quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

house of night - marcada (capitulo 1)


UM
Bem quando eu achei que meu dia não podia ficar pior eu vi o cara morto parado
perto do meu armário. Kayla estava falando besteira sem parar na sua tagarelice usual, e
ela nem notou ele. No inicio. Na verdade, agora que eu penso sobre isso, ninguém o
notou até que ele falou, o que é, tragicamente, mas uma evidencia da minha incapacidade
de me ajustar.
“Não, mas Zoey, eu juro por Deus Heath não ficou tão bêbedo depois do jogo. Você
não deveria ser tão dura com ele.”
“É,” eu disse distraída. “Claro.” Então eu tossi. De novo. Eu me sentia como lixo. Eu
devo estar pegando aquilo que o Sr. Wise, meu meio insano professor de biologia chama
de Praga Adolescente.
Se eu morrer, eu escapo do meu teste de geometria amanha? Uma pessoa pode
sonhar.
“Zoey, por favor. Você está ouvindo? Eu acho que ele só tomou tipo quatro – eu não
sei – talvez seis cervejas, e talvez tipo três doses. Mas isso é completamente fora de
questão. Ele provavelmente nem teria tomado nada daquilo se seus pais idiotas não
tivessem feito você ir pra casa logo depois do jogo.”
Nós partilhamos um sofrido e longo olhar, em total concordância sobre a última
injustiça cometida contra mim por minha mãe e o meu padrasto perdedor com quem ela
se casou a três longos anos atrás. Então, depois de meio suspiro, K estava de volta a sua
tagarelice.
“E mais, ele estava celebrando. Eu quero dizer nós vencemos o Union!” K balançou
meus ombros e pôs seu rosto perto do meu. “Olá! Seu namorado-“
“Meu quase namorado,” eu corrigi ela, tentando não tossir nela.
“Tanto faz. Heath é nosso zagueiro então é claro que ele vai celebrar. Já fazia tipo
um milhão de anos desde que a Broken Arrow derrotou o Union.”
“Dezesseis anos.” Eu sou péssima em matemática, mas a matemática de K faz a
minha parecer genial.
“De novo, tanto faz. O ponto é, ele estava feliz. Você deveria dar a ele um tempo.”
“O ponto é que ele estava bêbado pela quinta vez essa semana. Eu sinto muito, mas
eu não quero sair com um cara cuja maior preocupação na vida mudou de tentar jogar
futebol na faculdade a tentar beber um pacote de cerveja sem vomitar.” Eu tive que
pausar para tossir. Eu estava me sentindo um pouco tonta e me forcei a respirar devagar
quando o ataque de tosse parou. Não que a tagarela da K tenha notado.
“Eww! Heath, gordo! Não é um visual que eu queira.”
Eu consegui ignorar mais uma vontade de tossir. “E beijar ele é como beijar um pé
ensopado de álcool.”
K levantou seu rosto. “Ok, nojento. Pena que ele é tão gostoso.” Eu virei os olhos,
sem me incomodar em tentar esconder meu aborrecimento com a típica superficialidade
dela.
“Você é tão mau humorada quando está doente. De qualquer forma, você não tem
idéia do quão cachorro perdido o Heath parecia depois que você o ignorou no almoço. Ele
não podia nem mesmo...”
Então eu o vi. O cara morto. Ok, eu percebi bem rápido que ele não estava
tecnicamente “morto.” Ele estava morto vivo. Ou não humano. Tanto faz. Cientistas dizem
uma coisa, pessoas dizem outra, mas o resultado final é o mesmo. Não tinha erro sobre o
que ele era e mesmo que eu não tivesse sentido o poder e as trevas que irradiavam dele,
não tinha jeito que eu podia ignorar a Marca, a safira em forma de lua crescente em sua
testa e a tatuagem adicional que emoldurava seus olhos igualmente azuis.
Diabos, que merda! Ele estava perto do meu armário.
“Zoey, você não está me ouvindo!”
Então o vampiro falou e suas palavras cerimônias cruzaram o espaço entre nós,
perigosas e sedutoras, como sangue misturado com chocolate derretido.
‘Zoey Montgomery! A noite escolheu-te; tua morte será teu nascimento. A noite
chama-te; Escuta a doce voz Dela. Teu destino te aguarda na Casa da noite!*” (* House
of Night)
Ele levantou um longo, e branco dedo e apontou para mim. Enquanto minha testa
explodia de dor Kayla abriu sua boca e gritou.
Quando os pontos brancos finalmente saíram dos meus olhos eu olhei pra cima e vi o
rosto sem cor de K me olhar. Como sempre, eu disse a primeira coisa ridícula que veio na
minha mente. “K, seus olhos estão saltados para fora da sua cabeça como um peixe.”
“Ele Marcou você. Oh,Zoey! Você tem o contorno daquela coisa na sua testa!” Então
ela pressionou uma mão tremula contra seus lábios brancos, falhando em segurar o choro.
Eu sentei e tossi. Eu tinha uma dor de cabeça que estava me matando, e eu
esfreguei o ponto bem entre minhas sobrancelhas. Ela estava pinicando como se uma
vespa tivesse me mordido e irradiava dor para os meus olhos, até as minhas bochechas.
Eu senti que talvez fosse vomitar.
“Zoey!” K estava realmente chorando agora e tinha que falar entre soluços.
“Oh.Meu.Deus. Aquele cara era um rastreador – um vampiro Rastreador!”
“K.” Eu pisquei com força, tentando limpar a dor da minha cabeça. “Pare de chorar.
Você sabe que eu odeio quando você chora.” Eu me ergui tentando dar uma palmada
reconfortante nos ombros dela. E ela automaticamente contraiu os músculos, e se afastou
de mim.
Eu não podia acreditar. Ela tinha mesmo se contraído, como se ela tivesse medo de
mim. Ela deve ter visto a magoa nos meus olhos porque ela instantaneamente começou a
tagarelar.
“Oh,Deus, Zoey! O que você vai fazer? Você não pode ir para aquele lugar. Você não
pode ser uma daquelas coisas. Isso não pode estar acontecendo! Com quem eu devo ir a
todos aqueles jogos de futebol?”
Eu notei que durante todo seu discurso ela nem uma vez se aproximou de mim. Eu
me senti doente, e magoada ameaçava começar a chorar. Meus olhos secaram
imediatamente. Eu era boa em esconder lagrimas. Eu deveria ser; eu tive três anos pra
ficar boa nisso.
