quinta-feira, 17 de maio de 2012

house of night - traída (capitulo 32) final


TRINTA E DOIS
“Tem certeza que tem que ser assim?” Detetive Marx perguntou pelo que parecia a
zilionesima vez.
“Yep.” Eu acenei desgastadamente. “Tem que ser assim.” Eu estava tão cansada que eu pensei
que eu podia pegar no sono bem ali no caminhão mostro da policia. Mas eu sabia que eu não
podia. Essa noite ainda não tinha acabado. Meu trabalho ainda não estava acabado.
O detetive suspirou, e eu sorri para ele.
“Você vai ter que confiar em mim,” eu disse, soando muito como ele dita me falado mais cedo.
“Eu não gosto disso,” ele disse.
“Eu sei, e sinto muito. Mas eu te disse tudo que eu posso.”
“Que algum sem teto é responsável por Heath e os outros dois garotos?” Ele balançou a
cabeça. “Parece errado para mim.”
Você tem certeza que não está só um pouquinho psíquico?” Eu sorri, cansada, para ele.
“Se eu fosse, eu seria capaz de descobrir o que parece errado.” Ele balançou a cabeça de novo.
“Explique esse – o que aconteceu com a sua memória?”
Eu já tinha pensando na resposta para isso. “Foi o trauma de hoje a noite. Me fez bloquear o
que aconteceu. E então minha afinidade pelos cinco elementos me ajudou a superar o
bloqueio e eu lembrei.”
“É por isso que você estava com tanta dor?”
Eu dei nos ombros. “Eu acho que sim. Já sumiu de qualquer jeito.”
“Olha, Zoey, tenho certeza que tem mais acontecendo aqui do que você está me dizendo. Eu
quero que você saiba que realmente pode confiar em mim,” ele disse.
“Eu sei disso.” Eu acreditava nele, mas eu também sabia que havia alguns segredos que eu não
podia partilhar. Não com esse detetive muito bom. E nem com ninguém.
“Você não tem que lidar com isso sozinha. Eu posso ajudar você. Você é só uma garota – só
uma adolescente.” Ele soava totalmente exasperado.
Eu encontrei os olhos dele firme. “Não, eu sou uma caloura que é a líder das Filhas Negras e
Alta Sacerdotisa em treinamento. Acredite em mim, isso é muito mais do que apenas uma
adolescente. Eu te dou meu juramento, e você sabe pela sua irmã que meu juramento me
obriga. Eu prometo que te disse tudo o que posso, e que se mais garotos desaparecerem, eu
acredito que posso encontrar eles para você.” O que eu não disse é que eu não tinha 100% de
certeza de como eu ia fazer isso, mas a promessa parecia certa, então eu sabia que Nyx iria me
ajudar a mantê-la. Não que fosse fácil. Mas eu não podia trair a presença de Stevie Rae, o que
significava que ninguém podia sabe sobre as criaturas, ou pelo menos, não até Stevie Rae estar
a salvo.
Marx suspirou de novo, e eu pude ver que ele estava murmurando para si mesmo enquanto
ele parou para me ajudar a descer do seu caminhão. Mas logo antes dele abrir a porta para o
prédio principal Marx (irritantemente) me descabelou e disse, “Certo, vamos fazer isso do seu
jeito. É claro, não é como se eu tivesse escolha.”
Ele estava certo. Ele não tinha escolha.
Eu entrei no prédio antes dele e fui instantaneamente engolfado pelo calor e os cheiros
familiares de incenso e óleo, e das suaves luzes que brilhavam como ansiosos e saudosos
amigos.
Falando nisso...
“Zoey!” Eu ouvi as Gêmeas gritarem juntas, e então eu estava sendo imprensada no meio
delas enquanto elas me abraçavam e choravam e gritavam comigo por preocupar elas e
falavam sem parar sobre serem capazes de sentir quando eu usei os elementos. Damien não
estava muito atrás delas. Então eu estava nos braços fortes de Erik enquanto ele me abraçava
e sussurrava sobre o quão assustado ele estava por mim e o quão feliz ele estava por tudo
estar bem. Eu me permiti descansar nos braços dele e retornei o seu abraço. Mais tarde, eu
iria ver o que fazer sobre Heath e ele. Agora eu estava cansada demais, e de qualquer forma,
eu precisava guardar minhas forças e lidar com –
“Zoey, você nos deu um belo susto.”
Eu saí dos braços de Erik e virei para olhar Neferet.
“Sinto muito. Eu não queria chatear vocês,” eu disse, e era verdade. Eu não queria preocupar
ou chatear ou assustar ninguém.
“Bem, eu suponho que não houve nenhum mal feito. Estamos apenas felizes por você estar
segura em casa.” Ela sorriu para mim com aquele incrível sorriso dela que parecia tão cheio de
amor e luz e bondade, e embora eu soubesse o que aquele sorriso escondia, eu senti meu
coração se apertar e desejei desesperadamente estar errada, que Neferet era tão maravilhosa
quanto eu costumava achar que ela era.
Escuridão nem sempre trás o mal, assim como a luz nem sempre trás o bem. As palavras da
deusa ecoaram na minha mente, me dando força.
“Bem, Zoey é definitivamente nossa heroína,” Detetive Marx disse. “Se ela não estivesse ligada
aquele garoto,ela nunca teria nos ligado a tempo de salvar ele.”
“Sim, bem, esse é um pequeno problema que ela e eu teremos que discutir mais tarde.” Ela
me deu um olhar severo, mas seu tom de me disse que eu não estava com muitos problemas.
Se eles soubessem.
“Detetive, você pegou a pessoa que estava pegando os garotos?” Neferet continuou.
“Não, ele escapou antes de chegarmos, mas tem várias evidencias de que alguém estivesse
vivendo no deposito, na verdade parecia que ele estava sendo usado como algum tipo de QG.
Eu acho que será fácil encontrar provas de que os outros dois garotos foram mortos por
alguém que estava tentando fazer parecer que vampiros estavam levando adolescentes. E
agora, embora Heath não lembre de muita coisa por causa do trauma, Zoey nos deu uma boa
descrição do homem. É só uma questão de tempo antes de nós o pegarmos.”
Eu fui a única que viu surpresa passar pelos olhos de Neferet?
“Isso é maravilhoso!” Neferet disse.
“Yeah.” Eu encontrei os olhos da Alta Sacerdotisa. “Eu contei muito ao Detetive Marx. Minha
memória é muito boa.’
“Estou orgulhosa de você, Zoeybird!” Neferet veio até mim e pos seus braços ao meu redor,
me abraçando de perto. Tão perto que apenas eu ouvi o que ela sussurrou no meu ouvido, “Se
você falar contra mim eu vou me certificar de que nenhum humano ou calouro ou vampiro
acredite em você.”
Eu não me afastei dela. Eu não reagi de forma alguma. Mas quando ela me soltou, em dei meu
golpe final – o único plano desde que a sensação quente e branca tinha passado pela pele das
minhas costas.
“Neferet, você por favor poderia olhar nas minhas costas?”
Meus amigos estavam conversando entre si, claramente rindo de alivio que sentiram desde
que os chamei enquanto o Detetive Marx e eu conversávamos do lado de fora da escola e
pedia a eles para me encontrarem dentro do prédio principal, e para se certificar que Neferet
também estivesse lá. Agora meu estranho pedido, que eu me certifiquei de pedir em voz alta e
claramente, os calou. Na verdade, todos na sala, incluindo o Detetive Marx, estavam olhando
para mim imaginando se talvez eu tenha batido a cabeça ou algo assim durante minhas
aventuras e um pouco do meu cérebro vazou para fora.
“É importante,” eu disse, rindo para Neferet como se estivesse escondendo um presente
embaixo da minha camiseta.
“Zoey, eu não tenho certeza do que – “ Neferet começou, tom dela cuidadosamente divido
entre preocupação e embaraçamento.
Eu dei um suspiro exagerado. “Jeesh, só olhe.” E antes de qualquer um me impedir, em me
virei para que minhas costas estivesse os encarando, e levantei a ponta da minha camiseta
(tento cuidado para manter a parte da frente coberta).
Eu realmente não estava preocupada de estar errada, mas os barulhos de surpresa e
exclamações de felicidade dos meus amigos foram um alivio de se ouvir.
“Z! Sua Marca se espalhou.” Erik riu e tocou as novas tatuagens dapele das minhas costas.
“Wow, isso é incrível,’ Shaunee disse.
“Totalmente legal,’ Erin disse.
“Espetacular,” Damien disse.”É o mesmo labirinto de suas outras Marcas.”
“Yeah, com os símbolos de runa espaçados entre espirais,” Erik disse.
Eu acho que eu fui a única que notou que Neferet não disse nada.
Eu soltei minha camiseta. Eu estava seriamente ansiosa para chegar a um espelho para poder
ver o que eu só era capaz de sentir.
“Parabéns, Zoey. Eu imagino que isso significa que você continua a espalhar sua bondade,”
Detetive Marx disse.
Eu sorri para ele. “Obrigado. Obrigado por tudo hoje a noite.”
Nossos olhos se encontraram e ele piscou. Então ele se virou para Neferet. “É melhor eu ir,
senhora. Tem muito trabalho a ser feito ainda. Além do mais, eu imagino que Zoey está
ansiosa para ir para cama. Boa noite a todos.” Ele tocou seu chapéu, sorriu para mim de novo,
e saiu.
“Estou realmente cansada.” Eu olhei para Neferet. “Se estiver tudo bem, gostaria de ir para
cama.”
“Sim, querida,” ela disse suavemente.”Isso está bem.”
“E também eu gostaria de dar uma passada no Templo de Nyx no caminho para o dormitório,
se estiver tudo bem para você,” eu disse.
“Você realmente tem muita coisa para agradecer a Nyx. Parar no templo dela é uma boa
idéia.”
“Vamos com você, Z,” Shaunee disse.
“Yeah, Nyx estava com todos nós hoje a noite,” Erin disse.
Damien e Erik fizeram sons de concordância, mas eu não olhei para nenhum dos meus amigos.
Eu mantive contato visual com Neferet e disse, “Eu vou agradecer Nyx, mas tem outra razão do
porque eu ira até o templo.” Eu não esperei que para ela me questionar, mas continuei
seriamente, “Eu vou acender uma vela da terra para Stevie Rae. Eu prometi a ela que não a
esqueceria.”
Meus amigos estavam murmurando suaves palavras de concordância, mas eu mantive minha
atenção focada em Neferet enquanto eu devagar e deliberadamente andava até ela.
“Boa noite, Neferet,” eu disse e dessa vez eu a abracei, e a coloquei mais perto de mim e
sussurrei, “Humanos e calouros e vampiros não precisam acreditar em mim porque Nyx
acredita. Isso não acabou entre nós.”
Eu me afastei dos braços de Neferet e virei minhas costas para ela. Juntos, meus amigos e eu
saímos e cruzamos a curta distancia até o Templo de Nyx. Finalmente tinha parado de nevar, e
a lua estava aparecendo entre acúmulos de nuvens que pareciam ser feitas de seda. Eu parei
da linda estatua de mármore da deusa que ficava na frente do templo dela.
“Aqui,” eu disse firmemente.
“Zo?” Erin disse questionadoramente.
“Eu quero por uma vela para Stevie Rae aqui, nos pés de Nyx.”
“Eu vou pegar para você,” Erik disse. Ele apertou minha mão e entrou no Templo de Nyx.
“Você está certa,” Shaunee disse.
“Yeah, Stevie Rae ira gostar que fosse acessa aqui,” Erin disse.
“É mais perto da terra,” Damien disse.
“E é mais perto de Stevie Rae,” eu disse suavamente.
Erik voltou e me entregou a vela verde, junto com o isqueiro ritualístico. Seguindo meus
instintos, eu acendi a vela e a coloquei nos pés de Nyx.
