mason não tivesse encontrado paz e deixado esse mundo. Eu teria me<br />
sentido melhor se o fantasma dele estivesse aqui.<br />
Então eu percebi que não era o alvo.<br />
Os fantasmas estavam indo em direção dos dois Strigoi. Os espíritos não tinham<br />
formas sólidas, mas todo lugar que eles tocavam e passavam parecia gelo para mim. A<br />
mulher Strigoi imediatamente começou a mexer seus braços para espantar as<br />
aparições, rosnando de raiva e algo como quase medo. Os fantasmas não pareciam ser<br />
capazes de machucar os Strigoi, mas eles eram bem irritantes – e distrativos.<br />
Eu empalei o homem Strigoi antes dele sequer chegar a me ver chegar.<br />
Imediatamente, os fantasmas ao redor dele se moveram em direção a mulher. Ela era<br />
boa, eu admito. Apesar da luta para se livrar dos espíritos, ela ainda foi capaz de se<br />
desviar muito bem dos meus ataques. Um soco de sorte dela fez estrelas brilharem nos<br />
meus olhos e me jogou contra a parede do celeiro. Eu ainda tinha a dor de cabeça<br />
induzida pelos fantasmas, e minha cabeça bater contra o celeiro não ajudou.<br />
Levantando, tonta, eu voltei até ela e continuei meus esforços para acertar o coração<br />
dela. Ela conseguiu manter seu peito fora de alcance – pelo menos até que um<br />
fantasma particularmente assustador a pegou desprevenida. Sua distração<br />
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momentânea me deu uma chance, e eu a empalei também. Ela caiu no chão – me<br />
deixando sozinha com os espíritos.<br />
Com o Strigoi, os fantasmas claramente queriam atacar eles. Comigo, foi como no<br />
avião. Eles pareciam estar fascinados comigo, desesperados para chamar minha<br />
atenção. Só que, com dezenas de fantasmas pairando, era como se eu tivesse sido<br />
atacada.<br />
Desesperadamente, eu tentei de novo convocar minhas paredes, para bloquear os<br />
fantasmas de mim como tinha feito um longo tempo atrás. O esforço era excruciante.<br />
De alguma forma, minhas emoções descontroladas tinham trazido esses espíritos, e<br />
enquanto eu estava me acalmando, esse controle era mais difícil de trazer. Minha<br />
cabeça continuava a latejar.<br />
“Vão embora,” eu assoviei. “Eu não preciso mais de vocês.”<br />
Por um momento, parecia que meus esforços seriam inúteis. Então, devagar, um<br />
por um, os espíritos começaram a sumir. Eu senti o controle gradualmente voltar ao<br />
seu lugar. Logo, não havia nada a não ser eu, a escuridão, e o celeiro – e Sydney.<br />
Eu notei ela assim que cai no chão. Ela estava correndo para fora da casa de<br />
pijama, rosto pálido. Ajoelhada ao meu lado, ela me ajudou a sentar, medo legitimo<br />
em seu rosto. “Rose! Você está bem?”<br />
Eu senti como se cada fragmento de energia em meu cérebro e corpo tivessem<br />
sido sugados. Eu não conseguia me mover. Eu não conseguia pensar.<br />
“Não,” eu disse a ela.<br />
E então eu desmaiei.<br />
Eu sonhei com Dimitri de novo, os braços dele ao meu redor e seu rosto lindo<br />
inclinando perto de mim para cuidar de mim como ele fazia tão frequentemente<br />
quando estava doente. Memórias de coisas do passado vieram para mim, nós dois<br />
rindo de uma piada. As vezes, nesses sonhos, ele me carregava para longe. As vezes,<br />
estávamos andando de carro. Ocasionalmente, o rosto dele começava a tomar aquelas<br />
feições de Strigoi cuja imagem sempre me atormentava. Então eu rapidamente<br />
ordenei que minha mente espantasse esses pensamentos.<br />
Dimitri tinha cuidado de mim tantas vezes e sempre esteve lá quando precisei<br />
dele. Eu admito, ele não parecia acabar na enfermaria tanto quanto eu. Essa era minha<br />
sorte. Mesmo quando ele estava ferido, ele não reconhecia. E eu estava sonhando e<br />
alucinando, imagens que vinham a mim das poucas vezes que fui capaz de cuidar dele.<br />
Logo antes da escola ser atacada, Dimitri estava envolvido em vários testes comigo<br />
e alguns dos meus colegas para ver o quão bem reagíamos a ataques surpresa. Dimitri<br />
era tão duro que era quase impossível vencer ele, embora ele se machucasse algumas<br />
vezes. Eu encontrei ele no ginásio uma vez durante essas provas, e fiquei surpresa por<br />
ver um corte na bochecha dele. Dificilmente era fatal, mas havia uma quantidade<br />
grande de sangue saindo.<br />
“Você percebeu que está sangrando até a morte?” Eu exclamei. Era meio que um<br />
exagero, mas mesmo assim.<br />
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Ele tocou sua bochecha distraído e pareceu notar o ferimento pela primeira vez.<br />
“Eu não exageraria tanto. Não é nada.”<br />
“Não é nada até você ficar com uma infecção!”<br />
“Você sabe que isso é improvável,” ele disse obstinado. Essa era a verdade. Moroi<br />
– fora nas vezes que contraiam uma doença rara, como a que Victor tinha –<br />
dificilmente ficavam doentes. Nós dhampir tínhamos herdado isso deles, assim como<br />
as tatuagens de Sydney davam a ela alguma proteção. Mas mesmo assim, eu não iria<br />
deixar Dimitri ficar sangrando.<br />
“Anda,” eu disse, apontando para o pequeno banheiro do ginásio. Minha voz era<br />
poderosa, e para minha surpresa, ele obedeceu.<br />
Depois de molhar um algodão, eu gentilmente limpei o rosto dele. Ele continuou a<br />
protestar a principio, mas finalmente ficou quieto. O banheiro era pequeno, e<br />
estávamos a centímetros um do outro. Eu conseguia sentir o cheiro limpo e intoxicante<br />
dele e estudei cada detalhe de seu rosto e corpo forte. Meu coração batia rápido no<br />
meu peito, mas deveríamos nos comportar, então eu tentei parecer tranquila e<br />
composta. Ele estava calmo também, mas quando coloquei o cabelo dele atrás da<br />
orelha para limpar o resto do seu rosto, ele recuou. A ponta dos meus dedos tocavam<br />
sua pele e enviavam ondas de choque através de mim, e ele também as sentiu. Ele<br />
pegou minha mão e se afastou.<br />
“Chega,” ele disse, sua voz rouca. “Estou bem.”<br />
“Tem certeza?” eu perguntei. Ele não tinha soltado minha mão. Estávamos tão,<br />
tão perto. O pequeno banheiro parecia pronto para explodir com a eletricidade<br />
crescendo entre nós. Eu sabia que isso não poderia durar mas odiava deixar ele ir.<br />
Deus, era difícil ser responsável as vezes.<br />
“Sim,” ele disse. A voz dele era suave, e eu sabia que ele não estava bravo comigo.<br />
Ele tinha medo, medo do quão pouco era preciso para acender um fogo entre nós.<br />
“Obrigado, Roza.”<br />
Ele soltou minha mão, e nós saímos, nós dois fomos fazer nossas próprias coisas.<br />
Mas o senso de sua pele e cabelo ficaram comigo durante horas depois...<br />
Eu não sei porque sonhei com essa memória depois de ser atacada perto do<br />
celeiro. Parecia estranho eu ter sonhado em cuidar de Dimitri quando era eu quem<br />
precisava de cuidado. Eu acho que não faz realmente diferença que tipo de memória<br />
era, desde que envolvesse ele. Dimitri sempre me fez sentir melhor, mesmo em meus<br />
sonhos, me dando força e determinação.<br />
Mas enquanto eu estava naquele delírio saindo e voltando a ficar consciente, o<br />
rosto reconfortante dele ocasionalmente ficava com aqueles olhos vermelhos e presas.<br />
Eu chorei, lutando para deixar isso de lado. Outras vezes, ele nem parecia com Dimitri.<br />
Ele se transformava em um homem que eu não conhecia, um Moroi mais velho com<br />
cabelo escuro e olhos astutos, joias douradas brilhando eu sem pescoço e orelhas. Eu<br />
chorei por Dimitri de novo, e eventualmente, o rosto dele retornou, seguro e<br />
maravilhoso.<br />
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Em certo ponto, a imagem mudou de novo, e dessa vez era de uma mulher.<br />
Claramente, ela não era Dimitri, mas tinha algo em seus olhos castanhos que me<br />
lembravam dele. Ela era mais velha, nos seus 40 anos talvez, e uma dhampir. Ela<br />
colocou uma toalha fria na minha testa, e eu percebi que não estava mais sonhando.<br />
Meu corpo doía, e eu estava em uma cama desconhecida, em um quarto<br />
desconhecido. Nenhum sinal de Strigoi. Eu tinha sonhado com eles também?<br />
“Não tente se mover,” a mulher disse com um fraco traço de sotaque russo. “Você<br />
foi atingida com força.”<br />
Meus olhos se alargaram enquanto os eventos do celeiro voltavam para mim, a<br />
convocação dos fantasmas. Não tinha sido um sonho. “Onde está Sydney? Ela está<br />
bem?”<br />
“Ela está bem. Não se preocupe.” Algo na voz da mulher me disse que eu podia<br />
acreditar nela.<br />
“Onde estou?”<br />
“Em Baia.”<br />
Baia, Baia. Em algum lugar, no fundo da minha mente, esse nome era familiar. De<br />
repente a ficha caiu. Muito, muito tempo atrás, Dimitri havia dito. Ele mencionou o<br />
nome da sua cidade apenas uma vez, e mesmo eu tendo tentado, eu nunca fui capaz<br />
de lembrar. Sydney nunca me diria o nome. Mas agora estávamos aqui. A casa de<br />
Dimitri.<br />
“Quem é você?” eu perguntei.<br />
“Olena,” ela disse. “Olena Belikova.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-59965714347342274082012-05-25T12:17:00.001-07:002012-05-25T12:17:17.562-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 5)<br />
CAPÍTULO CINCO<br />
O resto da viagem passou sem nada de especial. Sydney nunca perdeu totalmente<br />
o desconforto que ela parecia ter ao meu redor, mas às vezes, enquanto eu estava<br />
tentando entender a televisão russa, ela explicava o que estava acontecendo. Havia<br />
algumas diferenças culturais entre aqueles shows e os que nós tínhamos crescido<br />
vendo, então tínhamos isso em comum. De vez em quando, ela dava um sorriso sobre<br />
algo que nós duas achávamos engraçado, e parecia que havia alguém ali que eu<br />
poderia ser amiga. Eu sabia que nunca encontraria um substituto para Lissa, mas acho<br />
que uma parte de mim ainda anseia preencher o vazio de amizade que fora aberto<br />
quando a deixei para trás.<br />
Sydney dormiu de dia, e eu comecei a pensar que ela tinha insônia com aquele<br />
padrão de sono bizarro. Ela também continuou seu tratamento estranho com comida,<br />
mal tocando nas refeições. Ela sempre deixava eu comer as sobras e era um pouco<br />
mais aventurosa na cozinha russa. Eu tive que experimentar quando cheguei, e era<br />
sempre bom ter o guia de alguém que, embora não fosse local, sabia muito sobre esse<br />
país do que eu.<br />
No terceiro dia de viagem, chegamos em Omsk. Omsk era uma cidade mais grande<br />
e bonita do que eu esperava da Sibéria. Dimitri sempre me provocou sobre as imagens<br />
de que a Sibéria parecia a antártica eram erradas, e eu percebi que ele tinha razão –<br />
pelo menos em relação a parte sul da região. O clima não era muito diferente do que<br />
Montana esse ano, vento frio de primavera ocasionalmente esquentado pelo sol.<br />
Sydney me disse que quando chegássemos aqui iríamos conseguir uma carona<br />
com um Moroi que ela conhecia. Vários viviam na cidade, se misturando com a grande<br />
população. Ainda sim enquanto o dia passava, descobrimos que tínhamos um<br />
problema. Nenhum Moroi podia nos levar para o vilarejo. Aparentemente, a estrada<br />
era perigosa. Strigoi geralmente ficavam por lá durante a noite, esperando pegar um<br />
viajante Moroi ou dhampir. Quanto mais Sydney explicava, o mais preocupada eu<br />
ficava com meu plano. Aparentemente, não tem muitos Strigoi na cidade de Dimitri.<br />
Segundo ela, eles ficam no perímetro da cidade, mas poucos viviam lá<br />
permanentemente. Se esse fosse o caso, minhas chances de encontrar Dimitri<br />
diminuíam. As coisas ficaram ainda piores enquanto Sydney continuava a descrever a<br />
situação.<br />
“Vários Strigois viajam pelo país procurando vitimas, o vilarejo é só uma área de<br />
passagem,” ela explicou. “As estradas são meio remotas, então algum Strigoi fica por<br />
um tempo e tenta conseguir uma presa fácil. Então eles seguem em frente.”<br />
“Nos EUA, Strigoi geralmente se escondem em cidades grande,” eu disse agitada.<br />
“Eles fazem isso aqui também. É mais fácil para eles tomar vitimas sem serem<br />
notados.”<br />
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Sim, isso definitivamente atrapalha meus planos. Se Dimitri não estivesse<br />
residindo na cidade, eu iria ter sérios problemas. Eu sei que Strigoi gostam de cidades<br />
grandes, mas de alguma forma, eu me convenci que Dimitri iria voltar para o lugar que<br />
ele cresceu.<br />
Mas se Dimitri não estivesse lá... bem, de repente, o tamanho da Sibéria me<br />
atingiu. Eu soube que Omsk não era nem a maior cidade da região, e encontrar mesmo<br />
um Strigoi aqui poderia ser difícil. Procurar por ele em várias cidades que podem ser<br />
ainda maiores? As coisas iriam ficar muito feias se meu palpite se provasse errado.<br />
Desde que saí para encontrar Dimitri, eu ocasionalmente tinha momentos de<br />
fraqueza que eu esperava nunca encontrar ele. A ideia dele como um Strigoi ainda me<br />
atormentava. Eu também era visitada por outras imagens... imagens do jeito que ele<br />
era e das memórias do tempo que passamos juntos.<br />
Eu acho que minha memória mais preciosa era aquela de logo antes dele ser<br />
transformado. Foi quando eu sujei muita escuridão induzida pelo espírito de Lissa. Eu<br />
estava fora de controle, incapaz de me segurar. Eu estava com medo de me tornar um<br />
monstro, com medo de me matar como outro guardião shadow-kiss tinha feito.<br />
Dimitri me trouxe de volta, me emprestando sua força. E então eu percebi o quão<br />
forte era nossa conexão, o quão perfeitamente nos entendíamos. Eu fui cética sobre<br />
pessoas serem alma gêmeas no passado, mas naquele momento, eu soube que era<br />
verdade. E com aquela conexão emocional veio a física. Dimitri e eu finalmente<br />
tínhamos cedido a atração. Juramos que nunca iríamos, mas... bem, nossos<br />
sentimentos eram simplesmente fortes demais. Ficar longe um do outro se tornou<br />
impossível. Nós transamos, e foi minha primeira vez. As vezes eu sentia certeza que<br />
seria minha única vez.<br />
O ato em si fora incrível, e eu fui incapaz de separar a alegria física da emocional.<br />
Depois, ficamos deitados juntos naquela pequena cabana por tanto quanto nos<br />
atrevemos, e isso foi incrível também. Tinha sido um daqueles poucos momentos onde<br />
eu senti que ele era realmente meu.<br />
“Você se lembra do feitiço de luxuria de Victor?” eu perguntei, me aproximando<br />
dele.<br />
Dimitri olhou para mim como se eu fosse louca. “É claro.”<br />
Victor Dashkov era da realeza Moroi, alguém que tinha sido amigo de Lissa e sua<br />
família. Pouco sabíamos que ele secretamente estudava espírito e tinha identificado<br />
Lissa como uma usuária de espírito antes dela sequer saber. Ele a torturou com todo<br />
tipo de jogos mentais que realmente a fizeram pensar que ela estava ficando maluca.<br />
Os esquemas dela tinham culminado em sequestro e tortura até que ela o curou da<br />
doença que estava matando ele.<br />
Victor agora estava preso para sempre, tanto pelo que ele fez por Lissa e por causa<br />
dos seus planos de traição para se rebelar contra o governo Moroi. Ele era um dos<br />
poucos a saber da minha relação com Dimitri, algo que me preocupou até o fim. Ele<br />
até facilitou nossa relação criando um feitiço de luxuria – um colar fundindo com terra<br />
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e compulsão. O feitiço estava cheio de magia perigosa que fez Dimitri e eu cedermos a<br />
nossos instintos mais básicos. Tínhamos nos afastados no último momento, e até<br />
nossa noite na cabana, eu acreditei que nosso encontro induzido pelo encanto tinha<br />
sido nosso pico em encontro físico.<br />
“Eu não imaginei que poderia melhor,” eu disse a Dimitri depois que dormimos<br />
juntos. Eu me senti um pouco tímida em falar sobre isso. “Eu pensei sobre isso o<br />
tempo todo... o que aconteceu entre nós.”<br />
Ele virou para mim, erguendo as cobertas. A cabana estava fria, mas sua cama<br />
tinha cobertores quentes. Eu suponho que pudéssemos ter colocado as roupas, mas<br />
essa era a última coisa que eu queria fazer. Ficar pressionada pele contra pele era<br />
bom.<br />
“Eu também.”<br />
“Você pensou?” eu perguntei, surpresa. “Eu pensei... eu não sei. Eu pensei que<br />
você era muito disciplinado para isso. Eu pensei que você tentaria esquecer.”<br />
Dimitri riu e beijou meu pescoço. “Rose, como eu poderia esquecer de estar<br />
pelado com alguém tão linda quanto você? Eu fiquei acordado tantas noites,<br />
repassando todos os detalhes. Eu me disse de novo e de novo que era errado, mas<br />
você era impossível de esquecer.” Seus lábios se moveram para a minha clavícula, e<br />
sua mão acariciou meus lábios. “Você queimou em minha mente para sempre. Não<br />
tem nada, nada nesse mundo que nunca irá mudar isso.”<br />
E eram memórias assim que faziam tão difícil compreender essa busca para matar<br />
ele, mesmo que ele fosse um Strigoi. Ainda sim... ao mesmo tempo, era exatamente<br />
por causa de memórias assim que eu tinha que destruir ele. Eu precisava lembrar dele<br />
como o homem que me amava e me segurou na cama. Eu precisava lembrar que<br />
aquele homem não iria querer permanecer um monstro.<br />
Eu não estava muito excitada quando Sydney me mostrou o carro que ela<br />
comprou, particularmente já que eu dei o dinheiro para ele.<br />
“Vamos nisso?” eu exclamei. “Podemos sequer chegar até lá?” A viagem<br />
aparentemente era de sete horas.<br />
Ela me deu um olhar chocado. “Você está falando sério? Você sabe o que é isso? É<br />
um citroen 19723. Essas coisas são incríveis. Você tem ideia do quão difícil deve ter<br />
sido trazer isso de volta para o país no tempo dos Soviéticos? Eu não acredito que esse<br />
cara vendeu. Ele não tem noção.”<br />
Eu sabia pouco sobre os soviéticos e ainda menos sobre carros clássicos, mas<br />
Sydney acariciou o capo vermelho como se ela estivesse apaixonada. Quem iria<br />
adivinhar? Ela gostava de carros. Talvez ele tivesse valor e eu simplesmente não<br />
conseguisse apreciar. Eu gostava mais de carros esportivos novos. Para ser justa, não<br />
tinha nenhum amassado e arranhões, e fora o visual antigo, ele parecia limpo e bem<br />
cuidado.<br />
3 Esse carro: http://www.volga.nl/eigenauto/Citroen%20DSuper%2020%201972.jpg<br />
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“Vai ligar?” eu perguntei.<br />
Se possível, a expressão dela ficou ainda mais incrédula. “É claro!”<br />
E ele ligou. O motor ligou firme, e do jeito que ele acelerou, eu comecei a<br />
entender a fascinação dela. Ela queria dirigir, e eu estava prestes a discutir que foi o<br />
meu dinheiro que o comprou. Vendo o olhar de adoração no rosto dela, no entanto, eu<br />
finalmente decidi não ficar entre o carro e ela.<br />
Eu só estava feliz por estarmos partindo. Já era tarde. Se a estrada era tão<br />
perigosa quanto todos alegavam, não iríamos querer estar lá no escuro. Sydney<br />
concordou mas disse que poderíamos fazer a maior parte da viagem antes do pôr-dosol<br />
e então passar a noite em um lugar que ela conhecia. Chegaríamos no nosso<br />
destino amanhã.<br />
Quanto mais dirigíamos para longe de Omsk, o terreno se tornava mais remoto.<br />
Enquanto eu o estudava, eu comecei a entender o amor de Dimitri por essa terra. Ele<br />
tinha um visual miserável e estéreo, verdade, mas a primavera estava transformando o<br />
terreno em verde, e havia algo lindo sobre ver toda aquela selvagem intocada. Me<br />
lembrava de Montana de certa forma e ainda sim tinha uma certa qualidade que era<br />
própria sua.<br />
Eu não pude me impedir de usar a adoração de Sydney pelo carro para conversar.<br />
“Você sabe muito sobre carros?” eu perguntei.<br />
“Um pouco,” eu disse. “meu pai é o alquimista da nossa família, mas minha mãe é<br />
uma mecânica.”<br />
“Verdade?” eu perguntei, surpresa. “Isso é meio... raro.” É claro, eu dificilmente<br />
posso falar sobre o papel dos sexos. Considerando que minha vida era dedicada para<br />
lutar e matar, eu não poderia alegar ter um papel feminino normal também.<br />
“Ela é muito boa e me ensinou muito. Eu não teria me importado em fazer isso<br />
para viver. Não teria me importado em ir para faculdade também.” Tinha um tom<br />
amargo em sua voz. “Eu suponho que tem várias outras coisas que eu gostaria de<br />
fazer.”<br />
“O que poderia fazer?”<br />
“Eu tive que ser a próxima alquimista da família. Minha irmã... bem, ela é mais<br />
velha, e normalmente são os mais velhos que fazem o trabalho. Mas, ela é meio que...<br />
inútil.”<br />
“Isso é duro.”<br />
“Yeah, talvez. Mas ela não conseguiu lidar com esse tipo de coisa. Quando se trata<br />
de organizar a coleção de gloss dela, ninguém a para. Mas lidar com o tipo de ligações<br />
e pessoas que conversamos? Não, ela nunca é capaz. Papai diz que eu sou a única<br />
capaz.”<br />
“Pelo menos isso é um elogio.”<br />
“Eu suponho.”<br />
Sydney parecia tão triste agora que eu me senti mal por tocar no assunto. “Se<br />
você pudesse ir para faculdade, o que você estudaria?”<br />
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“Arquitetura grego romano.”<br />
Eu decidi então que era uma boa coisa por eu não estar atrás do volante, porque<br />
provavelmente teria dirigido para fora da estrada. “Sério?”<br />
“Você sabe alguma coisa sobre isso.”<br />
“Um, não.”<br />
“É incrível.” A expressão triste foi substituída por de maravilha – ela parecia quase<br />
tão enamorada quanto pelo carro. Eu entendi então porque ela gostou da estação de<br />
trem. “A ingenuidade que era necessária para alguém fazer isso... bem, isso é surreal.<br />
Se os alquimistas não me mandarem de novo para os EUA, estou esperando ser<br />
designada para Grécia ou Itália.”<br />
“Isso seria legal.”<br />
“Yeah.” O sorriso dela sumiu. “Mas não tem garantias de que você vai conseguir o<br />
que quer nesse trabalho.”<br />
Ela ficou em silêncio depois disso, e eu decidi que persuadir ela a conversar tinha<br />
sido um vitória. Eu a deixei com seus próprios pensamentos de carros clássicos e<br />
arquitetura enquanto minha mente divagava sobre assuntos próprios. Strigoi. Dever.<br />
Dimitri. Sempre Dimitri...<br />
Bem, Dimitri e Lissa. Era sempre uma luta sobre quem me causaria mais dor. Hoje,<br />
enquanto o carro me atraía em deslumbramento, era com Lissa que me preocupava,<br />
graças principalmente a recente visita de Adrian a meus sonhos.<br />
Cedo da noite na Rússia significava cedo da manhã em Montana. É claro, já que a<br />
escola tinha um horário noturno, era tecnicamente noite para eles também, apesar do<br />
sol. Era hora de se recolher, e todo mundo teria que voltar para seus próprios<br />
dormitórios.<br />
Lissa estava com Adrian, no seu quarto. Adrian, como Avery, tinha se formado,<br />
mas como o único outro usuário de espírito, ele veio ficar indefinitivamente na escola<br />
e trabalhar com Lissa. Lissa deitou, esticando seus braços sobre a cabeça.<br />
“Isso é inútil,” ela gemeu. “Eu nunca vou aprender.”<br />
“Nunca supus que você fosse uma desistente, prima.” A voz de Adrian era<br />
irreverente como sempre, mas eu percebi que ele estava cansado também. Eles não<br />
eram primos de verdade; esse era apenas o termo que a realeza usava para chamar<br />
uns aos outros.<br />
“Eu só não entendendo como fazer isso.”<br />
“Eu não sei como explicar. Eu só penso, e... bem, acontece.” Ele deu nos ombros e<br />
pegou um cigarro que ele sempre carregava. “Você se importa?”<br />
“Sim,” ela disse. Para minha surpresa, ele o guardou. O que diabos? Ele nunca me<br />
perguntou se eu me importava quando ele fumava – que eu me importava. Na<br />
verdade, na maior parte do tempo, eu juro que ele fazia para me irritar, o que não<br />
fazia sentido. Adrian passou da idade quando os caros tentavam atrair garotas que eles<br />
gostam zombando delas.<br />
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Ele tentou explicar o processo. “Eu só penso sobre como eu quero e meio que... eu<br />
não sei. Expando minha mente em direção a eles.”<br />
Lissa sentou e cruzou as pernas. “Soa muito como Rose descrevia me ler.”<br />
“Provavelmente é o mesmo principio. Olha, você levou um tempo para aprender<br />
sobre auras. Isso não é diferente. E você não é a única com uma curva de aprendizado.<br />
Eu estou apenas agora finalmente passando de curar arranhões, e você pode trazer os<br />
mortos de volta, o que – me chame de louco – é meio hard-core.” Ele pausou. “É claro,<br />
alguns iriam discutir que eu sou louco.”<br />
Ao mencionar auras, ela o estudou e convocou a habilidade para ver o campo de<br />
luz que brilhava ao redor de tudo. A aura dele entrou em foco, o cercando com um<br />
brilho dourado. De acordo com Adrian, a aura dela era igual. Nenhum outro Moroi<br />
tinha esse tipo de dourado puro. Lissa e Adrian achavam que era único para usuários<br />
de espírito.<br />
Ele sorriu, adivinhando o que ela estava fazendo. “Como está?”<br />
“O mesmo.”<br />
“Vê o quão boa você está agora? Só seja paciente com sonhos.”<br />
Lissa queria tanto andar nos sonhos do jeito que ele podia. Apesar da sua<br />
decepção, eu estava feliz por ver que ela não conseguia. As visitas nos sonhos de<br />
Adrian eram difíceis o bastante para mim. Ver ela seria... bem, eu não tinha certeza,<br />
mas faria essa atitude legal e dura que eu estava tentando manter na Rússia muito<br />
mais difícil.<br />
“Eu só queria saber onde ela está,” disse Lissa baixo. “Eu não suporto não saber.”<br />
Era a conversa com Christian de novo.<br />
“Eu a vi o outro dia. Ela está bem. E eu vou de novo em breve.”<br />
Lissa acenou. “Você acha que ela vai fazer isso? Você acha que ela pode matar<br />
Dimitri?”<br />
Adrian demorou para respondeu. “Eu acho que ela pode. A questão é se vai matar<br />
ela no processo.”<br />
Lissa recuou, e eu estava um pouco surpresa. A resposta foi tão direta quanto a de<br />
Christian. “Deus, eu queria que ela não tivesse decidido ir atrás dele.”<br />
“Desejar é inútil agora. Rose tem que fazer isso. É a única forma de conseguirmos<br />
ela de volta.” Ele pausou. “É o único jeito que ela vai ser capaz de seguir em frente.”<br />
Adrian às vezes me surpreendia, mas esse foi demais. Lissa achava que era tolo e<br />
suicida ir atrás de Dimitri. Eu sabia que Sydney concordaria se eu contasse a ela a<br />
verdade sobre essa viagem. Mas Adrian... tolo, superficial, e festeiro Adrian entendia?<br />
Estudando ele pelos olhos de Lissa, eu percebi que ele entendia. Ele não gostava, e eu<br />
podia ouvir a magoa em suas palavras. Ele se importava comigo. Eu ter sentimentos<br />
tão fortes por outra pessoa causava a ele dor. E ainda sim... ele realmente acreditava<br />
que eu estava fazendo a coisa certa – a única coisa que eu poderia fazer.<br />
Lissa olhou para o relógio. “Eu tenho que ir antes do toque de recolher. Eu<br />
provavelmente deveria estudar para minha prova de história também.”<br />
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Adrian sorriu. “Estudar é superestimado. Só encontre alguém inteligente para<br />
colar.”<br />
Ela levantou. “Você está dizendo que não sou inteligente?”<br />
“Diabos não.” Ele se levantou e foi se servir de um drink do bar totalmente<br />
estocado que ele mantinha a mão. Auto medicação era o jeito irresponsável dele de<br />
controlar o efeito do espírito, e se ele esteve usando espírito a noite toda, ele iria<br />
querer a dormência dos vícios dele. “Você é a pessoa mais inteligente que conheço.<br />
Mas isso não significa que você tem que fazer um trabalho desnecessário.”<br />
“Você não pode ter sucesso na vida se não trabalhar. Copiar dos outros não te leva<br />
a lugar nenhum.”<br />
“Tanto faz,” ele disse com um sorriso. “Eu colei a escola toda, e olhe onde estou<br />
hoje.”<br />
Virando os olhos, Lissa deu a ele um rápido abraço de despedida e partiu. Fora de<br />
vista, o sorriso dela sumiu um pouco. Na verdade, os pensamentos dela viraram negros<br />
inesperadamente. Me mencionar tinha trazido todo tipo de pensamento a tona. Ela<br />
estava preocupada comigo – desesperadamente preocupada. Ela disse a Christian que<br />
ela se sentia mal pelo que havia acontecido entre nós, mas a força total disso não me<br />
atingiu até agora. Ela estava se remoendo de culpa e confusão, continuamente se<br />
castigando pelo o que ela deveria ter feito. E acima de tudo, ela sentia minha falta. Ela<br />
tinha os mesmos sentimentos que eu – como se uma parte dela tivesse sido cortada.<br />
Adrian vivia no quarto andar, e Lissa optou pelas escadas ao invés do elevador.<br />
Enquanto isso, a mente dela girava em preocupação. Preocupação sobre quando ela<br />
iria dominar o espírito. Preocupação por mim. Preocupada por não estar sentindo os<br />
efeitos negros do espírito, o que a fez se perguntar se eu estava absorvendo eles,<br />
como a guardiã chamada Anna fazia. Ela viveu séculos atrás e estava ligada a Santo<br />
Vladimir, a quem a escola foi nomeada. Ela absorvia os efeitos horríveis do espírito<br />
dele – e ficou louca.<br />
No segundo andar, Lissa podia ouvir sons e gritaria, mesmo através da porta que<br />
separava a escadaria do corredor. Apesar de saber que não tinha nada a ver com ela,<br />
ela hesitou, a curiosidade se apoderando dela. Um momento depois, ela<br />
silenciosamente empurrou a porta e parou no corredor. As vozes estavam vindo do<br />
canto. Ela cuidadosamente espiou – não que ela precisasse. Ela reconheceu as vozes.<br />
Avery Lazar estava no corredor, as mãos nos quadris enquanto ela encarava seu<br />
pai. Ele estava na porta que deveria levar para sua suíte. Suas posturas estavam rígidas<br />
e hostis, e raiva passava entre eles.<br />
“Eu faço o que eu quero,” ela gritou. “Não sou sua escrava.”<br />
“Você é minha filha,” ele diz com uma voz calma e condescendente. “Embora às<br />
vezes eu deseje que você não fosse.”<br />
Ouch. Lissa e eu ficamos chocadas.<br />
“Então porque você está me fazendo ficar nesse buraco do inferno? Me deixe<br />
voltar para a Corte!”<br />
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“E me envergonhar ainda mais? Nós mal saímos sem manchar a reputação da<br />
família – muito. De jeito nenhum vou te mandar sozinha e deixar você fazer só Deus<br />
sabe o que.”<br />
“Então me mande para minha mãe! Suíça tem que ser um lugar melhor do que<br />
esse lugar.”<br />
Houve uma pausa. “Sua mãe está... ocupada.”<br />
“Oh, ótimo,” disse Avery, a voz cheia de sarcasmo. “Esse é um jeito educado de<br />
dizer que ela não me quer. Nenhuma surpresa. Eu só vou interferir com ela e aquele<br />
cara que ela está dormindo.”<br />
“Avery!” A voz dele saiu alta e furiosa. Lissa se esquivou e deu um passo para trás.<br />
“Essa conversa terminou. Volte para o seu quarto e se acalme antes que alguém te<br />
veja. Te espero no café amanhã, e espero que você esteja respeitável. Temos visitas<br />
importantes.”<br />
“Yeah, Deus sabe que temos mantido as aparências.”<br />
“Vá para seu quarto,” ele repetiu. “Antes que eu ligue para Simon e faça ele te<br />
arrastar para lá.”<br />
“Sim, senhor,” ela sorriu com afetação. “Imediatamente, senhor. O que você<br />
disser, senhor.”<br />
E com isso, ele bateu a porta. Lissa, abaixada atrás do canto, mal podia acreditar<br />
que ele disse aquelas coisas para sua própria filha. Por alguns momentos, houve<br />
silêncio. Então, Lissa ouviu o som de passos – vindo em direção a ela. Avery de repente<br />
virou o canto e parou na frente de Lissa, nos dando a primeira boa olhada nela.<br />
Avery estava usando um vestido apertado feito de algum tipo de tecido azul que<br />
brilhava em prata na luz. O cabelo dela era longo e selvagem, e haviam lágrimas saindo<br />
dos olhos azul acinzentados que destruíram a pesada maquiagem que ela usava. O<br />
cheiro de álcool vinha forte e claro. Ela rapidamente passou a mão sobre os olhos,<br />