“Está tudo bem. Eu vou descobrir o que fazer. Provavelmente é algum... algum erro
bizarro,” eu menti. Eu não estava realmente falando; eu estava só fazendo palavras
saírem da minha boca. Ainda fazendo careta por causa da dor em minha cabeça, eu
levantei. Olhando ao redor eu senti um pouco de alivio que K e eu eram as únicas no
corredor, então eu tive que segurar o que eu sabia que era uma risada histérica. Se eu
não tivesse completamente enlouquecida por causa da prova de geometria dos infernos
de amanhã, e não tivesse voltado para o meu armário para pegar meus livros para que eu
pudesse tentar obsessivamente (e sem conseguir) estudar hoje a noite, o Rastreador teria
me encontrado parada no lado de fora da escola com mais ou menos 1,300 adolescentes
que iam para o colégio Broken Arrows esperando pelo o que a minha irmã estupidamente
parecia com a Barbie gostava de chamar de “as grandes e amarelas limusines.” Eu tenho
um carro, mas ficar com os menos afortunados que tem que andar de ônibus é uma
tradição honrada, sem mencionar que é um jeito excelente de ver quem está dando em
cima de quem. Como era, só tinha mais um garoto parado no corredor – um idiota alto
com dentes problemáticos, que eu não pude, infelizmente, ver muito porque ele estava
parado lá com sua boca aberta me encarando como se eu tivesse dado a luz a porcos
voadores.
Eu tossi de novo, dessa vez realmente forte, tosse nojenta. O idiota fez um som
agudo e correu pelo corredor até a sala da Sra. Day agarrado a uma tabua que ele pôs no
peito. Parece que o clube de xadrez tinha mudado suas reuniões para segundas depois da
aula.
Vampiros jogam xadrez? Teria vampiros CDF’s? E que tal lideres de torcida parecidas
com a Barbie? Vampiros tocavam numa banda? Existiam vampiros Emos com aquela
esquisitice de caras usando calças para garotas e aquelas franjas horríveis para cobrir
metade do rosto deles? Ou eles são todos aqueles góticos esquisitos que não gostavam de
tomar muito banho? Eu iria me transformar numa Gótica? Ou pior, num Emo? Eu não
gostava muito de usar preto, pelo menos não exclusivamente, e eu estava não estava
sentindo uma repentina aversão a sabonete ou água, e também não tinha um desejo
obsessivo de mudar meu corte de cabelo e usar muito delineador.
Tudo isso girava na minha mente enquanto eu sentia outra histérica risada tentando
escapar da minha garganta, e eu fiquei quase agradecida quando saiu como uma tosse.
“Zoey? Você está bem?” A voz de Kayla parecia muito alta, como se alguém estivesse
aumentando ela, e ela deu outro passo para longe de mim.
Eu suspirei e senti raiva. Não era como se eu tivesse pedido por isso. K e eu éramos
amigas desde a 3º série, e agora ela estava olhando para mim como se eu tivesse me
transformado em um monstro.
“Kayla, sou só eu. A mesma que eu era dois segundos atrás e duas horas atrás e dois
dias atrás.” Eu fiz um gesto frustrante para a minha cabeça dolorida. “Isso não muda
quem eu sou!”
Os olhos de K se encheram de lagrimas de novo, mas, graças a Deus, o telefone dela
começou a cantar “Material Girl” da Madonna. Automaticamente, ela olhou para o
identificador de chamada. Eu podia notar pelo seu olhar que era o seu namorado, Jared.
“Vai nessa,” eu disse numa voz chata e cansada. “Vá pra casa com ele.” Seu olhar de
alivio foi como um tapa na minha cara.
“Me liga depois?” Ela saiu correndo pelo corredor.
Eu observei ela se apressar até o estacionamento. Eu podia ver que ela tinha seu
telefone amassado em seu ouvido e ela estava falando animada com Jared. Eu tenho
certeza que ela já estava contando pra ele que eu tinha virado um monstro.
O problema, é claro, de me transformar em um monstro era o brilho das minhas
duas opções. Opção numero 1: Eu viro um vampiro, o que é igual a um monstro na mente
humana. Opção número 2: Meu corpo rejeita a Mudança e eu morro. Pra sempre.
Veja a boa noticia é que eu não ia ter que fazer o teste de geometria amanhã. A má
noticia é que eu tinha que me mudar para a House Of Night, um internato em Tulsa,
conhecido pelos meus amigos como a Escola Particular dos Vampiros, onde eu passaria os
próximos 4 anos passando por mudanças físicas bizarras, assim como uma mudança total
e permanente na minha vida. E isso apenas se todo o processo não me matasse.
Ótimo. Eu não queria isso também. Eu só queria tentar ser normal, apesar dos pais
mega conservadores, meu irmão mais novo parecido com um troll, e minha tão perfeita
irmã mais velha. Eu queria passar em geometria. Eu queria manter minhas notas altas
para que eu pudesse ser aceita na faculdade veterinária da OSU e queria sair de Broken
Arrow, Oklahoma.
Mas o principal, eu queria me encaixar – pelo menos na escola. Minha casa era sem
esperança, então tudo que eu tinha eram meus amigos e minha vida longe da minha
família. Agora tudo estava sendo tirado de mim, também. Eu esfreguei minha testa e
então mexi no meu cabeço até que ele cobrisse meus olhos em parte, e, com alguma
sorte, a marca que aparecia em cima deles. Mantendo minha cabeça abaixada, como se
eu estivesse fascinada pela meleca que grudou na minha boca, eu corri em direção a
porta que levava para o estacionamento.
Mas eu parei assim que cheguei lá fora. Pelas janelas lado a lado do eu pude ver
Heath. As garotas se amontoavam perto dele, fazendo pose e virando seus cabelos,
enquanto os caras colocavam em movimentos picapes ridiculamente enormes e tentavam
(e quase falhavam) parecer legais. E eu escolhi aquilo para me sentir atraída? Não, para
ser honesta comigo mesma eu deveria lembrar que Heath costumava ser incrivelmente
doce, e mesmo agora ele tinha seus momentos. Principalmente quando ele estava sóbrio.