“Estou lembrando de você, Stevie Rae. Assim como eu prometi,” eu disse.
“Eu também,” disse Damien.
“Eu também,” disse Shaunee.
“Digo o mesmo,” disse Erin.
“Eu também estou lembrando,” disse Erik.
O cheiro de grama de campina de repente cercou a estatua de Nyx, fazendo meus amigos
sorrirem enquanto choravam. Antes de nos afastarmos eu fechei meus olhos e sussurrei uma
reza que era uma promessa que eu senti profundamente na minha alma.
Eu vou voltar por você, Stevie Rae.

house of night - traída (capitulo 31)


TRINTA E UM
Eu estava em uma linda campina que era no meio do que parecia ser uma densa floresta. Uma
quente e suave brisa estava soprando o cheiro de lilás para mim.Uma corrente passou pela
campina, é água cristalizada borbulhando musicalmente por cima de suaves pedras.
“Zoey? Você pode me ouvir, Zoey?” Uma voz masculina insistente se intrometeu no meu
sonho.
Eu franzi e tentei ignorar ele. Eu não queria acordar, mas meu espírito se movimentava. Eu
preciso acordar. Eu preciso lembrar. Ela precisa que eu lembre.
Mas quem é ela?
“Zoey...” Dessa vez a voz estava dentro do um sonho e eu podia ver meu nome pintado contra
o céu azul de primavera. A voz era de mulher... um familiar...mágico... fantástico. “Zoey...”
Eu olhei ao redor da claridade e encontrei a deusa sentada do lado do riacho, graciosamente
empoleirada na pedra suave de Oklahoma com seus pés descalços brincando com a água.
“Nyx!” Eu chorei. “Estou morta?” Minhas palavras brilharam ao meu redor.
A deusa sorriu. “Você vai me perguntar isso toda vez que eu te visitar, Zoey Redbird?”
“Não, eu, uh, desculpe.” Minhas palavras eram rosas, provavelmente corando junto com
minhas bochechas.
“Não se desculpe, minha filha. Você fez muito bem. Estou satisfeita com você. Agora, é hora de
você acordar. E eu também gostaria que você se lembrasse que os elementos podem restaurar
assim como destruir.”
Eu comecei a agradecer a ela, embora eu não tivesse idéia do que ela estava falando, mas o
balanço dos meus ombros e uma repentina corrente de ar frio me interrompeu. Eu abri meus
olhos.
Neve caia ao meu redor. O Detetive Marx estava abaixado perto de mim, chacoalhando meus
ombros. Com a estranha nevoa na minha mente, só encontrei uma palavra. “Heath?” Eu
resmunguei.
Mark virou seu queixo para a direita e eu virei minha cabeça para ver o corpo parado de Heath
sendo colocado numa ambulância.
“Ele está...” eu não pude terminar.
“Ele está bem, só batido. Ele perdeu muito sangue e já estão dando algo a ele para a dor.”
“Batido?” Eu estava lutando para fazer tudo ter sentido. “O que aconteceu com Heath?”
“Multiplas lacerações, assim como aqueles outros garotos. Foi bom que você o encontrou e
me chamou antes dela sangrar até morrer.” Ele apertou meu ombro. Um paramédico tentava
mover Marx para o lado, mas ele disse, “Eu cuido dela. Ela só precisava voltar para a House of
Night e ficará bem.”
Eu vi o paramédico me dar um olhar que claramente dizia aberração, mas as fortes mãos do
Detetive Marx estavam me ajudando a sentar e seu corpo alto bloqueou minha visão do
paramédico que resmungava.
“Você pode andar até o meu carro?” Marx perguntou.
Eu acenei. Meu corpo estava se sentindo melhor, mas minha mente ainda estava toda
amassada. O “carro” de Marx era um enorme caminhão com rodas gigantes e grades de
estrada. Ele me ajudou a entrar no banco da frente, que estava quente e confortável, mas
antes de fechar a porta eu de repente lembrei de outra coisa, mesmo que o esforço tivesse
feito minha cabeça parecer que ia se abrir. “Persephone! Ela está bem?”
Marx parecia confuso por um segundo, então sorriu. “A égua?”
Eu acenei.
“Ela está bem. Um oficial está levando ela até o estábulo da policia no centro até as estradas
estarem limpas o bastante para pegar um trailer e levar ela de volta a House of Night.” O
sorriso dele aumentou. “Parece que você é mais corajosa que a força policial de Tulsa.
Nenhum deles se voluntariou para galopar ela de volta.”
Eu descansei minha cabeça contra o assento enquanto ele começou a dirigir e navegar
vagarosamente através da corrente de neve para longe do deposito. Deveria haver pelo menos
10 carros da policia, junto com um caminhão de bombeiros e duas ambulâncias estacionados
com luzes vermelhas e azuis e brancas contra a vazia noite gelada.
“O que aconteceu aqui hoje a noite, Zoey?”
Eu pensei, e tive que apertar meus olhos contra a dor repentina na minha cabeça. “Eu não
lembro,” eu consegui dizer através da dor nas minhas têmporas. Eu podia sentir o afiado olhar
dele em mim. Eu encontrei os olhos do detetive e lembrei dele me contar sobre sua irmã
gêmea, a vampira que ainda o amava. Ele disse que eu podia confiar nele, e eu acreditava nele.
“Algo está errado,” eu admiti. “Minha memória está confusa.”
“Ok,” ele disse devagar. “Comece com a ultima coisa que você consegue lembrar facilmente.”
“Eu estava escovando Persephone e de repente eu sabia onde Heath estava, e que ele ia
morrer se eu não fosse pegar ele.”
“Vocês dois tiveram um Imprint?” Minha surpresa deve ter sido fácil de ler, porque ele sorriu e
continuou. “Minha irmã e eu conversamos, e eu tenho estado curioso sobre coisas de
vampiros, especialmente logo depois que ela Mudou.” Ele deu nos ombros, como se não fosse
grande coisa um humano saber todo tipo de informação dos vampiros. “Somos Gêmeos, então
estamos acostumados a dividar tudo. Uma mudança de espécie não fez muita diferença para
nós.” Ele olhei para mim de lado. “Vocês tiveram um Imprint, não é?”
“Yeah, Heath e eu tivemos um Imprint. Foi assim que eu soube onde ele estava.” Eu deixei de
fora as coisas sobre Afrodite. De jeito nenhum eu ia explicar todo o as-visões-dela-são-reaismas-
Neferet-tem-estado...
“Ah!” Dessa vez eu me afoguei em voz anta devido a agonia dentro da minha cabeça.
“Profundas e calmas respirações,” Marx disse, me dando olhares preocupados sempre que
podia tirar os olhos da estrada. “Eu disse sempre que fosse fácil de lembrar.”
“Não, está tudo bem. Estou bem. Eu quero fazer isso.”
Ele ainda parecia preocupado, mas continuou a me interrogar. “Certo, você sabia que Heath
estava com problemas, e sabia onde estava.Então, porque você não me ligou e me disse para ir
ao deposito?”
Eu tentei lembrar e a dor passou pela minha cabeça, mas junto com a dor veio raiva. Algo tinha
acontecido a minha mente. Alguém tinha mexido com a minha mente. Tudo isso me irritou. Eu
esfreguei minhas têmporas e cerrei meus dentes contra a dor.
“Talvez devêssemos parar um pouco.”
“Não! Só me deixe pensar,” eu disse. Eu podia me lembrar do estábulo e de Afrodite. Eu podia
lembrar que Heath precisava de mim, e a selvagem volta na neve com Persephone até o porão
do deposito. Mas quando eu tentei lembrar além do porão a agonia que passou pela minha
cabeça se tornou demais para mim.
“Zoey!” A preocupação do Detetive Marx penetrou através da dor.
“Alguma coisa mexeu com a minha mente.” Eu limpei as lagrimas que eu não percebi estarem
rolando pelo meu rosto.
“Pedaços da sua memória sumiram.”
Não parecia uma pergunta, mas eu acenei mesmo assim.
Ele ficou quieto por um tempo. Parecia que ele estava se concentrando na estrada deserta e
cheia de neve, mas eu achei que sabia mais, e as próximas palavras dele me disseram que eu
estava certa.
“Minha irmã” – ele sorriu e olhou para mim – “ o nome dela é Anne, me avisou uma vez que se
eu irritasse uma Alta Sacerdotisa eu poderia me meter em problemas sérios porque elas tem
como apagar coisas, e o que ela quis dizer por “coisas” é a memória das pessoas.” Ele olhou
para a estrada de novo, e dessa vez o sorriso dele sumiu. “Então, eu acho que a pergunta é: o
que você fez para irritar a Alta Sacerdotisa?”
“Eu não sei. Eu...” Minha voz morreu quando pensei sobre o que ele tinha dito. Eu não tentei
lembrar o que aconteceu. Ao invés disso, eu deixei minha mente viajar preguiçosamente mais
para trás... para Afrodite e o fato de que Nyx ainda a estava abençoando ela com visões,
embora Neferet tivesse espalhado que as visões dela eram falsas... até o pequeno, quase
imperceptível senso de algo errado que cresceu como um fungo ao redor de Neferet, até o
culminante domingo a noite e quando ela minou as decisões que eu fiz para as Filhas Negras...
até a horrível cena que eu testemunhei entre Neferet e... e... eu me segurei contra o calor que
estava começando a pulsar na minha cabeça e, junto com flashes de dor perfurante, lembrei
da criatura que Elliott tinha se tornado, se alimentando do sangue da Alta Sacerdotisa.
“Pare o caminhão!” Eu gritei.
“Estamos quase na escola, Zoey.”
“Agora! Eu vou vomitar.”
Ele parou do lado da estrada vazia. Eu abri a porta e caia na rua de neve, começando a me
abaixar, e vomitar minhas tripas no banco de neve. O Detetive Marx estava ao meu lado,
colocando meu cabelo para trás e parecendo muito como um pai quando me disse para
respirar e que tudo ficaria bem. Eu busquei por ar e finalmente levantei. Ele me entregou um
lenço, um daqueles antigos de linho que estava dobrando em um limpo quadrado.
“Obrigado.” Eu tentei devolver para ele depois de limpar meu rosto e assoprar meu nariz, mas
ele sorriu e disse, “Fique com ele.”
Eu fique parada ali, só respirando e deixando a batida na minha cabeça sumir enquanto olhava
para um calmo de neve intocada até alguns carvalhos distantes que cresciam perto de um
muro de pedra e tijolos. E com uma onda de surpresa, eu percebi onde estavamos.
“É o muro leste da escola,” eu disse.
“Yeah, pensei em te trazer pelas portas dos fundos – te dar mais tempo para se acalmar, e
talvez restaurar um pouco da sua memória.”
Restaurar... O que tinha essa palavra? Tentativamente, eu pensei com força, tentando lembrar
enquanto eu me segurava contra a dor que eu tinha certeza que viria. Mas ela não veio, e na
minha memória veio a visão de uma linda campina, e as sábias palavra da minha deusa... os
elementos podem restauras assim como destruir.
E então entendi o que precisava fazer.
“Detetive Marx, eu preciso de um minuto aqui, ok?”
“Sozinha?” ele perguntou.
Eu acenei.
“Eu estarei no caminhão, olhando você. Se precisar, chame.”
Eu sorri em agradecimento, mas antes dele virar para entrar no caminhão eu estava andando
até os carvalhos. Eu não precisava ficar embaixo deles – ficar no terreno da escola, mas ficar
perto deles me ajudava a me concentrar. Quando eu estava perto o bastante para ver seus
galhos entrelaçados como velhos amigos, eu parei e fechei os olhos.