obviamente embaraçada por ser vista assim.<br />
“Bem,” ela disse. “Eu acho que você ouviu nosso drama familiar.”<br />
Lissa se sentia igualmente envergonhada por ter sido pega espionando. “Eu – eu<br />
sinto muito. Eu não queria. Eu só estava passando...”<br />
Avery deu uma risada dura. “Bem, eu não acho que importa. Provavelmente todos<br />
no prédio nos ouviram.”<br />
“Sinto muito,” Lissa repetiu.<br />
“Não sinta. Você não fez nada errado.”<br />
“Não... quero dizer, eu sinto muito por ele... você sabe, ter tido aquelas coisas<br />
para você.”<br />
“É parte de ser uma “boa família”. Todos tem esqueletos em seus armários.”<br />
Avery cruzou os braços e se inclinou contra a parede. Mesmo chateada e bagunçada,<br />
ela era linda. “Deus, eu odeio ele às vezes. Sem ofensa, mas esse lugar é tão chato. Eu<br />
encontrei uns veteranos para andar hoje a noite, mas... eles também eram bem<br />
chatos. A única coisa que eles tinham a favor deles era a cerveja.”<br />
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“Porque... porque seu pai te trouxe aqui?” Lissa perguntou. “Porque você não<br />
está... eu não sei, na faculdade?”<br />
Avery deu um risada dura. “Ele não confia em mim o bastante. Quando estávamos<br />
na Corte, eu me envolvi com um cara bonito que trabalhava lá – totalmente não real, é<br />
claro. Papai enlouqueceu e estava com medo que as pessoas descobrissem. Então<br />
quando ele ganhou o trabalho aqui, ele me trouxe junto para manter um olho em mim<br />
– e me torturar. Eu acho que ele tem medo que eu fuja com um humano se eu for para<br />
faculdade.” Ela suspirou. “Eu juro por Deus, se Reed não estivesse aqui, eu<br />
simplesmente fugiria, ponto final.”<br />
Lissa não disse nada por um longo tempo. Ela saiu do seu caminho para evitar a<br />
diligência de Avery. Com todas aquelas ordens que a rainha estava dando a Lissa<br />
ultimamente, esse parecia o único jeito de Lissa poder lutar contra e se impedir de ser<br />
controlada. Mas agora, ela se perguntava se ela estava errada sobre Avery. Avery não<br />
parecia uma espiã para Tatiana. Ela não parecia alguém que queria moldar Lissa em<br />
alguém perfeito da realeza. Na maior parte, Avery parecia uma garota triste e<br />
magoada, cuja vida estava saindo de controle. Alguém que estava recebendo tantas<br />
ordens quanto Lissa ultimamente.<br />
Com um profundo suspiro, Lissa falou rapidamente as próximas palavras. “Você<br />
quer almoçar comigo e Christian amanhã? Ninguém iria se importar se você viesse no<br />
nosso horário de almoço. Não posso prometer que vá ser, um, tão excitante quanto<br />
você quer.”<br />
Avery sorriu de novo, mas dessa vez, um pouco menos amarga. “Bem, meus<br />
outros planos eram ficar bêbada sozinha no meu quarto.” Ela ergueu uma garrafa do<br />
que parecia ser uísque da sua bolsa. “Consegui algumas coisas sozinha.”<br />
Lissa não tinha certeza de que tipo de resposta isso era. “Então... te vejo no<br />
almoço?”<br />
Agora Avery hesitou. Mas devagar, um fraco brilho de esperança e interesse<br />
apareceu no rosto dela. Concentrando-se, Lissa tentou ver a aura dela. Ela teve um<br />
pouco de dificuldades a princípio, provavelmente cansada por causa do treino com<br />
Adrian hoje a noite. Mas quando ela finalmente foi capaz de ver a aura de Avery, ela<br />
viu uma mistura de cores: verde, azul e dourado. Não era incomum. Ela estava<br />
atualmente tendendo ao vermelho, como acontecia quando as pessoas ficavam<br />
chateadas. Mas diante dos olhos de Lissa, a vermelhidão sumiu.<br />
“Yeah,” Avery disse finalmente. “Séria ótimo.”<br />
“Eu acho que aqui é o máximo que podemos ir hoje.”<br />
Do outro lado do mundo, a voz de Sydney me tirou dos pensamentos de Lissa. Eu<br />
não sabia quanto tempo estive sonhando acordada, mas Sydney tinha saído da estrada<br />
principal e estava dirigindo até uma cidade pequena que se encaixava perfeitamente<br />
na imagens de florestas da Sibéria. Na verdade, “cidade” era um exagero total. Haviam<br />
algumas casas espalhadas, uma loja, um posto de gasolina. Terra a ser arada se<br />
esticava além dos prédios, e eu vi mais cavalos do que carros. As poucas pessoas que<br />
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estavam na rua olhavam nosso carro maravilhados. O céu se tornou de um laranja<br />
profundo, e o sol estava afundando mais e mais no horizonte. Sydney tinha razão. Já<br />
era quase o anoitecer, e precisávamos sair da estrada.<br />
“Estamos apenas a umas duas horas de distância no máximo,” ela continuou.<br />
“Fizemos um bom tempo e devemos chegar lá bem cedo da manhã.” Ela dirigiu até o<br />
outro lado do vilarejo – o que levou, tipo, um minuto – e estacionou na frente de uma<br />
casa branca com um celeiro do lado. “Vamos ficar aqui.”<br />
Saímos do carro e nos aproximamos da casa. “Eles são seus amigos?”<br />
“Não. Nunca os conheci. Mas estão nos esperando.”<br />
Mais conexões misteriosas de Alquimista. A porta foi atendida por uma humana<br />
com aparência amigável que tinha vinte e poucos e nos fez entrar. Ela só falou algumas<br />
palavras de inglês, mas Sydney traduziu com habilidade. Sydney estava mais<br />
extrovertida e charmosa do que eu tinha visto até agora, provavelmente porque<br />
nossos hospedeiros não eram uma horrível cria de vampiros.<br />
É de se imaginar que ficar num carro um dia todo fosse cansativo, mas eu me<br />
sentia exausta e ansiosa para que amanhã chegasse. Então depois da janta e um pouco<br />
de TV, Sydney e eu fomos para o quarto que tinha sido preparado para nós. Era<br />
pequeno e sem graça mas tinha duas camas cobertas num grosso e peludo cobertor.<br />
Eu me aninhei na minha, grata por um pouco de suavidade e calor, e me perguntei se<br />
iria sonhar com Lissa ou Adrian. Eu não sonhei. Eu acordei, no entanto, acordei com<br />
náusea passando por mim – a náusea que me disse que havia um Strigoi por perto.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-17361011881599147322012-05-25T12:15:00.000-07:002012-05-25T12:15:01.450-07:00house of night - escolhida (capitulo 16)<br />
DEZESSEIS<br />
Eu soube o segundo que Heath voltou para a cidade porque ele interrompeu meu<br />
sonho. Eu estava deitada no sol (vê, claramente um sonho) em uma grande bóia que<br />
flutuava num enorme lago no meio do espírito (vai saber?), quando de repente tudo<br />
desapareceu e eu ouvi a voz familiar de Heath passar pelo meu crânio.<br />
“Zo!”<br />
Meus olhos abriram. Nala estava me encarando com olhos verdes mal humorados.<br />
“Nala? Você ouviu algo?”<br />
A gata “mee-uf-owed,” espirrou, levantou tempo o suficiente para andar ao redor e<br />
ao redor varias vezes, então deitou e voltou a dormir de novo.<br />
“Você realmente não esta ajudando,” eu disse.<br />
Ela me ignorou.<br />
Eu olhei para o relógio e gemi, eram 7 da noite. Jeesh, eu dormi 8 oras mas meus<br />
olhos eram como lixa. Ugh, O que eu tinha que fazer hoje?<br />
Então eu lembrei da professora Nolan e da conversa com a minha mãe e meu<br />
estomago se apertou.<br />
Eu deveria contar a alguém as minhas suspeitas? Como Loren tinha dito, as Pessoas<br />
de Fé já tinham sido implicadas no assassinato pelo horrível bilhete que deixaram. Então,<br />
eu realmente precisava dizer algo sobre o fato de que eu não ficaria surpresa se meu<br />
padrasto-perdedor estivesse envolvido? Minha mãe deixou claro para mim que ele estava<br />
em casa ontem a noite, e essa manha. Pelo menos, foi o que ela disse.<br />
Ela poderia estar mentindo?<br />
Um calafrio passou pelo meu corpo. É claro que ela podia. Ela faria qualquer coisa<br />
por aquele homem nojento. Ela já tinha provado que tinha virado as costas para mim. Mas<br />
se ela estava mentindo, e eu dedurasse ela, eu seria responsável pelo que acontecesse a<br />
ela. Eu odiava John Heffer, mas eu odiava ele o bastante para fazer minha mãe cair com<br />
ele?<br />
Eu tinha vontade de vomitar.<br />
“Se o padrasto-perdedor está ligado com o assassinato, a polícia vai descobrir. Se<br />
isso acontecer, nada vai acontecer por minha causa.” Eu disse as palavras em voz alta,<br />
deixando minha voz me acalmar, “Espere e veja o que acontece.” Eu não podia fazer isso.<br />
Eu simplesmente não podia. Ela era horrível, mas era minha mãe, e eu ainda lembrava de<br />
quando ela costumava me amar.<br />
Então eu não ia fazer nada a não ser tentar tirar minha mãe e meu padrastoperdedor<br />
da minha mente. Ponto. Eu falo serio.<br />
Enquanto eu estava tentando me convencer que tinha feito a escolha certa, eu<br />
lembrei do que mais ia acontecer hoje. O Ritual de Lua Cheia das Filhas Negras. Meu<br />
coração se afundou no meu estomago. Normalmente, eu estaria excitada e um pouco<br />
nervosa. Hoje eu só estava estressada. Acima de tudo, ter Afrodite se juntando ao circulo<br />
não ia ser algo popular. Tanto faz. Meus amigos iam ter que lidar com isso. Eu suspirei.<br />
Minha vida era uma droga. Além do mais, eu estava provavelmente deprimida. Pessoas<br />
deprimidas não dormem tipo, sempre? Eu fechei meus olhos, cedendo ao meu auto<br />
diagnostico e estava quase adormecendo quando “Zoey baby!” gritou na minha mente<br />
quando meu alarme começou a tocar. Alarme? Era final de semana. Eu não tinha ligado o<br />
alarme.<br />
Meu celular estava fazendo barulho que fazia quando eu recebia uma mensagem de<br />
texto. De mal humor, eu abri o celular. Ao invés de encontrar uma mensagem, encontrei<br />
4.<br />
Zo! Voltei!<br />
Zoey preciso ver vc!<br />
Ainda te amo<br />
Zo? Me liga.<br />
“Heath.” Eu suspirei e sentei na cama. “Merda. Isso só está ficando cada vez pior.” O<br />
que diabos eu ia fazer sobre ele?<br />
Ele e eu tivemos um Imprint a mais de um mês atrás. Ele também foi provado pelos<br />
nojentos amigos mortos vivos de Stevie Rae e quase foi morto. Eu banquei a cavalaria (ou<br />
no mínimo a Tempestade dos X-Men) e resgatei ele, mas antes de podermos escapar,<br />
Neferet apareceu e tirou nossas memórias. Por causa dos meus dons com Nyx, eu<br />
recuperei minha memória. Eu não fazia idéia se Heath lembrava de alguma coisa.<br />
Ok, claramente ele lembra do Imprint. Ou de que ainda estamos saindo. Embora nós<br />
realmente não estejamos. Eu suspirei de novo. Como eu me sentia em relação a Heath?<br />
Ele é meu ex, meu atual, namorado desde a terceira serie e ele na quarta serie. Graças a<br />
Deus, quase estávamos saindo de novo quando ele decidiu ter uma profunda relação com<br />
uma cerveja. Eu com certeza não quero um namorado bêbado, então eu larguei ele,<br />
embora ele não tivesse entendido porque eu o larguei. Nem ser Marcada e me mudar para<br />
a House of Night fez ele entender que tínhamos acabado.<br />
Eu acho que eu sugar o sangue dele e ficar com ele provavelmente não ajudou ele a<br />
perceber que a gente terminou.<br />
Jeesh, estou virando uma vadia.<br />
Pela zilhionezima vez eu queria ter alguém para poder conversar sobre meus<br />
problemas com garotos. Na verdade, com Loren eu deveria dizer meu problema com<br />
garotos-homens. Eu esfreguei minha testa e tentei colocar meu cabelo no lugar.<br />
Ok, eu realmente preciso tomar uma decisão e me acertar de novo.<br />
1. Eu gosto de Heath. Eu posso até amar ele. E a ânsia por sangue dele era muito<br />
quente, embora eu não deva beber o sangue dele. Eu queria terminar com ele? Não. Eu<br />
deveria terminar com ele? Definitivamente.<br />
2. Eu gosto de Erik. Eu gosto muito dele. Ele é inteligente e divertido e um cara<br />
legal. Ele é o mais fofo e popular calouro dessa escola. E, como ele me lembrou mais de<br />
uma vez, ele e eu tínhamos muito em comum. Eu queria terminar com ele? Não. Eu<br />
deveria terminar com ele? Bem, só se eu continuar traindo ele com o cara numero 1 e o<br />
cara numero 3.<br />
3. Eu gosto de Loren. Ele existe num universo totalmente diferente de Erik e Heath.<br />
Ele.é.um.homem. Um vampiro adulto, com todo o poder que a posição dele trazia. Ele<br />
sabia coisas que eu só estava começando a adivinhar. Ele me fazia sentir como alguém<br />
que ninguém nunca conseguiu me fazer sentir antes; ele me faz sentir uma mulher de<br />
verdade. Eu queria terminar com ele? Não. Eu deveria terminar com ele? Não apenas sim,<br />
com diabos sim.<br />
Então era obvio o que eu deveria fazer. Eu precisava terminar com Heath (pra valer<br />
dessa vez), continuar saindo com Erik, e (como se tivesse algum senso) nunca, nunca<br />
ficar sozinha com Loren Blake de novo.<br />
Além do mais, com todas as merdas acontecendo na minha vida - como em minha<br />
melhor amiga morta viva, tentar lidar com Afrodite, que todos os meus amigos odeiam, e<br />
o horror do que tinha acontecido com a professora Nolan - eu realmente não tinha tempo<br />
ou a energia para lidar com o drama de namoros.<br />
Sem mencionar o fato de que não estou acostumada a me sentir uma vadia. Não era<br />
um pressentimento que eu particularmente gosto. (Embora o estilo de vida parece ter<br />
vindo com um boas jóias.)<br />
Então tomei uma decisão, e dessa vez era uma que precisa de ação. Ação imediata.<br />
Eu abri meu celular e mandei uma mensagem para Heath.<br />
Precisamos conversar<br />
A resposta dele foi quase instantânea. Eu praticamente podia ver o fofo sorriso dele.<br />
Sim! Hj?<br />
Eu mordi o lábio enquanto pensava nisso. Antes de tomar uma decisão eu abri a<br />
janela e espirei. O dia tinha começado nublado e frio. Ótimo. Isso significa menos chances<br />
de pessoas andando na rua, especialmente já que já está noite. Eu estava pensando onde<br />
deveríamos nos encontrar quando meu telefone vibrou de novo.<br />
Eu posso ir ateh vc.<br />
NÃO.<br />
Eu respondi rapidamente. A última coisa que eu precisava era para o fofo, sem<br />
noção e totalmente Imprint Heath aparecer na House Of Night. Mas onde eu podia<br />
encontrar ele? Fugir provavelmente não seria fácil, já que uma professora nossa tinha sido<br />
morta. Meu telefone vibrou. Eu suspirei.<br />
Onde?<br />
Merda. Onde? Então eu me dei conta que conhecia o lugar perfeito. Eu sorri e<br />
respondi para Heath.<br />
Starbucks em 1 hora.<br />
Ok!<br />
Agora tudo que eu precisava fazer era descobrir como realmente terminar com<br />
Heath. Ou pelo menos descobrir um jeito de manter ele a distancia até o Imprint sumir.<br />
Se sumir. Certamente ia sumir.<br />
Eu fui até o banheiro e lavei o rosto com água fria, tentando acordar. Sem sentir<br />
vontade de responder um batalhão de perguntas de para onde eu estava indo, eu joguei<br />
na minha bolsa a maquiagem que esconde as marcas que os calouros são obrigados a<br />
usar sempre que saem da escola para se misturar com o pessoal local (o que nos faz<br />
parecer cientistas fazendo estudos de campo enquanto tentamos nos misturar com a<br />
população alien). Eu suponho que eu realmente não precisava olhar para janela para ver<br />
como estava o tempo. Meu longo cabelo escuro estava extra maluco hoje, o que só podia<br />
significar chuva e umidade. De propósito peguei roupas nada sexys, decidindo por um top<br />
preto, meu canguro nerd da Invasão Borg 4D, e meu jeans mais confortável. Mantendo<br />
em mente que eu precisava passar na cozinha e pegar uma lata de coca - cheia de cafeína<br />
e açúcar - eu abri a porta para ver Afrodite parada com a mão para cima pronta para<br />
bater.<br />
“Olá,” eu disse.<br />
“Hey,” ela olhou pelo corredor todo.<br />
“Entra,” eu dei um passo para o lado e fechei a porta atrás de nós. “Eu tenho pressa,<br />
no entanto. Vou encontrar alguém fora do campus.”<br />
“É parte do motivo do porque estou aqui. Eles não estão deixando ninguém sair.”<br />
“Eles?”<br />
“Os vampiros e seus guerreiros.”<br />
“Os guerreiros já estão aqui?”<br />
Afrodite acenou. “Vários Filhos de Erebus. Eles são muito bons de se olhar - eu digo,<br />
realmente e seriamente gostosos - mas eles definitivamente vão nos atrapalhar.”<br />
E então eu percebi o que ela estava dizendo. “Ah, droga. Stevie Rae.”<br />
“Ela vai ficar sem sangue amanha. Isso é, se ela já não estiver sem. Ela é uma<br />
porquinha tomando aqueles sacos de sangue,” Afrodite disse com um sorriso.<br />
“Eu vou ligar para ela e dizer para ela economizar, mas vamos ter que levar mais<br />
para ela. Logo. Droga!” eu disse de novo. “Eu realmente preciso ir nesse, uh,<br />
compromisso.”<br />
“Então Heath voltou para a cidade?”<br />
Eu franzi para ela. “Talvez.”<br />
“Oh, por favor. Seu rosto é totalmente fácil de ler.” Então ela ergueu uma das suas<br />
sobrancelhas perfeitas. “Aposto que Erik não sabe sobre esse compromisso.”<br />
Mantendo em mente que Afrodite é a ex-namorado da Erik, e não importa o quão<br />
amigáveis eu e ela podemos estar parecendo eu sabia que ela ia pular na primeira<br />
oportunidade para ter Erik de volta, eu dei nos ombros de forma relaxada. “Erik vai saber<br />
assim que eu voltar. Eu vou terminar com Heath. Não que isso seja da sua conta.”<br />
“Eu soube que quebrar um laço por Imprint é quase impossível,” ela disse.<br />
“Isso num Imprint com um vampiro adulto. É diferente para calouros.” Pelo menos<br />
era o que eu esperava. “Além do mais, ainda não é da sua conta.”<br />
“Ok. Sem problemas. Não é da minha conta que você precisa sair do campus, então<br />
não tem porque te contar como sair daqui.”<br />
“Afrodite não tenho tempo para joguinhos.”<br />
“Ótimo,” ela começou a virar e eu entrei na frente dela. “Você está sendo uma vaca.<br />
De novo,” eu disse.<br />
“E você está quase xingando. De novo,” ela disse.<br />
Eu cruzei o braço e bati o pé.<br />
Afrodite virou os olhos. “Ok, tanto faz. Você pode sair se for para a parte do muro<br />
que fica nos estábulos, a sessão que é perto do pequeno pasto. Tem um bosque no fim e<br />
uma árvore que foi dividida por um raio alguns anos atrás. Ela está inclinada contra o<br />
muro. Por ela ter sido dividida fica fácil subir. Pular de cima do muro não é grande coisa.”<br />
“Como você volta para o campus? Tem uma árvore do outro lado também?”<br />
Ela me deu um sorriso maldoso. “Não, mas alguém deixou convenientemente<br />
amarrada no galho. Subir de volta pelo muro não é difícil, mas é péssimo para as unhas.”<br />
“Ok, Entendi. Agora tudo que tenho que fazer é descobrir como tirar mais sangue da<br />
cozinha.” Eu estava falando mais comigo mesma do que com Afrodite. “Eu só tenho o<br />
suficiente para me encontrar com Heath, ir até Stevie Rae, e voltar aqui para o ritual.”<br />
“Você tem menos tempo que isso. Neferet vai fazer um ritual da Lua Cheia próprio e<br />
ela quer todos lá,” Afrodite disse.<br />
“Porcamiseria! Eu pensei que Neferet não ia fazer um ritual esse mês por causa das<br />
férias de inverno.”<br />
“As férias de inverno foram oficialmente canceladas. Todos os vampiros e calouros<br />
receberam ordens para voltar ao campus imediatamente. E porcamiseria não é uma<br />
palavra de verdade.”<br />
Eu ignorei o comentário dela sobre o meu não xingamento. “As férias foram<br />
canceladas por causa do que aconteceu com a professora Nolan?”<br />
Afrodite acenou. “Foi realmente horrível, não foi?”<br />
“Yeah.”<br />
“Porque você não vomitou?”<br />
Eu dei nos ombros desconfortavelmente. “Eu acho que estava muito apavorada para<br />
vomitar.”<br />
“Eu queria não ter vomitado,” Afrodite disse.<br />
Eu olhei para meu relógio. Eram quase oito. Eu ia ter que sair dali rapidamente para<br />
poder voltar a tempo. “Eu preciso ir.” Eu já estava me sentindo enjoada por ter que<br />
descobrir um jeito de tirar sangue daqui da provavelmente cheia cozinha.<br />
“Aqui.” Afrodite me entregou uma bolsa que ela estava carregando nos ombros.<br />
“Leve isso para Stevie Rae.”<br />
A bolsa estava cheia de bolsas de sangue. Eu pisquei surpresa. “Como você<br />
conseguiu?”<br />
“Eu não consegui dormir, e achei que os vampiros iam chamar muita ajuda por causa<br />
do que aconteceu com a professora Nolan, o que significa que a cozinha ia ficar ocupada<br />
de novo. Então achei melhor fazer uma rápida viagem para o suprimento de sangue antes<br />
de pegar mais. Eu mantive na minha mini geladeira no meu quarto.”<br />
“Você tem uma mini geladeira.” Droga. Eu realmente queria ter uma mini geladeira.<br />
Ela me deu um olhar muito Afrodite enquanto olhava para baixo com seu nariz<br />
empinado para mim. “É um dos privilégios de ser uma veterana.”<br />
“Bem, obrigado. Foi muito gentil da sua parte pegar isso para Stevie Rae.”<br />
O olhar dela se aprofundou. “Olha, eu não estava sendo gentil. Eu só não quero que<br />
Stevie Rae passe fome e coma os empregados dos meus pais. Como mamãe diz, bons<br />
empregados ilegais são difíceis de achar.”<br />
“Você é um amor, Afrodite.”<br />
“Nem mencione.” Ela virou e abriu a porta, olhando pelo corredor para ver se não<br />
havia ninguém por perto. Então ela olhou para mim. “E eu falei serio: Não mencione.”<br />
“Eu te vejo no Ritual das Filhas Negras. Não esqueça.”<br />
“Infelizmente, eu não esqueci. E mais triste ainda, eu estarei lá.”<br />
Então ela saiu com pressa do meu quarto e desapareceu no corredor. “Problemas,”<br />
eu murmurei enqu<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-63178793174999548272012-05-25T12:13:00.002-07:002012-05-25T12:13:29.055-07:00house of night - escolhida (capitulo 15)<br />
QUINZE<br />
Tudo aconteceu rápido depois disso, mas para mim pareceu estar acontecendo com<br />
outra pessoa que temporariamente tinha tomado meu corpo. Neferet imediatamente<br />
assumiu. Ela ajudou Afrodite e eu e decidiu (infelizmente) que eu era a única forte o<br />
bastante para voltar com eles até o corpo. Ela chamou Dragon Lankford, que apareceu<br />
armado. Eu ouvi Neferet chegando com Dragon sobre quais guardiões tinham voltado das<br />
férias. Pareceu que segundos depois dois altos, e musculosos vampiros apareceram. Eu os<br />
reconheci vagamente. Tinha sempre vampiros adultos indo e vindo para a escola. Eu<br />
aprendi cedo que a sociedade vampira era matriarcal, o que significa que as mulheres<br />
mandam. Mas não significa que vampiros homens não são respeitados. Eles são. É só que<br />
os dons deles são mais físicos e o das mulheres são mais intelectuais e intuitivos. Para<br />
resumir, vampiros homens são incríveis guerreiros e protetores. Aqueles dois mais Dragon<br />
e Loren me fizeram sentir um zilhão de vezes mais segura.<br />
Isso não significa que eu estava ansiosa para levar eles até o corpo da professora<br />
Nolan. Entramos num SUV da escola e voltamos pelo caminho que eu tinha seguido até a<br />
escola. Com a mão tremula eu apontei para o ponto onde eu tinha parado do lado da rua.<br />
Dragon estacionou a SUV.<br />
“Eu estava passando por aqui quando Afrodite disse que sentia algo errado,” Eu<br />
comecei nossa em enorme mentira. “Não podíamos ver muito daqui.” Meus olhos<br />
passaram pela parte escura da área perto da porta escondida. “Eu me senti estranha<br />
também, então decidimos ver o que estava errado.” Eu respirei fundo. “Eu acho que<br />
pensei que havia um garoto que estava tentando voltar para o dormitório, mas não podia<br />
encontrar a porta.” Eu engoli claramente a aperto na garganta. “Então nos aproximamos<br />
do muro e pudemos ver que tinha algo ali. Algo terrível. E - e eu senti o cheiro de sangue.<br />
Quando percebemos o que era - que era a professora Nolan - fomos direto para vocês.”<br />
“Você pode ir lá de novo, ou prefere ficar aqui e esperar por nós?” A voz de Neferet<br />
era gentil e compreensiva, e eu desejei com tudo dentro de mim que ela ainda fosse um<br />
dos caras do bem.<br />
“Eu não quero ficar sozinha,” eu disse.<br />
“Então você vem comigo,” ela disse. “Os guerreiros vão nos proteger. Você não tem<br />
nada a temer, Zoey.”<br />
Eu acenei e fui para a SUV. Os dois guerreiros, Dragon e Loren, protegeram Neferet<br />
e eu. Pareceu levar só alguns segundos para atravessar a grama e poder cheirar - ver o<br />
corpo crucificado. Eu senti meus joelhos tremerem quando o horror do que havia sido<br />
feito a ela se registrou nos meus sentidos já chocados.<br />
“Oh, graciosa deusa!” Neferet arfou. Ela se moveu para frente até alcançar a cabeça<br />
estacada. Eu vi ela acariciar o cabelo da professora Nolan e então colocar a mão na testa<br />
da mulher morta. “Encontre paz, minha amiga. Descanse nas campinas com nossa deusa.<br />
É lá que todos nós, um dia, iremos nos encontrar de novo.”<br />
Quando senti meus joelhos cederem eu senti mãos fortes me segurando pelo<br />
cotovelo.<br />
“Você está bem. Você vai superar isso.”<br />
Eu olhei para cima para Loren e tive que piscar com força para me focar nele. Ele<br />
continuou me segurando, mas tirou de um dos bolsos um daqueles antigos canivetes. Foi<br />
quando eu notei que estava chorando.<br />
“Loren, leve Zoey de volta para o dormitório. Ela não pode fazer mais nada aqui.<br />
Assim que ela estiver bem protegida, eu vou chamar a policia humana,” Neferet disse, e<br />
virou seu olhar para Dragon. “Chame os outros guerreiros para cá agora.” Dragon abriu o<br />
celular e começou a fazer ligações. Então Neferet virou sua atenção para mim. “Eu sei que<br />
isso foi uma coisa terrível para você ver, mas estou orgulhosa que você tenha sido tão<br />
forte para passar por isso.”<br />
Eu não consegui fazer minha voz funcionar, então apenas acenei.<br />
“Vamos para casa, Zoey.” Loren murmurou.<br />
Enquanto Loren me ajudava a voltar para a SUV uma chuva fria começou a cair<br />
suavemente ao redor de nós. Eu olhei para trás por cima dos ombros e vi que estava<br />
lavando o sangue da professora Nolan como se a própria deusa estivesse chorando a<br />
perda dela.<br />
Em todo caminho de volta para a escola Loren ficou falando comigo. Eu não lembro<br />
o que ele dizia. Eu só sei que ele estava me dizendo que tudo ia ficar bem naquela voz<br />
linda e rica. Eu podia sentir ela se envolver ao meu redor tentando me manter quente. Ele<br />
estacionou e me levou pela escola, ainda segurando meu braço com força. Quando ele<br />
deu a volta que nos levava para o salão de jantar ao invés do dormitório eu olhei<br />
questionadoramente para ele.<br />
“Você precisa comer e beber algo. Então você precisa dormir. Eu vou me certificar<br />
que você tenha os dois primeiros antes da segunda.” Ele pausou e sorriu tristemente.<br />
“Embora você pareça estar pronta para desmaiar.”<br />
“Eu não estou com fome,” eu disse.<br />
“Eu sei, mas comer vai fazer você se sentir melhor.” As mãos dele deslizaram do<br />
meu cotovelo para segurar a minha mão. “Me deixe cozinhar para você, Zoey.”<br />
Eu deixei ele me levar até a cozinha. A mão dele era quente e forte, e eu percebi que<br />
ela estava começando a soltar a forte dormência que tinha se apossado de mim.<br />
“Você pode cozinhar?” eu perguntei a ele, me agarrando a qualquer assunto que não<br />
fosse morte e horror.<br />
“Sim, mas não bem,” ele riu, parecendo como um lindo garotinho.<br />
“Isso não parece muito promissor,” eu disse. Eu me senti sorrir, mas parecia um<br />
sorriso duro e constrangedor, como se eu tivesse esquecido como sorrir.<br />
“Não se preocupe, vou ser gentil com você.” Ele me puxou para um banco no canto<br />
da cozinha e pegou uma longa faca que estava no centro da enorme cozinha. “Senta,” ele<br />
ordenou.<br />
Eu fiz o que ele disse, aliviada por não ter mais que ficar de pé. Ele virou para os<br />
armários e começou a tirar coisas deles e andou até a geladeira (mas não a que eles<br />
mantinham o sangue.)<br />
“Aqui, beba isso. Devagar.”<br />
Eu pisquei surpresa para a enorme taça de sangue. “Eu não gosto -“<br />
“Você vai gostar desse vinho.” Os olhos negros dele seguraram os meus. “Confie em<br />
mim e beba.”<br />
Eu fiz o que ele me disse. O gosto explodiu em minha língua, mandando faíscas de<br />
calor pelo meu corpo. “Tem sangue nele!” eu arfei.<br />
“Tem.” Ele estava fazendo um sanduíche e nem olhou para mim. “É como vampiros<br />
bebem vinho - misturado com sangue.” Ele olhou para cima e então encontrou meus<br />
olhos. “Se você não gosta do sangue, eu pego outra coisa para você beber.”<br />
“Não, está tudo bem. Eu bebo esse,” eu dei outro gole, me forçando a não beber<br />
tudo de uma vez.<br />
“Eu tive o pressentimento que você não teria problemas com ele.”<br />
Meus olhos encontraram os dele. “Porque você achou isso?” Eu podia sentir minha<br />
força assim como meu senso voltando para mim enquanto o maravilhoso sangue parecia<br />
se espalhar no meu corpo.<br />
Ele continuou fazendo o sanduíche e deu nos ombros. “Você teve um Imprint com<br />
um garoto humano, não teve? Foi como você foi capaz de encontrar e resgatar ele do<br />
serial killer.”<br />
“Yeah.”<br />
Quando eu não disse mais nada ele olhou para mim e sorriu. “Foi o que eu pensei.<br />
Às vezes a gente tem um Imprint acidental.”<br />
“Calouros não. Nem deveríamos beber sangue humano,” eu disse.<br />
O sorriso de Loren era quente e cheio de apreciação. “Você não é uma caloura<br />
normal, então as regras normais não se aplicam a você.” O olhar dele segurou o meu e<br />
parecia que ele estava falando de muito mais coisas do que beber acidentalmente sangue<br />
humano.<br />
Ele me fez sentir frio e calor - assustada, mas totalmente adulta e sexy - tudo ao<br />
mesmo tempo.<br />
Eu mantive minha boca fechada e voltei a beber o sangue com vinho. (Eu sei que<br />
soa completamente nojento, mas era delicioso.)<br />
“Aqui, come isso.” Ele passou o prato para mim que tinha um sanduíche de presunto<br />
e queijo que ele tinha feito por mim. “Espera, você precisa de um pouco disso também.”<br />
Ele procurou num armário até que fez um pequeno “ahha!” e me entregou um grande<br />
saco de Doritos com sabor queijo.<br />
Eu sorri. Dessa vez minha boca pareceu mais natural fazendo isso. “Doritos! Isso é<br />
perfeito” Eu dei uma enorme mordida e eu percebi que estava faminta. “Você sabe, eles<br />
não gostam que calouros comam comida porcaria como essa.”<br />
“Como eu disse” - Loren deu um sorriso devagar e sexy para mim de novo - “você<br />
não é como o resto dos calouros. E acontece que eu acredito que algumas regras são<br />
feitas para serem quebradas.” Os olhos dele passaram dos meus olhos para os brincos de<br />
diamante que estavam na minha orelha.<br />
Eu senti meu rosto ficando quente, então eu voltei a prestar atenção na comida,<br />
olhando apenas de vez enquando para ele. Loren não fez um sanduíche para ele, mas<br />
serviu uma taça de vinho que estava bebendo devagar enquanto me observava comer. Eu<br />
estava me aprontando para dizer a ele que ele estava me deixando nervosa quando ele<br />
finalmente disse algo.<br />
“Desde quando você e Afrodite são amigas?”<br />
“Não somos,” eu disse dando uma mordida no sanduíche (que estava muito bom -<br />
então ele é ridiculamente lindo, sexy, inteligente, e sabe cozinhar!). “Eu estava voltando<br />
pra a escola e vi ela andando.” Eu levantei um ombro se tivesse cansado dela. “Eu achei<br />
que era parte do meu trabalho como a líder das Filhas Negras ser gentil, mesmo para ela.<br />
Então eu dei a ela uma carona.”<br />
“Estou um pouco surpreso por ela ter aceito a sua carona. Vocês duas não são<br />
inimigas juradas?”<br />
“Tanto faz! Inimigas juradas? Eu nem penso nela.” Eu queria poder contar a Loren a<br />
verdade sobre Afrodite. Na verdade, eu odiava mentir (eu não sou muito boa nisso,<br />
embora eu pareça estar melhorando com a prática). Mas mesmo quando pensei em contar<br />
a verdade a Loren, eu tive o pressentimento que eu não deveria dizer nada para ele.<br />
Então eu sorri e mordi meu sanduíche e basicamente tentei me focar no fato de estar me<br />
sentindo menos como a Noite dos Mortos Vivos.<br />
O que me lembrou da professora Nolan. Eu soltei o sanduíche meio comido e bebi<br />
mais vinho.<br />
“Loren, quem pode ter feito aquilo com a professora Nolan?”<br />