Garotas afetadas se viraram pra mim no estacionamento. Ótimo. Kathy Richter, a
maior vadia da escola, estava fingindo beijar Heath. Mesmo de onde eu estava parada era
obvio que ela pensava que dar em cima dele era algum timo de ritual de acasalamento.
Como sempre, sem notar Heath estava só parado lá rindo. Bem, diabos, não iria ficar
melhor. E meu Bug azul VW 1966 estava bem no meio deles. Não. Eu não podia ir até lá.
Eu não podia andar até o meio deles com aquela coisa na minha testa. Eu nunca seria
capaz de ser parte deles de novo. Eu já sabia muito bem o que eu tinha que fazer. Eu
lembrava do último garoto que um Rastreador tinha escolhido na escola.
Começou no inicio do ano escolar ano passado. O Rastreador tinha vindo antes da
aula começar e tinha apontado para o garoto enquanto ele estava andando para seu
primeiro período. Eu não vi o Rastreador, mas eu vi o garoto depois, por só um segundo,
depois que ele derrubou seus livros e saiu correndo do prédio, sua nova Marca brilhado na
sua testa pálida e lagrimas correndo por suas bochechas. Eu nunca esqueci o quão lotados
os corredores estavam aquela manhã, e como todos se afastaram dele como se ele tivesse
a peste negra enquanto ele corria para escapar da escola. Eu tinha sido um dos que se
afastaram dele e o encararam, apesar deu sentir pena dele. Eu só não queria ser rotulada
como a única garota que era amiga daquelas aberrações. Meio irônico agora, não é?
Ao invés de ir para o meu carro eu fui para o restaurante mais próximo, que estava,
graças a Deus, vazio. Havia três bancos – sim, eu chequei cada um duas vezes. Na parede
havia duas pias, e que em cima estavam perdurados dois espelhos de tamanho médio. Do
outro lado da pia o lado oposto da parede era coberto com um grande espelho que tinha
uma prateleira abaixo para colocar maquiagem ou qualquer coisa assim. Eu coloquei
minha bolsa e meu livro de geometria na prateleira, respirei fundo, e em um movimento
levantei minha cabeça e tirei o cabelo do rosto.
Era como olhar para o rosto de um estranho familiar. Sabe, aquela pessoa que você
vê numa multidão e jura que conhece, mas na verdade não conhece? Agora ela era eu – a
estranha familiar.
Ela tinha meus olhos. Tinha aquela mesma cor que nunca consegue decidir se é
verde ou marrom, mas meus olhos nunca foram grandes e redondos. Ou eles eram? Ela
tinha meu cabelo – comprido e reto e quase tão escuro quanto o da minha vó tinha sido
antes dele começar a ficar branco. A estranha tinha minhas bochechas, um longo e forte
nariz, e uma boca larga – mais características da minha vó e dos seus ancestrais
Cherokee. Mas meu rosto nunca foi tão pálido. Ele sempre foi meio azeitonado, uma cor
muita mais escura que qualquer um na minha família. Mas talvez não fosse minha pele
que de repente estava tão branca... talvez só parecesse mais pálida em comparação com
as linhas azul escuro que desenhavam uma lua crescente que estava perfeitamente
posicionada no meio da minha testa. Ou talvez fosse aquela terrível luz fluorescente. Eu
esperava que fosse a luz.
Eu encarei aquela exótica tatuagem. Misturada com minhas feições fortes dos
Cherokee parecia me dar um toque de selvagem... como se eu pertencesse a um tempos
antigos quando o mundo era maior... mais bárbaro.
Desse dia em diante minha vida nunca seria a mesma. E por um momento – só um
instante – eu esqueci do horror de não pertencer a lugar nenhum e senti uma chocante
explosão de prazer, enquanto profundamente dentro de mim o sangue do povo da minha
avó se alegrava.


academia de vampiros - beijo das sombras (capitulo 9)


NOVE
EU ENTREI NA MENTE DELA, mais uma vez vendo e diretamente experimentando o que se
passava ao seu redor.
Ela estava entrando no sótão da capela novamente, confirmando meus piores receios. Tal
como da última vez, ela não encontrou resistência. Bom Deus,eu pensei,aquele padre poderia
ser pior quanto a garantir a segurança em sua capela?
O pôr do sol iluminou a janela de vidro colorido, e a silhueta de Christian foi moldada sobre
ele: ele estava sentado no assento da janela.
“Você está atrasada,”ele disse a ela. “Fiquei esperando um tempão.”
Lissa puxou uma instável cadeira, tirando o pó dela. “Eu achei que você estaria preso com a
Diretora Kirova.”
Ele sacudiu a cabeça. "Não chegou a isso. Eles me suspenderam por uma semana, isso é tudo.
Não que fosse difícil escapar." Ele acenou sua mão ao redor. “Como você pode ver.”
“Eu estou surpresa que você não tenha pegado mais tempo de detenção.”
Um raio de luz iluminou seus olhos azul-cristal. “Decepcionada?”
Ela olhou em choque. “Você botou fogo em alguém!”
“Não, eu não botei. Você viu alguma queimadura nele?”
“Ele estava coberto de chamas.”
“Eu as tinha sob controle. Eu as mantive longe dele.”
Ela suspirou. “Você não devia ter feito aquilo.”
Deixando sua posição relaxada, ele se sentou e inclinou-se na direção dela. “Eu fiz isso por
você.”
“Você atacou alguém por mim?”
“Claro, ele estava implicando com você e a Rose. Ela estava fazendo um bom trabalho contra
ele, eu acho, mas eu achei que ela podia usar o apoio. Além do mais, isso vai calar a boca de
qualquer outra pessoa quanto à coisa da raposa, também.”
"Você não deveria ter feito isso,” ela repetiu, afastando o olhar. Ela não sabia como se sentir
acerca dessa “generosidade”. “E não aja como se fosse tudo por mim. Você gostou de fazê-lo.
Parte de você queria – só isso.”
A expressão de orgulho de Christian caiu, sendo substituída por uma surpresa não
característica. Lissa poderia não ser adivinha, mas tinha a incrível capacidade de ler as pessoas.
Vendo-o com a guarda baixa, ela continuou. "Atacar alguém com magia é proibido – e esse é
exatamente o motivo pelo qual você queria fazê-lo. Você se sentiu excitado com isso.”
“Aquelas regras são estúpidas. Se nós usarmos mágica como uma arma em vez de somente
para coisas idiotas, os Strigois não iriam matar tantos de nós.”