“Vento, eu te chamo até mim e dessa vez eu peço que você limpe qualquer mancha escura
que tocou minha mente.” Eu senti uma rajada de frio, como se eu estivesse sendo pega pelo
meu furação pessoal, mas ele não estava se pressionando contra o meu corpo. Estava
enchendo minha mente. Eu mantive meus olhos fortemente fechados e bloqueei a dor de
cabeça que estava voltado a minhas têmporas. “Fogo, eu te chamo e peço que você queime da
minha mente qualquer escuridão que a tenha tocado.” Calor encheu minha mente, só que não
era como a quente corrente que eu senti antes. Ao invés disso era um bom calor, como uma
calefação. “Água, eu te chamo e peço que você lave da minha mente a escuridão que a tocou.”
Frio entrou no calor, acalmando o que estava super aquecido e trazendo um alivio incrível.
“Terra, eu te chamo e peço que sua força nutritiva pegue da minha mente a escuridão que a
tocou.” Da sola dos meus pés, onde eu estava firmemente conectada a terra, foi como se uma
torneira tivesse se aberto e eu imaginei ela derramando a escuridão para fora do meu corpo
para ser consumida pela força e bondade da terra.” E, espírito, eu peço que você cure o que a
escuridão destruiu da minha mente, e restaure minha memória!” Algo se quebrou em mim e
um sensação quente e branca passou pelas minhas costa, me derrubando com força de
joelhos.
“Zoey! Zoey! Meu Deus, você está bem?”
Mais uma vez as mãos fortes do Detetive Marx estavam chacoalhando meus ombros e ele
estava me ajudando perto de mim. Dessa vez meus olhos se abriram facilmente e eu sorri para
o resto dele.
“Mais do que bem. Eu lembro de tudo.”

house of night - traída (capitulo 30)


TRINTA
Meu rosto se avermelhou de embaraço enquanto eu saída dos braços de Heath, limpando a
boca e respirando com força. Stevie Rae estava parada no túnel só a alguns metros de nós.
Lágrimas escorriam de suas bochechas e seu rosto estava virado em desespero.
“Me mate,” ela repetiu em um soluço.
“Não.” Eu balancei a cabeça e dei um passo em direção a ela, mas ela se afastou de mim,
levantando sua mão como se quisesse me parar.Eu parei e respirei fundo, tentando me colocar
sob controle. “Volte para a House of Night comigo. Vamos descobrir como isso aconteceu. Vai
ficar tudo bem, Stevie Rae, eu prometo. Tudo o que importa é que você está viva.”
Stevie Rae começou a tremer as mãos quando comecei a falar. “Eu não estou realmente viva,
eu não posso voltar lá.”
“É claro que você está viva. Está andando e falando.”
“Eu não sou mais eu. Eu morri, e parte de mim – a melhor parte de mim – ainda está morta,
assim como é para o resto de nós.” Ela gesticulou de volta para a caverna.
“Você não parece com eles,” eu disse firmemente.
“Eu sou mais como eles do que como você.” O olhar dela mudou de mim para Heath, que
estava parado quieto ao meu lado. “Você não iria acreditar nas coisas horríveis que passam
pela minha cabeça. Eu poderia matar ele sem pensar duas vezes. Eu já teria feito, se o sangue
dele não tivesse mudado devido ao Imprint com você.”
“Talvez não seja só isso,Stevie Rae.Talvez você não tenha matado ele porque você não queria,”
eu disse.
Os olhos dela encontraram os meus de novo. “Não. Eu queria matar ele. Ainda quero.”
“O resto deles mataram Brad e Chris,” Heath disse. “E isso foi minha culpa.”
“Heath, agora não é a hora –“ eu comecei, mas ele me cortou.
“Não, precisamos deixar isso claro, Zoey. Aquelas coisas agarraram Brad e Chris porque eles
estavam perto da House of Night, e isso é minha culpa porque eu disse a eles o quão quente
você é.” Ele me deu um olhar apologético. “Desculpe,Zo.” Então a expressão dele endureceu e
ele disse, “Você deveria matar ela. Você deveria matar todos eles. Desde que eles estejam
vivos, as pessoas estarão em perigo.”
“Ele está certo,” Stevie Rae disse.
“E como matar você e o resto dele resolve isso? Mais de vocês não vão aparecer?” Eu me
decidi e fechei o espaço entre Stevie Rae e eu. Ela parecia querer ir embora, mas minhas
palavras a impedira. “Como isso aconteceu? O que te fez ficar assim?”
O rosto dela se contorceu de angustia. “Eu não sei como. Só sei quem.”
“Então quem fez isso?”
Ela abriu a boca para me responder, com um movimento tão rápido que o corpo dela virou um
borrão, ela de repente estava assustada contra o lado do túnel.
“Ela está vindo!”
“O que? Quem?” eu me abaixei ao lado dela.
“Saia daqui! Rápido.Provavelmente ainda tem tempo para você fugir.” Então Stevie Rae se
estendeu e pos minha mão na dela. A pele dela era fria, mas seu aperto era forte. “Ela vai te
matar se te ver – você e ele. Você sabe demais. Ela pode te matar mesmo assim, mas será mais
difícil para ela fazer isso, se você voltar para a House of Night.”
“De quem você está falando, Stevie Rae?”
“Neferet.”
O nome passou por mim mesmo enquanto eu balançava a cabeça em negação e sentia a
verdade se aprofundar em mim.
“Neferet fez isso com você, com todos vocês?”
“Sim. Agora saia daqui, Zoey!”
Eu podia sentir o terror dela e sabia que ela estava certa. Se Heath e eu não fossemos embora,
nós iríamos morrer.
“Eu não vou desistir de você, Stevie Rae. Use seu elemento. Você ainda tem uma conexão com
a terra, eu posso sentir. Então use seu elemento para ficar forte. Eu vou voltar por você, e de
alguma forma vamos resolver isso – vamos fazer ficar tudo bem. Eu prometo.” Então eu
abracei ela, e depois de apenas uma pequena hesitação, ela me abraçou também.
“Vamos, Heath.” Eu agarrei a mão dele para poder guiar ele rapidamente pelo túnel escuro. A
luz na minha palma tinha apagado quando eu chamei a terra, e de jeito nenhum eu ia me
arriscar em confiar nele. Pode guiar ela a nós. Enquanto eu corria pelo túnel eu ouvi o sussurro
de Stevie Rae “Por favor, não esqueça de mim...” Nos seguir.
Heath e eu corremos. A onda de energia do sangue que ele tinha me dado não durou muito
tempo, quando chegamos na escada de metal que levava para a grade do porão, eu queria cair
e dormir por dias. Heath estava se apressando na escada e para entrar no porão, mas eu o fiz
esperar. Respirando com força, eu me inclinei contra o lado do túnel e buscando meu celular
no bolso da minha calça, junto com o cartão do Detetive Marx. Eu abri o telefone e eu juro que
meu coração não bateu até as barras começarem a ficar verdes.
“Você pode me ouvir agora?” Heath disse, rindo para mim.
“Sssh!” Eu disse a ele, mas sorrindo em resposta. Então digitei o numero do detetive.
“Aqui é Marx,” a profunda voz respondeu no segundo toque.
“Detetive Marx, aqui é Zoey Redbird. Eu só tenho um segundo para falar, então tenho que
desligar. Eu encontrei Heath Luck. Estamos no porão do deposito de Tulsa, e precisamos de
ajuda.”
“Agüentem firme. Eu estarei ai em breve!”
Um barulho de baixo fez eu cortar a conexão e desligar o telefone. Eu pressionei meu dedo nos
lábios quando Heath começou a falar. Heath pos seus braços ao meu redor, e tentamos não
respirar. Então ouvi o coo-coo de um pomba e o agito de asas.
“Eu acho que é só uma ave,” Heath sussurrou. “Eu vou olhar.”
Eu estava muito cansada para discutir com ele, além do mais Marx estava a caminho e eu
estava cheia do túnel úmido e nojento. “Cuidado,” eu sussurrei para ele.
Heath acenou e apertou meu ombro, então subiu a escada. Devagar e com cuidado ele ergueu
a grade de metal, colocando a cabeça para fora e espiando ao redor. Logo ele desceu e fez
uma menção para mim subir e pegar a mão dele. “É só um pombo. Vem.”
Cansada, eu subi com ele e deixei ele me puxar para o porão. Sentamos no canto perto da
grade por vários longos minutos, ouvindo atentamente. Finalmente, eu sussurrei, “Vamos sair
e esperar por Marx lá.” Heath já tinha começado a tremer, mas eu lembrei do cobertor que
Afrodite tinha me feito trazer. Além do mais, eu prefiro arriscar com o tempo do que ficar
nesse porão assustador.
“Eu odeio aqui também. É como uma droga de tumba,” Heath disse suavemente entre o
ranger dos dentes.
Com a mão na mão dele, andamos pelo porão, passando pela forte luz acinzentada que
refletiva o mundo de fora. Estávamos na porta de ferro quando eu ouvi o distante barulho da
sirene da policia. A terrível tensão em meu corpo tinha começado a relaxar quando a voz de
Neferet veio das sombras.
“Eu deveria saber que você estaria aqui.”
O corpo de Heath pulou surpreso e eu apertei minha mão na mão quente dele. Quando
viramos para olhar para ela, eu estava me centrando e podia sentir o poder dos elementos
começarem a tremer o ar ao meu redor. Eu respirei fundo e cuidadosamente limpei minha
mente.
“Oh, Neferet! Estou tão feliz por ver você!”Eu apertei a mão de Heath mais uma vez antes de
soltar, tentando telegrafar concorde com o que quer que eu diga, através do toque. Então eu
corri, soluçando até a os braços da Alta Sacerdotisa. “Como você me achou? O Detetive Marx
te ligou?”
Eu podia ver indecisão nos olhos dela enquanto Neferet suavemente se afastavam dos meus
braços. “Detetive Marx?”
“Yeah.” Eu funguei e limpei meu nariz na manga, me forçando a emitir alivio e confiança nela.
“É ele vindo agora mesmo.” O som da sirene estava muito próximo, e eu pude ouvir que estava
junto de pelo menos mais dois carros. “Obrigado por me encontrar!” Eu disse emocionada.
“Foi tão terrível. Eu pensei que as pessoas de rua maluca iam matar nós dois.” Eu me movi até
Heath e peguei a mão dele de novo. Ele estava olhando para Neferet, parecendo muito como
se estivesse em choque. Eu percebi que ele provavelmente estava lembrando partes do única
outra vez que ele viu a Alta Sacerdotisa – a noite que os vampiros fantasmas quase o tinham
matado – e imaginei que a mente dele estava muito apavorada para Neferet sentir o que
estava acontecendo dentro da cabeça dele. Uma boa coisa.
As portas do carro estavam batendo e pés pesados estavam andando na neve.
“Zoey, Heath...” Neferet se moveu rapidamente até nós. Ela levantou suas mãos, que
brilhavam de forma estranha, com uma luz vermelha, de repente me lembrando de coisas
mortas vivas. Antes deu poder correr ou gritar ou até respirar, ela agarrou nossos ombros. Eu
senti Heath ficar rígido enquanto dor passava pelo meu corpo. Explodiu na minha mente e
meus joelhos teriam cedido se as mãos não estivem me segurando firme. “Você não ira
lembrar de nada!” As palavras ecoaram pela minha mente cheia de agonia, e então só ouve
escuridão.
Meu rosto se avermelhou de embaraço enquanto eu saída dos braços de Heath, limpando a
boca e respirando com força. Stevie Rae estava parada no túnel só a alguns metros de nós.
Lágrimas escorriam de suas bochechas e seu rosto estava virado em desespero.
“Me mate,” ela repetiu em um soluço.
“Não.” Eu balancei a cabeça e dei um passo em direção a ela, mas ela se afastou de mim,
levantando sua mão como se quisesse me parar.Eu parei e respirei fundo, tentando me colocar
sob controle. “Volte para a House of Night comigo. Vamos descobrir como isso aconteceu. Vai
ficar tudo bem, Stevie Rae, eu prometo. Tudo o que importa é que você está viva.”