A expressão do lindo rosto dele escureceu. “Eu acho que a citação deixa bem obvio.”<br />
“Citação?”<br />
“Você não viu o que estava escrito no papel que eles empalaram nela?”<br />
Eu balancei a cabeça, me sentindo fraca de novo. “Eu sei que tinha algo escrito no<br />
papel, mas não olhei o suficiente para poder ler.”<br />
“Dizia, “Não permitirás que viva uma feiticeira. Êxodo 22:18.” E ARREPENDA-SE foi<br />
escrito varias vezes.”<br />
Algo passou pela minha memória e senti uma queimação começar dentro de mim<br />
que não tinha nada a ver com o sangue no meu vinho. “As Pessoas de Fé.”<br />
“É o que parece.” Loren balançou a cabeça. “Eu me pergunto o que as sacerdotisas<br />
estavam pensando quando decidiram comprar esse lugar para instalar a House of Night<br />
aqui. Parece que estavam pedindo por problemas. Tem poucas partes do país onde as<br />
pessoas tem a mente tão pequena e falam sobre o que chamam de suas crenças<br />
religiosas.” Ele balançou a cabeça e parecia realmente irritado. “Embora eu não entenda<br />
adorar um deus que denigra as mulheres e cuja ‘Verdadeira crença’ parece não aceitar<br />
qualquer um que acredite no que eles acreditam.”<br />
“Nem todos são assim em Oklahoma,” eu disse firmemente. “Tem também um forte<br />
sistema de crenças Nativo Americanas, e muitas pessoas normais que não caem na<br />
estúpida crença das Pessoas da Fé.”<br />
“Independentemente, são as Pessoas da Fé que tem mais voz.”<br />
“Só porque eles tem a maior boca não significa que eles estejam certos.”<br />
Ele riu e seu rosto relaxou. “Você está se sentindo melhor.”<br />
“Yeah, eu acho que sim.” Eu bocejei.<br />
“Melhor, mas exausta, eu aposto,” ele disse. “Hora de ir para o seu dormitório de<br />
volta para cama. Você precisa descansar e se preparar para o que está por vir.”<br />
Eu senti uma onda de medo no meu estomago, e desejei não ter comido tanto<br />
salgadinho. “O que vai acontecer?”<br />
“Já faz décadas desde que houve um ataque aberto dos humanos aos vampiros. Isso<br />
muda as coisas.”<br />
Eu podia sentir o medo se expandido. “Muda as coisas? Como?”<br />
Loren me olhou nos olhos. “Não iremos sofrer um insulto sem devolver o insulto.” A<br />
expressão dele era dura, e de repente ele parecia mais guerreiro do que poeta, mais<br />
vampiro do que humano. Ele parecia poderoso e perigoso e exótico e mais do que um<br />
pouco assustador. Ok, honestamente ele era a coisa mais gostosa que eu já tinha visto.<br />
Então, como se tivesse percebido que disse demais, ele sorriu e andou para ficar<br />
perto de mim. “Mas você não precisa se preocupar com nada disso. Em 24 horas a escola<br />
ficara cheia da elite de vampiros guerreiros, os Filhos do Erebus. Nenhum humano<br />
fanático ira nos tocar de novo.”<br />
Eu franzi, me preocupando com as conseqüências de aumentar a segurança. Como<br />
diabos eu ia sair sozinha com uma bolsa de sangue para Stevie Rae com um zilhão de<br />
guerreiros cheio de testosterona andando por ai e sendo super protetores?<br />
“Hey, você ficara segura. Eu prometo.” Loren pegou meu queixo e levantou meu<br />
rosto.<br />
Nervosa antecipação fez minha respiração ficar mais rápida e meu estomago flutuar.<br />
Eu tentei tirar ele da minha mente, tentei não pensar no beijo dele e do jeito que o meu<br />
sangue batia quando ele olhava para mim, mas a verdade era que mesmo sabendo o<br />
quanto machucaria Erik estar com Loren, e com o estresse de Stevie Rae e Afrodite e o<br />
horror do que tinha acontecido com a professora Nolan, eu ainda podia sentir os lábios<br />
dele nos meus. Eu queria que ele me beijasse de novo e de novo.<br />
“Eu acredito em você.” Eu sussurrei. Naquele momento, eu juro que teria acreditado<br />
em qualquer coisa que ele me dissesse.<br />
“Estou feliz em ver que você está usando meus brincos.”<br />
Antes de poder dizer qualquer coisa, ele se curvou e me beijou, um beijo longo e<br />
profundo. A língua dele encontrou a minha e eu podia sentir o vinho e uma sedutora pista<br />
de sangue na boca dele. Depois do que pareceu ser muito tempo ele tirou sua boca da<br />
minha. Os olhos dele estavam escuros e ele respirava com dificuldade.<br />
“Eu preciso levar você de volta ao dormitório antes que tente te manter ao meu lado<br />
para sempre,” ele disse.<br />
Eu usei todo o brilhantismo da minha mente para conseguir dizer, “Ok.”<br />
Ele pegou meu braço de novo, como ele tinha me apoiado quando chegamos aqui.<br />
Dessa fez o toque dele era quente e intimo. Nossos corpos se tocavam enquanto<br />
andávamos pela manhã até o dormitório das garotas. Ele me fez subir as escadas e abriu<br />
a porta. A grande sala estava deserta. Eu olhei para o relógio e mal podia acreditar que já<br />
passava das 9 da manhã.<br />
Loren ergueu minha mão rapidamente para sua boca, a beijando antes de soltar. “Mil<br />
vezes boa noite. Mil vezes o pior, a te querer a luz. Amor passa por amor assim como<br />
garotos passam por seus livros, mas amor por amor, passa pela escola com um olhar<br />
pesado.”<br />
Eu mal reconheci as falar de Romeo e Julieta. Ele estava dizendo que me amava?<br />
Meu rosto corou com o nervosismo e excitação.<br />
“Tchau,” eu disse suavemente. “Obrigado por cuidar de mim.”<br />
“Foi um prazer, minha senhora,” ele disse. “Adieu.” Ele se curvou para mim,<br />
colocando o punho por cima do coração da forma respeitosa que os vampiros faziam uma<br />
saudação de um guerreiro a uma Alta Sacerdotisa, e então ele foi embora.<br />
Em uma onda de choque e me sentindo leve pelo beijo que Loren, eu praticamente<br />
tropecei nas escadas enquanto ia para meu quarto. Eu pensei em ir ver Afrodite, mas eu<br />
estava na beira de uma exaustão total e só havia uma coisa que eu tinha energia o<br />
suficiente para fazer antes de desmaiar. Primeiro, eu busquei no lixo as duas metades do<br />
horrível cartão de aniversario que minha mãe e meu padrasto-perdedor me mandaram.<br />
Eu senti uma onda de enjôo no estomago quando juntei as duas metades e vi que<br />
lembrava certo. Era uma cruz com um bilhete nela. Sim. Eu lembrei mais cedo com o que<br />
tinham feito a professora Nolan.<br />
Antes de poder mudar de idéia, eu tirei meu celular, e respirando fundo, disquei o<br />
numero. Minha mãe atendeu no terceiro toque.<br />
“Alô! É uma linda manha!” ela disse alegre. Claramente ela não tinha visto o<br />
identificador de chamada.<br />
“Mãe, sou eu.”<br />
Como esperado, o tom dela mudou instantaneamente. “Zoey? O que aconteceu<br />
agora?”<br />
Eu estava cansada demais para brincar dos nossos joguinhos de mãe e filha como<br />
sempre.<br />
“Onde John estava ontem a noite?”<br />
“Como assim, Zoey?”<br />
“Mãe, eu não tenho tempo para essa porcaria. Só me diga. Depois que vocês dois<br />
saíram da Utica Square, o que vocês fizeram?”<br />
“Eu não acho que gosto do seu tom, mocinha.”<br />
Eu segurei a vontade de gritar de frustração. “Mãe, isso é importante. Muito<br />
importante. Como em vida ou morte.”<br />
“Você é sempre tão dramática,” ela disse. Então deu uma pequena risada nervosa e<br />
falsa. “Seu pai veio para casa comigo, é claro. Assistimos um jogo de futebol na TV e<br />
fomos dormir.”<br />
“Que horas ele saiu para o trabalho de manhã?”<br />
“Que pergunta boba! Ele saiu cerca de uma hora e meia atrás, como sempre. Zoey,<br />
do que isso se trata?”<br />
Eu hesitei. Eu podia contar a ela? O que Neferet tinha dito sobre chamar a policia?<br />
Certamente o que tinha acontecido com a professora Nolan ia sair em todos os jornais<br />
mais tarde. Mas ainda não. Não agora. E eu sabia muito bem que não podia confiar em<br />
minha mãe para manter nada em segredo.<br />
“Zoey? Você não vai me responder?”<br />
“Só apenas assista o noticiário. Você vai saber do que se trata,” eu disse.<br />
“O que você fez?” Eu percebi que ela não parecia preocupada ou chateada, apenas<br />
resignada.<br />
“Nada. Não fui eu. É melhor você olhar mais perto de casa para quem fez o que. E<br />
lembre-se, eu não vivo mais na sua casa.”<br />
A voz dela se tornou amarga. “É verdade. Você certamente não vive. Eu nem sei por<br />
que você está ligando para cá. Você e sua odiosa avó não disseram que não iam mais<br />
falar comigo?”<br />
“Sua mãe não é odiosa,” eu disse automaticamente.<br />
“Ela é para mim!” Minha mãe surtou.<br />
“Esquece. Você tem razão. Eu não deveria ter ligado. Tenha uma boa vida mãe,” Eu<br />
disse, e então desliguei.<br />
Minha mãe estava certa sobre uma coisa. Eu nunca deveria ter ligado para ela. O<br />
cartão foi provavelmente apenas uma coincidência. Quero dizer só tem cerca de um zilhão<br />
de lojas especializadas em religião em Tulsa e Broken Arrow. Todos eles tem esses cartão<br />
idiotas. E todos parecem a mesma coisa - ou patos e ondas lavando as pegadas de areia<br />
na praia, ou uma cruz e sangue e unhas. Necessariamente não significa nada. Significa?<br />
Minha mente sentiu a tontura quando o meu estomago ficou enjoado. Eu precisava<br />
pensar, e não podia pensar enquanto estivesse tão cansada. Eu ia dormir e então tentar<br />
descobrir o que deveria fazer. Ao invés de jogar o cartão fora, eu coloquei os dois pedaços<br />
na minha gaveta. Então tirei minhas roupas e coloquei meu pijama confortável. Nala já<br />
estava roncando no meu travesseiro. Eu deitei perto dela, fechei os olhos, forcei minha<br />
mente a se clarear da horrível imagem e perguntas não faladas, e ao invés disso me<br />
concentrei na minha gata roncando até que finalmente cai no sono exausta.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-5504014565080604552012-05-25T12:11:00.001-07:002012-05-25T12:11:44.234-07:00house of night - escolhida (capitulo 14)<br />
QUATORZE<br />
“Me deixa na porta escondida no muro. Eu ainda acho que não é uma boa idéia as<br />
pessoas acharem que estamos andando juntas,” Afrodite disse.<br />
Eu virei a direita na rua Peoria e me dirigi de volta a escola. “Estou surpresa por você<br />
se importar tanto com o que as acham.”<br />
“Eu não me importo. Eu me importo com o que a Neferet descobre. Se ela achar que<br />
nós duas somos amigas, ou apenas não somos inimigas, ela vai descobrir que<br />
compartilhamos informações sobre ela.”<br />
“E isso seria muito ruim,” eu terminei por ela.<br />
“Definitivamente,” ela disse.<br />
“Mas ela vai nos ver juntas de vez enquando porque você ira evocar a terra nos<br />
meus círculos.”<br />
Afrodite me encarou. “Não, eu não vou.”<br />
“É claro que vai.”<br />
“Não, eu não vou.”<br />
“Afrodite, Nyx te deu uma afinidade com a terra. Você pertence ao circulo. A não ser<br />
que você queira ignorar a vontade de Nyx.” Eu não acrescentei a palavra “de novo”, mas<br />
pareceu permanecer ficar no ar conosco.<br />
“Eu já disse que vou fazer a vontade de Nyx,” ela disse através dos dentes cerrados.<br />
“O que significa que você vai fazer parte do Ritual da Lua Cheia hoje a noite,” eu<br />
disse.<br />
“Isso vai ser um pouco difícil, já que eu não sou mais membro das Filhas Negras.”<br />
Merda. Eu esqueci disso.<br />
“Bem, então, você vai ter que voltar para as Filhas Negras.” Ela começou a dizer<br />
algo. Eu levantei a voz e falei mais alto que ela. “O que significa que você vai ter que jurar<br />
seguir nossas regras.”<br />
“Idiotas,” ela murmurei.<br />
“Você está fazendo aquela coisa com péssima atitude novo,” eu disse. “Então, você<br />
vai jurar?”<br />
Eu pude ver que ela estava mordendo os lábios. Eu esperei se ninguém dizer nada e<br />
continuei dirigindo. Isso era algo que Afrodite ia ter que decidir sozinha. Ela disse que<br />
queria reparar as merdas que fez e seguir a vontade da deusa. Mas querer algo e fazer<br />
são duas coisas bem diferentes. Afrodite tem sido egoísta e maldosa por muito tempo. As<br />
vezes eu podia ver uma faísca de mudança nela, mas a maior parte das vezes eu só via a<br />
garota que as Gêmeas chamavam de Bruxa do Inferno.<br />
“Yeah, tanto faz.”<br />
“Como assim.”<br />
“Eu disse sim. Eu vou jurar obedecer suas regras idiotas.”<br />
“Afrodite, parte do juramento significa que você não acredita que as regras são<br />
idiotas.”<br />
“Não, não tem nada no juramento que diz que não posso achar as regras idiotas. Só<br />
diz que eu tenho que ser autentica pelo ar, fiel pelo fogo, sábia pela água, empática pela<br />
terra, e sincera pelo espírito. Então sou autentica dizendo que as regras são idiotas.”<br />
“Se é isso que você acha, porque as memorizou?”<br />
“Conheça teu inimigo,” ela citou.<br />
“Quem disse isso, afinal?”<br />
Ela deu nos ombros. “Alguém antigamente. O “teu” deixa claro que foi alguém<br />
velho.”<br />
Eu achei que ela estava falando cocô, mas não quis dizer nada (especialmente já que<br />
ela goza de mim por dizer cocô ao invés da palavra com m).<br />
“Ok, aqui está.” Eu encostei. Graças a Deus, as nuvens que apareciam de<br />
madrugada tinham se multiplicado, e a manhã estava escura e emburrada. Tudo que<br />
Afrodite tinha que fazer era cruzar o pequeno gramado que ficava entre a grama e o muro<br />
que cercava a escola, passar pela porta escondida, e então seguir a calçada até o<br />
dormitório. Como as Gêmeas diriam, fácil-fácil. Eu olhei para o céu, considerando se<br />
deveria pedir para o vento trazer mais nuvens para deixar ainda mais escuro, mas eu olhei<br />
para o rosto de Afrodite e decidi que não, ela podia lidar com a luz do sol. “Então, você<br />
estará no ritual hoje a noite, certo?” eu perguntei, imaginando do porque estar levando<br />
tanto tempo para ela sair do carro.<br />
“Yeah, estarei lá.”<br />
Ela soava distraída. Tanto faz. A garota era apenas estranha às vezes.<br />
“Ok, te vejo mais tarde,” eu disse.<br />
“Yeah, te vejo mais tarde,” ela murmurou, abrindo a porta e (finalmente) saindo do<br />
carro. Mas antes dela fechar a porta, ela se curvou e disse, “Algo parece errado. Você<br />
também não está sentindo?”<br />
EU pensei. “Eu não sei. Eu estou me sentindo meio inquieta e estressada, mas isso<br />
pode ser por causa da morte da minha melhor amiga - ou melhor morta viva.” Então olhei<br />
mais perto para ela. “Você está ficando pronta para ter uma visão?”<br />
“Eu não sei. Eu nunca sei dizer quando vou ter uma. Mas eu tenho pressentimentos<br />
sobre as coisas às vezes e não tenho uma visão.”<br />
Ela parecia muito pálida e até um pouco suada (o que definitivamente não era<br />
normal para Afrodite). “Talvez você devesse voltar para o carro. Provavelmente não tem<br />
ninguém acordado para nos ver entrar juntas de qualquer forma.” Afrodite era uma chata,<br />
mas ver como as visões a faziam ficar indefesa e doente eu realmente não gostava da<br />
idéia de deixar ela ficar na luz do sol sozinha quando uma atingisse ela.<br />
Ela se balançou, me lembrando de um gato saindo na chuva. “Vou ficar bem. Eu<br />
provavelmente só estou imaginando coisa. Vejo você hoje a noite.”<br />
Eu vi ela se apressar até o muro de pedra e tijolos que cercavam o terreno da<br />
escola. Enormes e antigos carvalhos se alinhavam no muro, fazendo sobras que de<br />
repente pareciam sinistras. Jeesh, agora eu estava imaginando coisa? Eu tinha a mão no<br />
volante e estava mudando a marcha para poder me aproximar quando Afrodite gritou.<br />
Às vezes eu não penso. Meu corpo assume e eu apenas ajo. Essa foi uma dessas<br />
horas. Eu sai do carro e estava correndo até Afrodite antes de poder pensar. Quando<br />
cheguei até ela, eu soube duas coisas ao mesmo tempo. Uma era que algo tinha um<br />
cheiro maravilhoso, meio familiar. O que quer que fosse, era um cheiro que estava na<br />
área como uma deliciosa nevoa e eu automaticamente respirei fundo. A segunda coisa é<br />
que Afrodite estava curvada, vomitando e chorando ao mesmo tempo, o que não foi muito<br />
agradável de se ver. Eu estava muito ocupada olhando para ela e tentando descobrir o<br />
que estava acontecendo e distraída pelo maravilhoso cheiro para notar. A principio.<br />
“Zoey!” Afrodite chorou, ainda vomitando, “Chame alguém! Rápido!”<br />
“O que foi - uma visão? Qual problema?” Eu peguei ela nos ombros e tentei dar<br />
apoio a ela enquanto ela continuava a vomitar.<br />
“Não! Atrás de mim! Contra o muro...” Ela ficou ânsia, mas não teve tempo para<br />
vomitar. “É tão horrível.”<br />
Eu não queria, mas meus olhos automaticamente olharam para cima atrás dela nas<br />
sombras do muro da escola.<br />
Foi a coisa mais horrível que eu já vi. A principio minha mente nem registrou o que<br />
viu. Mais tarde eu pensei que provavelmente era um mecanismo de defesa. Infelizmente,<br />
não durou muito. Eu pisquei e olhei por entre a escuridão. Algo parecia manchado, e<br />
molhado e-<br />
E eu sabia o que era aquele doce e sedutor cheiro era. Eu lutei contra a vontade de<br />
cair de joelhos e vomitar ao lado de Afrodite. Eu senti o cheiro de sangue. Não era o<br />
cheiro ordinário de sangue humano, que já era muito delicioso. O que eu estava sentindo<br />
o cheiro era do sangue derramado de um vampiro adulto.<br />
O corpo dela estava pregado grotescamente em uma cruz de madeira que estava<br />
parada contra o muro. Eles não pregaram só os pulsos e tornozelos dela. Eles também<br />
passaram uma grossa estaca de madeira no coração dela. Havia algum tipo de papel por<br />
cima do coração dela, preso num lugar perto da grotesca estaca. Eu podia ver que havia<br />
algo escrito nela, mas meus olhos não se focaram bem o bastante ara ver o que estava<br />
escrito nele.<br />
Eles também cortaram a cabeça dela, a cabeça da professora Nolan. Eu sabia que<br />
era ela porque eles colocaram a cabeça dela numa estaca de madeira do lado do corpo<br />
dela. O longo cabelo preto dela se mexia suavemente contra a brisa, parecendo<br />
obscenamente gracioso. A boca dela estava aberta em uma terrível careta, mas os olhos<br />
dela estavam fechados.<br />
Eu agarrei o cotovelo de Afrodite e fiz ela levantar. “Anda! Temos que chamar<br />
ajuda.”<br />
Se apoiando uma na outra, voltamos para o meu carro. Eu não sei como consegui<br />
ligar o Fusca e me afastar.<br />
“Eu - eu - eu acho que eu vou vomitar de novo.” Os dentes de Afrodite batiam tanto<br />
que ela mal podia falar.<br />
“Não, você não vai.” Eu não podia acreditar no quão calma eu soava. “Respire. Se<br />
concentre. Tire forças da terra.” Eu percebi que eu estava automaticamente fazendo o que<br />
eu disse para ela fazer, só que no meu caso eu estava tirando força dos cinco elementos.<br />
“Você está bem,” eu disse a ela com a energia canalizado do vento, fogo, água, terra, e<br />
espírito para manter longe a histeria e o choque a qual eu queria ceder. “Estamos bem.”<br />
“Estamos bem... estamos bem...” Afrodite continuou repetindo. Ela estava tremendo<br />
tanto que eu peguei o canguro que eu mantinha no banco de trás. “Coloque isso ao seu<br />
redor. Estamos quase lá.”<br />
“Mas todos foram embora! A quem você vai contar?”<br />
“Nem todo mundo foi embora.” Minha mente trabalhou. “Lenobia nunca deixa os<br />
cavalos sozinhos por muito tempo. Ela provavelmente está aqui. “E então arfei para a<br />
escuridão. “E eu vi Loren Blake ontem. Ele vai saber o que fazer.”<br />
“Ok... ok...” Afrodite murmurou.<br />
“Me escute Afrodite,” eu disse firmemente. Ela virou os olhos bem apertos e<br />
chocados para mim. “Eles vão querer saber por que estávamos juntas, e especialmente eu<br />
estava te largando tão perto do muro.”<br />
“O que diremos?”<br />
“Eu não estava com você e eu não estava te largando. Eu fui visitar minha avó. Você<br />
estava...” eu pausei, tentando forçar minha mente atordoada a pensar. “Você estava em<br />
casa. Eu vi você voltando para a escola e te dei uma carona. Quando passamos pelo muro<br />
você sentiu que algo estava errado e paramos para olhar. Foi assim que achamos ela.”<br />
“Ok. Ok. Eu posso dizer isso.”<br />
“Você vai lembrar?”<br />
Ela respirou fundo. “Eu vou lembrar.”<br />
Eu não me incomodei em parar numa vaga direito. Eu parei o mais perto possível do<br />
prédio principal que tinha a residência dos professores. Eu esperei o suficiente para pegar<br />
Afrodite de novo, e juntas corremos pela calçada até a antiga porta de madeira do prédio<br />
que parecia um castelo. Silenciosamente agradecendo a deusa pela política de não trancar<br />
as portas, eu abri a porta e entrei junto com Afrodite.<br />
E eu me encontrei com Neferet.<br />
“Neferet! Você tem que vir! Por favor! É horrível!” Eu chorei e me joguei nos braços<br />
dela. Eu não pude me impedir. Minha mente sabia que ela tinha feito coisas horríveis, mas<br />
a um mês atrás Neferet era uma mãe para mim. Não, na verdade, ela se tornou a mãe<br />
que eu queria ter, e eu meu pânico ver ela mandou uma onda de alivio pelo meu corpo.<br />
“Zoey? Afrodite?”<br />
Afrodite caiu contra a parede ao nosso lado e eu podia ouvir ela chorando. Eu<br />
percebi que eu comecei a chorar tanto que se não fosse pelos braços fortes de Neferet ao<br />
meu redor eu provavelmente não seria capaz de me manter de pé. A Alta Sacerdotisa me<br />
segurou gentilmente, mas firme longe de mim para poder olhar meu rosto. “Fale comigo,<br />
Zoey. O que aconteceu?”<br />
Eu tremi mais. Eu curvei a cabeça e cerrei os dentes, tentando me concentrar de<br />
novo e retirar força o suficiente dos elementos para poder falar.<br />
“Eu ouvi algo e-” Eu reconheci nossa professora de equitação, Lenobia, uma voz<br />
clara se aproximado no corredor de nós. “Pela deusa!” Do canto do olho eu vi que ela se<br />
apressou até Afrodite e estava tentado dar apoio ao corpo fraco dela.<br />
“Neferet? Qual o problema?”<br />
Minha mente se quebrou quando ouvi a voz familiar e vi Loren, o cabelo todo<br />
bagunçado como se ele estivesse dormindo, vindo da escadaria que levava pra o loft dele<br />
enquanto ele colocava um moletom da House of Night. Meu olhar se trancou no dele e de<br />
alguma forma eu consegui encontrar força para falar.<br />
“É a professora Nola,” eu disse, e me perguntei o quão clara e forte minha voz suava<br />
quando senti meu corpo se quebrando em pequenos pedaços. “Ela está perto da porta<br />
escondida no muro leste. Alguém matou ela.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-74483981510344602812012-05-24T12:07:00.001-07:002012-05-24T12:07:29.099-07:00house of night - escolhida (capitulo 13)<br />
TREZE<br />
Me recusando a fofocar com Afrodite sobre Stevie Rae, eu voltei a olhar a TV, mas<br />
depois de um tempo eu não consegui ficar parada, então levantei e fui de janela em<br />
janela fechando as cortinas e persianas. Isso não levou muito tempo, então fui para a<br />
cozinha e comecei a mexer nos armários. Eu já havia notado que a geladeira tinha uma<br />
caixa de Perrier* (*água), duas garrafas de vinho branco, e alguns pedaços daquele<br />
queijo importado caro, que tem cheiro de pé. Havia carne e peixe no frezeer e gelo, mas<br />
era isso. Os armários tinham várias coisas neles, mas era comida de gente rica. Você<br />
sabe, latas importadas de peixe que ainda tem cabeça, mostras defumadas (eesh), outras<br />
carnes estranhas e coisas cortadas, e longas caixas de algo chamado bolacha d’água. Não<br />
havia uma lata de coca decente.<br />
“Vamos ter que ir para o supermercado,” eu disse.<br />
“Você pode manter a Fedida trancada no quarto, tudo o que você tem que fazer é<br />
entrar na conta online com o Petty Foods* (*especie de super online). Clique no que<br />
quiser da loja. Eles entregam e meus pais pagam.”<br />
“Eles não vão surtar quando virem a conta?”<br />
“Nem vão notar,” ela disse. “O banco paga diretamente. Não tem nada demais,”<br />
“Verdade?” Eu estava surpresa por pessoas realmente viverem assim. “Vocês são<br />
ricos.”<br />
Afrodite deu nos ombros. “Yeah. Tanto faz.”<br />
Stevie Rae limpou a garganta e Afrodite e eu pulamos. Ver ela fez meu coração se<br />
apertar com força. O cabelo curto dela estava molhado, e estava no rosto dela em curvas<br />
familiares. Os olhos dela ainda eram vermelhos e seu rosto ainda era pálido, mas estava<br />
limpo. As roupas dela estavam grandes, mas ela parecia Stevie Rae de novo.<br />
“Oi,” eu disse suavemente. “Se sente melhor?”<br />
Ela parecia desconfortável, mas acenou.<br />
“Você está com um cheiro melhor,” Afrodite disse.<br />
Eu olhei para ela.<br />
“O que? Isso foi gentil.”<br />
Eu suspirei e dei a ela um obvio olhar de você não está ajudando. “Ok, que tal<br />
falarmos sobre bolar um plano? Quero dizer, eu sei que Stevie Rae tem, uh, problemas<br />
únicos, mas eu não tenho certeza do que você acha que pode ser feito sobre eles. Ela está<br />
morta. Ou morta viva.” Ela olhou para Stevie Rae. “Ok, eu não estou realmente tentando<br />
ser maldosa, mas -”<br />
“Não é maldosa. É apenas a verdade.” Stevie Rae interrompeu ela. “Mas não finja<br />
que você se importa agora mais com meus sentimentos do que você sentia antes.”<br />
“Eu estava tentando ser gentil,” Afrodite disse, soando o oposto do gentil.<br />
“Tente mais,” eu disse. Então, “Sente-se Stevie Rae.” Ela sentou na cadeira de couro<br />
do lado do sofá. Eu ignorei minha dor de cabeça e sentei no sofá. “Ok, aqui está o que eu<br />
sei.” Eu juntei as pontas dos meus dedos. “Primeiro, Stevie Rae não tem mais que viver<br />
perto de vampiros adultos, então isso significa que ela completou a Mudança.” Afrodite<br />
começou a abrir a boca então me apressei. “Segundo, ela precisa de sangue, mais do que<br />
vampiros adultos normais.” Eu olhei de Afrodite para Stevie Rae. “Alguma de vocês duas<br />
sabe se vampiros adultos ficam loucos se não beberem sangue regularmente?”<br />
“Na aula de Sociologia Vampira Avançada aprendemos que adultos precisam beber<br />
sangue regularmente para ficarem saudáveis. Isso vale para mente e corpo.” Afrodite deu<br />
nos ombros. “Neferet é a professora dessa matéria, e ela nunca disse nada sobre<br />
vampiros ficarem loucos se não beberem sangue. Mas isso pode ser uma das coisas que<br />
eles só nos dizem quando completamos a Mudança.”<br />
“Eu não sabia nada disso até eu morrer,” Stevie Rae disse.<br />
“Pode ser sangue de qualquer mamífero, ou precisa ser humano?”<br />
“Humano.”<br />
Eu perguntei a Stevie Rae, mas ela e Afrodite responderam ao mesmo tempo.<br />
“Ok, bem, além de ter que beber sangue e não precisar ficar perto de vampiros<br />
adultos, Stevie Rae não pode entrar em casas sem ser convidada.”<br />
“Por alguém que vive nela,” Stevie Rae acrescentou. “Mas não tem nada demais.”<br />
“Como assim?” Eu perguntei.<br />
Stevie Rae virou seu olhar vermelho para mim. “Eu posso obrigar humanos a fazer<br />
coisas que eles não querem.”<br />
Com um esforço, eu não tremi.<br />
“Isso não é um choque,” Afrodite disse. “Vários vampiros adultos tem forte<br />
personalidade e podem ser muito persuasivos com humanos. É uma das razões deles<br />
terem tanto medo de nós. Você deveria saber disso, Zoey.”<br />
“Huh?”<br />
Afrodite ergueu uma sobrancelha. “Você sofreu um Imprint com seu namorado<br />
humano. O quão difícil foi persuadir ela a deixar você chupar ele. Ela pausou, e sorriu<br />
travessamente. “O sangue, quero dizer.”<br />
Eu ignorei o comentário vadio. “Ok, Stevie Rae também tem isso com os vampiros<br />
também. Mas vampiros não tem que ser convidados para a casa de alguém, tem?”<br />
“Nunca ouvi falar de algo assim,” Afrodite disse.<br />
“É porque eu não tenho alma,” Stevie Rae disse numa voz sem qualquer emoção.<br />
“Você não é sem alma,” eu disse automaticamente.<br />
“Você está errada. Eu morri e Neferet descobriu um jeito de trazer meu corpo de<br />
volta, mas ela não trouxe minha humanidade de volta também. Minha alma ainda está<br />
morta.”<br />
Eu nem agüentei pensar na possibilidade de que isso pudesse ser possível, e abri a<br />
boca para discutir com ela, mas Afrodite foi mais rápida.<br />
“Isso faz sentido. É o do porque você não conseguir entrar na casa de uma pessoa<br />
viva sem ser convidada. É também provavelmente o porquê de você pegar fogo se o sol te<br />
atingir. Sem alma - não agüenta a luz.”<br />
“Como você sabe disso?” Stevie Rae perguntou.<br />
“Eu tenho visões, lembra?”<br />
“Eu pensei que Nyx tinha te abandonado e tirado suas visões,” Stevie Rae disse<br />
cruelmente.<br />
“Isso é o que Neferet quer que as pessoas acreditem porque Afrodite teve visões<br />
sobre ela - e sobre você,” eu disse prontamente. “Mas Nyx não abandonou ela e nem<br />
você.”<br />
“Então porque você está ajudando Zoey?” Stevie Rae jogou a pergunta em Afrodite.<br />
“E não diga aquela merda sobre Nyx ter senso de humor. Qual é a verdadeira razão?”<br />
Afrodite zombou. “Porque estou ajudando não é da sua conta.”<br />
Stevie Rae levantou e se moveu pela sala tão rápido que seus movimentos foram um<br />
borrão. Antes deu poder piscar ela tinha colocado as mãos ao redor da garganta de<br />
Afrodite e pressionado seu rosto perto do dela. “Você está errada. É da minha conta,<br />
também, porque estou aqui. Lembra, você me convidou?”<br />
“Stevie Rae, solta ela.” Eu mantive a voz calma, mas meu pulso estava batendo feito<br />
louco. Stevie Rae parecia e soava mais do que apenas um pouco maluca.<br />
“Eu nunca gostei dela, Zoey. Você sabe disso. Eu te disse um zilhão de vezes que ela<br />
não era legal e que você deveria ficar longe dela. Eu não sei por que não deveria quebrar<br />
o pescoço dela.”<br />
Eu estava começando a me preocupar com o quão esbugalhados os olhos de<br />
Afrodite pareciam e o quão vermelho seus olhos estavam ficando. Ela lutou contra Stevie<br />
Rae, mas era como alguém tentando se soltar de um grande e maldoso adulto. Me ajude<br />
a passar por Stevie Rae. Eu mandei uma reza silenciosa para a deusa quando comecei a<br />
me concentrar para poder usar os poderes dos elementos para mim. Então palavras foram<br />
sussurradas na minha mente e eu rapidamente as repeti.<br />
“Você não deveria quebrar o pescoço dela porque você não é um monstro.”<br />
Ela não soltou Afrodite, mas Stevie Rae virou sua cabeça para poder olhar para mim.<br />
“Como você sabe disso?”<br />
Eu não hesitei, “Porque acredito em nossa deusa, e acredito na parte de você que<br />
ainda é minha melhor amiga.”<br />
Stevie Rae soltou Afrodite, que começou a tossir e a esfregar o pescoço.<br />
“Diga que sente muito,” eu disse a Stevie Rae. Os olhos vermelhos dela me<br />
perfuraram, mas eu levantei o queixo e a encarei. “Diga que sente muito para Afrodite,”<br />
eu repeti.<br />
“Eu não sinto muito,” Stevie Rae disse quando andou (numa velocidade normal) de<br />
volta para sua cadeira.<br />
“Nyx deu a Afrodite uma afinidade pela terra,” eu disse bruscamente. O corpo de<br />
Stevie Rae virou como se eu tivesse batido nela. “Então atacando ela você está na<br />
verdade atacando Nyx.”<br />
“Nyx está deixando ela assumir meu lugar!”<br />
“Não. Nyx está deixando ela ajudar você. Eu não posso descobrir isso sozinha, Stevie<br />
Rae. Eu não posso deixar nenhum dos meus amigos saberem sobre isso porque se eu<br />
fizer vai ser uma questão de tempo antes de Neferet descobrir tudo que eles sabem, e<br />
embora eu não sabia muita coisa, eu acredito que Neferet se tornou má. Então<br />
basicamente somos nós contra uma poderosa Alta Sacerdotisa. Afrodite é a única caloura<br />
além de mim cuja mente Neferet não pode ler. Precisamos de ajuda.”<br />
Stevie Rae estreitou os olhos para Afrodite, que ainda estava esfregando o pescoço e<br />
respirando com força. “Eu ainda quero saber por que ela se incomoda em nos ajudar. Ela<br />
nunca gostou de nenhuma de nós. Ela é uma mentirosa e uma vaca total.”<br />
“Reparação,” Afrodite conseguiu dizer.<br />
“O que?” Stevie Rae disse.<br />
Afrodite olhou para ela. A voz dela era áspera, mas ela definitivamente estava<br />
recuperando o fôlego e passou de ficar assustada para ficar fula. “Qual o problema? A<br />
palavra é muito grande para você? R-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O.” Ela soletrou. “Significa que eu<br />