"É errado,” disse ela firmemente. "Magia é um dom. É pacífica.”
"Só porque eles dizem que é. Você está repetindo a mesma linha de pensamento com a qual
nós temos sido alimentados por toda a vida.” Ele se levantou e passeou pelo pequeno espaço
do sótão. "Não foi sempre assim, sabe. Nós costumávamos lutar bem do lado dos guardiões –
séculos atrás. De repente as pessoas começaram a ficar assustadas e pararam. Achando que
era mais seguro apenas se esconder. Eles esqueceram os feitiços de ataque.”
“Então como você sabe disso?”
Ele deu um sorrido torto para ela. “Nem todos esqueceram.”
“Como a sua família? Como seus pais?”
O sorriso desapareceu. “Você não sabe nada sobre os meus pais.”
Seu rosto ficou mais obscuro, seu olhar mais duro. Para a maioria das pessoas, ele poderia ter
aparentado assustador e intimidador, mas assim que Lissa estudou e admirou suas feições, ele
de repente pareceu muito, muito vulnerável.
"Tem razão," ela admitiu suavemente, depois de um momento. "Eu não sei. Me desculpe."
Pela segunda vez neste encontro, Christian parecia espantado. Provavelmente, ninguém se
desculpava com ele com tanta freqüência. Que inferno, ninguém nem falava com ele com
freqüência. Certamente, ninguém nem escutava. Como sempre, ele logo retomou ao seu jeito
arrogante.
“Esquece.” Abruptamente, ele parou de andar e se ajoelhou na frente dela para que pudessem
se olhar nos olhos. Senti-lo tão perto fez com que ela prendesse a respiração. Um sorriso
perigoso surgiu em seu rosto. “E realmente, eu não sei porque você, de todas as pessoas,
deveria estar tão indignada por eu ter usado magia ‘proibida’.”
“Eu entre todas as pessoas? O que você quer dizer?”
“Você pode se fazer de inocente o quanto quiser – e você faz um trabalho muito bom – mas eu
sei a verdade.”
“Que verdade é essa?” Ela não podia esconder seu constrangimento de mim ou de Christian.
Ele chegou ainda mais perto. “Que você usa compulsão. O tempo todo.”
“Não, eu não uso.” Ela disse imediatamente.
“É claro que você usa. Eu tenho ficado acordado à noite tentando descobrir como que vocês
duas foram capazes de alugar um lugar e ir para a escola secundária sem que ninguém ao
menos quisesse conhecer seus pais. Então eu adivinhei. Você estava usando compulsão. Esse é
provavelmente o modo como vocês saíram daqui, em primeiro lugar.”
“Ah sim. Você apenas adivinhou. Sem qualquer prova.”
"Eu tenho toda a prova de que necessito, apenas observando você."
“Você ficou me observando – me espionando – para provar que eu estou usando compulsão?”
Ele se encolheu. "Não. Na verdade, eu estive observando você só porque eu gosto disso. A
compulsão foi um bônus. Eu vi você usá-la no outro dia para estender o prazo de entrega da
tarefa de matemática. E você a utilizou em Sra. Carmack quando ela quis que você fizesse mais
provas.”
“Então você presumiu que é compulsão? Talvez eu seja apenas muito boa em convencer as
pessoas.” Havia um tom desafiante em sua voz: compreensível, considerando o seu medo e a
sua raiva. Mas, ela entregou a mensagem com uma sacudida de cabelo, que – se eu não
soubesse – poderia ter sido considerado um flerte. E eu sabia... certo? De repente, eu não
tinha certeza.
Ele continuou, mas algo em seus olhos me disse que ele reparou no cabelo, que ele sempre
reparava em tudo sobre ela. “Pessoas ficam com esse olhar pateta quando você fala com elas.
E não é qualquer pessoa – você é capaz de fazer isso com Moroi. Provavelmente dhampirs,
também. Agora,isso é loucura. Eu nem sabia que isso era possível. Você é algum tipo de
celebridade. Algum tipo maligno de celebridade usuária de compulsão.” Isso era uma
acusação, mas seu tom e sua presença irradiava a mesma linha de flerte dela.
Lissa não sabia o que dizer. Ele estava certo. Tudo o que ele disse estava certo. Sua compulsão
era aquilo que tinha nos permitido driblar as autoridades e viver mundo afora sem ajuda de
adultos. Era o que tinha nos permitido convencer o banco a deixá-la tocar em sua herança.
E era considerado tão errado quanto usar magia como uma arma. Porque não? Isto era uma
arma. Uma poderosa, uma que poderia ser utilizada abusivamente com muita facilidade.
Crianças Moroi aprendiam desde cedo que compulsão era algo muito, muito errado. Ninguém
era ensinado a usá-la, apesar de que todo Moroi, tecnicamente, tinha essa habilidade. Lissa
apenas meio que se envolveu com ela – profundamente – e, como Christian tinha salientado,
ela podia fazer isso em Morois, bem como em humanos e Dhampirs.
“E o que você vai fazer, então?” ela perguntou.“Você vai me dedurar?”
Ele sacudiu a cabeça e sorriu. "Não. Eu acho que é atraente.”
Ela o encarou, com o olhar bem aberto e coração acelerado. Algo sobre o formato de seus
lábios a intrigava. “Rose acha que você é perigoso,” ela soltou por causa do nervosismo. “Ela
pensa que você pode ter matado a raposa.”
Eu não sabia como me sentir por ter sido envolvida nessa conversa bizarra. Algumas pessoas
tinham medo de mim. Talvez ele também tivesse.
A julgar pela diversão em sua voz quando ele falou, parecia que ele não tinha. "As pessoas
pensam que sou instável, mas devo dizer-lhe, Rose é dez vezes pior. Claro, isso torna mais
difícil para as pessoas ferrarem com você, então por mim está tudo bem.” Inclinando sobre
seus calcanhares, ele finalmente quebrou o espaço íntimo entre eles. "E eu com certeza não fiz
aquilo. Descubrir quem fez, no entanto… e o que eu fiz com Ralf nem vai se comparar.”
Sua galante oferta de vingança assustadora não exatamente tranqüilizou Lissa... mas a deixou
um pouco emocionada. “ Eu não quero você fazendo nada disso. E eu ainda não sei quem fez
aquilo.”