Stevie Rae começou a tremer as mãos quando comecei a falar. “Eu não estou realmente viva,
eu não posso voltar lá.”
“É claro que você está viva. Está andando e falando.”
“Eu não sou mais eu. Eu morri, e parte de mim – a melhor parte de mim – ainda está morta,
assim como é para o resto de nós.” Ela gesticulou de volta para a caverna.
“Você não parece com eles,” eu disse firmemente.
“Eu sou mais como eles do que como você.” O olhar dela mudou de mim para Heath, que
estava parado quieto ao meu lado. “Você não iria acreditar nas coisas horríveis que passam
pela minha cabeça. Eu poderia matar ele sem pensar duas vezes. Eu já teria feito, se o sangue
dele não tivesse mudado devido ao Imprint com você.”
“Talvez não seja só isso,Stevie Rae.Talvez você não tenha matado ele porque você não queria,”
eu disse.
Os olhos dela encontraram os meus de novo. “Não. Eu queria matar ele. Ainda quero.”
“O resto deles mataram Brad e Chris,” Heath disse. “E isso foi minha culpa.”
“Heath, agora não é a hora –“ eu comecei, mas ele me cortou.
“Não, precisamos deixar isso claro, Zoey. Aquelas coisas agarraram Brad e Chris porque eles
estavam perto da House of Night, e isso é minha culpa porque eu disse a eles o quão quente
você é.” Ele me deu um olhar apologético. “Desculpe,Zo.” Então a expressão dele endureceu e
ele disse, “Você deveria matar ela. Você deveria matar todos eles. Desde que eles estejam
vivos, as pessoas estarão em perigo.”
“Ele está certo,” Stevie Rae disse.
“E como matar você e o resto dele resolve isso? Mais de vocês não vão aparecer?” Eu me
decidi e fechei o espaço entre Stevie Rae e eu. Ela parecia querer ir embora, mas minhas
palavras a impedira. “Como isso aconteceu? O que te fez ficar assim?”
O rosto dela se contorceu de angustia. “Eu não sei como. Só sei quem.”
“Então quem fez isso?”
Ela abriu a boca para me responder, com um movimento tão rápido que o corpo dela virou um
borrão, ela de repente estava assustada contra o lado do túnel.
“Ela está vindo!”
“O que? Quem?” eu me abaixei ao lado dela.
“Saia daqui! Rápido.Provavelmente ainda tem tempo para você fugir.” Então Stevie Rae se
estendeu e pos minha mão na dela. A pele dela era fria, mas seu aperto era forte. “Ela vai te
matar se te ver – você e ele. Você sabe demais. Ela pode te matar mesmo assim, mas será mais
difícil para ela fazer isso, se você voltar para a House of Night.”
“De quem você está falando, Stevie Rae?”
“Neferet.”
O nome passou por mim mesmo enquanto eu balançava a cabeça em negação e sentia a
verdade se aprofundar em mim.
“Neferet fez isso com você, com todos vocês?”
“Sim. Agora saia daqui, Zoey!”
Eu podia sentir o terror dela e sabia que ela estava certa. Se Heath e eu não fossemos embora,
nós iríamos morrer.
“Eu não vou desistir de você, Stevie Rae. Use seu elemento. Você ainda tem uma conexão com
a terra, eu posso sentir. Então use seu elemento para ficar forte. Eu vou voltar por você, e de
alguma forma vamos resolver isso – vamos fazer ficar tudo bem. Eu prometo.” Então eu
abracei ela, e depois de apenas uma pequena hesitação, ela me abraçou também.
“Vamos, Heath.” Eu agarrei a mão dele para poder guiar ele rapidamente pelo túnel escuro. A
luz na minha palma tinha apagado quando eu chamei a terra, e de jeito nenhum eu ia me
arriscar em confiar nele. Pode guiar ela a nós. Enquanto eu corria pelo túnel eu ouvi o sussurro
de Stevie Rae “Por favor, não esqueça de mim...” Nos seguir.
Heath e eu corremos. A onda de energia do sangue que ele tinha me dado não durou muito
tempo, quando chegamos na escada de metal que levava para a grade do porão, eu queria cair
e dormir por dias. Heath estava se apressando na escada e para entrar no porão, mas eu o fiz
esperar. Respirando com força, eu me inclinei contra o lado do túnel e buscando meu celular
no bolso da minha calça, junto com o cartão do Detetive Marx. Eu abri o telefone e eu juro que
meu coração não bateu até as barras começarem a ficar verdes.
“Você pode me ouvir agora?” Heath disse, rindo para mim.
“Sssh!” Eu disse a ele, mas sorrindo em resposta. Então digitei o numero do detetive.
“Aqui é Marx,” a profunda voz respondeu no segundo toque.
“Detetive Marx, aqui é Zoey Redbird. Eu só tenho um segundo para falar, então tenho que
desligar. Eu encontrei Heath Luck. Estamos no porão do deposito de Tulsa, e precisamos de
ajuda.”
“Agüentem firme. Eu estarei ai em breve!”
Um barulho de baixo fez eu cortar a conexão e desligar o telefone. Eu pressionei meu dedo nos
lábios quando Heath começou a falar. Heath pos seus braços ao meu redor, e tentamos não
respirar. Então ouvi o coo-coo de um pomba e o agito de asas.
“Eu acho que é só uma ave,” Heath sussurrou. “Eu vou olhar.”
Eu estava muito cansada para discutir com ele, além do mais Marx estava a caminho e eu
estava cheia do túnel úmido e nojento. “Cuidado,” eu sussurrei para ele.
Heath acenou e apertou meu ombro, então subiu a escada. Devagar e com cuidado ele ergueu
a grade de metal, colocando a cabeça para fora e espiando ao redor. Logo ele desceu e fez
uma menção para mim subir e pegar a mão dele. “É só um pombo. Vem.”
Cansada, eu subi com ele e deixei ele me puxar para o porão. Sentamos no canto perto da
grade por vários longos minutos, ouvindo atentamente. Finalmente, eu sussurrei, “Vamos sair
e esperar por Marx lá.” Heath já tinha começado a tremer, mas eu lembrei do cobertor que
Afrodite tinha me feito trazer. Além do mais, eu prefiro arriscar com o tempo do que ficar
nesse porão assustador.
“Eu odeio aqui também. É como uma droga de tumba,” Heath disse suavemente entre o
ranger dos dentes.
Com a mão na mão dele, andamos pelo porão, passando pela forte luz acinzentada que
refletiva o mundo de fora. Estávamos na porta de ferro quando eu ouvi o distante barulho da
sirene da policia. A terrível tensão em meu corpo tinha começado a relaxar quando a voz de
Neferet veio das sombras.
“Eu deveria saber que você estaria aqui.”
O corpo de Heath pulou surpreso e eu apertei minha mão na mão quente dele. Quando
viramos para olhar para ela, eu estava me centrando e podia sentir o poder dos elementos
começarem a tremer o ar ao meu redor. Eu respirei fundo e cuidadosamente limpei minha
mente.
“Oh, Neferet! Estou tão feliz por ver você!”Eu apertei a mão de Heath mais uma vez antes de
soltar, tentando telegrafar concorde com o que quer que eu diga, através do toque. Então eu
corri, soluçando até a os braços da Alta Sacerdotisa. “Como você me achou? O Detetive Marx
te ligou?”
Eu podia ver indecisão nos olhos dela enquanto Neferet suavemente se afastavam dos meus
braços. “Detetive Marx?”
“Yeah.” Eu funguei e limpei meu nariz na manga, me forçando a emitir alivio e confiança nela.
“É ele vindo agora mesmo.” O som da sirene estava muito próximo, e eu pude ouvir que estava
junto de pelo menos mais dois carros. “Obrigado por me encontrar!” Eu disse emocionada.
“Foi tão terrível. Eu pensei que as pessoas de rua maluca iam matar nós dois.” Eu me movi até
Heath e peguei a mão dele de novo. Ele estava olhando para Neferet, parecendo muito como
se estivesse em choque. Eu percebi que ele provavelmente estava lembrando partes do única
outra vez que ele viu a Alta Sacerdotisa – a noite que os vampiros fantasmas quase o tinham
matado – e imaginei que a mente dele estava muito apavorada para Neferet sentir o que
estava acontecendo dentro da cabeça dele. Uma boa coisa.
As portas do carro estavam batendo e pés pesados estavam andando na neve.
“Zoey, Heath...” Neferet se moveu rapidamente até nós. Ela levantou suas mãos, que
brilhavam de forma estranha, com uma luz vermelha, de repente me lembrando de coisas
mortas vivas. Antes deu poder correr ou gritar ou até respirar, ela agarrou nossos ombros. Eu
senti Heath ficar rígido enquanto dor passava pelo meu corpo. Explodiu na minha mente e
meus joelhos teriam cedido se as mãos não estivem me segurando firme. “Você não ira
lembrar de nada!” As palavras ecoaram pela minha mente cheia de agonia, e então só ouve
escuridão.

house of night - traída (capitulo 29)


VINTE E NOVE
A chama em minha palma emitiu faíscas e desapareceu quando o choque quebrou minha
concentração. “Stevie Rae!” Eu comecei a dar um passo em direção a ela, mas a verdade da
aparência dela me atingiu e senti meu corpo ficar frio e duro. Ela parecia terrível – pior do que
no meu sonho visão. Não era tanto sua pálida magreza e o horrível cheiro errado que saia dela
e a fazia parecer mudada. Era a expressão dela. Viva, Stevie Rae era a pessoa mais gentil que
eu conheci. Mas agora, o que quer que ela fosse – morta, morta viva, bizarramente ressucitada
– ela estava diferente. Os olhos dela eram cruéis e chatos. O rosto dela não tinha expressão
nenhuma a não ser uma, e aquela emoção era ódio.
“Stevie Rae, o que aconteceu com você?”
“Eu morri.” A voz dela era uma virada e mal formada sombra do que algum dia havia sido. Ela
ainda tinha seu sotaque Okie, mas a suave delicadeza que a preenchia tinha sumido
completamente. Ela soava como um lixo maldoso.
“Você é um fantasma?”
“Um fantasma?” A risada dela era um desprezo. “Não, eu não sou porcaria de fantasma
nenhum.”
Eu engoli e senti uma tonta onda de esperança. “Então você está viva?”
Ela curvou os lábios em um sorriso sarcástico que parecia tão errado no rosto dela que fez meu
físico adoecer. “Você diz que eu estou viva, mas eu digo que não é tão simples. Mas também,
não sou tão simples como costumava ser.”
Bem, pelo menos ela não tinha assoviado para mim como aquele Elliott tinha. Stevie Rae
estava viva. Eu me segurei com força naquele milagre, engolindo meu medo e repulsão, e me
mexendo tão rapidamente que ela não teve tempo de se afastar (ou me morder, ou o que
fosse), eu a segurei dela, ignorando o horrível cheiro dela, e a abracei forte. “Estou tão feliz
que você não esteja morta!” Eu sussurrei para ela.
Era como abraçar um pedaço grande de pedra. Ela não se afastou de mim. Ela não me mordeu.
Ela não reagiu, mas as criaturas ao nosso redor reagiram. Eu podia ouvir eles sussurrando e
assoviando. Eu soltei ela e me afastei.
“Não me toque de novo,” ela disse.
“Stevie Rae, tem algum lugar em que possamos conversar? Eu preciso levar Heath para casa,
mas eu posso voltar e encontrar você. Ou talvez você possa voltar para a escola comigo?”
“Você não entende nada, entende?”
“Eu entendo que algo ruim aconteceu com você, mas você ainda é minha melhor amiga, então
podemos dar um jeito nisso.”
“Zoey, você não vai a lugar nenhum.”
“Ótimo,” eu propositalmente fingi que entendi errado a ameaça dela. “Eu acho que podemos
conversar aqui, mas, bem...” Eu olhei para as nojentas criaturas. “Não é muito privado, e
também é nojento aqui embaixo.”