tenho que compensar algumas coisas que fiz. Muita coisa, na verdade. Então tenho que<br />
fazer o que não fiz antes - que é seguir a vontade de Nyx.” Ela parou e limpou a garganta,<br />
e fez uma careta de dor. “Não, eu não gosto tanto quanto você. E, quer saber, você ainda<br />
está fedendo e suas roupas country são idiotas.”<br />
“Afrodite respondeu sua pergunta,” eu disse a Stevie Rae. “Ela podia ter sido mais<br />
gentil, mas você acabou de tentar sufocar ela até a morte. Agora se desculpe a ela.” Eu<br />
encarei Stevie Rae enquanto silenciosamente chamei a energia do espírito para mim. Eu vi<br />
Stevie Rae recuar, e ela finalmente olhou para longe.<br />
“Desculpe,” ela murmurou.<br />
“Eu não consegui ouvir ela,” Afrodite disse.<br />
“E eu não agüento vocês duas agindo como dois bebezões!” eu surtei. “Stevie Rae,<br />
se desculpe a ela como uma pessoa normal ao invés de uma pirralha mimada.”<br />
“Eu sinto muito,” Stevie Rae disse, franzindo para Afrodite.<br />
“Ok, olha,” eu disse. “Precisamos de algum tipo de trégua entre nós. Eu não posso<br />
ter medo de virar de costas e vocês duas tentarem se matar.”<br />
“Ela não poderia me matar,” Stevie Rae disse, virando os lábios de forma nada<br />
atraente.<br />
“Porque você já está morta ou porque eu não me aproximaria o bastante do seu<br />
fedor para chutar sua bunda?” Afrodite perguntou em uma voz doce.<br />
“É exatamente isso ao que estou me referindo!” Eu gritei. “Parem! Se não pudermos<br />
nos dar bem, como diabos vamos descobrir um jeito de enfrentar Neferet e resolver o que<br />
aconteceu com Stevie Rae?”<br />
“Temos que enfrentar Neferet?” Afrodite disse.<br />
“Porque temos que enfrentar ela?” Stevie Rae disse.<br />
“Porque ela é uma fudida maldosa!” Eu gritei.<br />
“Yeah, e você não foi atingida por um raio ou derreteu nem nada fudido desse tipo,”<br />
Afrodite disse alegremente.<br />
“Isso não pareceu certo saindo da sua boca, Z,” Stevie Rae disse.<br />
Eu não pude me impedir de sorrir para Stevie Rae. Ela de repente parecia e soava<br />
mais como ela e eu senti uma enorme onda de esperança. Ela ainda estava ali. Eu só<br />
tinha que descobrir um jeito de fazer ela entrar em contando com o seu -<br />
“É isso!” Eu sentei mais na frente excitada.<br />
“Você xingar? Eu não acho, Z. Não é você,” Stevie Rae disse.<br />
“Eu acho que você estava certa quando disse que sua alma está sumida, Stevie Rae.<br />
Ou pelo menos parte dela está sumida.”<br />
“Você faz parecer que é uma coisa boa, o que eu não entendo,” Afrodite disse.<br />
“Eu odeio concordar com ela, mas sim, eu perder a alma é algo bom?” Stevie Rae<br />
disse.<br />
“Porque é assim que eu vou consertar você!” Elas só me olharam, com olhos de<br />
boba. Eu virei os olhos. “Tudo que temos que fazer é descobrir um jeito de colocar sua<br />
alma inteira no seu corpo. Você pode voltar a ser como era. Claramente, você completou<br />
uma Mudança que não é exatamente normal.”<br />
“Claramente,” Afrodite murmurou.<br />
“Mas com uma alma curada você tem sua humanidade de volta - você volta ao<br />
normal. E isso é o que realmente importa. Todas essas outras coisas,” eu fiz um gesto<br />
abstrato em direção a ela. “Você sabe, seus olhos estranhos e todo o negocio de bebersangue-<br />
ou-ficar-louca, podem ser lidadas se você voltar a ao normal.”<br />
“Isso é mais uma daquelas merdas o-lado-de-dentro-é-mais-importante que o de<br />
fora?” Afrodite disse.<br />
“É, e Afrodite você está me irritando com a sua atitude tão negativa,” eu disse.<br />
“Eu acho que seu grupo precisa de alguém pessimista,” ela disse, parecendo meio<br />
feliz.<br />
“Você não é parte do grupo dela,” Stevie Rae disse.<br />
“No momento nem você, Fedida,” Afrodite respondeu.<br />
“Bruxa odiosa! Nunca -”<br />
“CHEGA!” Eu virei minhas mãos para as duas enquanto me concentrava no fato das<br />
duas precisarem apanhar. O vento obedeceu e elas sentaram de volta quando uma<br />
pequena e concentrada ventania ficava atrás delas. “Ok, pare agora,” eu disse<br />
rapidamente. O vento imediatamente parou. “Uh, desculpa. Perdi a calma.”<br />
Afrodite imediatamente começou a passar os dedos pelos cabelos completamente<br />
descabelados. “Eu acho que você perdeu a droga da cabeça,” Afrodite reclamou.<br />
Pessoalmente, eu achei que ela podia ter razão, mas eu não queria admitir. Eu olhei<br />
para o relógio e fiquei chocada por ver que eram 7 da manha. Não era de se admirar que<br />
eu estivesse tão cansada. “Olhem, vocês duas. Estamos cansadas. Vamos dormir um<br />
pouco e nos encontrar aqui depois do Ritual da Lua Cheia. Eu vou pesquisar mais e ver se<br />
descubro algo sobre almas perdidas ou quebradas e como consertar elas.” Pelo menos eu<br />
tinha algo para me concentrar agora, ao invés de buscar livremente na biblioteca. Bem,<br />
isso quando eu não estava me agarrando com Loren. Ah, diabos. Eu esqueci dele.<br />
“Parece um plano para mim. Estou pronta para sair daqui.” Afrodite levantou. “Meus<br />
pais só voltam daqui 3 semanas então você não precisa se preocupar com eles voltarem<br />
para casa. Tem jardineiros que vem aqui duas vezes por semana, mas isso é durante o dia<br />
e - oh, yeah - você vai pegar fogo se sair durante o dia, então eles verem você não deve<br />
ser um problema também. A empregada normalmente aparece uma vez por semana<br />
quando meus pais não estão, para manter a casa perfeita, mas ela só vem aqui quando<br />
minha vó está visitando, então isso também não é problema.”<br />
“Wow, ela é realmente rica,” Stevie Rae disse para mim.<br />
“Aparentemente,” eu disse.<br />
“Você tem net?” Stevie Rae perguntou a Afrodite.<br />
“É claro,” ela disse.<br />
“Legal,” Stevie Rae disse, parecendo mais feliz desde que tinha morrido.<br />
“Ok, então, vamos sair daqui,” eu disse, me juntando a Afrodite na porta. “Oh,<br />
Stevie Rae, eu te comprei um celular. Está na bolsa. Se precisar de algo, me ligue. Eu vou<br />
lembrar de manter ele comigo e ligado.” Eu pausei, me sentindo estranhamente incerta<br />
sobre deixar ela.<br />
“Vá. Eu te vejo depois,” Stevie Rae disse. “Você não precisa se preocupar comigo. Eu<br />
já estou morta. O que mais pode dar errado?”<br />
“Ela tem razão,” Afrodite disse.<br />
“Ok, bem. Eu entendi,” eu disse. Eu não quis dizer que achava que ela também tinha<br />
razão. Isso parecia pedir por problemas. Eu quero dizer, ela era morta viva, e isso era<br />
muito ruim. Mas haviam outras coisas que podiam dar errado também. A idéia me deu um<br />
calafrio na espinha, o que, infelizmente, eu ignorei e continuei imaginando o futuro. Eu<br />
não tinha idéia do horror que estava prestes a acontecer.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-12355098744104351162012-05-24T12:05:00.002-07:002012-05-24T12:08:43.603-07:00house of night - escolhida (capitulo 12)<br />
DOZE<br />
Eu sabia que Stevie Rae tinha chegado no gazebo antes de mim. Eu não podia ver<br />
ela, mas podia sentir o cheiro dela. Eesh. Serio, eesh. Eu esperava que um banho e um<br />
xampu ajudasse com o cheiro, mas eu meio que duvidava. Afinal de conta, ela estava,<br />
bem, morta.<br />
“Stevie Rae, eu sei que você está aqui em algum ligar.” Eu chamei o mais<br />
quietamente que pude. Ok, vampiros tem a habilidade de se movimentar silenciosamente<br />
e criar tipo uma bolha de invisibilidade ao redor deles. Calouros também tem essa<br />
habilidade. Só não é tão completa. Já que eu sou uma estranha e talentosa caloura, eu<br />
posso me mover quase tão bem e não ser vista por ninguém que pode estar espiando pela<br />
janela as 3 da manha, como um guarda de segurança do museu. Então eu estava bem<br />
confiante em relação a minha de não ser vista no semi-escuro, terrenos do museu, mas eu<br />
não fazia idéia se podia estender minha habilidade para Stevie Rae. Em outras palavras,<br />
eu precisava pegar ela, e tirar ela dali.<br />
“Sai daí. Eu tenho suas roupas e um pouco de sangue e o último CD do Kenny<br />
Chesney.” Eu adicionei a última parte como uma chantagem. Stevie Rae era ridiculamente<br />
caidinha por Kenny Chesney. Não, eu também não entendo.<br />
“O sangue!” Uma voz que poderia ser de Stevie Rae se ela estivesse com um<br />
péssimo resfriado e tivesse perdido a cabeça assoviou de trás dos arbustos na base do<br />
gazebo.<br />
Eu fui até atrás do gazebo passando pela grossa (e molhada) folhagem. “Stevie<br />
Rae?”<br />
Olhos brilhando de um tom horrivelmente vermelho, ela tropeçou para fora dos<br />
arbustos e se lançou na minha direção. “Me dê o sangue!”<br />
OhmeuDues, ela parecia uma pessoa absolutamente maluca. Rapidamente eu abri<br />
minha bolsa, peguei a bolsa de sangue, e a entreguei para ela. “Peraí um segundo, eu<br />
tenho uma tesoura aqui em algum lugar e eu-”<br />
Com um rangido de dentes bem nojento, Stevie Rae abriu a pequena bolsa com seus<br />
dentes (uh, presas é mais provavelmente), abriu a bolsa, e engoliu o sangue. Quando ela<br />
secou a bolsa ela a jogou no chão. Ela estava respirando como se tivesse acabado de<br />
correr em uma corrida quando finalmente olhou para mim.<br />
“Não é bonito, é?”<br />
Eu sorri e tentei o máximo ignorar o quão horrizada eu realmente estava. “Bem,<br />
minha avó sempre diz que a gramática correta e bons medos nos fazem mais atraente,<br />
então talvez você queira parar com o “não é bonito” e dizer ‘por favor’ da próxima vez.”<br />
“Eu preciso de mais sangue.”<br />
“Eu te consegui mais 4 bolsas. Estão no refrigerador no lugar que você vai ficar.<br />
Você quer mudar de roupa aqui, ou esperar até tomar banho? É mais para baixo.”<br />
“Do que você está falando? Só me da as roupas e o sangue.”<br />
Os olhos dela não eram mais tão vermelhos brilhantes, mas ela ainda parecia<br />
maldosa e louca. Ela estava ainda mais magra e pálida do que da noite anterior. Eu<br />
respirei fundo. “Isso tem que parar, Stevie Rae.”<br />
“Isso é como eu sou agora. Isso não vai mudar. Eu não vou mudar.” Ela apontou<br />
para a lua crescente na testa. “Ela nunca se preenchera e eu sempre estarei morta.”<br />
Eu olhei para as linhas da lua crescente. Estava sumindo? Eu achei que<br />
definitivamente parecia estar mais clara, ou no mínimo menos distinta, o que não podia<br />
ser bom. Isso me abalou. “Você não está morta” era tudo que eu podia pensar para dizer.<br />
“Eu me sinto morta.”<br />
“Ok, bem, você parece morta. Quando eu me pareço uma droga normalmente<br />
também me sinto uma droga. Talvez essa seja parte do motivo para você se sentir mal.”<br />
Eu peguei na minha bolsa uma das botas de cowboy. “Veja o que eu trouxe para você.”<br />
“Sapatos não podem consertar o mundo” Esse era um assunto que Stevie Rae e as<br />
Gêmeas sempre discutiram, e a voz dela tinha uma dica da antiga exasperação.<br />
“Não é o que as Gêmeas diriam.”<br />
O tom familiar da voz dela mudou para uma voz sem expressão e fria. “O que as<br />
Gêmeas diriam se elas me vissem agora?”<br />
Eu encarei os olhos vermelhos de Stevie Rae. “Elas diriam que você precisa de um<br />
banho e checar sua atitude, mas elas também ficariam incrivelmente felizes por você estar<br />
viva.”<br />
“Eu não estou viva. É o que eu fico tentando fazer você entender.”<br />
“Stevie Rae, eu não vou entender isso porque você fica falando e falando. Eu não<br />
acho que você é morta - eu acho que você está mudada. Não como em Mudada em uma<br />
vampira adulta. Você fez outro tipo de Mudança, e eu acho que é mais difícil da que está<br />
acontecendo comigo. É por isso que você está passando por isso. Você pode, por favor,<br />
me dar uma chance de te ajudar? Você pode só tentar acreditar que tudo vai ficar bem?”<br />
“Eu não sei como você pode ter certeza disso,” ela disse.<br />
Eu dei a ela a resposta que eu sentia no fundo da minha alma, e sabia no momento<br />
que eu disse que era a coisa certa a dizer. “Eu tenho certeza que você vai ficar bem<br />
porque eu tenho certeza que Nyx ainda ama você e ela deixou isso acontecer por uma<br />
razão.”<br />
A esperança que passou nos olhos de Stevie Rae foi quase doloroso de ver. “Você<br />
realmente acredita que Nyx não desistiu de mim?”<br />
“Nyx não desistiu e nem eu vou.” Eu ignorei o cheiro dela e dei um duro abraço, que<br />
ela não retornou, mas ela também não se afastou ou tentou me morder no pescoço,<br />
então achei que estava fazendo progresso. “Anda. O lugar que eu encontrei para você<br />
ficar é logo abaixo.”<br />
Eu comecei a andar, acreditando que ela ia me seguir, que ela fez logo depois de<br />
uma leve hesitação. Passamos pelo gramado do museu e entramos em Rockford, a rua<br />
que passa na frente dele. 27, a rua da mansão da Afrodite (bem, era a casa dos pais<br />
malucos dela) passa pela direto em Rockdord. Me sentindo mais do que apenas um pouco<br />
sonhadora, eu andei no meio da rua na escuridão, me concentrando em me esconder<br />
silenciosa e invisível, com Stevie Rae seguido logo atrás de mim. Estava escuro e parecia<br />
sobrenatural silencioso. Eu olhei pelos galhos de inverno das antigas árvores que se<br />
alinhavam na rua. Eu deveria ser capaz de ver uma quase lua cheia, mas as nuvens<br />
estavam a tapando, obscurecendo tudo menos um brilho distinto de branco onde a nuvem<br />
deveria estar. Tinha ficado frio, e eu estava feliz por meu metabolismo em mudança me<br />
proteger do vento. Eu imaginei se a mudança de temperatura incomodava Stevie Rae, e<br />
eu ia perguntar a ela quando ela de repente falou.<br />
“Neferet não vai gostar disso.”<br />
“Disso?”<br />
“Deu ficar com você ao invés dos outros.” Stevie Rae parecia bem agitada e estava<br />
puxando as mãos uma na outra.<br />
“Relaxe, Neferet não vai saber que você está comigo, pelo menos até eu ficar pronta<br />
até ela saber,” eu disse.<br />
“Ela vai saber assim que voltar e eu não estiver com os outros.”<br />
“Não, ela só vai saber que você sumiu. Qualquer coisa pode ter acontecido com<br />
você.” Então uma idéia me atingiu que eu parei como se tivesse atingido uma árvore.<br />
“Stevie Rae! Você não tem que ficar perto de um vampiro adulto para ficar bem!”<br />
“Huh?”<br />
“Isso prova que você Mudou! Você não está tossindo e morrendo!”<br />
“Zoey, eu já fiz isso.”<br />
“Não não não! Não é o que eu quis dizer.” Eu peguei o braço dela, ignorando o fato<br />
que ela imediatamente se afastou do meu aperto e deu um passo para longe de mim.<br />
“Você pode existir sem os vampiros. Só outro vampiro adulto pode fazer isso. Então é<br />
como eu disse. Você Mudou, é só um tipo diferente de Mudança!”<br />
“E isso é algo bom?”<br />
“Yep!” Eu não tinha tanta certeza quanto soava, mas eu estava determinada a<br />
continuar a positiva com Stevie Rae. Além do mais, ela não está parecendo bem. Eu quero<br />
dizer, ainda mais não tão bem quando ela normalmente parece. “Qual o seu problema?”<br />
“Eu preciso de sangue!” Ela passou sua mão tremula na sujeira do rosto dela. “A<br />
pequena bolsa não foi o suficiente. Você me impediu de me alimentar ontem, então não<br />
me alimento desde anti ontem. É - é ruim quando não me alimento.” Ela baixou a cabeça<br />
de forma estranha, como se estivesse ouvindo uma voz no vento. “Eu posso ouvir o<br />
sangue passando pelas veias deles.”<br />
“Veia de quem?” Eu estava tão intrigada quando enojada.<br />
Ela fez um gesto abrangente com seus braços que era tão feral quanto gracioso.<br />
“Dos humanos dormindo ao nosso redor.” A voz dela tinha caído para um sussurro. Havia<br />
algo no tom que me fez querer me aproximar dela, embora os olhos dela tivessem voltado<br />
a brilhar vermelho de novo e ela cheirasse tão mal que me fazia querer vomitar. “Um<br />
deles esta acordado.” Ela apontou para a enorme malsão a direita de onde paramos; “É<br />
uma garota... uma adolescente.... ela está sozinha do quarto...”<br />
A voz de Stevie Rae era sedutora. Meu coração começou a bater com força no meu<br />
peito. “Como você sabe disso?” eu sussurrei.<br />
Ela virou os olhos para mim. “Tem tanta coisa que eu sei. Eu sei sobre sua ânsia por<br />
sangue. Eu posso sentir o cheiro. Não tem porque você mão ceder a ela. Poderíamos<br />
entrar na casa. Ir até a garota no quarto e pegar ela juntas. Eu divido com você, Zoey.”<br />
Por um segundo eu fiquei perdida na obsessão que esquentou os olhos de Stevie<br />
Rae, e na minha própria necessidade. Eu não experimentava sangue humano desde que<br />
experimentei o sangue de Heath um mês atrás. A memória daquele único e maravilhoso<br />
gole passou por meu corpo como um segredo atormentando meu corpo. Completamente<br />
mesmerizada, eu vi Stevie Rae que estava me pegando em sua linda escuridão, e sua<br />
profundidade.<br />
“Eu posso te mostrar como entrar na casa. Eu posso sentir os jeitos secretos. Você<br />
pode fazer a garota me convidar para entrar - eu não posso entrar na casa de alguém a<br />
não ser que me convidem primeiro. Mas quando eu entrar...” Stevie Rae riu.<br />
Foi a risada dela que me fez voltar a normal. Stevie Rae costumava ter a melhor<br />
risada. Era feliz e jovem e inocentemente apaixonada pela vida. Agora o que saia da boca<br />
dela era um maldoso e distorcido eco daquela antiga alegria.<br />
“O apartamento é a duas casas de distancia. Tem sangue na geladeira.” Eu virei e<br />
comecei a andar rapidamente pela rua.<br />
“Não é quente e não é fresco.” Ela soava fula, mas ela estava me seguindo de novo.<br />
“É fresco o bastante, e tem um microondas. Você pode esquentar ele.”<br />
Ela não disse mais nada, e chegamos na mansão em apenas alguns minutos. Eu<br />
levei ela pela garagem do apartamento, abri a porta de fora, e entrou. Eu estava subindo<br />
quando percebi que Stevie Rae não estava atrás de mim. Voltando rapidamente para a<br />
porta eu a vi parada do lado de fora na escuridão. Tudo que era visível dela era o<br />
vermelho dos olhos dela.<br />
“Você tem que me convidar a entrar,” ela disse.<br />
“Oh, desculpe.” O que ela disse antes não se registrou em mim, e agora senti uma<br />
onda de choque com essa prova da diferença de alma em Stevie Rae. “Uh, entre,” eu<br />
disse rapidamente.<br />
Stevie Rae deu um passo para frente e bateu numa barreira invisível. Ela deu um<br />
grito de dor, que se transformou num resmungo. Os olhos dela brilharam para mim.<br />
“Suponho que seu plano não tenha funcionado. Eu não posso entrar.”<br />
“Eu achei que você tinha dito que só precisava ser convidada.”<br />
“Por alguém que vive na casa. Você não vive aqui.”<br />
Abaixo de mim, a voz fria e educada de Afrodite (soando incontavelmente como a da<br />
mãe dela) falou. “Eu vivo aqui. Entre.”<br />
Stevie Rae entrou sem problemas. Ela começou a subir pela escada e tinha quase me<br />
alcançado quando ela deve ter registrado a voz de Afrodite. Eu vi o rosto dela mudar de<br />
sem expressão para olhos acessos e perigosos.<br />
“Você me trouxe para a casa dela!” Stevie Rae estava falando comigo, mas<br />
encarando Afrodite.<br />
“Sim, e porque é bem fácil de explicar.” Eu considerei agarrar ela caso ela surtasse,<br />
então lembrei como estranhamente forte ela se tornou, então comecei a me centrar, me<br />
perguntando se minha habilidade com o vento seria capaz de fechar a porta antes dela<br />
poder fugir.<br />
“Como você pode explicar! Você sabe que odeio Afrodite.” Então ela olhou para mim.<br />
“Eu morro e agora ela é sua amiga?”<br />
Eu estava abrindo minha boca para assegurar Stevie Rae que Afrodite e eu não<br />
tínhamos virado amigas exatamente quando a voz arrogante de Afrodite me interrompeu.<br />
“Cai na real. Zoey e eu não somos amigas. A sua pequena herda de nerds ainda está<br />
intacta. A única razão do porque eu estou envolvida é porque Nyx tem um senso de<br />
humor totalmente bizarro. Então entre ou sai daqui. Como se eu me importasse...” A voz<br />
dela morreu quando ela voltou para o apartamento.<br />
“Você confia em mim?” eu perguntei a Stevie Rae.<br />
Ela olhou para mim pelo que pareceu muito tempo antes de responder. “Sim.”<br />
“Então entre.” Eu continuei subindo a escada quando Stevie Rae me seguiu<br />
relutantemente atrás.<br />
Afrodite estava rindo no fingindo assistir MTV. Quando entramos na sala ela enrugou<br />
o nariz e disse, “Que cheiro nojento é esse? Parece que algo morreu e-” ela olhou para<br />
cima e viu Stevie Rae. Os olhos dela se alargaram. “Esquece.” Ela apontou para a ponta<br />
do apartamento. “Banheiro é para lá.”<br />
Eu entreguei a Stevie Rae minha bolsa. “Aqui está. Vamos conversar quando você<br />
voltar.”<br />
“Sangue primeiro,” Stevie Rae disse.<br />
“Vá em frente e eu levo uma bolsa para você.” Stevie Rae estava olhando para<br />
Afrodite, que estava olhando para a TV. “Traga duas,” ela praticamente assoviou.<br />
“Tudo bem. Eu levo duas.”<br />
Sem outra palavra, Stevie Rae saiu da sala. Eu a observei caminhar pelo corredor de<br />
um jeito selvagem.<br />
“Olá! Nojento, asqueroso, e totalmente perturbador,” Afrodite sussurrou. “Como se<br />
você não pudesse ter me avisado.”<br />
“Eu tentei. Você achou que sabia de tudo. Lembra?” Eu sussurrei de volta. Então fui<br />
para a cozinha e peguei as duas bolsas de sangue. “Você também disse que seria gentil.”<br />
Eu bati na porta do banheiro. Stevie Rae não disse nada, então eu abri devagar e<br />
espiei. Ela estava segurando as jeans, camiseta, e botas, e estava parada ali, no meio do<br />
ótimo banheiro, olhando as roupas. Ela estava parcialmente virada para longe de mim,<br />
então eu não podia ter certeza, mas eu achei que ela poderia estar chorando.<br />
“Eu te trouxe sangue,” eu disse suavemente.<br />
Stevie Rae se balançou, esfregou a mão no rosto, e então jogou as roupas e botas<br />
no na pia de mármore. Ela estendeu a mão pelas bolsa. Eu dei elas para ela, junto com<br />
uma tesoura que peguei da cozinha.<br />
“Precisa de ajuda para encontrar algo?” eu perguntei.<br />
Stevie Rae balançou a cabeça. Sem olhar para mim ela disse, “Você está esperando<br />
aqui porque está curiosa para saber como eu fico nua ou porque você quer um pouco de<br />
sangue?”<br />
“Nenhum dos dois.” Eu mantive minha voz perfeitamente normal, me recusando a<br />
ficar com irritada com ela como ela claramente estava querendo. “Eu vou estar na sala.<br />
Você pode jogar suas antigas roupas no corredor e eu vou jogar elas fora para você.” Eu<br />
fechei a porta do banheiro firmemente atrás de mim.<br />
Afrodite estava balançando a cabeça para mim quando eu voltei para ela. “Você acha<br />
que pode arrumar aquilo?”<br />
“Mantenha sua voz baixa!” Eu sussurrei. Então sentei com força do lado oposto do<br />
sofá. “E, não, eu não acho que eu posso arrumar ela. Eu acho que Nyx pode arrumar ela.”<br />
Afrodite deu nos ombros. “Ela cheira tão mal quanto parece.”<br />
“Estou tão ciente disso quanto ela está.”<br />
“Só estou dizendo, ugh.”<br />
“Diga o que quiser, só não diga para Stevie Rae.”<br />
“Então para o registro eu só quero dizer que a garota não parece segura para mim,”<br />
Afrodite disse, levantando a mão como se tivesse fazendo um juramento. “Eu tenho duas<br />
palavras para ela: bomba relógio. Eu acho que ela ia assustar até sua horda de nerds.”<br />
“Eu realmente queria que você parasse de chamar ela assim,” eu disse. Deus, eu<br />
estava exausta.<br />
“Você tem amigos finais de semana nerds,” ela disse.<br />
“Huh?” eu não tinha idéia do que ela estava falando.<br />
“Tem finais de semana quando que você e sua gangue se juntam para assistir<br />
maratonas dos filmes de Star Wars e Senhor dos Anéis.”<br />
“Yeah, e?”<br />
Afrodite me deu uma melodramática virada de olhos. “Você não está entendendo o<br />
quão nerd isso é e prova o meu ponto. Vocês são definitivamente uma horda de nerds.”<br />
Eu ouvi a porta do banheiro abrir e fechar, então não me incomodei de dizer a<br />
Afrodite que, sim, de fato, eu sabia o quão nerds esses filmes eram, mas que nerd<br />
também podia ser divertido, especialmente quando você está agindo como nerd junto com<br />
seus amigos e comendo pico e falando sobre o quão totalmente gostosos são Anakin e<br />
Aragon (eu meio que gosto do Legolas também, mas as Gêmeas dizem que ele é muito<br />
gay. Damien, é claro, adora ele.). Eu peguei uma lixeira debaixo da pia da cozinha e<br />
joguei as roupas nojentas de Stevie Rae nela, amarrando e abrindo a porta do<br />
apartamento e então jogando pelas escadas.<br />
“Vil,” Afrodite disse.<br />
Eu sentei no sofá, ignorei ela e encarei, sem ver realmente, a TV.<br />
“Não vamos falar sobre aquilo.” Afrodite apontou o queixo em direção ao banheiro.<br />
“Stevie Rae é ela, não aquilo.”<br />
“Ela cheira como um aquilo.”<br />
“E não. Não vamos falar sobre ela até ela se juntar a nós,” eu disse firmementelulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-52306133357236820202012-05-24T12:03:00.001-07:002012-05-24T12:03:52.140-07:00house of night - escolhida (capitulo 11)<br />
ONZE<br />
Eu encontrei o medalhão de coração quando estava mexendo nas roupas de Stevie<br />
Rae. Eu estava com ela na noite que ela morreu, e quando eu voltei para nosso quarto o<br />
esquadrão de limpeza vampiro (ou seja como for que eles se chamem) já tinha estado<br />
aqui e pego todas as coisas de Stevie Rae. Eu fiquei fula. Realmente fula. E insisti que eles<br />
devolvessem algumas das coisas dela de volta porque eu queria ter coisas para me<br />
lembrar dela. Então Anastásia, a professora que ensina feitiços e rituais (ela é muito gentil<br />
e casada com Dragon Lankford, o professor de esgrima) me levou para um deposito<br />
bizarro onde eu coloquei algumas das coisas de Stevie Rae numa mala e então eu joguei<br />
tudo de volta onde costumava ser o armário dela. Eu lembro que Anastásia foi gentil<br />
comigo, mas ela também claramente desaprovou eu ter pego algumas coisas de Stevie<br />
Rae.<br />
Quando um calouro morre, os vampiros esperam que a gente esqueça e siga em<br />
frente. Ponto.<br />
Bem, eu não acho que isso é certo. Eu não ia esquecer minha melhor amiga, mesmo<br />
antes de descobrir que ela virou uma morta viva.<br />
De qualquer forma, eu tinha pego as jeans dela quando algo saiu do bolso dela. Era<br />
um envelope que estava escrito ZOEY do lado de fora com a letra de Stevie Rae. Meu<br />
estomago doeu enquanto eu o abri. Dentro havia um cartão de aniversário - um daqueles<br />
bobos com uma foto de um gato (que parecia Nala) usando um daqueles chapéus de<br />
aniversários pontudos e um olhar carrancudo. Dentro dizia FELIZ ANIVERSÁRIO, OU ALGO<br />
ASSIM, COMO SE EU ME IMPORTASSE EU SOU UM GATO. Stevie Rae desenhou um<br />
enorme coração e escreveu TE AMO! STEVIE RAE E A NALA RABUGENTA. No fundo do<br />
envelope havia uma corrente de prata. Eu a ergui para encontrar um delicado medalhão<br />
de coração na corrente. Minhas mãos tremiam enquanto eu abria o medalhão. Uma foto<br />
dobrada muitas vezes caiu. Eu a abri com cuidado, e com um pequeno soluço, reconheci a<br />
foto que eu tinha tirado de nós duas (segurando a câmera, esmagando nossos rostos<br />
juntos, e pressionando o botão pra tirar a foto).<br />
Limpando os olhos, eu dobrei a foto de volta e a coloquei no medalhão colocando a<br />
corrente envolta do meu pescoço. Era uma corrente curta então o coração ficou logo<br />
abaixo da minha garganta.<br />
De alguma forma, encontrar o colar me fez sentir forte, e também pegar o sangue<br />
da cozinha foi mais fácil do que eu achei que seria. Ao invés da minha bolsa normal - a<br />
pequena de marca que eu encontrei numa loja em Utica Square ano passado (é feita de<br />
pele falsa pink, totalmente legal), eu peguei minha enorme bolsa - a que eu gostava de<br />
usar como uma bolsa de livros quando estava no ginásio no Broken Arrow, antes de ser<br />
Marcada e minha vida explodir. De qualquer forma, a bolsa era grande o bastante para<br />
carregar alguém gordo (se ele fosse baixo), então foi fácil colocar a jeans Roper, uma<br />
camiseta, as botas de cowboy pretas (ugh), e algumas outras coisas e ainda deixar espaço<br />
para cinco bolsas de sangue. Sim, elas eram nojentas. Sim, eu queria enfiar um canudinho<br />
e chupar como se fosse uma caixa de suco. Sim, eu sou nojenta.<br />
A cafeteria estava fechada, assim como a cozinha, e completamente deserta. Mas<br />
como tudo na escola, não estava trancada. Eu entrei e sai da cozinha facilmente,<br />
segurando minha bolsa cheia de sangue com cuidado enquanto tentava parecer<br />
indiferente e não culpada. (Eu realmente não sou boa com o roubo).<br />
Eu estava preocupada em ver Loren (Que eu realmente, realmente estava tentando<br />
esquecer, mas não tanto para mim tirar os brincos de diamante, mas ainda sim), mas a<br />
única pessoa que eu vi foi um terceiranista chamado Ian Bowser. Ele era nerd e magro,<br />
mas ele também era meio engraçado. Eu tinha aula de teatro com ele e ele era<br />
hilariamente apaixonado pela nossa professora de teatro, professora Nolan. Na verdade,<br />
ele estava procurando pela professora Nolan quando ele literalmente deu um encontrão<br />
em mim no caminho da cafeteria.<br />
“Oh, Zoey, desculpe!” Ian me deu uma pequena e nervosa saudação de respeito,<br />
com o punho em cima do coração. “Eu - eu não queria te atropelar.”<br />
“Sem problemas,” eu disse. Eu odiava quando alguém ficava nervoso e assustado<br />
perto de mim como se achassem que eu pudesse transformar eles em algo vil. Por favor.<br />
É a House of Night, não Hogwarts. (Sim, eu li os livros de Potter e adorei os filmes. Sim, é<br />
mais prova de que eu sou uma nerd.)<br />
“Você não viu a professora Nolan, viu?”<br />
“Não. Eu nem sabia que ela tinha voltado das férias,” eu disse.<br />
“Yeah, ela voltou ontem. Tínhamos um encontro trinta minutos atrás.” Ele riu e ficou<br />
corado. “Eu realmente quero chegar na final da competição de Monólogos de Shakespeare<br />
ano que vem, então eu pedi a ela para ser minha tutora.”<br />
“Oh, isso é legal.” Pobre garoto. Ele nunca chegaria na final de um belo concurso de<br />
Shakespeare se a voz dele não parece de se afinar.<br />
“Se você vir a professora Nolan pode dizer a ela que eu estou procurando por ela?”<br />
“Pode deixar,” eu disse. Ian saiu apressado. Eu segurei minha bolsa e fui<br />
diretamente para o estacionamento e então para o Wal-Mart.<br />
Comprei o celular (com sabonete, escova de dentes, e um CD Kenny Chesney) e foi<br />
fácil. O que não foi fácil foi lidar com a ligação para o Erik.<br />
“Zoey? Onde você está?”<br />
“Ainda na escola,” eu disse. O que não era literalmente uma mentira. Nessa hora eu<br />
estava parada no lado da estrada perto do lugar no muro leste onde havia a porta secreta<br />
que levava para fora da escola. Eu digo “secreta” porque vários calouros e provavelmente<br />
todos os vampiros sabiam sobre ela. Era uma tradição escolar não comentada que<br />
calouros saíssem da escola para um ritual e por algum mal comportamento de vez<br />
enquando.<br />
“Ainda na escola?” ele parecia irritado. “Mas o filme quase acabou.”<br />
“Eu sei. Desculpe.”<br />
“Você está bem? Você sabe que deve ignorar as merdas que Afrodite disse.”<br />
“Yeah, eu sei. Mas ela não disse nada sobre você.” Ou pelo menos quase nada. “Eu<br />
só estou muito estressada agora e só preciso pensar um pouco sobre umas coisas.”<br />
“Coisas de novo.” Ele não soava feliz.<br />
“Eu realmente sinto muito, Erik.”<br />
“Ok, yeah. Sem problemas. Eu te vejo amanha ou algo assim. Bye.” E ele desligou.<br />
“Merda,” eu disse para o telefone mudo.<br />
Afrodite bateu na janela do lado do passageiro o que me vez pular e dar um gritinho.<br />
Eu desliguei o telefone e me inclinei para destrancar a porta para ela.<br />
“Aposto que ele está puto,” ela disse.<br />
“Você tem um ouvido bizarramente bom?”<br />
“Nah, só uma bizarramente boa habilidade de entender as coisas. Além do mais eu<br />
conheço nosso garoto Erik. Você deu um bolo nele hoje. Ele está puto.”<br />
“Ok, primeiro, ele não é nosso garoto. Ele é meu garoto. Segundo, eu não dei o bolo<br />