Ele se inclinou de volta na direção dela e pegou os pulsos delas em suas mãos. Ele começou a
dizer alguma coisa, depois parou e olhou para baixo surpreso, passando seus dedos sobre
leves, quase apagadas cicatrizes. Olhando novamente para ela, ele tinha uma estranha – para
ele – bondade em seu rosto.
"Você pode não saber quem fez. Mas você sabe alguma coisa. Algo que você não está
contando."
Ela o encarou, uma espiral de emoções brincando em seu peito. "Você não pode saber todos
os meus segredos,” ela murmurou.
Ele olhou novamente para os pulsos dela e os liberou, retomando aquele seu seco sorriso.
“Não, eu acho que não.”
Um sentimento da paz estabeleceu-se sobre ela, um sentimento que eu pensei que somente
eu poderia trazer. Retornando à minha própria cabeça e a meu quarto, eu sentei no chão
encarando meu livro de matemática. Então, por razões que não sabia ao certo, eu o fechei
com tudo e o joguei contra a parede.
Eu passei o resto da noite pensando até que a hora do meu suposto encontro com Jesse
chegou. Descendo as escadas, eu fui para a cozinha – um lugar que eu podia visitar livremente
contanto que não me demorasse – e encontrei seus olhos enquanto atravessava a área dos
visitantes.
Passando por ele, eu parei e sussurrei. “Existe uma sala no quarto andar que ninguém utiliza.
Pegue as escadas do outro lado dos banheiros e me encontre lá em cinco minutos. A fechadura
da porta está quebrada.”
Ele obedeceu no mesmo segundo, e nós encontramos o salão escuro, empoeirado e deserto. A
queda no número de guardiões ao longo dos anos implicou em um monte de dormitórios
completamente vazios, um triste sinal para a sociedade Moroi, mas terrivelmente conveniente
agora.
Ele se sentou no sofá, e eu deitei ali, colocando meus pés em seu colo. Eu ainda estava irritada
com o bizarro romance de Lissa e Christian no sótão, e não queria nada mais do que esquecer
tudo aquilo por um tempo.
“Você está aqui realmente para estudar ou foi só uma desculpa?” Eu perguntei.
“Não. Era verdade. Tinha que fazer um trabalho com Meredith” O tom em sua voz indicou que
ele não estava muito feliz com a idéia.
“Oooh,” eu provoquei. “Fazer um trabalho com uma dhampir apesar de seu sangue real? Eu
deveria ficar ofendida?”
Ele sorriu, mostrando uma boca com perfeitos dentes e presas. “Você é muito mais atraente
que ela.”
“Ainda bem que eu passei no teste.” Havia um tipo de calor em seus olhos que estava me
excitando, assim como a mão dele que deslizava na minha perna. Mas eu precisava fazer algo
primeiro. Era hora de ter alguma vingança. “Mia também, já que a deixam andar com vocês.
Ela não é da realeza.”
Seus dedos cutucaram divertidamente minha panturrilha. “Ela está com Aaron. E eu tenho
muitos amigos que não são da realeza. E amigos que são dhampir. Eu não sou um total idiota.”
"Sim, mas você sabia que seus pais são praticamente serventes dos Drozdovs?"
A mão sobre a minha perna parou. Eu tinha exagerado, mas ele era louco por fofocas – e era
conhecido por espalhá-las.
“Sério?”
“Yeah. Lavando o chão e coisas do tipo.”
“Huh.”
Eu podia ver as engrenagens girando em seus olhos azul-escuro, e tive que esconder um
sorriso. A semente tinha sido plantada.
Sentando-me, eu me movi para perto dele e coloquei uma perna em cima de seu colo. Eu pus
meus braços em volta dele, e sem mais delongas, os pensamentos de Mia desapareceram
enquanto a sua testosterona tomava conta. Ele me beijou ansiosamente – até meio negligente
– empurrando-me contra a parte de trás do sofá, e eu relaxei no que seria a primeira atividade
física agradável que eu fazia em semanas.
Nós nos beijamos daquela forma por muito tempo, e eu não o parei quando ele tirou minha
blusa.
"Eu não vou fazer sexo," Eu avisei entre beijos. Eu não tinha qualquer intenção de perder
minha virgindade em um sofá de uma sala.
Ele parou, pensando sobre isso, e finalmente decidiu não forçar. “Okay.”
Mas ele me empurrou no sofá, deitando sobre mim, ainda beijando com a mesma ferocidade.
Seus lábios foram para a minha nuca, e quando as pontas afiadas de seus caninos roçaram
minha pele, eu não pude evitar um suspiro excitado.
Ele se levantou um pouco, olhando para mim com uma enorme surpresa. Por um momento eu
mal pude respirar, recordando aquele fluxo de prazer que uma mordida de vampiro poderia
me fazer sentir, perguntando como seria sentir isso enquanto dava uns amassos. Então os
velhos tabus vieram. Mesmo se nós não fizéssemos sexo, dar sangue enquanto fazíamos isto
ainda era sujo, era errado.
“Não.” Eu avisei.
“Você quer.” A voz dele transparecia uma animada admiração. “Eu posso ver.”
“Não, eu não quero.”
Seus olhos se acenderam. “Você quer. Como – Hey, você já fez isso antes?”
“Não” Eu zombei. “É claro que não.”
Aqueles lindos olhos azuis me olhavam, e eu podia ver as engrenagens girando através deles.
Jesse podia flertar muito e ter uma boca grande, mas ele não era estúpido.
“Você age como se tivesse feito. Você ficou excitada quando encostei em seu pescoço.”
“Você beija bem,” eu contrariei, apesar de não ser inteiramente verdade. Ele babava um
pouco mais do que eu preferiria. “Você não acha que todo mundo saberia se eu estivesse
dando sangue?"
A compreensão o atingiu. "A menos que você não estivesse fazendo antes de partir. Você fez
isso enquanto estava longe, não é? Você alimentou Lissa."
"Claro que não," Eu repeti.
Mas ele estava na pista certa e ele sabia disso. "Era o único jeito. Vocês não tinham
alimentadores. Oh, cara."
"Ela encontrou alguns," Eu menti. Era mesma linha de pensamento com a qual tínhamos dado
a Natalie, a que ela tinha espalhado e ninguém – exceto Christian – tinha questionado. “Muitos
humanos topam fazer isso.”