“Sóóóóóó mate eles!” Elliott resmungou atrás de Stevie Rae.
“Cale a boca, Elliott!” Stevie Rae e eu surtamos ao mesmo tempo. Os olhos dela encontraram
os meus e eu juro que vi algo que era mais do que apenas raiva e crueldade.
“Você sabe que eles não podem viver agora que nosssss virraaam,” Elliott disse. As outras
criaturas ficaram inquietas, fazendo diabólicos barulhinhos de concordância.
Então uma garota saiu do bando de criaturas. Ela obviamente costuma ser linda. Mesmo agora
havia uma assustadora sedução nela. Ela era alta e loira, e se movia mais graciosamente que
os outros. Mas quando olhei nos olhos vermelhos dela só vi maldade.
“Se você não pode fazer, eu faço. Eu pego o macho primeiro. Eu não me importo que o sangue
dele tenha sido manchado por um Imprinte. Ele ainda é quente e vivo,” ela disse, e ela pareceu
dançar em direção a Heath.
Eu parei na frente dele, bloqueando o caminho dela. “Toque ele e você morre. De novo,” eu
disse.
Stevie Rae interrompeu a risada assoviada dela.
“Volte com os outros, Venus. Você não ataca até eu mandar.”
Venus. O nome remexeu minha memória. “Venus Davis?” eu disse.
A loira bonita estreitou seus olhos pra mim. “Como você me conhece, caloura?”
“Ela sabe várias coisas,” Heath disse, parando perto de mim. Ele estava usando o que eu
costumava chamar de sua voz de jogador. Ele soava durão e irritado e totalmente pronto para
uma luta. “E eu estou cheio de todos você criaturas fudidas.”
“Porque isso está falando?” Stevie Rae cuspiu.
Eu suspirei e virei os olhos. Eu concordo com Heath – eu estava totalmente cheia de toda essa
assustadora estranheza. Era hora de nós sairmos dali, e também era hora da minha melhor
amiga começar a agir como a pessoa do qual eu vi o deslumbre em seus olhos. “Ele não é isso.
Ele é o Heath. Lembra, Stevie Rae? Meu ex-namorado?”
“Zo. Não sou seu ex-namorado. Sou seu namorado.”
“Heath. Eu te disse antes que isso entre nós não pode funcionar.”
“Anda, Zo, a gente teve um Imprint. Isso significa você e eu, baby!” Ele riu para mim como se
estivéssemos no meio do baile de formatura ao invés do meio de um grupo de criaturas
mortas vivas que queriam nos comer.
“Isso foi um acidente, e vamos ter que falar sobre isso, mas essa definitivamente não é hora.”
“Oh, Zo, você sabe que me ama.” O sorriso de Heath não diminuiu nem um pouco.
“Heath, você é o cara mais teimoso que eu já conheci.” Ele piscou para mim e eu não consegui
me impedir de sorrir para ele. “Ótimo. Eu amo você.”
“O que estáááá acontecendo...” a nojenta criatura Elliott assoviou. O resto das horríveis coisas
que nos cercavam se moviam inquietas, e Venus deu um passo mais perto de Heath. Eu me
forcei a não tremer ou gritar ou o que fosse.Ao invés disso, uma estranha calma se apoderou
de mim. Eu olhei para Stevie Rae, e de repente eu sabia o que precisava dizer. Eu pus minhas
mãos nos quadris e a encarei.
“Diga a ele,” eu disse. “Diga a todos eles.”
“Dizer o que?” Ela estreitou os olhos vermelhos perigosamente.
“Diga a eles o que está acontecendo aqui. Você sabe. Eu sei que você sabe.”
O rosto de Stevie Rae se contorceu, e as palavras soaram como se estivessem sendo
violentamente tiradas da garganta dela.
“Humanidade! Eles estão mostrando a humanidade deles.” As criaturas reclamaram como se
água benta tivesse sido jogada neles (e por favor, esse é um clichê tão nada verdadeiro sobre
vampiros).
“Fraqueza! É por isso que somos mais fortes que eles.” Venus curvou os lábios. “Porque é uma
fraqueza que não temos mais.”
Eu ignorei Venus. Eu ignorei Elliott. Diabos, eu ignorei todos eles e olhei para Stevie
Rae,forçando ela a encontrar meus olhos, e me forçando a não olhar para longe ou me
esquivar do seu olhos vermelhos e brilhantes.
“Besteira,” eu disse.
“Ela está certa,” Stevie Rae disse. A voz dela era mais fria do que maldosa. “Quando
morremos, a nossa humanidade morreu junto.”
“Isso pode ser verdade com eles, mas não acredito que seja verdade com você,” eu disse.
“Você não sabe nada sobre isso, Zoey,” Stevie Rae disse.
“Eu não preciso. Eu conheço você, conheço nosso deusa, e isso é tudo que preciso saber.
“Ela não é mais minha deusa.”
“Verdade, assim como sua mãe não é mais sua mãe?” Eu sabia que tinha acertado um nervo
quando eu a vi se curvar como se tivesse com uma dor física.
“Eu não tenho uma mãe. Eu não sou mais humana.”
“Grande coisa. Tecnicamente, eu também não sou mais humana. Eu estou no meio da
Mudança, o que me faz um pouco disso e muito daquilo. Diabos, o único que ainda é humano
aqui é Heath.”
“Não que eu seja contra sua não humanidade,” Heath disse.
Eu suspirei. “Heath, não humanidade não é uma palavra. É desumanidade.”
“Zo, eu não sou burro. Você sabe disso. Só estou cunhando a palavra.”
“Cunhando?” Ele realmente tinha dito isso?
Ele acenou. “Eu aprendi na aula de inglês de Dickson. Tem a ver com...” ele pausou, e eu juro
que até as criaturas estavam ouvindo com expectativa. “Poesia.”
Apesar da horrível situação eu ri. “Heath, você realmente tem estudado!”
“Eu te disse.” Ele riu, parecendo completamente adorável.
“Chega!” A voz de Stevie Rae ecoou ao redor das paredes do túnel. “Eu cansei disso.”Ela virou
suas costas para Heath e eu, nos ignorando completamente. “Eles nos viram. Eles sabem
demais. Eles tem que morrer. Matem eles.” E ela se afastou.
Dessa vez Heath não tentou se colocar me colocar atrás dele. Ao invés disso ele se mexeu ao
redor, me pegando completamente de guarda baixa, cuidando para que eu caísse de bunda no
nojento colchão com um oofh. Então ele virou para o circulo que se fechava de criaturas
mortas vivas com suas pernas plantadas e seus lábios largamente separados e suas mãos
fechadas em punho quando ele deu seu grito de Tigre do Broken Arrow.
“Mandem ver, aberrações!”
Ok, não é que eu não aprecie a masculinidade de Heath. Mas o garoto estava muito acima do
seu fofo cabelo loiro. Eu levantei e me centrei.
“Fogo, eu preciso de você de novo!” Dessa vez eu gritei as palavras com o comando de uma
Alta Sacerdotisa. Chamas criaram vida nas minhas palmas das mãos e eu levantei meus braços.
Eu teria gostado de ter tido tempo para estudar o fogo que eu chamei – era legal que ele
queimasse em mim, e não a mim, mas não havia tempo para isso. “Mexa-se, Heath.”
Ele olhou por cima dos ombros, e seus olhos ficaram enormes e redondos. “Zo?”
“Estou bem. Só anda!”
Ele saiu do meu caminhos enquanto, queimando, eu andei para frente. As criaturas se
afastaram de mim, mesmo que suas mãos tentassem pegar Heath.
“Parem!” Eu gritei. “Se afastem e deixem ele em paz. Heath e eu vamos sair daqui. Agora. Se
vocês tentarem nos impedir, eu vou matar vocês, e eu tenho o pressentimento que desta vez,
vai ser para sempre.” Ok, eu realmente, realmente não queria matar ninguém. O que eu queria
fazer era tirar Heath daqui, e encontrar Stevie Rae e fazer ela explicar para mim como calouros
que deveriam estar mortos poderiam estar andando com péssimas atitudes, olhos brilhantes,
e cheirando a mofo e pó.
No canto da minha visão eu vi um movimento. Eu me virem em tempo para ver uma das
criaturas se lançar em Heath. Eu levantei meu braço e joguei o fogo nela como se estivesse
jogando uma bola. Quando ela gritou e pegou fogo eu a reconheci e tive que lutar com para
não ficar enjoada. Era Elizabeth Sem Sobrenome – a garota gentil que tinha morrido mês
passado. Agora o corpo que estava se queimando dela estava jogado no chão, cheirando a
carne estragada e decadência, o que foi tudo o que sobrou da sua concha sem vida.
“Vento e chuva! Eu chamo vocês,” eu chorei, e quando o ar começou a surgir e se encher com
o cheiro de chuva, eu vi um deslumbre de Damien e Erin sentados de pernas cruzadas perto de
Shaunee. Seus olhos estavam fechados em concentração e eles estavam segurando velas da
cor de seus elementos. Eu apontei meu dedo em chamas para o corpo que queimava de
Elizabeth e ele foi lavado de repente por uma onda de chuva, então uma brisa fria levou para
longe a fumaça, a levantando acima de nossas cabeças, e a carregando para fora do túnel até a
noite.
Eu olhei para as criaturas de novo. “É o que eu vou fazer com qualquer um de vocês que tentar
nós impedir.” Eu fiz menção para Heath andar na minha frente, e eu o segui, me afastando das
criaturas.
Eles nos seguiram. Eu nem sempre conseguia ver eles enquanto voltamos pelo escuro túnel,
mas eu podia ouvir seus pés e seus abafados resmungos. Foi aí que eu comecei a sentir a
exaustão. Era como se eu fosse um celular que não tinha sido carregado a um tempo, e alguém
estava falando comigo a tempo demais. Eu deixei o fogo que seguia meus braços apagar a não
ser pela vacilante chama da minha mão direita. De jeito nenhum Heath ia poder ver para sair
daqui, e eu ainda estava atrás dele, mantendo os olhos em um ataque das criaturas. Depois de
passar por dois desdobramentos do túnel eu pedi para Heath parar.
“Devemos nos apressar, Zo. Eu sei que você tem esse negocio de poder, mas tem muitos deles
- mais do que tinham lá atrás. Eu não sei de quantos você consegue lidar.”Ele tocou meu
rosto. “Sem querer ser mal nem nada, mas você parece horrível.”
Eu me sentia como cocô também, mas não queria mencionar. “Eu tenho uma idéia.” Tinhamos
acabado de passar por uma curva onde o tunel se estreitava até eu poder tocar os dois lados
só esticando os braços. Eu andei até a parte mais estreita da curva.Heath começou a me
seguir, mas eu disse a ele, “Fique aí,”e apontei para mais longe do túnel no caminho que
estavamos indo. Ele franziu, mas fez o que eu disse a ele.
Eu virei minhas costas para Heath e me concentrei. Erguendo os braços, eu pensei nos campos
lavrados, e as lindas campinas de Oklahoma cheia de feno não cortado. Eu pensei sobre a terra
e pensei sobre como estava pisando nela... cercada por ela...
“Terra! Eu te chamo!” Quando ergui meus braços uma visão de Stevie Rae passou pelos meus
olhos fechados. Ela não era quem costumava ser – doce e se concentrando com força numa
vela verde acessa. Ela estava curvada no canto do escuro túnel. O rosto dele era magro e
branco enquanto seus olhos brilhavam na cor escarlate. Mas seu rosto não era uma parodia
sem emoção dela mesma ou uma mascara cruel. Ela estava chorando abertamente, sua
expressão cheia de desespero. É um começo, eu pensei. Então, com uma rápida e poderosa
emoção eu baixei meus braços quando comandei, “Feche!” Na frente e atrás de mim, pedaços
de terra e pedras começaram a cair do teto. A principio era só uma corrente de seixos, mas
logo houve uma mini avalanche que rapidamente afogou os assovios irritados das criaturas
presas.