nele. Terceiro, eu não vou falar de Erik com você, Senhorita Boquete.”<br />
Ao invés de assoviar e cuspir em mim como achei que ela faria, Afrodite riu. “Ok.<br />
Tanto faz. E não derrube nada antes de tentar, Senhorita Santinha.”<br />
“Ok, eew.” Eu disse. “Mudando de assunto. Eu tenho uma idéia de como lidar com o<br />
negocio de Stevie Rae. Eu também não acho que você deveria se esconder. Então me<br />
mostre como chegar na casa dos seus pais. Eu vou te largar lá e então vou pegar Stevie<br />
Rae.”<br />
“Quer que eu vá embora antes de voltar com ela?”<br />
Eu já tinha pensado nisso. Era tentador, mas a verdade era que estava parecendo<br />
cada vez mais que Afrodite e eu iríamos ter que trabalhar juntas para arrumar Stevie Rae.<br />
Então minha melhor amiga morta viva teria que se acostumar em ter Afrodite por perto.<br />
Além do mais, eu já estava fazendo coisas escondidas demais. Eu não conseguia mais<br />
lidar com esconder coisas para a garota que eu estava escondendo de todo mundo. Se<br />
isso faz sentido.<br />
“Não. Stevie Rae vai ter que aprender a lidar contigo.” Eu olhei para Afrodite quando<br />
cheguei na sinaleira e acrescentei alegre, “Ou talvez ela nos faça um favor e coma você.”<br />
“É tão legal você sempre pensar no lado bom das coisas,” Afrodite disse<br />
sarcasticamente. “Ok, vire a direita aqui. Quando chegar em Peoria, vire a esquerda e<br />
desça algumas quadras até você ver uma enorme placa que aponta para a virada de<br />
Philbrook.”<br />
Eu fiz o que ela disse. Nós não ficamos tagarelando, mas não foi estranho e<br />
constrangedor. Era estranho o quão fácil era estar com Afrodite. Eu quero dizer, não que<br />
ela não continuasse sendo uma vaca, mas eu estava meio que gostando dela. Ou talvez<br />
esse fosse só outro sinal que eu precisava considerar terapia seriamente, e eu me<br />
perguntei se Prozac ou Lexapro ou algum outro adorável antidepressivo funcionaria em<br />
um calouro.<br />
Na placa de Philbrook eu virei a esquerda e Afrodite disse, “Ok, estamos quase lá. É<br />
a casa 50 da direita. Não entre na primeira entrada, entre na segunda. Essa vai por trás<br />
da casa na garagem do apartamento.”<br />
Nós entramos e tudo o que eu pude fazer era balançar a cabeça. “É aqui que você<br />
vive?”<br />
“Costumava viver,” ela disse.<br />
“É uma P mansão!” E uma legal. Parecia algo que eu imaginava que caras ricos que<br />
vivam na Itália tivessem.<br />
“Era uma puta prisão. Ainda é.” Eu ia dizer algo semi-profudno sobre ela estar livre<br />
agora que ela foi Marcada e era uma menor antecipada e ela podia dizer aos pais para se<br />
mandarem (como eu tinha feito), mas o próximo comentário espertinho dela me fez<br />
esquecer a coisa legal que eu ia dizer. “E é realmente muito irritante você ser muito pura<br />
para xingar. Dizer fuder não vai matar você. Não vai nem significar que você não é<br />
virgem.”<br />
“Eu xingo. Eu digo merda e droga. Muito.” E porque eu de repente senti a<br />
necessidade de defender minhas preferências por não-xingamentos?<br />
“Tanto faz,” ela disse, claramente rindo de mim.<br />
“E não tem nada errado em ser virgem. É melhor que ser uma vadia.”<br />
Afrodite ainda estava rindo. “Você tem muito a aprender, Z.” Ela apontou para o<br />
prédio que parecia uma miniatura da mansão. “Passe atrás dali. Tem uma entrada de trás<br />
para o apartamento o seu carro fica atrás da rua.”<br />
Eu parei atrás da garagem totalmente legal e sai do meu Fusca. Afrodite usou sua<br />
chave para destrancar a porta, que abriu para uma escadaria. Eu segui ela até o<br />
apartamento.<br />
“Jeesh, os servos devem ter vivido muito bem antigamente,” eu murmurei, olhando<br />
ao redor para o escuro e brilhante chão de madeira, os moveis de couro, e a brilhante<br />
cozinha. Não havia várias coisas para decorar, mas havia varias velas e alguns vasos que<br />
pareciam caros. Eu podia ver que o quarto e o banheiro ficavam no fim do apartamento, e<br />
consegui espiar para ver uma enorme cama com um pufe confortável e travesseiros. Meu<br />
palpite era que o banheiro fosse melhor do que o banheiro principal dos meus pais.<br />
“Você acha que está bom?” Afrodite perguntou.<br />
Eu fui para uma das janelas. “Cortinas grossas - isso é bom.”<br />
“Persianas também. Vê, podemos fechar elas daqui.” Afrodite demonstrou.<br />
Eu acenei para a TV de tela plana. “Net?”<br />
“É claro,” ela disse. “Tem vários DVD´s por aqui também.”<br />
“Perfeito,” eu disse, indo até a cozinha. “Só vou colocar todos os sacos de sangue<br />
aqui, e então ir até Stevie Rae.”<br />
“Ótimo. Eu vou assistir as reprises de Real World,” Afrodite disse.<br />
“Ótimo,” eu disse. Mas ao invés de ir embora, eu limpei minha garganta inquieta.<br />
Afrodite olhou por cima da TV. “O que?”<br />
“Stevie Rae não parece e não age como costumava.”<br />
“Verdade? Eu não teria idéia sobre isso se tu não tivesse me avisado. Eu quero dizer,<br />
a maior parte das pessoas que morre e dai volta a vida como um monstro sugador de<br />
sangue parece e age totalmente sã.”<br />
“Estou falando sério.”<br />
“Zoey, eu vi Stevie Rae e algumas das outras criaturas em minhas visões. Eles são<br />
nojentos. Ponto, o fim.”<br />
“É pior quando você os vê ao vivo.”<br />
“Nenhuma surpresa nisso,” ela disse.<br />
“Eu quero que você não diga nada para Stevie Rae,” eu disse.<br />
“Você diz sobre ela estar morta e tudo mais? Ou sobre ela ser nojenta?”<br />
“Nenhum dos dois. Eu não quero assustar ela. Eu também não quero ela pulando em<br />
você e arrancando sua garganta. Eu quero dizer, eu acho que provavelmente poderia<br />
parar ela mas não tenho 100% de certeza. E fora o fato de que seria nojento e difícil de<br />
explicar, eu realmente odeio pensar no que todo aquele sangue faria com esse<br />
apartamento legal.”<br />
“Que doce você.”<br />
“Hey, Afrodite, que tal você tentar algo novo. Tente ser legal,” eu disse.<br />
“Que tal eu só não dizer nada.”<br />
“Isso também funciona.” Eu fui para a porta. “Eu vou tentar trazer ela aqui logo.”<br />
“Hey,” Afrodite me chamou. “Ela realmente podia arrancar minha garganta?”<br />
“Absolutamente,” eu disse, e então fechei a porta atrás de mim.<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-74198904985299791612012-05-24T12:02:00.001-07:002012-05-24T12:02:29.593-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 4)<br />
CAPÍTULO QUATRO<br />
Em qualquer outro tempo da minha vida, eu teria amado explorar Moscou. Sydney<br />
tinha planejado nossa viagem para que quando nosso trem chagasse lá, teríamos<br />
algumas horas antes de subirmos no próximo em direção a Sibéria. Isso nos deu algum<br />
tempo para perambular e pegar a janta, embora ela quisesse se certificar de que<br />
estivéssemos seguras dentro da estação antes de ficar muito escuro. Apesar das<br />
minhas marcas molnija, ela não quis arriscar.<br />
Não fazia diferença para mim como passávamos o tempo. Desde que estivéssemos<br />
nos aproximando de Dimitri, isso era o que importava. Então Sydney e eu andamos<br />
desinteressadamente, absorvendo o que víamos e falando muito pouco. Eu nunca<br />
estive em Moscou. Era uma cidade linda, próspera e cheia de pessoas e comércio. Eu<br />
podia passar dias lá só fazendo compras e experimentando os restaurantes. Lugares<br />
que ouvi em minha vida – o Kremlin, a Praça Vermelha, e Teatro Bolshoi – estavam<br />
todos a meu alcance. Apesar do quão legal era, eu tentei sintonizar os sons e atrações<br />
da cidade depois de um tempo porque me lembrava de... bem, Dimitri.<br />
Ele costumava falar sobre a Rússia todo o tempo e tinha jurado que eu iria amar.<br />
“Para você, vai ser como um conto de fadas,” ele me disse uma vez. Foi durante<br />
um treino depois da aula no mais tardar do outono, logo antes do anoitecer. O ar tinha<br />
estado nebuloso, e revestia tudo.<br />
“Desculpe, camarada,” eu respondi, colocando a mão para trás para amarrar meu<br />
cabelo num rabo de cavalo. Dimitri adorava meu cabelo solto, mas em treino de<br />
combate? Cabelo comprido era uma deficiência. “Borg e músicas antigas não são parte<br />
de nenhum final feliz que eu tenha imaginado.”<br />
Ele me deu seu raro e fácil sorriso então, o tipo que enrugava levemente o canto<br />
dos olhos dele. “Borscht, não borg. E eu vi seu apetite. Se você tiver fome o bastante,<br />
você comeria.”<br />
“Então passar fome é necessário para esse conto de fadas funcionar?” Não havia<br />
nada que eu amava mais do que provocar Dimitri. Bem, a não ser beijar ele.<br />
“Estou falando da terra. Dos prédios. Vá para uma das cidades grande – é como<br />
nada que você já tenha visto. Todos nos EUA tendem a construir do mesmo jeito –<br />
sempre em blocos grandes e grossos. Eles fazem o que é mais fácil e rápido. Mas na<br />
Rússia, tem prédios que são como pedaços de arte. Eles são todos arte – mesmo<br />
muitos dos prédios normais de todo dia. E lugares como o palácio de inverno e a igreja<br />
Trotsky em São Petersburgo? Eles vão tirar seu fôlego.”<br />
O rosto dele brilhou com a memória das coisas que ele tinha visto, a alegria<br />
fazendo suas feições já bonitas se tornarem divinas. Eu acho que ele poderia ter<br />
nomeado marcos históricos o dia todo. Meu coração queimou dentro de mim, só de<br />
observar ele. E então, como eu sempre fazia quando eu me preocupava em ficar toda<br />
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sentimental, eu fazia uma piada e mudava a atenção dele para esconder minhas<br />
emoções. O que fez ele voltar para o modo negócios, e fomos trabalhar.<br />
Agora, andando pelas ruas da cidade com Sydney, eu queria ter não dito a piada e<br />
ouvido Dimitri falar mais sobre sua terra natal. Eu daria qualquer coisa para ter Dimitri<br />
aqui comigo, do jeito que ele costumava ser. Ele tinha razão sobre os prédios. Claro, a<br />
maioria eram copias de qualquer coisa que você pode encontrar nos EUA ou em<br />
qualquer lugar do mundo, mas alguns eram requintados – pintados em cores<br />
brilhantes, adornados com seus domos estranhos mas ainda lindos domos em forma<br />
de cebola. As vezes, realmente parecia como algo do outro mundo. E o tempo todo, eu<br />
fiquei pensando que deveria ser Dimitri aqui do meu lado, apontando as coisas e<br />
explicando para mim. Nós deveríamos estar tendo uma fuga romântica. Dimitri e eu<br />
poderíamos ter comido em restaurantes exóticos e então saído para dançar a noite. Eu<br />
poderia usar um dos vestidos de marca que eu deixei para trás no hotel em São<br />
Petersburgo. Era assim que deveria ter sido. Não deveria ser eu com uma humana<br />
carrancuda.<br />
“Surreal, uhu? Como algo saído de uma história.”<br />
A voz de Sydney me assustou, e eu percebi que tínhamos parado na frente da<br />
estação de trem. Haviam várias delas em Moscou. Ela ecoando minha conversa com<br />
Dimitri enviou calafrios para minha espinha – em grande parte porque ela tinha razão.<br />
A estação não tinha os domos em força de cebola mas ainda parecia como algo saído<br />
de um conto de fadas, como um cruzamento entre o castelo da cinderela e uma casa<br />
de pão de gengibre. Tinha um telhado grande em forma de arco e torres dos dois<br />
lados. Suas paredes brancas foram intercaladas com pedaços de tijolo marrom e<br />
mosaico verde, quase fazendo com que ela parecesse listrada. Nos EUA alguém<br />
poderia chamar de berrante. Para mim, era lindo.<br />
Eu senti lágrimas se espalhando nos meus olhos e me perguntei o que Dimitri teria<br />
dito sobre esse prédio. Ele provavelmente teria amado assim como ele amava todo o<br />
resto. Percebendo que Sydney estava esperando uma resposta, eu engoli minha dor e<br />
banquei a adolescente irreverente. “Talvez algo de uma história sobre uma estação de<br />
trem.”<br />
Ela arqueou uma sobrancelha, surpresa com minha indiferença, mas ela não a<br />
questionou. O que ela poderia dizer? Talvez se eu mantivesse meu sarcasmo, ela<br />
eventualmente se irritasse e me deixasse. De alguma forma, eu duvido que eu tenha<br />
tanta sorte. Eu tinha certeza que o medo dela por seus superiores vencia qualquer<br />
outro sentimento que ela pudesse ter em relação a mim.<br />
Tínhamos acomodações de primeira classe no trem, o que acabou sendo menos<br />
do que eu esperava. Havia uma combinação de cama/banco em cada lado, uma janela,<br />
e uma TV na parede. Eu suponho que isso ajude a passar o tempo, mas eu tinha<br />
problemas para seguir a televisão russa – não apenas por causa da língua mas porque<br />
alguns dos shows eram bizarros. Ainda sim, Sydney e eu teríamos nosso própria<br />
espaço, mesmo se o quarto fosse mais aconchegante do que nós esperávamos.<br />
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As cores me lembravam as mesmas estampas que eu vi pela cidade. Mesmo o<br />
corredor fora da nossa cabine era de cores brilhantes, com carpete fofo em vermelho e<br />
designs amarelos e um verde escuro e amarelo indo para o meio. Dentro do nosso<br />
quarto, os bancos estavam cobertos de almofadas de veludo laranja, e as cortinas<br />
combinavam em tons de dourado e pêssego, feitas de um tecido grosso e pesado<br />
costurando com uma estampa sedosa. Entre tudo isso e a mesa ornamentada no meio<br />
da cabine, era quase como viajar num mini palácio.<br />
Estava escuro quando o trem deixou a estação. Por qualquer que fosse a razão, os<br />
trens para Sibéria sempre deixavam Moscou a noite. Não era tão tarde ainda, mas<br />
Sydney disse que queria dormir, e eu não queria deixar ela mais irritada do que ela já<br />
estava. Então ela desligou as luzes, a não ser pela pequena lâmpada perto da minha<br />
cama. Eu comprei uma revista na estação de trem, e mesmo que eu não conseguisse<br />
entender a língua, as fotos de maquiagem e roupas transcendiam a barreira cultural.<br />
Eu virei as páginas o mais silenciosamente que pude, admirando tops de verão e<br />
vestidos e me perguntando quando – se algum dia – eu seria capaz de me preocupar<br />
com esse tipo de coisa de novo.<br />
Eu não estava cansada quando deitei, mas o sono me tomou mesmo assim. Eu<br />
estava sonhando com esqui aquático quando de repente, as ondas e o sol ao meu<br />
redor se dissolveram em um quarto com prateleiras e prateleiras de livros. Mesas com<br />
computadores top de linha se alinhavam na sala, e havia uma calma que permeava o<br />
lugar. Eu estava na biblioteca da Academia St. Vladimir.<br />
Eu rosnei. “Oh, qual é. Hoje não.”<br />
“Porque hoje não? Porque não todo dia?”<br />
Eu virei e me encontrei olhando para o rosto bonito de Adrian Ivashkov. Adrian era<br />
um Moroi, o sobrinho neto da rainha, e alguém que eu deixei para trás na minha<br />
antiga vida quando parti para essa missão suicida. Ele tinha lindos olhos esmeralda que<br />
fazia a maior parte das garotas desmaiar, particularmente já que eles estavam junto<br />
com um cabelo castanho bagunçado. Ele também estava meio que apaixonado por<br />
mim e era a razão do porque eu tinha tanto dinheiro nessa viagem. Eu o convenci a me<br />
dar.<br />
“Verdade,” eu admiti. “Eu suponho que eu deveria ficar agradecida por você<br />
aparecer só uma vez por semana.”<br />
Ele sorriu e sentou em uma das cadeiras de madeira. Ele era alto, como a maioria<br />
dos Moroi, com um corpo levemente musculoso. Os caras Moroi nunca ficam muito<br />
musculosos. “Ausência faz o coração ficar ainda mais afeiçoado, Rose. Não quero que<br />
você me tome por garantido.”<br />
“Você não está em perigo disso; não se preocupe.”<br />
“Eu não suponho que você vá me dizer onde está?”<br />
“Não.”<br />
Fora Lissa, Adrian era o único outro usuário de espírito vivo conhecido, e entre<br />
seus talentos estava a habilidade de aparecer nos meus sonhos – geralmente sem ser<br />
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convidado – e conversar comigo. Eu achava que era uma benção seus poderes não<br />
serem capazes de dizer onde eu estava.<br />
“Você me mata, Rose,” ele disse melodramaticamente. “Todo dia é uma agonia<br />
sem você. Vazio. Sozinho. Eu me consumo me perguntando se você ainda está viva.”<br />
Ele falou de um jeito bobo e exagerado que era característico dele. Adrian<br />
raramente levava as coisas a sério e sempre tinha vantagem irreverente. Espírito<br />
também tinha a tendência de deixar a pressão instável, e enquanto ele lutava, ele<br />
parecia não ser afetado. Por debaixo do melodrama, no entanto, eu senti uma<br />
verdade. Não importava o quão superficial ele parecia, ele realmente se importava<br />
comigo.<br />
Eu cruzei os braços. “Bem, ainda estou viva, claramente. Então eu suponho que<br />
você pode me deixar voltar a dormir.”<br />
“Quantas vezes te disse? Você está dormindo.”<br />
“E ainda sim eu me sinto inexplicavelmente exausta por falar com você.”<br />
Isso fez ele rir. “Oh, eu sinto sua falta.” O sorriso sumiu. “Ela sente sua falta<br />
também.”<br />
Eu endureci. Ela. Ele nem precisava dizer o nome dela. Não havia dúvida sobre<br />
quem ele estava falando.<br />
Lissa.<br />
Mesmo dizer o nome dela em minha mente causava dor, particularmente já que<br />
eu a vi ontem a noite. Escolher entre Lissa e Dimitri tinha sido a decisão mais dura da<br />
minha vida, e o passar do tempo não facilitou. Eu posso ter escolhido ele, mas ficar<br />
longe dela era como ter um braço cortado, particularmente por causa do laço que<br />
assegurava que nunca estivéssemos realmente separadas.<br />
Adrian me deu um olhar sagaz, como se ele tivesse adivinhado meus<br />
pensamentos. “Você a viu?”<br />
“Não,” eu disse, me recusando a reconhecer que eu tinha visto ela ontem a noite.<br />
Deixe ele pensar que eu estava realmente livre de tudo. “Essa não é mais minha vida.”<br />
“Certo. Sua vida é sobre missões perigosas de vigilante.”<br />
“Você não entenderia nada que não seja beber, fumar, e conquistar mulheres.”<br />
Ele balançou a cabeça. “Você é a única que eu quero, Rose.”<br />
Infelizmente, eu acreditava nele. Seria mais fácil para nós dois se ele pudesse<br />
encontrar outra pessoa. “Bem, você pode continuar sentindo isso, mas você vai ter que<br />
continuar esperando.”<br />
“Muito mais tempo?”<br />
Ele me perguntava isso o tempo todo, e toda vez, eu enfatizava quanto tempo<br />
seria e como ele estava perdendo tempo. Pensando na possível pista de Sydney, eu<br />
hesitei hoje a noite. “Eu não sei.”<br />
Esperança floresceu no rosto de Adrian. “Essa é a coisa mais otimista que você me<br />
disse até agora.”<br />
“Não imagine demais. Eu não sei, pode ser um dia ou um ano. Ou nunca.”<br />
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O sorriso maldoso dele retornou, e até eu tinha que admitir que era fofo. “Vou<br />
esperar que seja algum dia.”<br />
Pensar em Sydney trouxe a pergunta a minha mente. “Hey, você já ouviu falar dos<br />
Alquimistas?”<br />
“Claro,” ele disse.<br />
Típico. “É claro que você ouviu.”<br />
“Porque? Você encontrou um deles?’<br />
“Mais ou menos.”<br />
“O que você fez?”<br />
“Porque você acha que fiz alguma coisa?”<br />
Ele riu. “Alquimistas só aparecem quando problemas acontecem, e você trás<br />
problema para onde vai. Mas tenha cuidado. Eles são malucos religiosos.”<br />
“Isso é meio extremo,” eu disse. A fé de Sydney não parecia ser tão ruim.<br />
“Só não deixe eles te converterem.” Ele piscou. “Eu gosto de você ser a pecadora<br />
que é.”<br />
Eu comecei a dizer a ele que Sydney provavelmente achava que eu estava além de<br />
qualquer salvação, mas ele terminou o sonho, me mandando de volta a dormir. A não<br />
ser que, ao invés de voltar a meus próprios sonhos, eu acordei. Ao meu redor, o trem<br />
balançava confortavelmente enquanto passávamos pelo campo russo. Minha lâmpada<br />
ainda estava acessa, sua luz muito brilhante para meus olhos sonolentos. Eu me<br />
estiquei para desligar elas e notei que a cama de Sydney estava vazia. Provavelmente<br />
no banheiro eu pensei. Ainda sim, me senti agitada. Ela e seu grupo de Alquimistas<br />
ainda eram um mistério, e eu de repente me preocupei que um plano sinistro<br />
estivesse acontecendo. Ela estava se encontrando com algum agente secreto? Eu<br />
decidi encontrar ela.<br />
Eu admito, eu não fazia ideia de onde ela poderia estar em um trem desse<br />
tamanho, mas lógica nunca foi meu forte antes. Não tem porque ser agora.<br />
Graças a Deus, depois de colocar meus sapatos e entrar no corredor adjacente a<br />
nossa cabine, eu descobri que não tinha que procurar muito.<br />
O corredor estava alinhado com janelas, todas enroladas com aquelas cortinas<br />
ricas, e Sydney estava de costas para mim, olhando para fora, um corredor envolvido<br />
ao redor dela. O cabelo dela estava bagunçado de deitar e parecia menos dourado na<br />
luz fraca.<br />
“Hey...” eu comecei hesitantemente. “Você está bem?”<br />
Ela virou devagar em minha direção. Uma mão segurava o cobertor; a outra<br />
brincava com a cruz ao redor do pescoço dela. Eu lembrei do comentário de Adrian<br />
sobre religião.<br />
“Não consigo dormir,” ela disse sem rodeios.<br />
“É... é por minha causa?”<br />
A única resposta dela foi virar de volta para a janela.<br />
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“Olha,” eu disse me sentindo desamparada. “Se tem algo que eu possa fazer... eu<br />
quero dizer, fora voltar atrás e cancelar essa viagem...”<br />
“Eu vou lidar com isso,” ela disse. “Isso é só, bem, é realmente estranho para mim,<br />
eu lido com vocês o tempo todo, mas eu não lido com você, sabe?”<br />
“Provavelmente poderíamos conseguir nossas próprias cabines, se isso ajuda.<br />
Podemos encontrar um atendente, eu tenho dinheiro.”<br />
Ela balançou a cabeça. “É só por alguns dias, se tanto.”<br />
Eu não sabia o que mais dizer. Ter Sydney comigo era um inconveniente no grande<br />
esquema das coisas, mas eu não queria que ela sofresse. Observando ela brincar com a<br />
cruz, eu não achei que dizer a ela como eu tinha batalhas diárias com Deus e duvidava<br />
da existência Dele ultimamente iria realmente me ajudar com todo a reputação de<br />
criatura maligna da noite.<br />
“Ok,” eu disse finalmente. “Me avise se mudar de ideia.”<br />
Eu voltei para minha cama e cai no sono surpreendentemente rápido, apresar da<br />
preocupação de que Sydney ficasse no corredor a noite toda. Ainda sim, quando<br />
acordei de manhã, ela estava em sua própria cama, dormindo. Aparentemente, a<br />
exaustão dela tinha sido tão forte que mesmo o medo de mim não impediu ela de<br />
descansar. Eu levantei em silêncio e troquei a camiseta e calça de abrigo que eu fui<br />
dormir. Eu estava com fome para comer café e achei que Sydney poderia dormir mais<br />
se eu não estivesse por perto.<br />
O restaurante era no próximo carro e parecia com algo saído de um filme antigo.<br />
Elegantes toalhas de linho estavam sob as mesas, e bronze e madeira escura junto com<br />
pedaços coloridos de vitrais, davam a todo lugar uma sensação de antiguidade. Parecia<br />
mais um restaurante que eu encontraria nas ruas de São Petersburgo do que em um<br />
vagão restaurante. Eu pedi algo que me lembrou vagamente como torrada, a não ser o<br />
fato de que havia queijo nela. Ela veio com salsicha, que até então parecia ser a<br />
mesma em toda parte que eu fui.<br />
Eu estava terminando quando Sydney entrou. Quando a encontrei na primeira<br />
noite, eu assumi que ela vestia calça e blusa próprias para o Nightingale. Eu estava<br />
descobrindo, no entanto, que esse era o estilo normal dela. Ela me parecia uma<br />
daquelas pessoas que não tinha jeans ou camiseta. Ela tinha feito confusão ao ficar em<br />
pé no corredor ontem à noite, mas agora ela estava usando um calça preta e um<br />
suéter verde escuro. Eu estava usando jeans e uma camiseta de manga comprida cinza<br />
e me senti meio desajeitada perto dela. O cabelo dela estava escovado em estilo mas<br />
tinha um visual levemente bagunçado que eu suspeitava que nunca sumisse, não<br />
importava o quanto ela se esforçasse. Pelo menos eu estava usando meu rabo de<br />
cavalo hoje.<br />
Ela sentou na minha frente e pediu omelete quando o garçom apareceu, de novo<br />
pedindo em russo.<br />
“Como você sabe isso?” eu perguntei.<br />
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“O que, russo?” ela deu nos ombros. “Eu tive que aprender enquanto crescia. E<br />
algumas outras línguas.”<br />
“Wow.” Eu tinha feito introdução em algumas línguas também e tive uma<br />
performance miserável nelas. Eu não pensei muito naquela época, mas agora, por<br />
causa dessa viagem e por causa de Dimitri, eu realmente queria ter aprendido russo.<br />
Eu suponho que não seja tarde demais, e eu tinha pegado algumas frases no meu<br />
tempo aqui, mas ainda sim... era uma tarefa difícil.<br />
“Você deve ter que aprender várias coisas nesse trabalho,” eu disse, ponderando<br />
o que deveria significar ser parte de um grupo secreto que cruzava fronteiras<br />
internacionais e interagia com todo tipo de governo. Algo mais cruzou minha mente.<br />
“E quanto aquela coisa que você usou no Strigoi? Que desintegrou o corpo?”<br />
Ela sorriu. Quase. “Bem, eu te disse que a alquimia começou como um grupo de<br />
pessoas tentando fazer poções, certo? Aquele é um desenvolvimento químico para se<br />
livrar do corpo dos Strigoi rapidamente.”<br />
“Você poderia usar para matar alguém?” eu perguntei. Espalhar um liquido que<br />
dissolvia um Strigoi poderia ser muito mais fácil do que da forma normal: decapitação,<br />
empalamento, ou queimar.<br />
“Uma pena,” eu disse. Eu me perguntei se ela não tinha mais nenhuma poção nas<br />
mangas mas achei melhor racionar a quantidade de perguntas que eu tinha para<br />
Sydney por dia. “O que vamos fazer quando chegarmos em Omsh?”<br />
“Omsk,” ela corrigiu. “Vamos pegar um carro e dirigir o resto do caminho.”<br />
“Você esteve lá? Nesse vilarejo?”<br />
Ela concordou. “Uma vez.”<br />
“Como é?” eu perguntei, surpresa por ouvir uma nota desejosa em minha própria<br />
voz. Fora minha busca para encontrar Dimitri, havia uma parte de mim que queria se<br />
apegar em qualquer coisa que eu pudesse em relação a ele. Eu queria saber tudo sobre<br />
ele que eu não soube antes. Se a escola tivesse me dado as posses dele, eu dormiria<br />
com elas toda noite. O quarto dele foi esvaziado bem rápido. Agora eu só podia reunir<br />
os pedaços dele que eu conseguia, como se reunir essas informações comigo fossem<br />
manter ele comigo de alguma forma.<br />
“É como qualquer cidade dhampir, eu suponho.”<br />
“Eu nunca vi uma.”<br />
O garçom serviu o omelete de Sydney, e ela pausou com o garfo no ar. “Verdade?<br />
Eu pensei que todos vocês... bem, eu não sei.”<br />
Eu balancei minha cabeça. “Estive na academia minha vida toda. Mais ou menos.”<br />
Meus dois anos com os humanos não era realmente relevante. Sydney mastigou<br />
pensando. Eu estava disposta a apostar que ela não iria terminar o omelete. Pelo que<br />
eu vi na primeira noite e enquanto esperávamos pelos trens ontem, ela mal parecia<br />
comer alguma coisa. Era como ela subsistisse apenas de ar. Talvez fosse uma coisa de<br />
alquimistas. Mais provavelmente era apenas uma coisa de Sydney.<br />
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“A cidade é metade humana metade dhampir, mas os dhampirs se misturam. Eles<br />
tem toda uma sociedade secreta que os humanos são completamente inconscientes.”<br />
Eu sempre achei que havia um tipo de subcultura, mas eu não fazia ideia de como<br />
iria me encaixar no resto da cidade. “E?” eu perguntei. “Como é essa subcultura?”<br />
Ela soltou o garfo. “Vamos apenas dizer que é melhor você se preparar.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-80741148099932116512012-05-24T12:00:00.000-07:002012-05-24T12:00:55.167-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 3)<br />
CAPÍTULO TRÊS<br />
“Espera – O que?” eu exclamei.<br />
Isso não estava nos planos. Isso não estava nos planos mesmo. Eu estava tentando<br />
me mover pela Rússia de uma forma mais incógnita possível. Além do mais, eu<br />
realmente não gosto da ideia de ter alguém junto – particularmente alguém que<br />
parecia me odiar. Eu não sabia quanto tempo iria levar para chegar a Sibéria – alguns<br />
dias, eu pensei – e eu não conseguia imaginar passar eles ouvindo Sydney falar sobre o<br />
ser nada natural e maligno que eu era.<br />
Engolindo meu ultraje, eu tentei a razão. Afinal de contas, eu estava pedindo o<br />
favor aqui. “Isso não é necessário,” eu disse, me forçando a sorrir. “É gentil da sua<br />
parte oferecer, mas eu não quero incomodar você.”<br />
“Bem,” ela respondeu secamente, “não tem como escapar disso. E eu não estou<br />
sendo gentil. Não é nem minha escolha. É uma ordem dos meus superiores.”<br />
“Ainda soa como um saco para você. Porque você simplesmente não me diz onde<br />
é e vai embora?”<br />
“Você obviamente não conhece as pessoas para qual eu trabalho.”<br />
“Não preciso. Eu ignoro autoridade o tempo todo. Não é difícil depois que você se<br />
acostuma.”<br />
“Yeah? Como isso está funcionando para você encontrar esse vilarejo?” ela<br />
perguntou zombando. “Olha, se você quer chegar lá, esse é o único jeito.”<br />
Bem – era o único jeito de eu chegar lá se eu usasse a informação de Sydney. Eu<br />
poderia voltar a ficar no Nightingale... mas eu tinha levado todo esse tempo para<br />
conseguir uma pista de lá. Enquanto isso, ela estava aqui na minha frente com a<br />
informação que eu precisava.<br />
“Porque?” eu perguntei. “Porque você também tem que ir?”<br />
“Não posso te dizer isso. No final das contas: Eles me mandaram.”<br />
Que ótimo. Eu a olhei, tentando entender o que estava acontecendo. Porque<br />
diabos qualquer um – muito menos humanos com suas mãos no mundo Moroi – iria se<br />
importar onde uma adolescente dhampir ia? Eu não achei que Sydney tinha motivos<br />
obscuros – a não ser que ela fosse uma atriz muito, muito boa. Ainda sim, claramente<br />
as pessoas a quem ela respondia também tinham uma agenda, e eu não gostava de<br />
jogar no plano de ninguém. Ao mesmo tempo, eu estava ansiosa para andar com isso.<br />
Cada dia que passava era outro no qual eu não encontrei Dimitri.<br />
“Quando podemos partir?” eu perguntei finalmente. Sydney, eu decidi, era uma<br />
burocrata2. Ela não mostrou nenhuma habilidade em me perseguir mais cedo.<br />
<br />
Certamente não seria difícil abandonar ela quando estivéssemos perto da cidade de<br />
Dimitri.<br />
Ela parecia meio desapontada com minha resposta, quase como se ela esperasse<br />
que eu rejeitasse e então ela estaria livre. Ela não queria vir comigo tanto quanto eu<br />
não queria que ela fosse. Abrindo sua bolsa, ela pegou seu celular de novo, se ocupou<br />
com ele por alguns minutos, e finalmente conseguiu os horários do trem. Ela me<br />
mostrou os horários para o dia seguinte.<br />
“Está bom pra você?”<br />
Eu estudei e concordei. “Eu sei onde é a estação. Posso chegar lá.”<br />
“Ok.” Ela levantou e jogou dinheiro na mesa. “Te vejo amanhã.” Ela começou a se<br />
afastar e olhou de volta para mim. “Oh, e você pode comer o resto das minhas fritas.”<br />
Quando eu recém tinha chegado na Rússia, eu me hospedei em hotéis novos. Eu<br />
certamente tinha o dinheiro para ficar em outros, mas eu queria ficar longe de vista.<br />
Além do mais, luxo não tinha sido a primeira coisa na minha mente. Mas quando eu<br />
comecei a ir para o Nightingale, eu descobri que eu mal podia voltar para uma pensão<br />
ou um alojamento para estudantes usando um vestido de marca.<br />
Então agora eu estava em um hotel de luxo, completo com caras que sempre<br />
abriam as portas e um lobby com chão de mármore. O lobby era tão grande que eu<br />
acho que um hotel inteiro poderia caber dele. Talvez dois hotéis. Meu quarto era<br />
grande e exagerado também, e eu fiquei agradecida por chegar até ele e tirar o salto e<br />