“Claro” Ele disse sorrindo. Ele levou sua boca de volta para o meu pescoço.
“Eu não sou uma Meretriz de sangue.” Eu rebati, me afastando dele.
“Mas você quer. Você gosta. Todas as garotas dhampirs gostam.” Seus dentes estavam em
minha pele novamente. Afiados. Maravilhoso.
Eu senti que hostilidade só pioraria as coisas, então eu contornei a situação com provocação.
"Pare," eu disse gentilmente, colocando um dedo sobre seus lábios. "Eu lhe disse, eu não sou
assim. Mas se você quiser fazer alguma coisa com sua boca, eu posso te dar algumas idéias."
Aquilo despertou seu interesse. "Yeah? Como o qu—?"
E foi quando a porta abriu.
Nós nos separamos rapidamente. Eu estava pronta para lidar com um colega estudante ou
mesmo possivelmente um inspetor. Com quem eu não estava pronta para lidar era Dimitri.
Ele arrebentou a porta como se esperasse nos encontrar, e naquele terrível momento, com ele
feroz como uma tempestade, eu compreendi por que razão Mason o tinha chamado de ‘deus’.
Num piscar de olhos, ele atravessou o quarto e pegou Jesse por sua camisa, quase levantando
o Moroi do chão.
“Qual é seu nome?" gritou Dimitri.
"J-Jesse, senhor. Jesse Zeklos, senhor."
"Sr. Zeklos, você tem permissão para estar nesta parte do dormitório?"
“Não, senhor.”
"Você conhece as regras sobre as interações entre os sexos masculino e feminino por aqui?"
"Sim, senhor."
"Então eu sugiro que você saia daqui o mais rápido que puder antes que eu lhe entregue para
alguém que irá lhe punir de acordo. Se eu te ver mais alguma vez desse jeito”—Dimitri
apontou para onde eu me encolhia, semi-vestida, no sofá –"Eu vou ser quem irá punir você. E
irá doer. Muito.Você entendeu?"
Jesse engoliu, olhos bem abertos. Nada de sua usual bravata estava sendo mostrada agora. Eu
acho que havia um "normalmente" e, então, havia o ser segurado pela gola por um cara russo
muito violento, muito alto, e muito irritado. “Sim,senhor!”
"Então vá." Dimitri o liberou e, se possível, Jesse saiu de lá mais rápido ainda do que Dimitri
havia passado pela porta. O meu mentor, em seguida, virou-se para mim, um perigoso brilho
em seus olhos. Ele não disse nada, mas a furiosa mensagem de desaprovação foi passada em
alto e bom som.
E de repente houve uma mudança.
Era quase como se ele tivesse sido pego de surpresa, como se nunca tivesse me notado antes.
Se fosse qualquer outro cara, eu teria dito que ele estava me secando. Fosse o que fosse, ele
estava definitivamente me estudando. Estudando meu rosto, meu corpo. Então eu
repentinamente percebi que eu estava apenas de jeans e sutiã - um sutiã preto. Eu sabia
perfeitamente que não tinham muitas garotas nessa escola que ficariam bem em um sutiã
como eu. Mesmo um cara como Dimitri, que parecia tão focado no dever e no treinamento e
em tudo isso, tinha que apreciar isto.
E, finalmente, constatei que um jorro de calor estava se espalhando sobre mim, e que o seu
olhar estava causando mais em mim do que os beijos de Jesse. Dimitri era quieto e distante às
vezes, mas ele também tinha uma dedicação e uma intensidade que eu nunca vi em nenhuma
outra pessoa. Eu me perguntei como esse tipo de poder e força se traduzia em… bem, sexo.
Imaginei como seria se ele me tocasse e—Droga!
O que eu estava pensando? Eu estava louca? Envergonhada, eu escondi meus sentimentos
com atitude.
“Você vê alguma coisa de que gosta?” Eu perguntei.
“Se vista.”
A forma de sua boca endureceu, e qualquer coisa que ele tivesse sentido estava terminada.
Sua fúria me deixou mais sóbria e me fez esquecer de minha perturbada reação. Eu
imediatamente botei minha blusa de volta, apreensiva por ver seu lado agressivo.
“Como você me achou? Você está me seguindo para ter certeza que eu não fugi?”
“Fique quieta,” ele repreendeu, se inclinando para baixo de modo que nos encaramos no
mesmo nível. “Um zelador viu você e relatou isso. Você tem alguma idéia do quão estúpido
isso foi?”
“Eu sei, eu sei, toda essa coisa de condicional, né?”
“Não só isso. Eu estou falando da estupidez de ficar nesse tipo de situação em primeiro lugar.”
“Eu fico nesse tipo de situação todo o tempo, camarada. Não é grande coisa.” Raiva substituiu
meu medo. Eu não gostava de ser tratada como criança.
“Pare de me chamar disso. Você nem sabe do que você está falando.”
“Claro que eu sei. Eu tive que fazer um relatório sobre a Rússia e a R.S.S.R no ano passado.”
“U.R.S.S. E é uma grande coisa para um Moroi estar com uma garota dhampir. Eles gostam de
se gabar.”
“E daí?”
“E daí?” Ele me olhou com desgosto. “Você não tem nenhum respeito? Pense em Lissa. Você
faz você mesma parecer fácil. Você vive de acordo com o que muita gente já pensa sobre
garotas dhampirs, e isso reflete nela. E em mim.”
“Oh, entendi. É sobre isso que estamos falando? Eu estou ferindo seu grande e malvado
orgulho masculino? Você está com medo de que eu arruíne a sua reputação?”
“Minha reputação já esta formada, Rose. Eu defini minhas metas e batalhei por elas há muito
tempo. O que será da sua ainda está para ser visto.” A voz dele endureceu novamente. “Agora
volte para o seu quarto – se você conseguir fazer isso sem se atirar em outra pessoa.”
“Este é o seu jeito sutil de me chamar de vadia?”
“Eu ouço as histórias que vocês contam. Eu ouvi histórias sobre você.”
Ouch. Eu queria gritar que não era da conta dele o que eu fazia com o meu corpo, mas algo
sobre a raiva e o desapontamento em seu rosto me fez hesitar. E eu não sabia o que era.