Uma onda de fraqueza passou por mim e eu balancei para trás.
“Te peguei, Zo.” Os braços fortes de Heath estavam ao meu redor e eu me permiti descansar
contra ele. Vários dos cortes dele tinham aumentando durante nossa fuga, e o perfeito cheiro
do sangue dele fez cócegas contra meus sentidos.
“Eles não estão realmente presos, sabe,” eu disse suavemente, tentando manter minha mente
longe do quanto eu queria lamber a linha de sangue que estava escorrendo no pescoço dele.
“Passamos por alguns outros túneis. Tenho certeza que eles vão ser capaz de encontrar a saída
eventualmente.“
“Está tudo bem, Zo.” Heath manteve os braços ao meu redor, mas se afastou o bastante para
olhar nos meus olhos. “Eu sei o que você precisa. Eu posso sentir. Se você se alimentar de mim
não vai se sentir tão fraca.” Ele sorriu, e os olhos azuis dele escureceram. “Está tudo bem, ele
repetiu. “Eu quero.”
“Heath, você passou por coisas demais. Quem sabe quanto sangue você já perdeu? Eu beber
mais não é uma boa idéia.” Eu estava dizendo não, mas minha voz tremeu de desejo.
“Você está brincando? Um enorme e forte jogador de futebol como eu? Eu tenho muito
sangue extra,” Heath provocou. Então a expressão dele ficou séria. “Por você, eu tenho
qualquer coisa extra.” Enquanto ele olhava nos meus olhos, ele passou um dos dedos no corte
da sua bochecha e esfregou o sangue no seu lábio. Então ele se curvou para me beijar.
Eu experimentei a doçura do seu sangue e como ele dissolveu na minha boca e mandou uma
onda de um ardente prazer e energia pelo meu corpo. Heath tirou seus lábios dos meus e me
guiou até o corte no pescoço dele. Quando minha língua contorceu-se e o tocou, ele gemeu e
pressionou meus lábios mais perto dele. Eu fechei os olhos e comecei a lamber –
“Me mate!” A voz de Stevie Rae quebrou o feitiço o sangue de Heath.

house of night - traída (capitulo 28)


VINTE E OITO
Eu abri meus olhos e estava de volta no estábulo com Persephone. Eu estava respirando com
força e suando, e a égua estava me tocando com seu nariz e fazendo suaves relinchos
preocupados. Minhas mãos tremiam enquanto eu acariciava sua cabeça e esfregava seu
pescoço, dizendo a ela que tudo ficaria bem, embora eu tivesse certeza de que não ficaria.
O velho deposito no centro era a uns 9 ou 10 quilômetros de distancia, em uma parte escura e
desusada da cidade debaixo de uma grande e assustadora ponte que ligava uma parte da
cidade com a outra. Costuma ser muito usada, com um pedágio e passageiros de trem indo e
vindo sem parar. Mas nas ultimas décadas todo o trafego de passageiros parou (eu sabia
porque vovó me levou numa viagem de trem no meu aniversário de treze anos, e tivemos que
ir de carro até a cidade de Oklahoma para pegar o trem lá) e o sistema de trens
definitivamente tinha definhado. Em circunstancias normais, levaria apenas alguns minutos
para ir da House of Night até o deposito.
Hoje eu não estava lidando com circunstâncias normais.
O noticiário das 10 horas disse que as estradas estavam bloqueadas, e isso tinha sido a – eu
olhei meu relógio e pisquei surpresa – a duas horas atrás. Eu não podia perder tempo aqui. Eu
suponho que podia andar, mas a urgência estava me dizendo que isso não era bom o bastante.
“Pegue o cavalo.”
Persephone e eu nos assustamos com o som da voz de Afrodite. Ela estava inclinada contra a
porta do estábulo parecendo pálida e desgostosa. “Você está horrível,” eu disse.
Ela quase sorriu. “Visões são uma droga.”
“Você viu Heath?” Meu estomago se apertou de novo. Afrodite não tinha visões de felicidade e
luz. Ela via morte e destruição. Sempre.
“Sim.”
“E?”
“E se você não pegar esse cavalo e ir até onde ele está, Heath vai morrer.” Ela parou,
encontrando meus olhos. “Isso é, a não ser que você não acredite em mim.”
“Eu acredito em você.” Eu disse sem hesitação.
“Então saia daqui.”
Ela entrou no estábulo e me entrou um freio que eu não notei que ela estava segurando.
Enquanto eu o colocava em Persephone, Afrodite desapareceu para voltar com uma sela e um
pelego. Silenciosamente, o colocamos em Persephone, que parecia sentir nossa intensidade
porque estava completamente parada. Quando ela estava pronta eu tirei ela do estábulo.
“Chame seus amigos primeiro,” Afrodite disse.
“Huh?”
“Você não pode derrotar aquelas coisas sozinha.”
“Mas como eles vão comigo?” Meu estomago doía, eu estava tão assustada que minhas mãos
tremiam, e eu estava tendo problemas para entender o que diabos Afrodite estava dizendo.
“Eles não podem ir com você, mas inda podem te ajudar.”
“Afrodite, eu não tenho tempo para charadas. O que diabos você quer dizer?”
“Merda, eu não sei!” Ela parecia tão frustrada quando eu. “Eu só sei que eles podem ajudar
você.”
Eu abri meu celular e, seguindo meus instinto e fazendo uma reza silenciosa pelo guia de Nyx,
eu digitei o número de Shaunee. Ela atendeu na primeira chamada.
“O que foi, Zoey?”
“Eu preciso que você Erin e Damien vão para algum lugar juntos e chamem seus elementos,
como fizeram por Stevie Rae.”
“Sem problemas. Você vai se encontrar conosco?”
“Não. Eu vou buscar o Heath.” Para o credito dela, Shaunee hesitou apenas por um segundo
ou dois, e então diss, “Ok. O que podemos fazer?”
“Só fiquem juntos, manifestem seus elementos, e pensem em mim.”Eu estava ficando muito
boa em soar calma mesmo quando achava que minha cabeça podia explodir.
“Zoey, tenha cuidado.”
“Eu vou. Não se preocupe.” Yeah, eu vou me preocupar o suficiente para nós duas.
”Erik não vai gostar disso.”
“Eu sei. Diga a ele... diga a ele... diga que eu, uh, falo com ele quando voltar.” Eu não fazia idéia
do que mais eu podia dizer.
“Ok, eu vou dizer a ele.”
“Obrigado, Shaunee. Vejo você mais tarde,” eu disse e desliguei. Então olhei para Afrodite. “O
que são aquelas criaturas?”
“Eu não sei.”
“Hoje foi a segunda visão que tive sobre eles. Da primeira vez eu vi os outros dois caras sendo
mortos.” Afrodite tirou seu cabelo loiro do rosto.
Instantaneamente eu fiquei fula. “E você não disse nada sobre isso porque eles são apenas
humanos adolescentes e não valem a pena?”
Os olhos de Afrodite brilharam com raiva. “Eu contei a Neferet. Eu contei tudo a ela – sobre os
garotos humanos – sobre aquelas coisas – tudo. Foi quando ela começou a dizer que minhas
visões eram falsas.”
Eu sabia que ela estava dizendo a verdade, assim como eu sabia que havia algo negro sobre
Neferet.
“Desculpe,” eu disse curtamente. “Eu não sabia.”
“Tanto faz,” ela disse. “Você precisa sair daqui ou seu namorado vai morrer.”
“Ex-namorado,” eu disse.
“De novo eu digo tanto faz. Aqui, eu te dou um apoio.”
Eu deixei ela me elevar até a sela.
“Leve isso com você.” Afrodite me entregou um grosso, cobertor de cavalo feito de lã. Antes
de poder protestar ela disse, “Não é pra você. Ela vai precisar.”
Eu enrolei o cobertor ao meu redor, tomando conforto em seu cheiro da cavalo. Eu segui
enquanto Afrodite abriu a porta do estábulo. Ar gelado e neve entraram em um pequeno
tornado, me fazendo tremer, embora fosse mais pelos nervos e apreensão do que pelo frio.
“Stevie Rae é um deles,” Afrodite disse.
Eu olhei para ela, mas ela estava olhando para a noite. “Eu sei,” eu disse.
“Ela não é quem costumava ser.”
“Eu sei,” eu repeti, embora dizer as palavras em voz alta machucasse o meu coração.
“Obrigado por isso, Afrodite.”
Ela olhou para mim e a expressão dela era chata e impossível de ler. “Não comece a agir como
se fossemos amigas nem nada disso,” ela disse.
“Não iria pensar nisso,” eu disse.
“Quero dizer, definitivamente não somos amigas.”
“Não, definitivamente não.” Eu tenho certeza que a vi tentar não sorrir.
“Desde que tenhamos isso em mente,” Afrodite disse. “Oh,” ela acrescentou. “Lembre-se de
colocar silencio e escuridão em seu redor para que os humanos tenham dificuldade de te ver
quando estiver indo para lá. Você não tem tempo para ser parada.”
“Eu vou. Obrigada por me lembrar,” eu disse.
“Ok, bem, boa sorte,” Afrodite disse.
Eu peguei as rédeas, respirei fundo, e então apertei minhas coxas, fazendo Persephone ir.
Eu entrei nun mundo que era feito inteiramente de escuridão branca. Branca definitivamente
era a descrição certa para isso. A neve tinha mudado de grandes e amigáveis flocos para
afiados pedaços de neve e gelo. O vento era firme, fazendo a neve cair de lado. Eu pus o
cobertor por cima da minha cabeça para ficar parcialmente protegida da neve e me inclinei
para frente, chutando Persephome em um rápido trote. Rápido! Minha mente gritava para
mim. Heath precisa de você!
Eu cortei caminho pelo estacionamento e fui por trás do terreno da escola. Os poucos carros
ainda na escola estavam cobertos de neve, e os postes de luz que brilhavam perto deles os
fazia parece besouros em uma porta de tela. Eu apertei o botão para abrir o portão. Eu tentei
abrir tudo, mas uma corrente de neve entrou e Persephone e eu mal tivemos espaço para nos
apertar para sair por ele. Eu virei ela para direita e fiquei parada por um momento debaixo da
coberta de carvalhos que emolduravam as terras da escola.
“Somos silenciosos...fantasmas... ninguém pode nos ver. Ninguém pode nos ouvir.”Eu
murmurei contra o vento, e fique chocada quando a area ao meu redor ficou parada. Com uma
idéia repentina eu continuei. “Vento, seja calmo perto de mim. Fogo, esquente meu caminho.
Água, acalme a neve em meu caminho. Terra, me proteja quando puder. E espírito, me ajude a
não ceder aos meus medos.” As palavras mal saíram da minha boca quando vi um pequeno
flash de energia ao meu redor. Persephone roucou e se agitou um pouco para o lado. E
enquanto ela se movia uma pequena bolha de serenidade se movia com ela. Sim, ainda estava
nevando e a noite ainda era fria e assustadora, mas eu estava cheia de calma e cercada por
elementos protetores. Eu curvei minha cabeça e sussurrei, “Obrigado, Nyx, pelos grandes dons
que você me deu.” Silenciosamente eu acrescentei que eu esperava merecer por eles.
“Vamos pegar Heath,” eu disse a Persephone. Ela se balançou contra o chão facilmente e eu
fiquei maravilhada por ver que a neve e gelo pareciam voar atrás dos seus cascos enquanto
nós magicamente corríamos pela noite sob os olhos cuidadosos da deusa que era, a própria
personificação da Noite.