o vestido. Eu percebi com um pouco de arrependimento que eu tinha que deixar os<br />
vestidos que comprei em São Petersburgo para trás. Oh bem. Esses vestidos fariam o<br />
dia de alguma mulher da limpeza, sem dúvidas. O único ornamento que eu realmente<br />
precisava era meu nazar, um pingente que parecia um olho azul. Tinha sido um<br />
presente da minha mãe, que tinha ganho de presente do meu pai. Eu sempre usava no<br />
meu pescoço.<br />
Nosso trem para Moscou partiria tarde da manhã, e iríamos então pegar um trem<br />
para Sibéria. Eu queria estar bem descansada e pronta para tudo. Quando estava de<br />
pijama, eu me enfiei debaixo da cama confortável e esperei o sono chegar. Ao invés<br />
disso, minha mente girava com todas as coisas que tinham acontecido recentemente.<br />
A situação com Sydney era uma reviravolta bizarra mas uma que eu poderia lidar.<br />
Desde que ficássemos em transporte público, ela dificilmente poderia me levar para as<br />
garras dos seus misteriosos superiores. E pelo que ela disse sobre nosso tempo de<br />
viagem, iria de fato levar apenas alguns dias para chegar até o vilarejo. Dois dias<br />
pareciam tanto impossivelmente longos quanto impossivelmente curtos.<br />
Significa que eu poderia muito bem confrontar Dimitri em alguns dias... e então o<br />
que? Eu poderia fazer isso? Eu podia matar ele? E mesmo se eu decidisse que poderia,<br />
eu teria a habilidade para derrotar ele? As mesmas perguntas que eu estava me<br />
perguntando nas duas últimas semanas ficavam rodeando minha mente. Dimitri me<br />
ensinou todo que eu sabia, e com reflexos de Strigoi melhorados, ele poderia<br />
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realmente ser o deus que eu sempre brinquei que ele era. Morte era uma<br />
possibilidade muito real para mim.<br />
Mas me preocupar não estava ajudando agora e, olhando para o relógio no<br />
quarto, eu descobri que eu estava deitada acordada a quase uma hora. Isso não era<br />
bom. Eu precisava estar na minha melhor condição. Então eu fiz algo que eu sabia que<br />
não deveria, mas que sempre funcionava para tirar minha mente das preocupações –<br />
em grande parte porque envolvia estar na mente de outra pessoa.<br />
Entrar dentro da mente de Lissa requeria só um pouco de concentração da minha<br />
parte. Eu não sabia se eu seria capaz estando tão longe, mas eu descobri que o<br />
processo não era diferente de que se eu estivesse ao lado dela.<br />
Era tarde da manhã em Montana, e Lissa não tinha aula hoje, já que era sábado.<br />
Durante meu tempo longe, eu trabalhei muito para colocar paredes mentais entre nós,<br />
bloqueando ela e seus sentimentos quase completamente. Agora, dentro dela, todas<br />
as barreiras estavam baixas, e as emoções dela me atingiram como uma maré.<br />
“Porque ela acha que pode simplesmente estalar os dedos e me levar para<br />
qualquer lugar que ela queira, sempre que ela quer?” Lissa rosnou.<br />
“Porque ela é a rainha. E porque você fez um trato com o diabo.”<br />
Lissa e o namorado dela, Christian, estavam no sótão da capela da escola. Assim<br />
que eu reconheci os arredores, eu quase sai da cabeça dela. Os dois tinham tido<br />
encontros “românticos” demais aqui, e eu não queria ficar se roupas fossem ser<br />
arrancadas em breve. Felizmente – ou talvez não – os sentimentos irritados dela me<br />
disseram que não haveria sexo hoje, não com o mau humor dela.<br />
Na verdade era meio irônico. O papel deles estava reverso. Lissa era a mau<br />
humorada enquanto Christian permanecia tranquilo e composto, tentando parecer<br />
calmo pelo bem dela. Ele estava sentado no chão, inclinado contra a parede, enquanto<br />
ela estava sentada na frente dele, suas pernas abertas e os braços dele segurando ela.<br />
Ela descansou sua cabeça no peito dele e suspirou.<br />
“Nas últimas semanas, eu fiz tudo que ela pediu! ‘Vasilisa, por favor mostre aos<br />
visitantes reais idiotas o campus.’ ‘Vasilisa, por favor pule num avião pelo fim de<br />
semana para que eu possa te apresentar para alguns oficiais chatos da Corte.’ ‘Vasilisa,<br />
por favor tenha um tempo voluntário com estudantes mais novos.’ Fica bem.” Apesar<br />
da frustração de Lissa, eu não podia impedir de sentir um pouco de diversão. Ela<br />
imitou a voz da rainha Tatiana perfeitamente.<br />
“Você fez o último por vontade própria,” Christian apontou.<br />
“Yeah.... o ponto em ser por vontade própria. Eu odeio ela tentando ditar cada<br />
parte da minha vida ultimamente.”<br />
Christian se inclinou e beijou a bochecha dela. “Como eu disse, você fez um trato<br />
com o diabo. Você é a querida dela agora. Ela quer se certificar que você esteja<br />
fazendo ela parecer bem.”<br />
Lissa fez uma carranca. Embora os Moroi vivam dentro de países humanos e<br />
estejam sujeitos a seu governo, eles também são governados por um rei ou rainha que<br />
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vinha de uma das doze famílias reais dos Moroi. Rainha Tatiana – uma Ivashkov – era a<br />
governante atual, e ela tinha um interesse particular em Lissa como o último membro<br />
vivo da família Dragomir. Portanto, Tatiana fez a Lissa um trato. Se Lissa vivesse na<br />
Corte depois de se graduar do St. Vladimir, a rainha iria fazer arranjos para que ela<br />
estudasse na universidade Lehigh na Pensilvânia. Lissa era uma nerd e embora viver na<br />
casa de Tatiana valesse a pena para frequentar a universidade prestigiosa e semigrande,<br />
ao contrário daquelas que os Moroi normalmente iam (por razões de<br />
segurança). Como Lissa estava descobrindo, as cordas ligadas ao trato já estavam no<br />
lugar agora. “E eu simplesmente sento e aguento,” Lissa disse. “Eu só sorrio e digo<br />
‘Sim, vossa majestade. Qualquer coisa que você quiser, vossa majestade’.”<br />
“Então diga para ela que o trato já era. Você fará 18 em alguns meses. Realeza ou<br />
não, você não tem obrigação nenhuma. Você não precisa dela para ir para uma escola<br />
grande. Vamos fugir você e eu. Ir para qualquer faculdade que você queira. Ou nem ir<br />
para faculdade. Podemos fugir para Paris ou algo assim e trabalhar numa cafeteria<br />
pequena. Ou vender arte ruim nas ruas.”<br />
Isso fez Lissa rir, e ela se aproximou ainda mais de Christian. “Certo. Eu posso<br />
totalmente ver você tendo a paciência para esperar as pessoas. Você seria demitido no<br />
primeiro dia. Parece que o único jeito que vamos sobreviver é se eu for para faculdade<br />
e nos sustentar.”<br />
“Tem outras formas de ir para faculdade, sabe.”<br />
“Yeah, mas nenhuma que seja tão boa,” ela disse desejosamente. “Não<br />
facilmente, pelo menos. Esse é o único jeito. Eu só queria enfrentar ela um pouco.<br />
Rose iria.”<br />
“Rose seria presa por traição na primeira vez que Tatiana pedisse a ela para fazer<br />
algo.”<br />
Lissa sorriu tristemente. “Yeah. Ela seria.” O suspiro virou um suspiro. “Eu sinto<br />
tanta falta dela.”<br />
Christian beijou ela de novo. “Eu sei.” Essa era uma conversa familiar para eles,<br />
uma que nunca ficava velha porque os sentimentos de Lissa nunca sumiam. “Ela está<br />
bem, você sabe. Onde ela estiver, ela está bem.”<br />
Lissa encarou a escuridão do sótão. A única luz vinha da janela de vidro que fazia<br />
todo o lugar parecer a terra das fadas. O lugar tinha sido limpo recentemente – por<br />
Dimitri e eu, na verdade. Só fazia alguns meses, mas pó e caixas já estavam se<br />
acumulando. O padre era um cara legal mais meio que um cara que guarda de tudo.<br />
Lissa não notou nada disso. Os pensamentos dela estavam focados demais em mim.<br />
“Eu espero que sim. Eu queria ter alguma ideia – qualquer ideia – sobre onde ela<br />
está. Eu fico pensando que se alguma coisa acontecer a ela, se ela –” Lissa não<br />
conseguia terminar o pensamento. “Bem, eu fico pensando que eu vou saber de<br />
alguma forma. Que eu vou sentir. Eu quero dizer, eu sei que a ligação é de apenas um<br />
lado... isso nunca mudou. Mas eu tenho que saber se algo acontecer com ela, certo?”<br />
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“Eu não sei,” disse Christian. “Talvez. Talvez não.” Qualquer outro cara teria dito<br />
algo super doce e reconfortante, assegurando ela que sim, sim, é claro que ela saberia.<br />
Mas parte da natureza de Christian era ser brutalmente honesto. Lissa gostava disso<br />
nele. E eu também. Nem sempre fazia dele um amigo agradável, mas pelo menos ele<br />
não estava sacaneando você.<br />
Ela suspirou de novo. “Adrian diz que ela está bem. Ele visita ela nos seus sonhos.<br />
Eu daria qualquer coisa para ser capaz de fazer isso. Minha cura fica cada vez melhor, e<br />
eu vejo auras agora. Mas nenhum sonho ainda.”<br />
Saber que Lissa sentia minha falta doía mais do que se ela estivesse esquecido de<br />
mim completamente. Eu nunca quis magoar ela. Mesmo quando eu estava ressentida<br />
com ela por sentir como se ela estivesse controlando minha vida, eu nunca a odiei. Eu<br />
amava ela como uma irmã e não podia suportar a ideia dela sofrendo agora por minha<br />
causa. Como as coisas tinham ficado tão erradas entre nós?<br />
Ela e Christian continuaram sentados num silêncio confortável, tirando força do<br />
amor um pelo outro. Eles tinham o que Dimitri e eu tínhamos, um senso de tal<br />
unicidade e familiaridade que palavras normalmente não eram necessárias. Ele passou<br />
seus dedos pelo cabelo dela, e embora eu não conseguisse ver muito bem através dos<br />
olhos dela, eu podia imaginar o jeito que o cabelo pálido dela iria brilhar na luz do arco<br />
Iris do vitral da janela. Ele colocou várias mechas atrás da orelha dela e colocou sua<br />
cabeça para trás, trazendo seus lábios até os dela. O beijo começou doce e leve e<br />
então devagar se intensificou, calor se espalhando da boca dele para a dela.<br />
Uh-h, eu pensei. Pode ser hora para sair afinal de contas. Mas ela terminou antes<br />
de eu precisar.<br />
“Está na hora,” ela disse arrependidamente. “Temos que ir.”<br />
O olhar dos olhos azuis de Christian dizia ao contrário. “Talvez essa seja a hora<br />
perfeita para você enfrentar a rainha. Você deveria ficar aqui – seria um jeito ótimo de<br />
construir o caráter.”<br />
Lissa acotovelou ele levemente e então deu um beijo na testa dele antes de<br />
levantar. “Não é por isso que você quer que eu fique, então nem tente brincar<br />
comigo.”<br />
Eles deixaram a capela, e Christian murmurou algo sobre querer fazer mais do que<br />
brincar e ele levou outra cotovelada. Eles estavam indo em direção ao prédio da<br />
administração, que era no coração do campus da escola. Fora os primeiros florescer da<br />
primavera, tudo parecia exatamente como estava quando eu parti – pelo menos do<br />
lado de fora. Os prédios de pedra permaneciam grandes e imponentes. As árvores<br />
altas e antigas continuavam seu turno. Ainda sim, dentro do coração do staff e dos<br />
estudantes, as coisas tinham mudado. Todos carregavam cicatrizes do ataque. Muitos<br />
da nossa gente foram mortos, e embora as aulas estivessem acontecendo de novo,<br />
todos ainda estavam de luto.<br />
Lissa e Christian alcançaram seu destino: o prédio da administração. Ela não sabia<br />
o motivo da convocação dela, só que Tatiana queria que ela conhecesse um cara real<br />
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que tinha acabado de chegar a Academia. Considerando a quantidade de pessoas que<br />
Tatiana estava sempre forçando ela a conhecer ultimamente, Lissa não pensou muito.<br />
Ela e Christian entraram no escritório principal, onde eles encontraram a Diretora<br />
Kirova sentada e conversando com um Moroi mais velho e uma garota da nossa idade.<br />
“Ah, Sra. Dragomir. Aí está você.”<br />
Eu me meti muito em problemas com Kirova quando era estudante, ainda sim ver<br />
ela me deixou meio nostálgica. Ser suspensa por começar um briga em aula parecia<br />
muito melhor do que vagar pela Sibéria para encontrar Dimitri. Kirova tinha a mesma<br />
aparecia de pássaro de sempre, os óculos balançando no fim do nariz dela. O homem e<br />
a garota levantaram, e Kirova gesticulou em direção a eles.<br />
“Esse é Eugene Lazar e sua filha Avery.” Kirova virou em direção a Lissa. “Esses são<br />
Vasilisa Dragomir e Christian Ozera.”<br />
Eles se observaram. Lazar era um nome real, mas isso não era surpresa já que<br />
Tatiana tinha iniciado esse encontro. Sr. Lazar deu a Lissa um sorriso e apertou a mão<br />
dela. Ele parecia um pouco surpreso por encontrar Christian, mas o sorriso<br />
permaneceu. É claro, esse tipo de reação a Christian não era raro.<br />
As duas formas de se tornar Strigoi eram por escolha ou a força. Um Strigoi pode<br />
transformar outra pessoa – humano, Moroi, ou dhampir – bebendo seu sangue e<br />
então dando sangue de Strigoi para eles. Foi isso que aconteceu com Dimitri. O outro<br />
jeito de se tornar Strigoi era único a Moroi – e era feito por escolha. Moroi que<br />
propositalmente escolhiam matar uma pessoa bebendo seu sangue também se<br />
tornariam Strigoi. Normalmente, Moroi só bebiam quantidades pequenas de humanos<br />
que permitiam. Mas tomar tanto que destruía outra força de vida? Bem, isso viraria o<br />
Moroi para o lado negro, tirando sua mágica elementar e transformando ele em<br />
mortos vivos selvagens.<br />
Isso era exatamente o que os pais de Christian tinham feito. Eles mataram por<br />
vontade própria e se tornaram Strigoi para ganhar vida eterna. Christian nunca<br />
mostrou nenhum desejo de se tornar Strigoi, mas todos agiam como se ele estivesse<br />
prestar a virar. (Eu admito, a atitude dele nem sempre ajuda). Muitos dos familiares<br />
próximos a ele – apesar de serem da realeza – eram evitados também. Mas eu e ele<br />
nos juntamos para chutar uma boa quantidade de Strigoi durante o ataque. Rumores<br />
sobre isso estavam circulando e melhorando a reputação dele.<br />
Kirova nunca foi de perder tempo com formalidades, então ela foi direto ao ponto.<br />
“Sr. Lazar vai ser o novo diretor aqui.”<br />
Lissa ainda estava sorrindo para ele educadamente, mas a cabeça dela<br />
imediatamente virou para Kirova. “O que?”<br />
“Eu vou renunciar,” explicou Kirova, a voz chata e sem emoção o bastante para<br />
rivalizar a de um guardião. “Embora ainda vá servir a escola como professora.”<br />
“Você vai ensinar?” Christian perguntou incrédulo.<br />
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Ela deu a ele um olhar seco. “Sim, Sr. Ozera. Foi o motivo pelo qual eu<br />
originalmente vim a escola. Tenho certeza que se tentar com vontade o bastante, eu<br />
posso lembrar como fazer isso.”<br />
“Mas porque?” Perguntou Lissa. “Você faz um trabalho excelente.”<br />
Era mais ou menos verdade. Apesar das minhas disputas com Kirova –<br />
normalmente sobre mim quebrar as regras – eu ainda tinha um respeito saudável por<br />
ela. Lissa também.<br />
“É algo pelo qual andei pensando a retornar a um tempo,” explicou Kirova. “Agora<br />
parece uma boa época, e o Sr. Lazar é um administrador muito capaz.”<br />
Lissa era muito bom em ler pessoas. Eu acho que é parte do efeito colateral do<br />
espírito, assim como o espírito fazia quem o usava muito, muito carismático. Lissa<br />
achava que Kirova estava mentindo, e eu também. Se eu fosse capaz de ler a mente de<br />
Christian, meu palpite seria que ele achava a mesma coisa. O ataque a academia tinha<br />
deixado muitas pessoas em pânico, realeza em particular, embora o problema que<br />
tinha permitido o ataque a muito tivesse sido concertado. Eu estava supondo que a<br />
mão de Tatiana estava nisso, forçando Kirova a renunciar e fazer alguém da realeza<br />
tomar o lugar dela, fazendo outros da realeza se sentirem melhor.<br />
Lissa não mostrou seus pensamentos, e ela virou de volta ao Sr. Lazar. “Bem, é um<br />
prazer conhecer você. Tenho certeza que você fará um ótimo trabalho. Me avise se<br />
houver algo que eu possa fazer por você.” Ela estava bancando o papel de princesa<br />
apropriada perfeitamente. Ser educada e doce era um dos seus muitos talentos.<br />
“Na verdade,” disse o Sr. Lazar, “tem algo.” Ele tinha uma voz profunda e rouca, o<br />
tipo que preenchia uma sala. Ele gesticulou em direção a sua filha. “Eu estava me<br />
perguntando se você poderia mostrar a Avery as coisas e ajudar ela a se encaixar aqui.<br />
Ela se formou ano passado mais vai me auxiliar nas minhas tarefas. Mas tenho certeza<br />
que ela prefere passar o tempo com alguém da sua própria idade.”<br />
Avery sorriu, e pela primeira vez, Lissa realmente prestou atenção nela. Avery era<br />
linda. Impressionante. Lissa era linda também, entre aquele cabelo lindo e os olhos de<br />
jade que eram de sua família. Eu achava que ela era cem vezes mais bonita que Avery,<br />
mas ao lado de uma garota mais velha, Lissa parecia meio sem graça. Avery era alta e<br />
magra como a maior parte dos Moroi mas tinha algumas curvas sexys. O tipo de peito,<br />
como o meio, era invejado entre os Moroi, e o cabelo castanho longo dela e olhos<br />
azuis completavam o pacote.<br />
“Eu prometo não ser muito chata,” disse Avery. “E se você quiser, eu te dou<br />
algumas dicas sobre a vida na Corte. Eu ouvi falar que você vai se mudar para lá.”<br />
Instantaneamente, as defesas de Lissa se ergueram. Ela percebeu o que estava<br />
acontecendo. Tatiana não tinha apenas removido Kirova, ela mandou um guardião<br />
para Lissa. Uma linda e perfeita companhia que iria espionar Lissa e tentar treinar ela<br />
nos padrões de Tatiana. As palavras de Lissa foram perfeitamente educadas quando<br />
ela falou, mas havia definitivamente um certo gelo em sua voz.<br />
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“Seria ótimo,” ela disse. “Estou bem ocupada ultimamente, mas podemos tentar<br />
conseguir algum tempo.”<br />
Nem o pai de Avery nem Kirova pareceram notar o subtexto “se afaste”, mas algo<br />
brilhou nos olhos de Avery que disse a Lissa que a mensagem tinha sido passada.<br />
“Obrigado,” disse Avery. A não ser que eu esteja enganada, tinha algo<br />
legitimamente magoado no rosto dela. “Tenho certeza que vamos dar um jeito.”<br />
“Bom, bom,” disse o Sr. Lazar, totalmente inconsciente do drama. “Talvez você<br />
possa mostrar a Avery a casa de convidados? Ela está ficando na ala leste.”<br />
“Claro,” disse Lissa, desejando que ela pudesse fazer qualquer coisa menos isso.<br />
Ela, Christian, e Avery começaram a sair, mas então, dois caras entraram na sala.<br />
Um era um Moroi, um pouco mais jovem que nós, e o outro era um dhampir com seus<br />
20 anos – um guardião, pelas feições duras e sérias dele.<br />
“Ah, aí está você,” disse o Sr. Lazar. Chamando os caras para dentro. Ele colocou<br />
suas mãos no ombro do garoto. “Esse é meu filho Reed. Ele é um calouro e vai<br />
frequentar as aulas aqui. Ele está muito excitado.”<br />
Na verdade, Reed parecia extremamente não excitado. Ele era o cara mais<br />
grosseiro que eu já vi. Se eu precisasse fazer o papel de adolescente descontente, eu<br />
poderia aprender tudo que havia para se saber com Reed Lazar. Ele tinha as mesmas<br />
feições que Avery, mas elas estavam estragadas por uma careta que parecia estar<br />
grudada em seu rosto. O Sr. Lazar apresentou os outros para Reed. A resposta de Redd<br />
foi um “hey,” gutural.<br />
“E esse é Simon, o guardião de Avery,” continuou o Sr. Lazar. “É claro, no campus<br />
ele não precisava estar com ela o tempo todo. Você sabe como é. Ainda sim, tenho<br />
certeza que ele estará por perto.”<br />
Eu espero que não. Ele não parecia completamente desagradável como Reed, mas<br />
ele tinha uma certa natureza severa que parecia extrema mesmo entre os guardiões.<br />
De repente, eu meio que senti pena de Avery. Se essa era a única companhia dela,<br />
eu gostaria de ser amiga de alguém como Lissa. Lissa, no entanto, deixou claro que ela<br />
não faria parte do esquema de Tatiana. Com pouca conversa, ela e Christian<br />
escoltaram Avery até a casa de hospedes e a foram embora. Normalmente, Lissa teria<br />
ficado e ajudado Avery a se ajeitar e se oferecido para comer com ela mais tarde.<br />
Dessa vez não. Não com motivos ocultos.<br />
Eu voltei para meu próprio corpo, de volta para o hotel. Eu sabia que não deveria<br />
mais me importar com a vida na academia e que eu não deveria me sentir mal por<br />
Avery. Ainda sim ficar deitada ali encarando a escuridão, eu não conseguia me impedir<br />
de uma presunçosa – e sim, egoísta – satisfação desse encontro: Lissa não iria fazer<br />
compras com sua nova melhor amiga tão cedo<br />
<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-59342364713876162742012-05-24T11:58:00.000-07:002012-05-24T11:58:35.335-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo2)<br />
CAPÍTULO DOIS<br />
Ir para cima dela ao invés de mim foi ruim para a parte do Strigoi. Eu era a<br />
ameaça; ele deveria ter me neutralizado primeiro. No entanto, nossa posição tinha<br />
colocado Sydney no caminho dele, então ele tinha que se livrar dela antes de poder<br />
me alcançar. Ele agarrou o ombro dela, sacudindo ela em direção a ele. Ele era rápido<br />
– eles sempre são – mas eu estava no meu jogo hoje a noite.<br />
Um chute rápido derrubou ele num muro do prédio ali perto e libertou Sydney<br />
dele. Ele rosnou por causa do impacto e bateu no chão, estupefato e surpreso. Não era<br />
fácil derrubar um Strigoi, não com os reflexos de um raio deles. Abandonando Sydney,<br />
ele focou sua atenção em mim, olhos vermelhos raivosos e lábios curvados para trás<br />
para mostrar as suas presas. Ele se levantou com aquela sobrenatural velocidade e se<br />
lançou em mim. Eu desviei dele e tentei dar um soco que ele também desviou. O<br />
próximo movimento dele me pegou no braço, e eu tropecei, mantendo o equilíbrio por<br />
pouco. Minha estaca ainda estava na minha mão direita, mas eu precisava de uma<br />
abertura no peito dele. Um Strigoi inteligente teria se colocado num ângulo de uma<br />
forma que não mostrasse a linha do coração dele. Esse cara estava fazendo apenas um<br />
trabalho mediano, e se eu pudesse ficar viva tempo o bastante, eu provavelmente<br />
conseguiria uma abertura.<br />
Então, Sydney apareceu e bateu nas costas dele. Não foi um golpe muito forte,<br />
mas assustou ele. Era minha abertura. Eu ataquei com máximo de força que consegui,<br />
jogando meu peso nele. Minha estaca perfurou o coração dele enquanto batíamos<br />
contra a parede. Foi simples assim. A vida – ou morta viva ou o que seja – sumiu dele.<br />
Ele parou de se mover. Eu tirei minha estaca assim que tive certeza que ele estava<br />
morto e observei o corpo dele cair no chão.<br />
Assim como todos os Strigoi que matei ultimamente, eu tive um momento de um<br />
sentimento surreal. E se fosse Dimitri? Eu tentei imaginar o rosto de Dimitri nesse<br />
Strigoi, tentei imaginar ele deitado diante de mim. Meu coração se contorceu no meu<br />
peito. Por um segundo, a imagem estava ali. Então – nada. Esse era apenas um Strigoi<br />
aleatório.<br />
Eu prontamente deixei de lado a desorientação e me lembrei que eu tinha coisas<br />
mais importantes para me preocupar aqui. Eu tinha que checar Sydney. Mesmo com<br />
um humano, minha natureza protetora não podia se impedir de parecer. “Você está<br />
bem?”<br />
Ela concordou, parecendo abatida mas fora isso ilesa. “Bom trabalho,” ela disse.<br />
Ela soava como se estivesse forçosamente tentando soar confiante.<br />
“Eu nunca... eu nunca vi um deles ser morto...”<br />
Eu não conseguia imaginar como ela teria visto, mas então, eu também não<br />
entendia como ela sabia sobre essas coisas. Ela parecia estar em choque, então eu<br />
peguei o braço dela e comecei a liderar o caminho. “Anda, vamos para onde tem mais<br />
<br />
gente.” Quanto mais eu pensava, mais Strigoi andando perto do Nightingale não<br />
parecia ser uma ideia tão louca. Que lugar melhor para rondar do que um dos lugares<br />
que os Moroi frequentam? Embora, com sorte, a maior parte dos guardiões tivesse<br />
senso o bastante para manter seus protegidos longe de becos como esses.<br />
A sugestão de partir fez Sydney voltar ao normal. “O que?” ela exclamou. “Você<br />
vai deixar ele também?”<br />
Eu ergui as mãos para cima. “O que você espera que eu faça? Eu acho que posso<br />
mover ele para trás das latas de lixo e deixar o sol incinerar ele. É o que eu<br />
normalmente faço.”<br />
“Certo. E se alguém aparecer para tirar o lixo? Ou sair de uma daquelas portas?”<br />
“Bem, eu dificilmente posso arrastar ele. Ou colocar fogo nele. Um churrasco de<br />
vampiro iria atrair atenção, você não acha?”<br />
Sydney balançou a cabeça em exaspero e andou até o corpo. Ela fez uma cara<br />
enquanto olhava para o Strigoi e pegou algo em sua grande bolsa de couro. Dela, ela<br />
pegou um pequeno frasco. Com um movimento hábil, ela derramou o conteúdo do<br />
frasco no corpo e então rapidamente se afastou. Onde as gotas tinham atingido o<br />
corpo, uma fumaça amarela começou a sair. A fumaça devagar se moveu para fora, se<br />
espalhando horizontalmente ao invés de verticalmente até que ela envolveu o Strigoi<br />
completamente. Então ela se contraiu e contraiu até não sobrar nada a não ser uma<br />
pequena bola. Em alguns segundos, a fumaça sumiu completamente, deixando uma<br />
pilha de pó para trás.<br />
“De nada,” disse Sydney, ainda me dando um olhar desaprovador.<br />
“O que diabos foi isso?” eu exclamei.<br />
“Meu trabalho. Você por favor me liga da próxima vez que isso acontecer?” Ela<br />
começou a ir embora.<br />
“Espere! Eu não posso ligar para você – eu não faço ideia de quem é você.”<br />
Ela olho para trás e tirou o cabelo loiro do rosto. “Verdade? Você está falando<br />
sério, não está? Eu pensei que vocês eram ensinados sobre nós quando se formavam.”<br />
“Oh, bem. Engraçado... eu meio que, uh, não me formei.”<br />
Os olhos de Sydney se alargaram. “Você derrubou uma daquelas... coisas... mas<br />
nunca se formou?”<br />
Eu dei nos ombros, e ela permaneceu em silêncio por vários segundos.<br />
Finalmente, ela suspirou de novo e disse, “Eu acho que precisamos conversar.”<br />
Se precisávamos. Encontrar ela foi a coisa mais entranha que aconteceu comigo<br />
desde que vim para Rússia. Eu queria saber porque ela pensou que eu deveria manter<br />
contato com ela e como ela dissolveu o cadáver do Strigoi. E, enquanto virávamos para<br />
a rua cheia e andávamos em direção a um café que ela gostava, me ocorreu que se ela<br />
sabia sobre o mundo Moroi, havia uma chance dela saber onde era o vilarejo de<br />
Dimitri. Dimitri. Aí estava ele de novo, aparecendo de novo em minha mente. Eu não<br />
fazia ideia se ele realmente estaria por perto da sua cidade natal, mas nesse ponto, eu<br />
não tinha mais nada para continuar. De novo, aquele estranho sentimento se<br />
Vampire Academy – Blood Promise<br />
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apoderou de mim. Minha mente confundiu o rosto de Dimitri com o Strigoi que acabei<br />
de matar: pele pálida, olhos vermelhos...<br />
Não, eu me firmei. Não se foque nisso ainda. Não entre em pânico. Até eu<br />
enfrentar Dimitri o Strigoi, eu iria ganhar o máximo de força lembrando do Dimitri que<br />
eu amava, com aqueles olhos profundos e castanhos, mãos quente, abraço feroz...<br />
“Você está bem... um, qualquer que seja seu nome?”<br />
Sydney estava me olhando de forma estranha, e eu percebi que paramos na frente<br />
de um restaurante. Eu não sabia qual era o meu olhar, mas deve ter sido o bastante<br />
para chamar a atenção dela. Até agora, minha impressão enquanto andávamos tinha<br />
sido que ela queria falar comigo o menos possível.<br />
“Yeah, yeah, estou bem,” eu disse bruscamente, fazendo meu rosto de guardiã. “E<br />
me chamo Rose. Esse é o lugar?”<br />
Era. O restaurante era claro e alegre, embora tinha uma similaridade com a<br />
opulência do Nightingale. Sentamos em uma cabine de couro preto – com o qual me<br />
refiro a um couro de plástico falso – e fiquei feliz por ver que o menu tinha tanto<br />
comida russa quanto americana. Os itens estavam traduzidos em inglês, e eu quase<br />
babei quando eu vi frango frito. Eu estava faminta depois de não ter comido no clube,<br />
e a ideia de carne frita era luxuriosa depois de semanas de pratos de repolho e um<br />
chamado McDonalds.<br />
Uma garçonete chegou, e Sydney pediu em um russo fluente, enquanto eu apenas<br />
apontei para o menu. Huh. Sydney era cheia de surpresas. Considerando a atitude dura<br />
dela, eu esperei que ela me interrogasse imediatamente, mas então a garçonete saiu,<br />
e Sydney continuou em silêncio, simplesmente brincando com seu guardanapo e<br />
evitando contanto visual. Era tão estranho. Ela estava definitivamente desconfortável<br />
perto de mim. Mesmo com a mesa entre nós, era como se ela não pudesse chegar<br />
longe o bastante. E ainda sim o ultraje dela não tinha sido falso, e ela foi determinada<br />
sobre mim seguir qualquer que fossem as regras dela. Bem, ela podia estar bancando a<br />
modesta, mas eu não tinha tal hesitação sobre falar de tópicos desconfortáveis. Na<br />
verdade, era meio que minha marca registrada.<br />
“Então, você está pronta para me dizer quem é você e o que está acontecendo?”<br />
Sydney olhou para cima. Agora que estávamos sob uma luz brilhante, eu podia ver<br />
que os olhos dela eram castanhos. Eu também notei que ela tinha uma tatuagem<br />
interessante na parte de baixo da sua bochecha esquerda. A tinta parecia dourada,<br />
algo que eu nunca vi antes. Era um design elaborado de flores e folhas e só era visível<br />
quando ela virava sua cabeça de certas formas para que o dourado refletisse a luz.<br />
“Eu te disse,” ela disse. “Sou uma alquimista.”<br />
“E eu disse a você, eu não sei o que é isso. É alguma palavra russa?” Não parecia<br />
uma.<br />
Uma meio sorriso apareceu nos lábios dela. “Não. Eu assumo que você nunca<br />
ouviu falar de alquimia também?”<br />
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Eu balancei a cabeça, e ela colocou o queixo em sua mão, olhos olhando para a<br />
mesa de novo. Ela engoliu, como se ela estivesse se preparando, e então com pressa as<br />
palavras saíram. “Na idade média, haviam pessoas que estavam convencidas que se<br />
eles achassem a fórmula certa ou magia, eles poderiam transformar couro em ouro.<br />
Sem surpresas, eles não conseguiram. Isso não impediu eles de perseguirem todo tipo<br />
de coisas místicas e sobrenaturais, e eventualmente eles encontraram algo mágico.”<br />
Ela franziu. “Vampiros.”<br />
Eu pensei sobre minhas aulas de história Moroi. A idade média foi quando nossa<br />
gente realmente começou a se afastar dos humanos, se escondendo e ficando entre si.<br />
Foi essa a época que os vampiros realmente se transformaram em mitos até onde o<br />
mundo sabia, e mesmo os Moroi eram considerados como monstros que deviam ser<br />
caçados.<br />
Sydney confirmou meus pensamentos. “E foi quando os Moroi começaram a se<br />
afastar. Eles tinham sua magia, mas humanos estavam começando a ficar mais<br />
numerosos que eles. Ainda numeramos.” Isso quase trouxe um sorriso no rosto dela.<br />
Moroi as vezes tinham problemas em conceber, enquanto humanos parecem fazer<br />
isso fácil demais as vezes. “E os Moroi fizeram um trato com os alquimistas. Se os<br />
alquimistas ajudassem Moroi e dhampirs e a sociedade deles a ficar em segredo dos<br />
humanos, os Moroi nos dariam esses.” Ela tocou na sua tatuagem dourada.<br />
“O que é isso?” eu perguntei. “Quero dizer, fora o óbvio.”<br />
Ela gentilmente acariciou com a ponta de seus dedos e não se incomodou em<br />
esconder o sarcasmo quando falou. “Meu anjo da guarda. É na verdade ouro e” – ela<br />