“Desapontar” alguém como Kirova não era grande coisa, mas Dimitri?... Eu me lembrei de
como me senti orgulhosa quando ele me elogiou nas últimas vezes em que praticamos. Vendo
isso desaparecer dele...bem, repentinamente me fez sentir como se eu fosse tão fácil quanto
ele supôs que eu era.
Alguma coisa se quebrou em mim. Piscando para afastar as lágrimas, eu disse, “ Por quê é tão
errado... não sei, se divertir? Eu tenho dezessete anos, sabe. Eu deveria poder aproveitar isto.”
“Você tem dezessete, e em menos de um ano, a vida e a morte de alguém vai estar em suas
mãos.” A voz dele continuava firme mas havia uma delicadeza também. “Se você fosse
humana ou Moroi, poderia se divertir. Você poderia fazer coisas que as outras garotas
podem.”
“Mas você está dizendo que eu não posso.”
Ele se distanciou, e seus olhos negros ficaram sem foco. Ele estava pensando em alguma coisa
bem longe daqui. “Quando eu tinha dezessete anos eu conheci Ivan Zeklos. Nós não éramos
como você e Lissa, mas nos tornamos amigos, e ele me requisitou como seu guardião quando
eu me formei. Eu era o melhor estudante da escola. Eu prestava atenção em tudo nas minhas
aulas, mas no fim, não foi o suficiente. É assim que é nessa vida. Um deslize, uma distração...”
Ele suspirou. “E é tarde demais”.
Um caroço se formou na minha garganta quando pensei em um deslize ou uma distração
custando a vida de Lissa.
“Jesse é um Zeklos,” Eu disse repentinamente percebendo que Dimitri tinha expulsado um
parente de seu antigo amigo e encarregado.
“Eu sei.”
“Isso incomoda você? Ele te faz lembrar de Ivan?”
“Não importa como eu me sinto. Não importa como nenhum de nós nos sentimos.”
“Mas isso incomoda você.” Isso repentinamente ficou óbvio para mim. Eu podia ler sua dor,
embora ele trabalhasse duramente para escondê-la. “Você sofre. Todos os dia. Não é? Você
sente falta dele.”
Dimitri olhou surpreso, como se não quisesse que eu soubesse disto, como se eu tivesse
exposto alguma parte secreta dele. Eu estive pensando que ele era um cara durão, alienado e
anti-social, mas talvez ele estivesse se mantendo afastado das pessoas para não se machucar
se as perdesse. A morte de Ivan tinha claramente deixado uma marca permanente.
Eu me perguntava se Dimitri era solitário.
O olhar surpreso desapareceu, e seu olhar sério de sempre voltou. “Não importa como eu me
sinto. Eles vêm antes. Protegê-los.”
Eu pensei em Lissa novamente. “Sim, eles vêm.”
Um longo silêncio pairou até ele falar de novo.
“Você me falou que quer lutar,realmente lutar. Isto ainda é verdade?”
“Sim. Absolutamente.”
“Rose... eu posso te ensinar, mas eu tenho que acreditar que você vai se dedicar. Se dedicar
realmente. Eu não posso ter você distraída com coisas como esta.” Ele gesticulou ao redor da
sala. “Eu posso confiar em você?”
Mais uma vez, senti vontade de chorar sob aquele olhar, sobre a seriedade do que ele
perguntou. Eu não entendia como ele tinha todo esse poderoso efeito sobre mim. Eu nunca
me importei tanto com o que alguém pensava. “Sim, eu prometo.”
“Então bem, eu vou te ensinar, mas preciso que você seja forte. Eu sei que você odeia a
corrida, mas é realmente necessário. Você não tem idéia de como são os Strigois. A escola
tenta preparar vocês, mas até você ver o quão forte e rápido eles são...
bem, você não pode nem imaginar. Então eu não posso parar com a corrida e o
condicionamento. Se você quiser aprender mais sobre luta, precisamos adicionar mais
treinamentos. Eu vou tomar mais do seu tempo. Você não vai ter muito tempo de sobra para
os deveres ou para qualquer outra coisa. Você ficará cansada. Muito cansada.”
Eu pensei sobre isso, sobre ele e sobre Lissa. “Isso não importa, o que você disser para fazer,
eu farei.”
Ele me estudou longamente, como se estivesse decidindo se iria acreditar em mim. Finalmente
satisfeito, ele assentiu. “Começaremos amanhã.”
DEZ

house of night 9 : destinada (uma previa)

Hoje pesquisando na web achei o livro house of night 9 destinada e resolvi postar o prologo para vocês. só que o livro esta em inglês e eu ainda estou traduzindo, 

em breve irei postar o livro completo e toda a saga.
beijos luli



PROLOGUE
Zoey
Acho que minha mãe está morta.
Eu testei as palavras em silêncio. Sentiam-se errado,
natural, como se eu estivesse tentando compreender o mundo
virando de cabeça para baixo ou o nascer do sol no oeste.
Eu desenhei uma respiração profunda, soluçando e rolou para o meu
lado, atingindo por outro tecido na caixa que foi
no chão ao lado da cama.
Stark murmurou e franziu a testa e mudou-se sem descanso.
Devagar e com cuidado, eu saí da cama, agarrou
Camisola gigante Stark, de onde ele jogou,
puxou-o, e se enrolou na cadeira beanbag que
sentou-se perto da parede da nossa sala de pequeno túnel.
O pufe feito aquele barulho smushy que sempre
me lembra das bolas no partido aqueles garoto inflável
casas, e Stark franziu a testa e murmurou algo
novamente. Eu estraguei o meu nariz. Tranquilamente. Pare de chorar parada
chorando choro parar! Não vai ajudar. Não vai trazer minha mãe
de volta. Pisquei um monte de vezes, e limpou o nariz
novamente. Talvez tivesse sido apenas um sonho. Mas assim como eu
pensamento as palavras do meu coração sabia a verdade. Nyx tinha
puxou-me dos meus sonhos para me mostrar uma visão de
Mãe de entrar no Outro Mundo. Significava que a mãe tinha
morreu. A mãe disse Nyx que estava triste por deixar-me
para baixo, eu me lembrei de como as lágrimas que vazou no meu
bochechas novamente.
"Ela disse que me amava", eu sussurrei.
Eu mal tinha feito qualquer ruído, mas Stark lançado e
virou inquieta e murmurou, "Pare!"