Minha jornada foi surpreendentemente rápida. Nós descemos a Utica Stree até chegarmos na
saída da via expressa do Broken Arrow. Barricadas estavam acessas com luzes que piscavam
avisando que a via expressa estava fechada. Eu me encontrei sorrindo enquanto guiava
Persephone ordenadamente ao redor das barricadas até a estrada deserta. Então eu conduzi a
égua e ela galopou até o centro. Eu me agarrei nela, inclinada perto do pescoço dela. Com o
cobertor nos cobrindo eu imaginei que parecia uma heroína em um antigo romance histórico,
e desejei estar galopando para uma festa com alguém que meu pai o rei, havia decidido que
era impróprio ao invés de me dirigir ao inferno.
Eu dirigi Persephone até a saída que nos levaria até ao Centro de Artes e ao velho deposito
além dele. Eu não vi ninguém entre o centro e a estrada,mas agora eu via ocasionais
acumulações de sem tetos perto da estação de ônibus e notei um ocasional carro policial aqui
e ali. Somos silenciosos... fantasmas... ninguém pode nos ver. Ninguém pode nos ouvir. Eu
continuei a reza na minha mente. Ninguém sequer olhou na nossa direção. Era como se
realmente tivéssemos virado fantasmas, o que não era uma idéia que eu achava muito
reconfortante.
Eu diminui a velocidade de Persephone quando passamos pelo Centro de Artes e trotamos por
cima da ponte que atravessava por um confuso e intrincado trilhos que ficavam lado-a-lado.
Quando chegamos no centro da ponte eu parei Persephone e olhei para baixo para o deposito
abandonado que estava abaixo de nós escuro e silencioso. Graças a Sra. Brown, minha exprofessora
na South Intermediate High School, eu sabia que aquele costumava ser um lindo
prédio de arte que havia sido abandonado e eventualmente saqueado quando os trens
pararam de funcionar. Agora parecia como algo que deveria estar em Gotham City nos
quadrinhos do Batman. (Sim, eu sei. Eu sou uma nerd.) Ele tinha aquelas enormes janelas
arqueadas que me lembravam de dentes entre duas torrer que parecia perfeitamente um
castelo assombrando.
“E temos que descer lá,” eu disse a Persephone. Ela estava respirando com força devido a
nossa corrida, mas ela não parecia particularmente preocupada, o que eu esperei ser um bom
sinal. Sabe, animais serem capaz de sentir coisas ruins e tudo mais.
Terminamos de cruzar a ponte e eu encontrei a pequena estrada que levava para baixo até o
deposito. O nível da pista estava escuro. Muito escuro. Isso deveria ter me incomodado, mas
com minha excelente visão noturna, não incomodou. A verdade é que eu estava
completamente apavorando enquanto Persephone andava até o prédio e eu comecei a
circular devagar, procurando pela entrada do porão que Heath tinha descrito.
Não levou muito tempo para encontrar o portão enferrujado que parecia ser uma barreira. Eu
não me permiti hesitar e pensar sobre o quão completamente apavorada eu estava. Eu desci
de Persephone e a deixei na entrada coberta para que ficasse protegida do vento e da maior
parte da neve. Eu amarrei suas redias, coloquei o cobertor extra em cima dela, e passei o
máximo de tempo que pude acariciando ela e dizendo a ela o quão corajosa, e doce ela era e
que eu voltava logo. Eu estava trabalhando com aquele negocio de que se você diz uma coisa
por tempo suficiente ela vira realidade. Me afastar de Persephone foi difícil. Eu acho que não
percebi o quão reconfortante era a presença dela. Eu poderia ter usado um pouco daquele
conforto enquanto eu estava parada na frente do portão de ferro e tentava espiar na
escuridão além dele.
Eu não podia ver nada a não ser a forma indistinta de um enorme e escuro quarto. O porão do
assustador e infelizmente-não-abandonado prédio. Ótimo. Heath está lá embaixo, eu me
lembrei, pegando a ponta do portão, e o puxando. Ele abriu facilmente, o que era uma
evidencia do quão freqüentemente ele era usado. De novo, ótimo.
O porão não era tão horrível quanto achei que seria. Faixas de luz fraca entravam entre a as
janelas fechadas e eu podia claramente ver que pessoas sem teto deveriam estar usando o
quarto. Na verdade, tinha varias coisas deixadas deles: enormes caixas, cobertores sujos, até
um carrinho de supermercado (quem sabe como eles conseguiram colocar isso aqui?). Mas,
estranhamente, nenhum sem teto estava presente. Era como uma cidade fantasma de sem
tetos, o que era estranho considerando o tempo. Hoje não seria a noite perfeita para se
recolher ao calor e abrigo desse porão, versos tentar encontrar algum lugar quente e seco nas
ruas ou se apertar? E estava nevando a dias. Então, realisticamente, essa quarto deveria estar
lotado de pessoas que tinham trazido as caixas e as coisas aqui.
É claro que se assustadores criaturas estavam usando o porão o deserto de pessoas sem teto
fazia muito mais sentido.
Não pense sobre isso. Encontre o portão para a drenagem e encontre Heath.
O portão não foi difícil de achar. Eu só fui para o escuro e nojento canto do quarto, e tinha
uma grade de metal no chão. Sim. Bem no canto. No chão. Nunca, em um zilhão de anos eu
sequer teria considerado tocar a nojenta coisa, muito menos a levantar e descer.
Naturalmente, era o que eu tinha que fazer.
O portão se abriu tão facilmente quando a ‘barreira’ do lado de fora, me dizendo (de novo)
que eu não era a única pessoa/calouro/humano criatura que tinha passado por aqui
recentemente. Tinha uma coisa de ferro e couro que eu tive que descer, provavelmente cerca
de 3 metros. Então eu cai no chão do túnel. E era exatamente o que isso era – um grande, e
úmido túnel de esgoto. Oh, estava escuro também. Muito escuro. Eu fiquei parada ali um
pouco deixando a visão noturna se acostumar com a densa escuridão, mas eu não podia só
ficar parada ali por muito tempo. A necessidade de encontrar Heath era como uma coceira
abaixo da minha pele. Ela me estimulava.
“Mantenha-se a direita,” eu sussurrei. Então eu calei a boca porque até aquele pequeno som
ecoou ao meu redor. Eu virei para a direita e comecei a andar o mais rápido possível.
Heath estava dizendo a verdade. Havia vários túneis. Eles circulavam de novo e de novo, me
lembrando de vermes se enterrando no chão. Primeiro eu vim mais evidencias de que pessoas
sem teto tinham estado aqui também. Mais depois de algumas viradas para a direita, as caixas
e lixo espalhado e cobertores parou. Não havia nada a não ser umidade e escuridão. Os túneis
deixaram de ser suaves e redondos e tão civilizados quanto eu imaginava que túneis bem
feitos poderiam ser para absoluto lixo. O lado das paredes pareciam ter sido cavados por
gnomos de Tolkien* (*J. R. R. Tolkien, escreveu o senhor dois anéis) muito, muito bêbados ( de
novo, eu sou uma nerd). Estava frio também, mas eu não sentia.
Eu me mantive na direita, esperando que Heath soubesse do que estava falando. Eu pensei
sobre parar tempo o bastante para me concentrar no sangue dele para que eu pudesse me
ligar ao nosso Imprint de novo, mas a urgência que eu sentia não me deixava parar. Eu.Tinha.
Que. Encontrar.Heath.
Eu senti o cheiro deles antes de ouvir o assovio e o murmúrio antes de os ver. Era aquele
mofado, e antigo cheiro que eu notei toda vez que via um deles no muro. Eu percebi que era o
cheiro da morte, e me perguntei como não o reconheci mais cedo.
Então a escuridão para qual eu estava acostuma cedeu em uma fraca, e vacilante luz. Eu parei
para me focar. Você pode fazer isso, Z. Você foi Escolhida pela nossa deusa. Você chutou a
bunda de vampiros fantasmas. Isso é algo que você definitivamente pode lidar.
Eu ainda estava tentando me “focar” (AKA, me convencendo a ser corajosa) quando Heath
gritou. Então não houve mais tempo para se focar e conversas internas. Eu corri em direção ao
grito de Heath. Ok, eu provavelmente deveria explicar que vampiros são mais fortes e rápidos
que humanos, e embora eu fosse só uma caloura, eu sou uma caloura muito estranha. Então
quando eu digo corri – eu quero dizer me mover incrivelmente rápido – rápida e
silenciosamente. Eu os encontrei no que deve ter sido segundos, mas pareceu horas. Eles
estavam na pequena alcova no final da túnel. A lanterna que eu notei antes estava pendurada
em um ferro enferrujado, jogando a sombra deles grotescamente contra as grosseira paredes
curvadas. Eles formaram um semi circulo ao redor de Heath. Ele estava parado no colchão sujo
e suas costas estavam pressionadas contra a parede. De alguma forma ele arrancou a fita
adesiva dos tornozelos, mas seus pulsos ainda estavam grudados juntos. Ele tinha um novo
corte em seu braço direito e o cheiro do sangue dele era chamativo e sedutor.
E esse foi meu ultimo estimo. Heath pertencia a mim – apesar da minha confusão sobre o
negocio do sangue, e apesar dos meus sentimentos por Erik. Heath era meu e mais ninguém
ira nunca, nunca se alimentar do que era meu.
Eu entrei no circulo das criaturas como se fosse uma bola de boliche e eles fossem pinos sem
cérebro, e me movi para o lado.
“Zo!” Ele parecia delirantemente feliz por um segundo, e então, como um cara, ele tentou me
empurrar para três dele. “Cuidado! Os dentes e garras deles são muito afiados.” Ele
acrescentou nun sussurro, “Você realmente não trouxe o esquadrão da SWAT?”
Foi fácil impedir ele de me empurrar para qualquer lugar. Quero dizer, ele é fofo e tudo mais,
mas ele é só humano. Eu dei um tapinha nas suas mãos amarradas onde ele se agarrou no meu
braço e sorri para ele, e com um movimento da minha unha eu cortei a fita que segurava os
pulsos dele. Os olhos dele se alargaram quando ele separou suas mãos.
Eu ri para ele. Meu medo desapareceu. Agora eu só estava incrivelmente fula. “O que eu
trouxe é melhor que um esquadrão da SWAT. Só fique atrás de mim e assista.”
Eu empurrei Heath para a parede e dei um passo na frente dele enquanto virei para encarar o
circulo fechado de...
Eesh! Eles eram as coisas mais nojentas que eu já vi. Tinha provavelmente uma dúzia deles.
Seus rostos eram brancos e magros. Seus olhos brilhavam com sujo vermelho. Eles
resmungaram e assobiaram para mim e eu vi que os dentes deles eram pontudos e suas unha!
Ugh! Suas unhas eram tão longe e amarelas e pareciam perigosas.
“É sóóó um calouro,” assoviou um deles. “A Marca não faz dela uma vampira. Fazzz dela uma
aberração.”
Eu olhei para quem estava falando. “Elliott!”
“Eu eraaa. Eu não sou o Elliott que você conhecia mais.” Como uma cobra a cabeça dele foi
para frente e para trás enquanto ele falou. Então os olhos brilhantes dele se achataram e ele
curvou os lábios. “Eu mossstrrooo o que eu quero dizer...”
Ele começou a se mover na minha direção com um passo longo e feral. As outras criaturas se
mexeram, ganhando coragem dele.
“Cuidado, Zo, eles estão vinda para nós,”Heath disse, tentando entrar na minha frente.
“Não eles não vem,” eu disse. Eu fechei meus olhos por um segundo e me centrei, pensando
no poder e no calor da chama – como ele podia limpar assim como destruir – e eu pensei em
Shaunee. “Venha até mim, chama!” Minhas palmas começaram a ficar quentes. Eu abri os
olhos e ergui minhas mãos, que agora estavam brilhando com uma chama amarela.
“Fique aí, Elliott! Você era um saco quando estava vivo, e a morte não mudou nada.” Elliott se
afastou da luz que eu estava produzindo. Eu dei um passo para frente, pronta para dizer a
Heath para me seguir para sairmos dali, mas a voz dela me fez congelar.