fez uma careta e abaixou a mão – “sangue Moroi, encantado com água e terra.”<br />
“O que?” minha voz saiu alta demais, e algumas pessoas no restaurante viraram<br />
para olhar para mim. Sydney continuou falando, o tom dela muito mais baixo – e<br />
muito amargo.<br />
“Não estou feliz com isso, mas é nossa “recompensa” por ajudar vocês. A água e a<br />
terra se liga a nossa pele e nos dá as mesmas feições que os Moroi tem – bem,<br />
algumas delas. Eu quase nunca fico doente. Eu vou viver um longo tempo.”<br />
“Eu suponho que isso seja bom,” eu disse incerta.<br />
“Talvez para alguns. Não temos escolha. Esse “portador” é um negócio de família –<br />
é passado adiante. Todos temos que aprender sobre os Moroi e dhampir. Trabalhamos<br />
com conexões entre humanos que nos deixam acobertar para você já que podemos<br />
nos mover mais livremente. Temos truques e técnicas para se livrar do corpo de Strigoi<br />
– como a poção que você viu. Em troca, queremos ficar longe de vocês o máximo que<br />
pudermos – e é por isso que dhampirs não sabem sobre nós até se formarem. E Moroi<br />
quase nunca sabem.” Ela parou bruscamente. Eu suponho que a aula tenha terminado.<br />
Minha cabeça estava rodando. Eu nunca, nunca considerei nada assim – espere.<br />
Eu tinha? A maior parte da minha educação tinha enfatizado os aspectos físicos dos<br />
Moroi e como tirar eles de situações estranhas e perigosas. Eu nunca pensei muito ou<br />
ouvi o termo alquimista. Se eu tivesse permanecido na escola, talvez eu tivesse.<br />
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Isso provavelmente não era uma ideia que eu devesse ter sugerido, mas minha<br />
natureza não pode impedir. “Porque manter o encanto para vocês mesmos? Porque<br />
não dividir com o mundo humano?”<br />
“Porque tem uma parte extra no seu poder. Nos impede de falar sobre sua gente<br />
de uma forma que pudesse colocar em perigo ou expor eles.”<br />
Um feitiço que os impede de falar... isso parece muito com compulsão. Todos<br />
Moroi podem usar um pouco de compulsão, e a maior parte pode colocar um pouco<br />
de sua mágica em objetos para dar a eles certas propriedades. A mágica Moroi tinha<br />
mudado com o passar dos anos, e compulsão era visto como uma coisa imoral agora.<br />
Eu suponho que essa tatuagem seja velha, um velho feitiço que é passado através dos<br />
séculos.<br />
Eu repassei o resto do que Sydney disse, mais perguntas surgindo na minha<br />
cabeça. “Porque... porque vocês querem ficar longe de nós? Eu quero dizer, não que<br />
eu esteja procurando ser sua melhor amiga nem nada disso...”<br />
“Porque é nosso dever a Deus proteger o resto da humanidade das criaturas<br />
malignas da noite.” Distraidamente, a mão dela foi para algo no pescoço dela. A maior<br />
parte estava coberta pelo casaco dela, mas uma parte do colar dela revelou<br />
brevemente uma cruz dourada.<br />
Minha reação inicial a isso foi agitada, já que eu não era muito religiosa. Na<br />
verdade, eu ficava completamente confortável perto daqueles que tinham crenças<br />
hard-core. Trinta segundos depois, o impacto completo das palavras dela se<br />
aprofundaram.<br />
“Espere um minuto,” eu exclamei indignada. “Você está falando sobre todos nós –<br />
dhampirs e Moroi? Todos somos criaturas malignas da noite?”<br />
As mãos dela saíram da cruz, ela não respondeu.<br />
“Não somos como Strigoi!” Eu surtei.<br />
O rosto dela permaneceu em branco. “Moroi bebem sangue. Dhampirs são a cria<br />
não natural deles e de humanos.”<br />
Ninguém nunca tinha me chamado de não natural antes, a não ser quando<br />
coloquei ketchup num taco. Mas sério, ele estava sem salsa, então o que mais eu<br />
deveria fazer? “Moroi e dhampirs não são malignos,” eu disse a Sydney. “Não como os<br />
Strigoi.”<br />
“Isso é verdade,” ela concordou. “Strigoi são mais malignos.”<br />
“Hey, não é isso que eu –”<br />
A comida então chegou, e o frango frito foi quase o bastante para me distrair do<br />
ultraje de ser comparada com um Strigoi. Na maior parte tudo o que ele fez foi me<br />
atrasar de responder imediatamente ao que ela alegava, e eu mordi um pouco da<br />
crosta dourada e quase derreti ali. Sydney tinha pedido um cheeseburguer e fritas e<br />
mordiscava a comida delicadamente.<br />
Depois de comer uma perna de galinha inteira, eu finalmente fui capaz de voltar a<br />
discussão. “Não somos como o Strigoi mesmo. Moroi não matam. Você não tem<br />
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motivo para ter medo de nós.” De novo, eu não estava animada em acalmar humanos.<br />
Ninguém da minha raça era, não com a forma como os humanos tendiam a matar<br />
qualquer um e estavam prontos para experimentar qualquer coisa que eles não<br />
entendiam.<br />
“Qualquer humano que aprende sobre vocês inevitavelmente vai aprender sobre<br />
Strigoi,” ela disse. Ela estava brincando com suas fritas mas sem comer elas.<br />
“Saber sobre os Strigoi pode permitir que os humanos se protejam.” Porque<br />
diabos eu estava bancando a advogada do diabo?<br />
Ela terminou de brincar com sua batata e a derrubou no prato. “Talvez. Mas tem<br />
muitas pessoas que ficariam tentadas com a ideia de imortalidade – mesmo com o<br />
custo de servir Strigoi em troca de ser transformado em criaturas do inferno. Você<br />
ficaria surpresa em saber como vários humanos respondem quando aprendem sobre<br />
vampiros. Imortalidade atraí – apesar do mal que vem com ela. Vários humanos que<br />
aprendem sobre Strigoi tentam servir eles, na esperança de serem transformados.”<br />
“Isso é insano –” eu parei. Ano passado, descobrimos evidências de humanos<br />
ajudando Strigoi. Strigoi não podiam tocar em estacas de prata, mas humanos podem,<br />
e alguns tinham usado essas estacas para quebrar as wards dos Moroi. Aqueles<br />
humanos tinham sido prometidos a imortalidade?<br />
“E também,” disse Sydney, “é por isso que é melhor que nós nos certifiquemos<br />
que ninguém saiba sobre vocês. Você está lá fora – todos vocês – e não tem nada para<br />
ser feito sobre isso. Você faz sua coisa para se livrar dos Strigoi, e nós fazemos a nossa<br />
e salvamos o resto da minha gente.”<br />
Eu mastiguei uma asa de galinha e me segurei de implicar que ela estava salvando<br />
sua gente de pessoas como eu também. De algumas formas, o que ela dizia fazia<br />
sentido. Não era possível que nós sempre andássemos pelo mundo invisíveis, e sim, eu<br />
podia admitir, era necessário que alguém se livrasse do corpo dos Strigoi. Humanos<br />
trabalhando com Moroi eram a escolha ideal. Tais humanos seriam capazes de se<br />
moverem pelo mundo livremente, particularmente se eles tinham o tipo de contatos e<br />
conexões que ela ficava implicando.<br />
Eu congelei no meio da mastigação, lembrando meus pensamentos de mais cedo<br />
quando eu estava vindo para cá com Sydney. Eu me forcei a engolir e então tomei um<br />
longo gole de água. “Aqui vai uma pergunta. Você tem contatos por toda a Rússia?”<br />
“Infelizmente,” ela disse. “Quando um alquimista faz 18 anos, somos mandados a<br />
um estágio e fazemos todo tipo de conexão. Eu preferia ficar em Utah.”<br />
Isso era quase tão louco quanto tudo que ela me disse, mas eu não insisti. “Que<br />
tipo de conexões exatamente?”<br />
Ela deu nos ombros. “Rastreamos o movimento de vários Moroi e dhampirs.<br />
Também conhecemos vários oficiais de alto ranking do governo – entre humanos e<br />
Moroi. Se houve um avistamento de vampiro entre os humanos, podemos<br />
normalmente encontrar alguém importante que pode subornar alguém ou algo<br />
assim... tudo é varrido para debaixo do tapete.”<br />
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Rastrear o movimento de vários Moroi e dhampirs. Ponto. Eu me inclinei mais<br />
para frente e baixei minha voz. Tudo pareceu se dobrar a esse momento.<br />
“Estou procurando um vilarejo... um vilarejo de dhampirs na Sibéria. Eu não sei o<br />
nome.” Dimitri só tinha mencionado seu nome uma vez, e eu esqueci. “É meio que<br />
perto... Om?”<br />
“Omsk,” ela corrigiu.<br />
Eu me endireitei. “Você conhece?”<br />
Ela não respondeu imediatamente, mas os olhos dela a traíram. “Talvez.”<br />
“Você conhece!” eu exclamei. “Você tem que me dizer onde é. Eu tenho que<br />
chegar lá.”<br />
Ela fez uma cara. “Você vai ser... uma daquelas?”<br />
Então alquimistas sabia sobre meretrizes de sangue. Nenhuma surpresa. Se<br />
Sydney e seus associados sabiam tudo sobre o mundo vampiro, eles saberiam isso<br />
também.<br />
“Não,” eu disse arrogantemente. “Eu só preciso encontrar alguém.”<br />
“Quem?”<br />
“Alguém.”<br />
Isso quase a fez sorrir. Os olhos castanhos dela estavam pensativos enquanto ela<br />
mastigava outra batata. Ela só tinha dado duas mordidas em seu cheeseburguer, e ele<br />
estava rapidamente ficando frio. Eu meio que queria comer eu mesma por principio.<br />
“Eu já volto,” ela disse bruscamente. Ela se levantou e caminhou até um canto<br />
quieto do café. Pegando um celular daquela bolsa mágica dela, ela virou suas costas<br />
para o salão e fez uma ligação.<br />
Eu terminei meu frango e me fiz comer algumas das batatas dela já que estava<br />
parecendo cada vez menos que ela iria fazer qualquer coisa com elas. Enquanto eu<br />
comia, eu ponderei as possibilidades diante de mim, me perguntando se encontrar a<br />
cidade de Dimitri seria realmente tão simples. E quando eu estivesse lá... seria simples<br />
então? Ele estaria lá, vivendo nas sombras e caçando presas? E quando eu o encarasse,<br />
eu poderia realmente colocar minha estaca no coração dele? Aquela imagem não<br />
desejada veio até mim de novo, Dimitri com olhos vermelhos e –<br />
“Rose?”<br />
Eu pisquei. Eu totalmente viajei, e Sydney estava de volta. Ela voltou a sentar na<br />
minha frente. “Então, parece –” ela pausou e olhou para baixo. “Você comeu algumas<br />
das minhas fritas?”<br />
Eu não fazia ideia de como ela sabia, já que havia uma pilha tão grande. Eu mal<br />
diminui a pilha. Achando que eu roubar fritas contaria como mais evidências sobre ser<br />
uma criatura maligna da noite, eu disse abundantemente, “Não.”<br />
Ela franziu por um momento, considerando, e então disse, “Eu sei onde é esse<br />
cidade. Eu já estive lá.”<br />
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Eu me ajeitei. Puxa vida. Isso realmente iria acontecer, depois de todas aquelas<br />
semanas de procura. Sydney iria me dizer onde era o lugar, e eu poderia ir e tentar<br />
fechar esse horrível capitulo na minha vida.<br />
“Obrigada, muito obrigado – “<br />
Ela ergueu a mão e me silenciou, e então eu notei o quão miserável ela parecia.<br />
“Mas não vou te dizer onde é.”<br />
Minha boca se abriu. “O que?”<br />
“Eu mesma vou te levar lá.”<br />
<br />
<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-1162989935330129822012-05-23T12:17:00.000-07:002012-05-23T12:18:51.572-07:00A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 1)<br />
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<br />
<br />
LIGADA POR AMOR, MAS JURADA A MATAR…<br />
O resto do mundo estava considerando Dimitri morto. E a uma certa extensão, ele<br />
estava. Mas eu não fui capaz de esquecer a conversa que eu e ele tivemos uma vez.<br />
Nós dois concordamos que seria melhor morrer – morrer de verdade – que andar pelo<br />
mundo como um Strigoi. Era hora de honrar essas palavras.<br />
A vida da guardiã Rose Hathaway nunca será a mesma.<br />
O recente ataque a Academia St. Vladimir devastou todo o mundo Moroi. Muitos estão<br />
mortos. E, pelas poucas vitimas carregadas pelos Strigoi, o destino deles é ainda pior.<br />
Uma rara tatuagem agora adorna o pescoço de Rose, uma marca que diz que ela<br />
matou Strigoi demais para contar. Mas apenas uma vitima importa... Dimitri Belikov.<br />
Rose agora deve escolher, um de dois caminhos bem diferentes: princesa – ou,<br />
abandonar a academia para sair sozinha em uma caça para matar o homem que ela<br />
ama. Ela terá de ir ao fim do mundo para encontrar Dimitri e manter a promessa que<br />
ele implorou para ela fazer. Mas a pergunta é, quando a hora chegar, ele irá querer ser<br />
salvo?<br />
Agora, com tudo em jogo – e mundos de distancia da St. Vladimir e sua desprotegida e<br />
vulnerável, e recentemente rebelde, melhor amiga – Rose pode encontrar forças para<br />
destruir Dimitri?<br />
Ou, ela vai se sacrificar para ter uma chance em um amor eterno?”<br />
<br />
<br />
<br />
CAPÍTULO UM<br />
Eu estava sendo seguida.<br />
Era meio irônico, considerando o jeito que eu tenho seguido outros nas últimas<br />
semanas. Pelo menos não era um Strigoi. Eu saberia. Um recente efeito de ser<br />
Shadow-Kissed é a habilidade de sentir os mortos vivos – atrás de um ataque de<br />
náusea, infelizmente. Ainda sim, eu apreciava o aviso antecipado do meu corpo e<br />
estava aliviada por meu perseguidor de hoje a noite não ser um insanamente rápido e<br />
cruel vampiro. Eu lutei com o baste desses recentemente, e eu meio que queria a noite<br />
de folga.<br />
Eu tinha que chutar que meu perseguidor era um dhampir como eu,<br />
provavelmente um do clube. Na verdade, essa pessoa estava se movendo de maneira<br />
um pouco menos firme do que eu esperaria de um dhampir. Seus passos eram<br />
claramente audíveis contra o pavimento da escura calçada em que eu estava, e, uma<br />
vez, eu vi um breve deslumbre de uma sombra. Ainda sim, considerando minha reação<br />
afobada hoje a noite, um dhampir era o culpado mais provável.<br />
Tudo tinha começou no Nightingale1. Esse não era o verdadeiro nome do bar, só<br />
uma tradução. Seu nome verdadeiro era algo em Russo que estava além da minha<br />
habilidade de pronunciar. Nos EUA, o Nightingale é bem conhecido entre os ricos<br />
Moroi que viajam para o exterior, e agora eu podia entender porque. Não importava<br />
que hora do dia seja, as pessoas no Nightingale se vestem como se estivessem num<br />
baile imperial. E, bem, todo o lugar meio que parecia como algo dos tempos antigos da<br />
realeza russa, com paredes de marfim cobertas com ornamentos espirais e mofo. Ele<br />
me lembrava muito o Palácio de Inverno, uma residência real deixada da época em<br />
que a Rússia ainda era regida pelo czar. Eu a visitei quando cheguei em São<br />
Petersburgo.<br />
No Nightingale, elaborados lustres cheios de velas de verdade brilhavam no ar,<br />
iluminando a decoração dourada, para que mesmo com pouca luz, todo o<br />
estabelecimento brilhasse. Havia um grande salão de jantar com mesas envolvidas em<br />
veludo e barracas, assim como um lounge e um bar onde as pessoas podiam se<br />
misturar. Tarde da noite, uma banda se colocaria ali, e casais poderiam dançar.<br />
Eu não tinha me incomodado com o Nightingale quando eu cheguei à cidade duas<br />
semanas atrás. Eu fui arrogante o bastante para pensar que eu podia encontrar Moroi<br />
que imediatamente me direcionariam para a cidade natal de Dimitri, na Sibéria. Com<br />
nenhuma outra pista sobre onde Dimitri tinha ido na Sibéria, a cidade que ele cresceu<br />
me pareceu a melhor chance de me aproximar dele. Só que, eu não sabia onde era, e<br />
era por isso que eu estava tentando encontrar Moroi para me ajudar. Haviam várias<br />
cidades e comunidades de dhampir na Rússia mas quase nenhuma na Sibéria, o que<br />
1 Rouxinol (passarinho).<br />
<br />
me fez acreditar que a maior parte dos Moroi locais saberiam o lugar que ele nasceu.<br />
Infelizmente, acabou que os Moroi que viviam em cidades humanas eram muito bons<br />
em se esconder. Eu chequei o que pensei mais provavelmente ser os locais onde Moroi<br />
ficavam, só para não encontrar nada. E sem esses Moroi, eu não tinha respostas.<br />
Então, eu comecei a visitar o Nightingale, o que não foi fácil. Era difícil para uma<br />
garota de 18 anos se misturar em um dos clubes de maior elite da cidade. Eu logo<br />
descobri que roupas caras e gorjetas altas o bastante me ajudariam bastante. Os<br />
garçons passaram a me conhecer, e se eles achavam que minha presença era estranha,<br />
eles não falaram nada e ficavam felizes em me dar a mesa de canto que eu sempre<br />
pedia. Eu acho que eles pensaram que eu era a filha de algum magnata ou político.<br />
Qualquer que fosse meu histórico, eu tinha o dinheiro para estar lá, e isso era tudo<br />
com que eles se importavam.<br />
Mesmo assim, minhas primeiras noites lá foram desencorajadoras. O Nightingale<br />
pode ser um local de elite para os Moroi, mas também era frequentado por humanos.<br />
E a principio, pareceu que esses eram os únicos clientes do clube. As multidões<br />
ficavam cada vez maiores conforme a noite progredia, e observando através das mesas<br />
cheias e das pessoas amontoadas no bar, eu não tinha visto nenhum Moroi. A coisa<br />
mais notável que eu havia visto era uma mulher com longo cabelo loiro platinado<br />
andando pelo lounge com um grupo de amigos. Por um momento, meu coração havia<br />
parado. A mulher estava de costas para mim, mas ela parecia tanto com Lissa que eu<br />
senti certeza que eu havia sido rastreada. O estranho era que, eu não sabia se deveria<br />
me sentir excitada ou horrorizada. Eu sentia tanta, tanta falta de Lissa – mas ainda sim,<br />
ao mesmo tempo, eu não queria ela envolvida nessa perigosa viagem minha. Então a<br />
mulher virou. Não era Lissa. Ela nem era Moroi, só humana. Devagar, minha respiração<br />
voltou ao normal.<br />
Finalmente, mais ou menos uma semana atrás, eu avistei alguns pela primeira vez.<br />
Um grupo de mulheres Moroi tinha chego para um almoço tardio, acompanhadas por<br />
dois guardiões, um homem e uma mulher, que sentavam cumprindo seu dever<br />
silenciosamente na mesa enquanto elas fofocavam e riam bebendo champagne a<br />
tarde. Evitar guardiões tinha sido a parte mais difícil. Para aqueles que sabiam o que<br />
procurar, Moroi eram fácil de se ver: mais altos que a maior parte dos humanos,<br />
pálidos, e super magros. Eles também tinham um jeito engraçado de sorrir e manter<br />
seus lábios numa posição em que não mostrasse suas presas. Dhampir, com nosso<br />
sangue humano, apareciam... bem, humanos.<br />
Era assim que eu certamente parecia para o destreinado olhar humano. Eu tinha<br />
cerca de 1,70m e onde Moroi tendem ter um corpo de modelo irreal, o meu era<br />
atleticamente construído e tinha curvas no peito. Os genes do meu desconhecido pai<br />
turco e tempo demais no sol tinham me dado um leve bronzeado assim como um<br />
longo, e quase negro cabelo e olhos igualmente escuros. Mas aqueles que haviam sido<br />
criados no mundo Moroi podiam me ver como uma dhampir através de um exame<br />
<br />
mais detalhado. Eu não tenho certeza o que era – talvez algum instinto que nos leva<br />
para nossa própria espécie e nos faz reconhecer a mistura de sangue Moroi.<br />
Independentemente, era imperativo que eu parecesse humana para aqueles<br />
guardiões, então eu não levantei suspeitas. Eu sentei do outro lado do aposento, no<br />
meu canto, pegando caviar e fingindo ler meu livro. Para registro, eu acho caviar<br />
nojento, mas ele parece estar em todo lugar na Rússia, particularmente nos bons<br />
lugares, isso e borscht – um tipo de sopa de beterraba. Eu quase nunca termino minha<br />
comida no Nightingale e vou com entusiasmo no Mc Donalds depois, embora os<br />
restaurantes russos do Mc Donalds fossem um pouco diferentes dos com os quais eu<br />
cresci nos EUA. Ainda sim, uma garota precisa comer.<br />
Então se tornou um teste de minha habilidade, estudar os Moroi quando seus<br />
guardiões não estavam observando. Na verdade, guardiões tem pouco a temer<br />
durante o dia, já que não tem nenhum Strigoi sob o sol. Mas é da natureza dos<br />
guardiões observar tudo, e os olhos deles varriam o aposento continuamente. Eu tinha<br />
o mesmo treinamento e sabia seus truques, então eu consegui espionar sem ser<br />
detectada.<br />
A mulher voltou várias vezes, normalmente tarde. St. Vladimir tinha um horário<br />
noturno, mas os Moroi e dhampir vivendo entre os humanos ou viviam de dia ou algo<br />
no meio termo. Por um tempo, eu considerei me aproximar deles – ou até mesmo de<br />
seus guardiões. Algo me segurou. Se alguém soubesse onde vários dhampir viviam,<br />
seriam Moroi homens. Muitos deles visitavam as cidades dhampir na esperança de<br />
conseguir garotas dhampir. Então eu me prometi que eu tinha que esperar outra<br />
semana para ver se algum cara aparecia. Caso contrário, eu veria que tipo de<br />
informação a mulher poderia me dar.<br />
Finalmente, dois dias atrás, dois Moroi tinham começado a aparecer. Eles tendiam<br />
a vir tarde da noite, quando os verdadeiros festeiros chegavam. Os homens eram cerca<br />
de 10 anos mais velhos que eu e muito bonitos, usando ternos de marca e gravatas de<br />
seda. Eles andavam como poderosas e importantes pessoas, e eu apostaria muito<br />
dinheiro que eles eram da realeza – particularmente já que cada um tinha um<br />
guardião. Os guardiões eram sempre os mesmos; jovens homens que usam terno para<br />
se misturar mas ainda sim observavam o lugar cuidadosamente com aquela inteligente<br />
natureza guardiã.<br />
E havia mulheres – sempre mulheres. Os dois Moroi eram terríveis no flerte,<br />
sempre observando e flertando com qualquer mulher a vista, até mesmo humanas.<br />
Mas eles nunca foram para casa com nenhuma humana. Esse era um tabu ainda<br />
firmemente integrado no nosso mundo. Moroi se mantiveram separados dos humanos<br />
por séculos, temendo serem detectados por um raça que tinha crescido muito e era<br />
poderosa.<br />
Ainda sim, isso não significa que os homens iam para casa sozinhos. Em algum<br />
ponto na noite, mulher dhampir apareciam – diferentes a cada noite. Elas vinham em<br />
vestidos com bainha curta e muita maquiagem, bebendo muito e rindo de tudo que os<br />
<br />
caras diziam – o que provavelmente não era nem engraçado. As mulheres sempre<br />
usavam seus cabelos soltos, mas de vez em quando, elas viram sua cabeça de uma<br />
forma que mostrava seu pescoço, que estava coberto de machucado. Elas eram<br />
meretrizes de sangue, dhampirs que deixavam Moroi beber seu sangue durante o<br />
sexo. Isso também era um tabu – embora ainda aconteça em segredo.<br />
Eu fiquei esperando pegar um homem Moroi sozinho, longe dos olhos vigilantes<br />
dos seus guardiões para que eu pudesse questionar eles. Mas era impossível. Os<br />
guardiões nunca deixavam seus Moroi desprotegidos. Eu até tentei seguir eles, mas<br />
cada vez que o grupo saia do clube, eles quase que imediatamente subiam numa<br />
limusine – deixando impossível para mim seguir eles a pé. Era frustrante.<br />
Eu finalmente decidi hoje a noite que eu tinha que me aproximar do grupo todo e<br />
arriscar ser detectada pelos dhampir. Eu não sabia se alguém de casa estava de fato<br />
procurando por mim, ou se o grupo sequer ia se importar com quem eu era. Talvez eu<br />
só tivesse que manter minhas opiniões para mim mesma. Era definitivamente possível<br />
que ninguém estivesse preocupado com uma desistente fugitiva. Mas se alguém<br />
estivesse procurando por mim, minha descrição sem sombra de dúvidas tinha<br />
circulado entre os guardiões ao redor do mundo. Embora eu tivesse 18 anos agora,<br />
isso não me faria passar por algumas das pessoas que eu sei que me enviariam de volta<br />
aos EUA, e eu não podia retornar até encontrar Dimitri.<br />
Então, justo quando eu estava considerando como iria agir com o grupo de Moroi,<br />
uma das mulheres dhampir saiu da mesa e foi até o bar. Os guardiões a observaram, é<br />
claro, mas pareciam confiantes sobre a segurança dela e estavam mais ocupados com<br />
os Moroi. Todo esse tempo estive pensando que homens Moroi seriam o melhor jeito<br />
de conseguir informações sobre uma vila de dhampirs e meretrizes de sangue – mas<br />
que jeito melhor de localizar esse lugar do que perguntar para uma meretriz de sangue<br />
de verdade?<br />
Eu saí casualmente da minha mesa e me aproximei do bar, como se eu fosse pegar<br />
uma bebida. Eu fique parada enquanto a mulher esperava pelo bartender e a estudei<br />
em meu perímetro. Ela era loira e vestia um longo vestido coberto com lantejoulas<br />
prateadas. Eu não conseguia decidir se isso fazia meu vestido preto aparecer de bom<br />
gosto ou chato. Todos os movimentos dela – até mesmo a forma como ela ficava<br />
parada – eram graciosos, como o de uma dançarina. O bartender estava atendendo<br />
outros, e eu sabia que era agora ou nunca. Eu me inclinei na direção dela.<br />
“Você fala inglês?”<br />
Ela pulou surpresa e olhou para mim. Ela era mais velha do que eu esperava, a<br />
idade dela inteligentemente escondida pela maquiagem. Os olhos azuis dela me<br />
olharam rapidamente, me reconhecendo como dhampir. “Sim,” ela disse<br />
cuidadosamente. Mesmo a única palavra carregava um forte sotaque.<br />
“Estou procurando por uma cidade... uma cidade onde dhampir vivem, na Sibéria.<br />
Você sabe do que estou falando? Eu preciso encontrá-la.”<br />
<br />
De novo ela me estudou, e eu não consegui ler a expressão dela. Ela podia muito<br />
bem ser uma guardiã por tudo que o rosto dela revelou. Talvez ela tenha treinado em<br />
alguma época da vida.<br />
“Não,” ela disse rapidamente. “Deixe para lá.” Ela se virou, o olhar dela de volta no<br />
bartender, enquanto ele fazia algum coquetel azul adornado com cerejas.<br />
Eu toquei o braço dela. “Eu preciso encontrar. Tem um homem...” eu quase me<br />
afoguei com a palavra. E lá se foi meu frio interrogatório. Só de pensar em Dimitri fazia<br />
meu coração grudar na minha garganta. Como eu poderia explicar isso para essa<br />
mulher? Que eu estava seguindo uma pista distante, procurando o homem que eu<br />
mais amava no mundo – o homem que tinha se tornado um Strigoi e que agora eu<br />
precisava matar? Mesmo agora, eu podia perfeitamente visualizar o calor em seus<br />
olhos castanhos e o jeito que as mãos dele costumavam me tocar. Como eu poderia<br />
fazer o que eu tinha cruzado o oceano para fazer?<br />
Se concentre, Rose. Se concentre.<br />
A mulher Dhampir olhou de volta para mim. “Ele não vale a pena,” ela disse,<br />
confundindo o que eu quis dizer. Sem dúvida ela pensava que eu era uma garota<br />
apaixonada, correndo atrás de algum namorado – o que, eu suponho, era mais ou<br />
menos isso. “Você é muito jovem... não é tarde demais para você evitar isso.” O rosto<br />
dela podia ser impassível, mas havia uma tristeza na voz dela. “Vá fazer outra coisa da<br />
vida. Fique longe daquele lugar.”<br />
“Você sabe onde é!” Eu exclamei, muito agitada para explicar que eu não eu ia ser<br />
uma meretriz de sangue. “Por favor – você tem que me dizer. Eu tenho que chegar lá!”<br />
“Algum problema?”<br />
Tanto ela quanto eu viramos para olhar para o poderoso rosto de um dos<br />
guardiões. Merda. A mulher dhampir pode não ser a principal prioridade deles, mas<br />
eles notaram alguém incomodando ela. O guardião era apenas um pouco mais velho<br />
que eu, e eu dei a ele um doce sorriso. Eu posso não estar escorregando para fora do<br />
meu vestido como essa mulher, mas eu sabia que a bainha curta fazia maravilhas pelas<br />
minhas pernas. Certamente nem mesmo um guardião seria imune a isso? Bem,<br />
aparentemente ele era. A expressão dura dele mostrou que meu encanto não estava<br />
funcionando. Ainda sim, eu achei que era melhor tentar minha sorte com ele ao tentar<br />
conseguir informação.<br />
“Estou tentando encontrar uma cidade na Sibéria, uma cidade onde dhampirs<br />
vivem. Você conhece?”<br />
Ele nem piscou. “Não.”<br />
Maravilhoso. Os dois estavam sendo difíceis. “Yeah, bem, talvez seu chefe<br />
conheça?” eu perguntei modestamente, esperando soar como uma aspirante a<br />
meretriz de sangue. Se os dhampir não podiam falar, talvez um Moroi falasse. “Talvez<br />
ele queira companhia e fale comigo.”<br />
“Ele já tem companhia,” o guardião respondeu. “Ele não precisa de mais.”<br />
<br />
Eu mantive o sorriso. “Tem certeza?” Eu disse. “Talvez devêssemos perguntar para<br />
ele.”<br />
“Não,” respondeu o guardião. Com aquela única palavra, eu ouvi o desafio e a<br />
ordem. Se afaste. Ele não hesitaria em derrubar ninguém que ele achasse que fosse<br />
uma ameaça para o seu mestre – mesmo uma dhampir. Eu considerei continuar a<br />
insistir mas rapidamente decidi seguir o aviso e de fato recuei.<br />
Eu dei nos ombros despreocupadamente. “A perda é dele.”<br />
E com nenhuma outra palavra, eu andei casualmente de volta para minha mesa,<br />
como se a rejeição não fosse nada demais. Enquanto eu segurava o fôlego, meio que<br />
esperando que o guardião me arrastasse para fora do clube pelos cabelos. Isso não<br />
aconteceu. Ainda sim, enquanto eu pegava meu casaco e colocava dinheiro na mesa,<br />
eu vi ele me observando, olhos atentos e calculistas.<br />
Eu saí do Nightingale com aquele mesmo ar despreocupado, me dirigindo em<br />
direção a rua movimentada. Era sábado a noite, e haviam vários restaurantes e clubes<br />
por perto. Festeiros enchiam as ruas, alguns vestidos tão ricamente quanto os clientes<br />
da Nightingale; outros eram da minha idade e estavam vestidos casualmente. Filas se<br />
formavam fora dos clubes, música dançante alta e com muito baixo. Restaurantes com<br />
uma fachada de vidro mostravam elegantes jornais e ricas mesas. Enquanto eu andava<br />
pelas multidões, cercada por conversa em russo, eu resisti a vontade de olhar para<br />
trás. Eu não queria aumentar ainda mais suspeitas se aquele dhampir estivesse<br />
observando.<br />
Ainda sim, quando eu virei numa silenciosa rua, que era um atalho para o meu<br />
hotel, eu podia ouvir o suave som de passos. Eu aparentemente tinha chamado<br />
atenção o bastante para o guardião decidir me seguir. Bem, de jeito nenhum eu ia<br />
deixar ele por as mãos em mim. Eu posso ser menor que ele – e estar usando um<br />
vestido e salto alto – mas eu tinha lutado com vários homens, incluindo Strigoi. Eu<br />
podia lidar com esse cara especialmente se eu usasse o elemento de surpresa. Depois<br />
de observar essa vizinhança por tanto tempo eu conhecia suas entradas e saídas bem.<br />
Eu aumentei meu ritmo e virei algumas esquinas, uma delas me levou a um beco<br />
escuro e deserto. Assustador, yeah, mas eu consegui um bom ponto de emboscada<br />
perto de uma porta. Silenciosamente tirei meu salto alto. Eles eram pretos com faixas<br />
de couro, mas não eram ideais para lutar, a não ser que eu planejasse furar o olho de<br />
alguém com o salto. Na verdade essa não é uma má ideia. Mas eu não estava tão<br />
desesperada ainda. Sem eles o pavimento era frio embaixo dos meus pés. Havia<br />
chovido mais cedo.<br />
Eu não tive que esperar muito. Alguns minutos depois eu ouvi os passos e vi a<br />
sombra do meu perseguidor aparecer no chão, feita pela luz fraca do poste de luz da<br />
rua adjacente. Meu perseguidor parou, sem dúvidas procurando por mim. Na verdade,<br />
eu pensei, esse cara é descuidado. Nenhum guardião em perseguição teria sido tão<br />
óbvio. Ele deveria se mover mais silenciosamente, e não se revelar tão facilmente.<br />
Talvez o treinamento para guardião aqui na Rússia não fosse tão bom quanto o que eu<br />
<br />
cresci. Não isso não poderia ser verdade. Não do jeito que Dimitri acabava com seus<br />
inimigos. Eles o chamavam de deus na Academia.<br />
Meu perseguidor deu mais alguns passos e foi então que agi. Eu pulei, deixando<br />
meus punhos prontos. “Ok,” eu exclamei. “Eu só queria fazer algumas perguntas,<br />
então só afaste ou então -”<br />
Eu congelei, o guardião do clube não estava parado ali.<br />
Uma humana estava.<br />
Uma garota, nem mais velha que eu. Ela tinha minha altura, cabelo loiro escuro,<br />
usando um casaco azul marinho que parecia caro. Debaixo eu podia ver uma calça e<br />