Eu fixada meus lábios juntos, mesmo sabendo que o meu
sussurro não era o que estava mexendo com o sono.
Stark era o meu Warrior, meu Guardian, e meu
namorado. Não, namorado é muito simples uma palavra. Não há
um vínculo entre Stark e eu que vai além do
namoro e sexo e todas as coisas que vem e vai
com as relações normais. É por isso que ele estava tão
inquietos. Ele podia sentir a minha tristeza, mesmo em sua
sonhos que ele sabia que eu estava chorando e magoada e assustada e
-
Stark empurrou o cobertor de cima de seu peito e eu podia
ver que a mão foi apertada em um punho. O meu olhar
foi para o seu rosto. Ele ainda estava dormindo, mas sua testa
foi novamente sulcada e testa franzida.
Fechei os olhos e fez uma profunda, centrando
respiração. "Espírito", eu sussurrei. "Por favor, venha para mim."
Imediatamente senti o elemento escova contra a minha pele. "Ajuda
me. Não, na verdade, ajudar Stark, protegendo a minha tristeza
dele. "E talvez, eu adicionei em silêncio, você poderia
ajudar a proteger um pouco da minha tristeza de mim, também. Mesmo
se é apenas por pouco tempo. Eu desenhei outra respiração profunda
como espírito movido dentro e em torno de mim, girando sobre a
a cama. Abrindo os olhos que eu poderia realmente ver uma ondulação
no ar circundante Stark. Sua pele parecia
brilho como o elemento resolvida contra ele como um
cobertor diáfano. Eu me senti quente e olhou para
meus braços e viu que o mesmo brilho suave estava descansando
contra a minha pele. Stark exalou um longo suspiro comigo como
espírito trabalhou um pouco suave magia, e para o primeiro
tempo em horas que eu me senti um pouco pequena, minúscula da minha tristeza elevador.
"Obrigado, o espírito", eu sussurrei e passou pela minha
braços, abraçando-me apertado. Envolvido no reconfortante
toque do elemento senti mais próximo, eu era realmente um
pouco sonolento. Foi então que um tipo diferente de calor
penetrou minha consciência. Lentamente, não querendo
perturbar o feitiço reconfortante o elemento estava trabalhando, eu
desembrulhou meus braços em torno de mim e tocou
meu peito.
Por que o meu quente pedra de vidente? O redondo, pequeno
pedra foi pendurado em sua corrente de prata, descansando
entre os meus seios. Eu não tinha levado o fora desde Sgiach
havia presenteado a mim antes que eu tinha deixado o belo,
mágica Ilha de Skye.
Admiração, eu puxei a pedra debaixo do
camisola, correndo os dedos sobre o seu mármore liso,
superfície. Ele ainda me fez lembrar de uma vida com sabor de coco
Saver, mas o mármore Skye brilhavam com um sobrenatural
luz, como se o elemento que eu tinha invocado tinha feito vivo
-Como se o calor que eu sentia era porque pulsado com
vida. Rainha Sgiach voz ecoou pela minha memória:
"Uma pedra vidente está em sintonia com apenas o mais antigo de
magicks: o tipo que eu proteger a minha ilha. Estou presenteando
você com ele de modo que você pode, na verdade, reconhecer o
Antigos se é que ainda existem no mundo exterior ... "
Como suas palavras repetido em minha mente a pedra virou
lentamente, quase preguiçosa. O furo no seu centro era como um
mini-telescópio. Como se deslocado ao redor pude ver Stark
iluminado por ela, e meu mundo mudou, também,
estreitaram, então tudo mudou.
Talvez tenha sido porque o espírito estava tão perto de mim,
naquele momento, mas o que eu vi não senti nada como
o tempo alucinante primeiro eu olhei através da
pedra em Skye e acabara de desmaiar.
Mas isso não significa que ele era menos inquietante.
Stark estava lá, deitado de costas, a maioria de sua
peito nu. O brilho de espírito foi embora. Em seu lugar eu
vi outra imagem. Foi indistinta, embora, e I
não poderia fazer as suas características. Era como se alguém
sombra. Braço de Stark se contorceu e sua mão aberta.
Mão da sombra aberta. Enquanto eu observava o
Guardião-espada à espada enorme tempo que teve
vir a Stark na forma Outro-levou em Stark
mão. Eu engasguei de surpresa e fantasmagórica
Guerreiro voltou a cabeça na minha direção e fechou sua
mão em torno da espada.
Instantaneamente, a espada da Guarda mudou, mudou, e
tornou-se um longo e negro lança-perigosa, letal,
derrubado no sangue que parecia demasiado familiar para mim.
Medo enriquecida através de mim.
"Não!" Eu chorei. "Espírito, fortalecer Stark! Fazer o que
coisa vá embora! "Com um ruído como as asas batendo de
um pássaro gigante, a aparição desapareceu, o vidente
pedra foi frio, e Stark se levantou, franzindo a testa para
me.
"O que você está fazendo aí?" Ele esfregou o
olhos. "Por que você está fazendo tanto barulho?"
Eu abri minha boca para tentar explicar a coisa bizarra
Eu tinha acabado de ver quando ele suspirou pesadamente e deitou
para baixo, abrindo as tampas e apontando sonolenta
para mim. "Venha aqui. Eu não consigo dormir menos que você esteja
aninhou-se comigo. E eu realmente preciso para obter algum
dormir. "
"Ok, sim, eu também," eu disse, e com as pernas trêmulas eu
correu para ele e enrolado contra seu lado, minha cabeça
descansando em seu ombro. "Hey, uh, algo estranho apenas
aconteceu ", comecei, mas quando eu inclinado a minha cabeça para que eu
podia ver em seus olhos, lábios Stark encontraram os meus. O
surpresa não durou muito, e eu deslizou para o beijo. Senti-me
bom tão bom estar perto dele. Seus braços foram
em torno de mim. Eu apertei-me contra ele, enquanto seus lábios
seguiu a curva do meu pescoço. "Eu pensei que você disse que
precisava dormir. "Minha voz soou sem fôlego.
"Eu preciso de você mais", disse ele.
"Sim", eu disse. "Eu também".
Nós nos perdemos um no outro, então. Toque de Stark
afugentado morte e desespero e medo. Juntos
que lembraram um ao outro de vida e amor e
felicidade. Depois, finalmente, dormiu e, o vidente
pedra posta frio e esquecido no meu peito entre