botas de couro que pareciam tão caras quanto o casaco. O mais surpreendente era<br />
que eu a reconheci. Eu a havia visto duas vezes no Nightingale, conversando com<br />
homens Moroi. Eu assumi que ela era só mais uma das mulheres que eles gostavam de<br />
flertar e tinha ignorado ela. Afinal de contas, que uso teria um humano para mim?<br />
O rosto dela estava parcialmente coberto por sombras, mas mesmo com pouca luz<br />
não pude deixar de notar a expressão irritada dela. Isso não era o que eu esperava. “É<br />
você não é?” ela perguntou. Mais choque, o inglês dela era tão americano como o<br />
meu. “E você quem tem deixado corpos de Strigoi pela cidade. Eu te vi no clube hoje à<br />
noite, e soube que só pode ter sido você.”<br />
“Eu...” Nenhuma palavra se formou nos meus lábios. Eu não fazia ideia de como<br />
responder. Um humano falando casualmente sobre Strigoi? Nunca tinha ouvido falar<br />
disso. É mais surpreendente do que se encontrar com um Strigoi aqui. Eu nunca tinha<br />
visto algo assim na minha vida. Ela não pareceu se importar com meu estado de<br />
estupefação.<br />
“Olha, você não pode simplesmente fazer isso, ok? Você sabe que saco é para eu<br />
lidar com isso? Esse estágio é ruim o bastante sem que você faça bagunça. A polícia<br />
encontrou o corpo que você deixou no parque. Você nem consegue imaginar quantos<br />
favores tive que pedir para cobrir aquilo.”<br />
“Quem... quem é você?” Eu perguntei finalmente. Era verdade. Eu tinha deixado<br />
um corpo no parque, mas sério, o que eu deveria fazer? Arrastar ele de volta para meu<br />
hotel e dizer ao mensageiro que meu amigo havia bebido muito?<br />
“Sydney,” a garota disse ansiosa. “Meu nome é Sydney. Eu sou a Alquimista<br />
designada para cá.”<br />
“A, o que?”<br />
Ela suspirou alto, e eu tinha certeza que ela havia virado os olhos. “É claro. Isso<br />
explica tudo.”<br />
“Não, na verdade não,” eu disse finalmente me recompondo. “Na verdade, eu<br />
acho que é você que tem muito a explicar.”<br />
“E atitude também. Você é algum tipo de teste que eles mandaram para mim? Oh,<br />
cara. É isso.”<br />
<br />
Eu estava ficando com raiva agora. Eu não gostava de ser perseguida. Eu<br />
certamente não gostava de ser perseguida por um humano que fazia soar como se eu<br />
matar Strigoi fosse algo ruim.<br />
“Olha, eu não sei quem você é ou como você sabe sobre essas coisas, mas eu não<br />
vou ficar parada aqui e -”<br />
Náusea tomou conta de mim e eu fiquei tensa, minha mão imediatamente se<br />
dirigiu para minha estaca de prata que eu mantinha no bolso do casaco. Sydney ainda<br />
estava com aquela expressão irritada, mas estava misturada com confusão agora,<br />
devido a brusca mudança na minha atitude. Ela era observadora, isso ela era.<br />
“Qual o problema?” ela perguntou.<br />
“Você vai ter outro corpo para lidar,” eu disse, assim que um Strigoi a atacou.<br />
<br />
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<br />
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<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-60777182970308087782012-05-23T12:12:00.001-07:002012-05-23T12:12:50.498-07:00house of night - escolhida (capitulo 10)<br />
DEZ<br />
“Merda. Então ela realmente não pode lidar com a luz do sol,” eu disse.<br />
“Você já não sabia disso?” Afrodite disse.<br />
“Não tem sido fácil falar com Stevie Rae desde que ela, bem, morreu.”<br />
“Mas você a viu e falou com ela?”<br />
Eu parei de andar e fiquei na frente de Afrodite para que ela tivesse que me olhar.<br />
“Olha, você não pode contar a ninguém sobre Stevie Rae.”<br />
“Sério? Eu achei que devia colocar no papel da escola.”<br />
“Estou falando serio, Afrodite.”<br />
“Não me trate como uma idiota. Se alguém além de nós souber sobre Stevie Rae,<br />
Neferet vai saber. Ela estava fadada a isso já que ela pode ler a mente de praticamente<br />
todo mundo. Bem, com exceção da gente.”<br />
“Ela também não pode ler sua mente?”<br />
O sorriso de Afrodite era de satisfação e mais do que um pouco odioso. “Ela nunca<br />
foi capaz. Como você acha que eu me safei de tanta merda por tanto tempo?”<br />
“Que maravilha.” Eu lembrei distintamente que terrível vaca Afrodite tinha sido como<br />
a líder das Filhas Negras. Na verdade, desde o momento que eu encontrei Afrodite ela foi<br />
egoísta e maldosa e odiosa. Sim, as visões dela me ajudaram a salvar minha avó e Heath,<br />
mas ela deixou claro que ela não se importava em salvar nenhum deles, e só me ajudou<br />
porque ela ganhou algo com isso. Eu estreitei os olhos para ela. “Ok, Você vai ter que<br />
explicar porque está se incomodando em me dizer tudo isso. O que você ganha?”<br />
Afrodite aumentou os olhos em uma zombação inocente e usou um sotaque do sul<br />
ridículo, “Porque, o que você quer dizer? Estou ajudando você porque você e seus amigos<br />
sempre foram tão doces comigo.”<br />
“Pare com a merda, Afrodite.”<br />
A expressão dela mudou e sua voz voltou ao normal.<br />
“Vamos apenas dizer que eu tenho que me retratar.”<br />
“Com Stevie Rae?”<br />
“Com Nyx.” Ela olhou para longe mim. “Você provavelmente não vai entender isso,<br />
sendo toda poderosa com seus novos dons de Nyx e basicamente sendo a Miss Perfeita,<br />
mas quando você tiver seus dons por um tempo vai poder descobrir que não é sempre<br />
fácil fazer a coisa certa. Outras coisas - pessoas - entram no caminho. Você vai cometer<br />
erros.” Afrodite ridicularizou. “Bem, talvez você não cometa. Mas eu cometi. Eu posso não<br />
estar nem ai por você ou Stevie Rae ou ninguém na escola, mas eu me importo com Nyx.”<br />
A voz dela balbuciou. “Eu sei o que é acreditar que a deusa se virou contra mim e não<br />
quero sentir isso de novo.”<br />
Eu toquei o braço dela. “Mas Nyx não se virou contra você. Essas foram apenas<br />
mentiras que Neferet contou para que ninguém acreditasse em suas visões. Você sabe<br />
que Neferet está por trás do que aconteceu com Stevie Rae não sabe?”<br />
“Eu sei desde a visão, em que eu vi Heath morrendo.” Ela forçou uma pequena<br />
risada. “Que bom que ela não pode ler nossas mentes. Eu não sei o que ela faria com um<br />
calouro que sabe o quão horrível ela é.”<br />
“Ela sabe que eu sei.”<br />
“Você tem que estar brincando!”<br />
“Bem, ela sabe que eu cai na dela.” Eu hesitei, e então pensei, que diabos. Estranho<br />
o bastante, estava parecendo que Afrodite (AKA, a bruxa do inferno) era a única pessoa<br />
na terra que eu podia falar. “Neferet tentou apagar minha memória na noite que eu salvei<br />
Heath daqueles garotos mortos vivos. Funcionou por um tempo, mas eu soube<br />
imediatamente que tinha algo errado. Eu usei o poder dos cinco elementos para curar<br />
minha memória, e, bem, eu meio que deixei Neferet saber que eu lembrava o que tinha<br />
acontecido.”<br />
“Você meio que deixou ela saber?”<br />
Eu fiquei inquieta. “Bem, ela me ameaçou. Disse que ninguém ia acreditar em mim<br />
se eu falasse contra ela. E, uh, me deixou irritada. Então eu disse a ela que não importava<br />
se nenhum vampiro ou calouro acreditasse em mim, porque Nyx acredita.”<br />
Afrodite sorriu. “Aposto que isso a irritou.”<br />
“Yeah, eu suponho que sim.” Na verdade me deixava um pouco enjoada pensar no<br />
quanto Neferet provavelmente estava irritada. “Mas ela partiu logo depois para as férias<br />
de inverno. Eu não a vi desde então.”<br />
“Ela volta logo.”<br />
“Eu sei.”<br />
“Você está assustada?” Afrodite perguntou.<br />
“Totalmente,” eu disse.<br />
“Eu não te culpo. Ok, eu sei isso de certeza por causa das minhas visões. Temos que<br />
levar Stevie Rae para algum lugar seguro e para longe do resto daquelas coisas. E temos<br />
que fazer isso agora. Antes de Neferet voltar. Tem alguma conexão entre os dois. Eu não<br />
entendi, mas eu sei que está ali, e eu sei que é errado.” Afrodite fez uma cara como se<br />
tivesse provado algo ruim. “Na verdade o negocio todo dos monstros mortos vivos está<br />
toda errada. Em falar em criaturas nojentas.”<br />
“Stevie Rae é diferente do resto deles.”<br />
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela definitivamente não acredita em mim.<br />
“Pense nisso. Porque Nyx daria a um calouro um dom tão poderoso como uma<br />
afinidade pela terra e então a deixaria morrer. E depois reviver.” Eu parei, lutando sobre<br />
como fazer ela entender. “Eu acho que a conexão dela com a terra é a razão do porque<br />
Stevie Rae manteve parte da sua humanidade, e eu realmente acreditaria nosso se eu -<br />
eu quero dizer, nós, se nós pudermos ajudar ela a achar o resto da humanidade dela. Ou<br />
talvez a gente encontre um jeito de curar ela. De transformar ela de volta em um calouro<br />
ou talvez até em uma vampira completa. E talvez se Stevie Rae for consertada, isso<br />
signifique que haja uma chance para o resto deles também.”<br />
“Então você tem idéia de como consertar ela?”<br />
“Não. Nem idéia.” Então eu ri. “Mas agora eu tenho uma caloura poderosa que tem<br />
visões e afinidade com a terra me ajudando.”<br />
“Ótimo. Isso me faz sentir muito melhor.”<br />
Eu não queria admitir para Afrodite, mas a verdade era que ser capaz de falar com<br />
ela sobre Stevie Rae e ter ela me ajudando a descobrir o que deveríamos fazer me fazia<br />
sentir melhor. Muito melhor.<br />
“De qualquer forma,” Afrodite estava dizendo, “como você vai encontrar Stevie Rae?”<br />
Ela curvou os lábios. “Não me diga que você espera que eu rasteje naqueles túneis<br />
nojentos com você.”<br />
“Na verdade, Stevie Rae disse que iria se encontrar comigo no gazebo do Philbrook<br />
hoje a noite as 3 horas.”<br />
“Ela vai aparecer?”<br />
Eu mordi o lábio. “Eu vou dar roupas para ela, então acho que sim.”<br />
Afrodite balançou a cabeça. “Então ela morreu, volta como morta viva, e ainda não<br />
tem nenhum senso de moda.”<br />
“Aparentemente.”<br />
“Agora isso sim é triste.”<br />
“Yeah.” Eu suspirei. Eu amo Stevie Rae, mas até eu tenho que admitir que ela tem<br />
um péssimo gosto por roupas.<br />
“Então, onde você vai levar ela depois de dar as roupas?”<br />
Eu não achei que devia mencionar que gostaria de levar ela direto para a banheira.<br />
“Eu não sei. Eu não pensei muito além das roupas e, uh, sangue.”<br />
“Sangue!”<br />
“Ela precisa. Sangue humano. Ou ela fica maluca.”<br />
“Ela já não é louca?”<br />
“Não! Ela só tem problemas.”<br />
“Problemas?”<br />
“Muitos problemas,” eu disse firmemente.<br />
“Ok. Tanto faz. Você tem que decidir aonde vai levar ela. Ela não pode ficar com o<br />
resto daquelas coisas. Isso não vai ajudar ela,” Afrodite disse.<br />
“Eu ia tentar falar com ela para voltar aqui. Eu achei que podia esconder ela com<br />
facilidade enquanto a maior parte dos vampiros não está aqui.”<br />
“Você não pode trazer ela aqui.” Afrodite ficou pálida. “É aqui que ela morre. De<br />
novo.”<br />
“Merda! Então não sei o que diabos vou fazer,” eu admiti.<br />
“Eu suponho que você poderia levar ela para minha antiga casa,” Afrodite disse.<br />
“Yeah, certo. Seus pais são tão compreensivos e tudo mais. Parece uma ótima idéia,<br />
Afrodite.”<br />
Ela virou os olhos. “Meus pais não estão. Eles saíram mais cedo para uma viagem de<br />
esqui de três semanas. Além do mais, ela não vai ficar dentro da casa. Meus pais vivem<br />
numa daquelas antigas mansões na rua do Philbrook. Eles tem um apartamento na<br />
garagem que costumava ser o aposento dos servos. Não é mais usada a não ser quando<br />
vovó vem visitar, e minha mãe só a jogou num daqueles chiques, de alta segurança e<br />
altamente caras casas de repouso, então não precisamos nos preocupar com isso. Ainda<br />
sim, tudo no apartamento deve funcionar - você sabe, eletricidade e água e tudo mais.<br />
“Você acha que ela vai ficar bem lá?”<br />
Afrodite deu nos ombros. “Ela vai ficar mais segura do que aqui.”<br />
“Certo. Então ela vai para lá.”<br />
“Ela vai ficar bem com isso.”<br />
“Yeah,” eu menti. “Eu digo a ela que a geladeira vai estar cheia de sangue.” Eu<br />
suspirei. “Embora eu não faça idéia de como vou conseguir uma taça de sangue, muito<br />
menos uma geladeira cheia.”<br />
“Está na cozinha.”<br />
“Na sua casa?” Agora eu estava totalmente confusa.<br />
“Não, jeesh, fique comigo. Eles tem sangue aqui. Em uma em enorme geladeira de<br />
aço na cozinha. Para os vampiros. Carregamentos frescos chegam todo dia dos humanos<br />
doadores. Todos os estudantes mais velhos sabem sobre isso. Conseguimos para usar em<br />
alguns dos rituais.”<br />
“Isso vai funcionar, especialmente desde que quase não tem mais ninguém aqui. Eu<br />
devo ser capaz de entrar na cozinha e pegar sangue sem ser pega.” Eu franzi. “Por favor,<br />
me diga que está em algum jarro ou algo igualmente perturbador.”<br />
Ok, embora eu realmente, realmente gostasse de beber sangue, eu ainda ficava<br />
completamente enojada pela idéia de beber sangue. Eu sei, eu preciso de terapia. De<br />
novo.<br />
“Está em uma bolsa, como nos hospitais. Nada para se estressar.”<br />
Até ai viramos automaticamente para a direita e estávamos indo de volta para o<br />
dormitório.<br />
“Você tem que ir comigo,” eu disse bruscamente.<br />
“Para a cozinha?”<br />
“Não, para onde está Stevie Rae. Você tem que nos mostrar a casa e como entrar no<br />
apartamento e tudo mais.”<br />
“Ela não vai querer me ver,” Afrodite disse.<br />
“Eu sei, mas ela vai ter que superar. Ela sabe que suas visões salvaram minha avó.<br />
Quando eu falar para ela que você teve uma visão sobre ela, ela vai ter que acreditar.” Eu<br />
estava feliz por soar tão certa. Eu definitivamente não me sentia certa. “Mas pode ser<br />
melhor você se esconder e esperar até eu falar com ela antes dela ver você.”<br />
“Olha, estou tentando fazer a coisa certa aqui, mas eu não vou me esconder duma<br />
garota que costumava ser usada como uma refrigeradora.”<br />
“Não chame ela assim!” Eu surtei. “Você já pensou que grande parte do seu<br />
problema e do porque de tantas coisas ruins acontecerem com você não é por causa de<br />
Neferet e tudo que ela está tramando, mas o fato de você ter uma atitude tão nojenta e<br />
vadia?”<br />
As sobrancelhas de Afrodite se ergueram e ela colocou a cabeça de lado, o que a fez<br />
parecer um pássaro loiro. “Yeah, eu pensei nisso, mas não sou como você. Eu não sou<br />
positiva e a Miss Simpatia. Me diz algo. Você acha que as pessoas são basicamente boas,<br />
não acha?”<br />
A pergunta dela me surpreendeu, mas eu dei nos ombros e acenei. “Yeah, eu acho<br />
que sim.”<br />
“Eu não. Eu acho que a maior parte das pessoas, e eu estou falando de vampiros ou<br />
humanos, são merdas. Elas fingem. Elas fingem ser boazinhas, mas estão a um passo de<br />
mostrar sua verdadeira face.”<br />
“Esse é um jeito deprimente de passar pela vida,” eu disse.<br />
“Você chama de deprimente. Eu chamo de realista.”<br />
“Como você confia em alguém?”<br />
Afrodite olhou para mim. “Eu não confio. Parece mais fácil. Você vai descobrir.” Ela<br />
encontrou meus olhos de novo e eu não podia ler a estranha expressão neles. “O poder<br />
muda as pessoas.”<br />
“Eu não vou mudar.” Eu ia dizer mais, mas daí pensei sobre o fato de que apenas<br />
alguns meses atrás se alguém tivesse me dito que eu ficaria com um homem adulto<br />
enquanto eu tinha não um mas dois namorados eu diria de jeito nenhum. Então isso não<br />
significa que eu mudei?<br />
Afrodite sorriu como se pudesse ler minha mente. “Eu não estava falando sobre<br />
você. Eu estava falando das pessoas ao seu redor.”<br />
“Oh,” eu disse. “Afrodite, sem querer ser má nem nada, mas eu entendo meus<br />
amigos mais do que você.”<br />
“Veremos. Falando nisso - você não deveria ir ao cinema e encontrar seus amigos<br />
agora?”<br />
Eu suspirei. “Yeah, mas eu não posso ir. Eu tenho que ir pegar o sangue para Stevie<br />
Rae, juntar suas roupas, e também quero passar no Wal-Mart* (*loja de departamento) e<br />
comprar um celular. Eu acho que será uma boa idéia dar a Stevie Rae para poder me<br />
ligar.”<br />
“Ótimo. Porque você não pega do lado de fora da porta escondida no muro leste as<br />
2:30? Isso nos dá muito tempo para chegar a Philbrook antes de Stevie Rae.”<br />
“Parece bom. Só preciso ir até meu quarto, pegar umas roupas de Stevie Rae e<br />
minha bolsa, então saiu daqui.”<br />
“Ok, vamos para o dormitório primeiro.”<br />
“Huh?” eu disse.<br />
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela achava que eu era uma retardada. “Você<br />
não quer que as pessoas me vejam com você. Elas vão achar que somos amigas ou algo<br />
ridículo assim.”<br />
“Afrodite, eu não me importo com o que as pessoas acham.”<br />
Ela virou os olhos. “Eu me importo.” Então ela foi na minha frente para o dormitório.<br />
“Hey!” Eu chamei. Ela olhou por cima dos ombros. “Obrigado por me ajudar.”<br />
Afrodite franziu. “Nem diga nada. E eu falei serio. Não. Diga. Nada. Jeesh.”<br />
Balançando a cabeça, ela se apressou para o dormitório<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4694709905457503846.post-52123906052767214482012-05-23T12:11:00.001-07:002012-05-23T12:11:38.774-07:00house of night - escolhida (capitulo 9)<br />
NOVE<br />
“Oh, de jeito nenhum!” Shaunee gritou.<br />
“Idem, Gêmea! Só que foda de jeito nenhum!” Erin disse.<br />
“Eu não consigo acreditar que isso está certo,” Damien disse.<br />
“Acredite,” eu disse, minhas costas ainda para o resto do circulo enquanto ainda<br />
encarava Afrodite. Antes dos meus amigos poderem surtar mais eu acrescentei, “Olhem<br />
para o circulo.” Eu não precisava olhar. Eu já sabia o que ia ver, e quando arfaram isso<br />
me disse que eu estava certa. Ainda sim, eu me virei devagar, aterrada pela beleza e<br />
poder do fio de luz que ligava os quatro juntos.<br />
“Ela está dizendo a verdade. Nyx a mandou aqui. Afrodite tem uma afinidade pela<br />
terra.”<br />
Chocados em silencio, meus amigos só encararam quando eu me movi para o centro<br />
do circulo e peguei a vela púrpura. “Espírito o que nos faz únicos, o que nos da coragem e<br />
força, e é o que vive quando nossos corpos não vivem mais. Venha até mim, espírito!” Eu<br />
fui engolfada pelos quatro elementos quando espírito passou por mim, me enchendo de<br />
paz e alegria. Eu andei pelo circulo, encontrando o olhar confuso e chateado dos meus<br />
amigos, tentando ajudar eles a entender algo que eu nem entendia direito, mas o que eu<br />
podia sentir era que, de fato, essa era a vontade de Nyx.<br />
“Eu não finjo entender Nyx. A deusa trabalha por caminhos misteriosos e às vezes<br />
ela pede coisas difíceis de nós. Isso é uma daquelas coisas difíceis. Precisamos estar em<br />
acordo sobre deixar Afrodite entrar, ou -” eu hesitei, sem saber como terminar. Tentamos<br />
fazer o circulo com outra pessoa, e Erik não recebeu permissão para representar a terra.<br />
Talvez fosse apenas Erik que deusa não quisesse representando a terra, mas eu achava<br />
difícil de acreditar isso. Erik não só era um cara legal ele já era um membro do nosso<br />
Conselho, mas eu tinha o pressentimento que o problema não era Nyx não querer Erik. O<br />
problema era que Nyx queria especificamente Afrodite. Eu suspirei e continuei. “Ou eu<br />
suponho que possamos continuar procurando alguém e ver que mais ninguém pode<br />
manifestar a terra.” Eu olhei para longe do circulo e encarei os olhos de Erik. “Mas eu não<br />
acho que Erik é o problema.” Ele sorriu para mim, mas foi apenas um movimento que a<br />
boca dele fez; o sorriso não alcançou seus olhos ou seu rosto.<br />
“Eu acho que temos que fazer o Nyx quer que façamos. Mesmo não gostando,”<br />
Damien disse.<br />
“Shaunee?” eu virei para ela. “Qual seu voto?”<br />
Shaunee e Erin dividiram um olhar e eu juro, por mais estranho que soe, eu quase<br />
podia ver palavras voando pelo ar entre elas.<br />
“Vamos deixar a vadia se juntar ao circulo,” Shaunee disse.<br />
“Mas apenas porque Nyx quer,” Erin disse.<br />
“Yeah, mas queremos que seja registrado que não entendemos o que Nyx quer,”<br />
Shaunee acrescentou, com Erin acenando em concordância.<br />
“Eles podem continuar me chamando de bruxa?” Afrodite disse.<br />
“Você está respirando?” Shaunee perguntou.<br />
“Se estiver respirando ainda é uma bruxa,” Erin disse.<br />
“Que é do que vamos chamar você,” Shaunee terminou.<br />
“Não,” eu disse firmemente. As Gêmeas viraram seus olhares para mim. “Vocês não<br />
tem que gostar dela. Vocês não tem nem que gostar que Nyx queira ela. Mas se<br />
aceitarmos Afrodite, então nós aceitamos ela. Isso significa que chamar ela por nomes<br />
tem que parar.” As Gêmeas sugaram o ar, obviamente se preparando para discutir<br />
comigo, então eu acrescentei com pressa, “Olhem dentro de si, especialmente agora<br />
quando estão manifestando seu elemento. O que sua consciência está dizendo?”<br />
Então segurei o fôlego e esperei.<br />
As Gêmeas pausaram.<br />
“Yeah, ok,” Erin disse infeliz.<br />
“Entendemos seu ponto. Só não gostamos,” Shaunee disse.<br />
“E quanto a ela? Então paramos de chamar ela de vadia, mas ela ainda pode agir<br />
como uma?” Erin disse.<br />
“Agora Erin tem razão,” Damien disse.<br />
Eu olhei para Afrodite. Pela expressão dela ela estava entediada, mas eu pude ver<br />
que ela continuava respirando fundo, como se não pudesse sentir o bastante o cheiro da<br />
campina que a terra tinha manifestado ao redor dela. De vez enquanto eu notei que ela<br />
passava os dedos para baixo ao redor dela como se estivesse passando pela grama.<br />
Claramente, ela não estava tão inafetada pelo que tinha acabado de acontecer como<br />
fingia estar.<br />
“Afrodite vai fazer o mesmo que vocês duas. Ela vai procurar em sua consciência e<br />
fazer a coisa certa.”<br />
Afrodite parecia estar zombando como se estivesse procurando por algo que pudesse<br />
estar escondido na noite. Então ela deu nos ombros.<br />
“Oops. Parece que eu não tenho uma consciência.”<br />
“Pare!” eu surtei, e a energia que eu evoquei com o circulo passou entre Afrodite e<br />
eu, passando perigosamente ao redor do corpo dela. O poder aumentou minha voz,<br />
fazendo os olhos azuis aumentarem em surpresa e medo. “Aqui não. Não nesse circulo.<br />
Você não ira mentir e fingir. Decida agora. Você também tem escolha. Eu sei que você<br />
ignorou Nyx antes. Você pode escolher ignorar ela de novo. Mas se escolher ficar e fazer a<br />
vontade da deusa, não ira fazer isso com mentiras e ódio.”<br />
Eu pensei que ela ia quebrar o circulo e se afastar. Eu quase desejei que ela fizesse<br />
isso. Seria mais fácil não ter ninguém representando a terra. Eu podia só acender a vela<br />
verde sozinha e a colocar no chão. Tanto faz. Mas Afrodite me surpreendeu, e isso era<br />
apenas a primeira de muitas surpresas que Nyx tinha guardado para mim.<br />
“Ótimo. Eu fico.”<br />
“Ótimo,” eu disse. Eu olhei para meus amigos. “Ótimo?”<br />
“Yeah, ótimo,” eles resmungaram.<br />
“Ótimo. Então temos nosso circulo,” eu disse.<br />
Antes de outra coisa bizarra acontecer eu me movi na direção oposta do relógio,<br />
dando tchau para cada elemento. A linha prateada de poder desapareceu, deixando para<br />
trás o cheiro do oceano e flores selvagens numa brisa quente. Ninguém disse nada, e o<br />
silencio constrangedor cresceu até eu começar a sentir pena de Afrodite. É claro, e, a<br />
abriu a boca e, como sempre, destruiu qualquer pena que alguém pudesse sentir dela.<br />
“Não se preocupe. Eu vou deixar vocês para que possam voltar para suas reunião de<br />
Dungeons and Dragons* (*um RPG) ou algo assim ,” Afrodite desprezou.<br />
“Hey, não jogamos Dungeons and Dragons!” Jack disse.<br />
“Anda, temos tempo de ir buscar algo de comer antes do filme começar,” Damien<br />
disse, e o grupo todo completamente ignorou Afrodite quando começaram a se afastar,<br />
conversando entre si sobre o quão bons os Espartanos eram e como dessa vez enquanto<br />
assistiam 300 eles iriam contar quantos vampiros atores estavam nele.<br />
Eles já estavam a vários passos de distancia quando Erik notou que eu não estava<br />
com eles.<br />
“Zoey?” ele chamou. A turma parou e olhou para mim, obviamente surpresos por ver<br />
Afrodite e eu ainda paradas no circulo desfeito. “Você não vem?” A voz dele era<br />
cuidadosamente neutra, mas eu podia ver sua mandíbula se endurecendo com uma<br />
mistura do que podia ser irritação e preocupação.<br />
“Vão vocês na frente. Eu encontro vocês no cinema. Eu preciso falar com Afrodite.”<br />
Eu esperei que Afrodite fizesse um comentário espertinho, mas ela não fez. Eu dei<br />
um olhar lateral para ela e vi que ela estava olhando para escuridão sem prestar atenção<br />
em mim ou nos meus amigos.<br />
“Mas, Z, você vai perder as panquecas de chocolate,” Jack disse.<br />
Eu sorri para ele. “Está tudo bem. Eu comi um pouco a noite passada - sendo meu<br />
aniversario e tudo mais.”<br />
“Elas precisam conversar, então vamos,” Erik disse.<br />
Eu não gostei de como ele falou - quase como se ele não se importasse - mas antes<br />
de poder dizer algo mais ele estava se afastando. Merda. Eu definitivamente ia ter que<br />
ficar com ele.<br />
“Erik gosta das coisas do jeito dele. Ele também gosta de uma namorada que o<br />
coloque em primeiro lugar. Suponho que você ainda esteja descobrindo isso,” Afrodite<br />
disse.<br />
“Eu não vou falar sobre Erik com você. Eu só quero saber sobre o que Nyx te<br />
mostrou da vontade dela.”<br />
“Você já não deveria saber sobre a vontade de Nyx, blá, blá, tanto faz? Você não é<br />
escolhida?”<br />
“Afrodite, eu já estou com uma horrível dor de cabeça. Eu gostaria de estar com<br />
meus amigos comendo panquecas. Então eu queria ir ver 300 com meu namorado. Então<br />
eu já estou cansada da atuação eu-sou-uma-vadia-total-o-tempo-todo. O negocio é esse -<br />
só responda a pergunta e nós duas podemos ir fazer o que queremos.” Eu estava<br />
esfregando minha testa. A última coisa que eu esperava era a bomba que ela de repente<br />
jogou.<br />
“Você está falando mesmo é que é pra responder a pergunta para que possa ir<br />
encontrar a criatura que Stevie Rae virou, não é?”<br />
Eu senti como se a cor tivesse sido drenada do meu rosto. “Do que diabos você está<br />
falando Afrodite?”<br />
“Vamos andar,” ela disse e começou a andar de lado do enorme muro de pedra da<br />
fronteira da escola.<br />
“Afrodite, não.” Eu agarrei o braço dela. “Me diga o que você sabe.”<br />
“Olha, é difícil para mim ficar quieta quando acabei de ter uma visão, e a que eu<br />
tive e que me fez vir até aqui não foi uma visão normal.” Afrodite se libertou de mim e<br />
passou a mão pela sobrancelha como se tivesse uma dor de cabeça também. Eu notei que<br />
as mãos dela estavam tremendo - na verdade o corpo dela estava tremendo e ela parecia<br />
anormalmente pálida.<br />
“Está certo. Vamos andar.”<br />
Ela não disse nada por um tempo, e eu tive que lutar para não agarrar ela e balançar<br />
ela até me contar como ela sabia sobre Stevie Rae. Quando ela finalmente começou a<br />
falar, ela não olhou para mim e parecia estar falando mais para a noite do que para mim.<br />
“Minhas visões tem mudado. Começou com aquela que eu tive quando aqueles<br />
humanos foram mortos. Eu costumava poder ver as coisas como se fosse uma<br />
observadora. Eu via o que acontecia mas não era tocada por isso. Tudo e todos eram<br />
claros, fácil de entender. Com aqueles garotos foi diferente. Eu não estava mais<br />
deslocada. Eu era um deles. Eu podia me sentir sendo morta com ele.” Ela parou e deu<br />
nos ombros. “Eu também não podia ver as coisas claramente. As coisas ficaram um<br />
enorme emaranhado de pânico e medo e emoções malucas. Eu tenho flashes de coisas<br />
que não consigo identificar ou entender, como quando eu te contei o que tinha que fazer<br />
para tirar Heath daqueles túneis ou ele morria. Mas na maior parte eu surto e fico<br />
confusa, e depois me sinto horrível.” Afrodite olhou para mim como se estivesse<br />
lembrando agora quem ela realmente era. “Como foi quando tive a visão da sua avó se<br />
afogando. Eu era a sua avó, e foi sorte ter pego deslumbres da ponte e saber onde ela<br />
caiu na água.”<br />
Eu acenei. “Eu lembro que você não podia me contar muito. Eu pensei que era mais<br />
porque você não queria me contar mais do que podia.”<br />
O sorriso dela era sarcástico. “Sim, eu sei. Não que eu me importe com o que você<br />
pensou.”<br />
“Só fale sobre a parte com Stevie Rae.” Deus, ela era irritante.<br />
“Eu não tinha uma visão a um mês. O que foi uma boa coisa, já que meus pais<br />
insistiram que eu visitasse durante as férias de inverno. Frequentemente.”<br />
O olhar dela dizia que visitar seus pais não era exatamente uma coisa boa, o que eu<br />
já sabia. Na última visitação dos pais eu meio que acidentalmente assisti uma horrível<br />
cena entre Afrodite e seus pais. O pai dela o prefeito de Tulsa. Sua mãe podia ser o Satã.<br />
Basicamente, eles faziam meus pais parecerem os pais de Brady* (*serie da TV) (sim, eu<br />
sou uma nerd que assisti as reprises da Nickelodeon),<br />
“Eu tive uma cena de aniversario com meus pais ontem.”<br />
“Seu padrasto é um dos malucos das Pessoas de Fé, não é?”<br />
“Totalmente. Minha avó o chamou de coco de macaco.”<br />
Isso a fez rir. Eu digo realmente rir. Eu observei ela, maravilhada pela transformação<br />
no rosto dela de frio e bonito para quente e lindo.<br />
“Yep. Eu também odeio meus pais,” eu disse.<br />
“Quem não odeia,” ela disse.<br />
“Stevie Rae não odiava dos dela. Ou pelo menos não odiava antes...” Minha voz<br />
morreu e tive que lutar contra a vontade de não explodir em lágrimas embaraçosas.<br />
“Então essa parte da visão já aconteceu. Stevie Rae já virou um monstro.”<br />
“Ela não é um monstro! Ela só está diferente do que costumava ser.”<br />
Afrodite levantou uma sobrancelha perfeita. “Eu diria que poderia ser um<br />
melhoramento se não tivesse visto o que ela se tornou.”<br />
“Só me diga o que você viu.”<br />
“Eu vi vampiros sendo mortos. Horrível.” Afrodite tinha parado para engolir, como se<br />
estivesse tentando com força não vomitar.<br />
“Por Stevie Rae?” Eu guinchei.<br />
“Não. Essa foi uma visão diferente.”<br />
“Ok, estou confusa.”<br />
“Tente ter a merda das visões, ou pelo menos essas visões novas que eu tenho tido.<br />
Confusão é do que elas são. E dor. E medo elas são uma droga.”<br />
“Então Stevie Rae não estava na que os vampiros morreram?”<br />
Ela balançou a cabeça. “Não, mas as duas pareciam não estar juntas.” Afrodite<br />
suspirou. “Eu vi Stevie Rae. Ela estava horrível. Suja e magra e seus olhos brilhavam de<br />
um vermelho estranho. E você não ia acreditar no que ela estava vestindo. Quero dizer,<br />
não que ela fosse uma Miss de Senso Fashion, mas ainda sim.”<br />
“Yeah, yeah, eu entendi. Então você a viu morta viva.”<br />
“É o que ela é, não é. Ela se transformou em algum horrível clichê vampiro, No<br />
monstro que os humanos tem nos chamado a séculos.”<br />
“Nem todos os humanos. Sabe, você realmente precisa superar sua péssima atitude<br />
sobre os humanos. Costumávamos ser um,” eu disse.<br />
“Tanto faz. Eu costumava ser apaixonada por Sean William Scott, também. Em falar<br />
em notícias velhas.” Ela virou os cabelos para as costas. “De qualquer forma, eu vi Stevie<br />
Rea quando morreu. De novo. Dessa vez pra sempre. E sabia que se a visão se tornasse<br />
verdade de alguma forma ia significar a morte dos vampiros e vi o que realmente<br />
aconteceu. Então temos que descobrir um jeito de salvar Stevie Rae porque Nyx está<br />
seriamente nada feliz com o fato de vários vampiros serem mortos.”<br />
“Como Stevie Rae morre?”<br />
“Neferet mata ela. Ela empurra Stevie Rae diretamente na luz do sol e ela pega<br />
fogo.”<br />lulihttp://www.blogger.com/profile/04827418734813776245noreply@blogger.com0