“Você está errada, Zoey. A morte muda as coisas.” A multidão de criaturas se separou e deixou
Stevie Rae passar.

house of night - traída (capitulo 27)

VINTE E SETE
Nos reunimos no nosso pequeno grupo depois que eles saíram, e não falamos muito enquanto
a sala voltava ao normal. Eu notei uma mudança no local. O DVD de Star Wars foi esquecido,
pelo menos essa noite.
“Você está bem?” Erik finalmente perguntou suavemente. Ele pos seus braços ao meu redor e
eu me aninhei contra ele.
“Yeah, eu acho que sim.”
“Os policias tinham noticias sobre Heath?” Damien perguntou.
“Nada mais do que já ouvimos,” eu disse. “Ou se eles tem, não me falaram.”
“Podemos fazer alguma coisa?” Shaunee perguntou.
Eu balancei a cabeça. “Vamos apenas assistir o canal local e ver o que o jornal das 10 tem a
dizer.”
Eles murmuram oks e todos sentaram para assistir a marota de reprises de Will and Grace
enquanto esperávamos pelo noticiário. Eu olhei para a TV, e pensei sobre Heath. Eu tinha um
mal pressentimento sobre ele? Definitivamente. Mas era o mesmo pressentimento que eu tive
sobre Chris Ford e Brad Higeons? Não, eu acho que não. Eu não sabia como explicar. Meu
instinto dizia que Heath estava em perigo, mas não dizia que ele estava morto. Ainda.
Quanto mais eu pensava em Heath, mais inquieta eu ficava. Quando o noticiário local começou
eu mal consegui ficar sentada vendo a história de como uma nevasca inesperada fez com que
Tulsa e a área ao redor ficasse completamente branca. Eu fiquei inquieta enquanto assistíamos
as imagens das estradas, sinistramente vazias e parecendo quase como um pos-meteoro-ouguarra-
nuclear.
Não havia nada novo sobre Heath a não ser um relatório de como o tempo estava dificuldade
as buscas.
“Eu tenho que ir.” As palavras saíram da minha boca e eu estava de pé antes da minha mente
lembrar que eu não fazia idéia de onde eu iria e como chegar lá.
“Ir onde, Z?” Erin perguntou.
Minha mente se debateu e se deu conta de uma coisa – uma pequena ilha de contentamento
em um mundo que tinha ficado estressante e confuso e louco.
“Eu vou para os estábulos.” Erik parecia tão vazio quanto todo mundo. “Lenobia disse que eu
podia escovar Persephone sempre que eu quisesse.” Eu movi meus ombros. “Escovar ela me
faz ficar calma, e agora eu podia usar um pouco de calma.”
“Bem, ok. Eu gosto de cavalos. Vamos escovar Persephone, Erik disse.
“Eu preciso ficar sozinha.” As palavras soaram tão mais duras do que eu queria que eu sentei
perto dele e deslizei minha mão na dele. “Eu sinto muito. Eu só preciso de tempo para pensar,
e isso é algo que eu tenho que fazer sozinha.”
Os olhos azuis dele pareciam tristes, mas ele me deu um pequeno sorriso. “Que tal eu te levar
até o estábulo, e então voltar até aqui e cuidar das noticias para você enquanto você pensa?”
“Eu gostaria disso.”
Eu odiei o olhar de preocupação no rosto dos meus amigos, mas eu não podia fazer muito para
ressegurar eles. Erik e eu não nos incomodados de usar casacos. O estábulo não era muito
longe. O frio não teria chance de nos incomodar.
“Essa neve é incrível,” Erik disse depois que andamos um pouco pela calçada. Alguem tinha
tentado tirar ela, porque estava menos profunda na calçada que nos arredores, mas a neve
estava caindo tanto que quem limpou não conseguiu acompanhar e a neve já estava no nosso
calcanhar.
“Eu lembro que estava nevando assim quando eu estava na sexta ou sétima série. Foi durante
o feriado de natal e foi uma droga não perdermos aula.”
Erik deu uma vaga resposta, típica de um cara, e então andamos em silencio. Normalmente,
nosso silencio não era constrangedor, mas esse parecia estranho. Eu não sabia o que dizer –
como consertas as coisas.
Erik limpou a garganta. “Você ainda gosta dele, não? Quero dizer, mais do que apenas um exnamorado.”
“Sim.” Erik merecia a verdade, e eu estava cheia de mentiras.
Chegamos na porta do estábulo, e paramos perto das luzes. A entrada nos protegeu da maior
parte da neve, e parecia que estávamos parados numa bolha dentro de um globo de neve.
“E quanto a mim?” Erik perguntou.
Eu olhei para ele. “Eu também gosto de você. Erik, eu queria poder consertar isso, fazer todas
as coisas ruins desaparecerem, mas não posso. E eu não vou mentir para você sobre Heath. Eu
acho que tive um Imprint com ele.”
Eu vi surpresa nos olhos de Erik.”Daquela única vez no muro? Z, eu estava lá, e você mal
provou o sangue dele. Ele só não quer perder você, é por isso que está tão obcecado. Não que
eu o culpe,” ele acrescentou com um sorriso torto.
“Eu o vi de novo.”
“Huh?”
“Foi a alguns dias atrás. Eu não consegui dormir, então fui para a Starbucks na Utica Square
sozinha. Ele estava lá colocando pôsteres de Brad. Eu não queria ver ele, e se eu soubesse que
ele estaria lá eu não teria ido. Eu te prometo isso, Erik.”
“Mas você o viu.”
Eu acenei.
“E você se alimentou dele?”
“Só – só meio que aconteceu. Eu tentei negar, mas ele se cortou. De propósito. E eu não
consegui me parar.” Eu mantivesse meu olhar honesto no dele, pedindo a ele que entendesse.
Agora que eu estava confrontado a possibilidade de Erik e eu terminarmos, eu percebi o
quanto eu não queria que isso acontecesse, o que definitivamente não ajudou na minha
confusão ou no meu nível de estresse porque eu ainda me importava com Heath.”Eu sinto
muito, Erik. Eu não pedi que isso acontecesse, mas aconteceu, e agora tem coisas entre Heath
e eu, e eu não tenho certeza sobre o que vou fazer sobre isso.“
Ele suspirou profundamente e tirou um pouco de neve do meu cabelo. “Ok, bem, tem algo
entre você e eu também. E algum dia, se nós conseguirmos passar pela porcaria da Mudança,
seremos iguais. Eu não vou me tornar um velho enrugado e morrer décadas antes de você.
Estar comigo não será algo que outros vampiros vão fofocar sobre, e humanos irão te odiar
por isso. Será normal. Será o certo.” Então as mãos dele estavam atrás do meu pescoço e ele
estava me puxando para perto dele. Ele me beijou com força. Ela tinha um gosto frio e doce.
Meus braços foram para os ombros dele e eu o beijei de volta. A principio eu só queria fazer a
dor que eu causei a ele desaparecer. Então nosso beijo se aprofundou, e pressionamos nossos
corpos juntos. Eu não estava sobrepujada por uma cega ânsia por sangue por ele, como o que
aconteceu entre Heath e eu, mas eu gostava do jeito que o beijo de Erik me fazia sentir, um
gentil calor e leve. Diabos, no final das contas eu gostava dele. Muito. Além do mais, ele tinha
razão. Ele e eu seriamos o certo juntos. Heath e eu não.
O beijo terminou com nós dois respirando com dificuldade. Eu coloquei a bochecha de Erik na
minha mão. “Eu realmente sinto muito.”
Erik virou a cabeça e beijou minha mão. “Vamos superar isso.”
“Eu espero que sim,” eu sussurrei, mais para mim do que para ele. Então me afastei dele e pus
minha mão na velha maçaneta. “Obrigada por me trazer até aqui. Eu não sei quando eu volto.
Você não deve esperar por mim. “Eu comecei a abrir a porta.
“Z, se você realmente teve um Imprint com Heath você pode ser capaz de achar ele,” Erik
disse. Eu parei e me virei para Erik. Ele parecia cansado e infeliz, mas ele não hesitou para
explicar. “Enquanto estiver escovando a égua, pense em Heath. Chame por ele. Se ele for
capaz ele vira até você. Se não e seu Imprint for forte o bastante, você pode ter uma idéia de
onde ele está.”
“Obrigado, Erik.”
Ele sorriu, mas não parecia feliz. “Até mais, Z.” Ele se afastou e a neve o engoliu.
O cheiro do feno mistura com o limpo cheiro de cavalo seco, contrastava dramaticamente com
a fria neve do lado de fora. O estábulo estava turvamente iluminado por alguns lâmpadas. Os
cavalos estavam fazendo barulhos sonolentos de mastigação. Alguns deles estavam
assoprando pelo nariz, o que parecia um pouco como ronco. Eu olhei ao redor procurando por
Lenobia enquanto tirava a neve da minha camiseta e cabelo e me movia para pegar a escova,
mas era bem obvio que, com exceção dos cavalos, eu estava sozinha.
Ótimo. Eu precisava pensar, e não explicar o que eu estava fazendo ali no meio de uma
tempestade de neve no meio da noite.
Ok, eu disse a Erik a verdade sobre Heath e ele não terminou comigo. É claro, dependendo do
que acontecesse com Heath, ele ainda podia me largar. Como essas garotas vadias saem com
uma dúzia de caras ao mesmo tempo? Dois era exaustivo. A memória do sorriso sexy de Loren
e incrível voz passou por minha mente cheia de culpa. Eu mordi o lábio e peguei a escova e um
pente. Na verdade, eu meio que estava vendo três caras, o que era insano. Eu decidi então que
já tinha problemas o suficiente sem acrescentar o estranho flerte que pode ou não estar
acontecendo entre Loren e eu na mistura. Só de pensar em Erik descobrindo que mostrei toda
aquela pele para Loren... Eu tremi. Me fez querer me chutar. De agora em diante eu iria evitar
Loren, e se não pudesse evitar ele eu o trataria como qualquer outro professor, o que significa
nada de flerte. Agora eu só precisava descobrir o que fazer com Erik e Heath.
Eu abri o estábulo de Persephone e disse a ela o quão bonita e doce ela era, quando ela me
deu um sonolento e surpreso ronco e se lambeu meu rosto depois que eu a beijei suavemente
no nariz. Ela suspirou e ficou parada com três patas quando eu comecei a escovar ela.
Ok, de jeito nenhum eu podia descobrir nada sobre sair com Erik e Heath até Heath estar
seguro. ( Eu me recusei a considerar que ele poderia nunca ficar seguro – nunca ser
encontrado vivo.) Eu comecei a aquietar a tagarelice e mistura e confusão que estava na minha
mente. Na verdade, eu não precisa que Erik me dissesse que eu poderia ser capaz de encontrar
Heath. Essa possibilidade era uma das muitas que estavam me deixando tão inquieta hoje a
noite. A verdade covarde, era que eu estava com medo – medo do que eu poderia encontrar e
do que eu poderia não encontrar, e com medo de não ser forte o bastante para lidar com isso.
A morte de Stevie Rae me deixou quebrada, e eu não tinha certeza se eu podia salvar alguém.
Mas não era como se eu tivesse escolha.
Então... pensando em Heath... eu comecei lembrando que fofo que ela era no primeiro grau.
Na terceira série o cabelo dele era bem mais loiro do que agora, e ela tinha tipo um zilhão de
redemoinhos. Que costumavam ficar na cabeça dele como um ninho de pato. A terceira série
foi quando ele me disse pela primeira vez que ele me amava e algum dia ia casar comigo. Eu
estava na segunda série, e eu não levei ele a sério. Quero dizer, eu era quase dois anos mais
nova, mas era quase 30 centímetros mais alta. Ele era fofo, mas também era um garoto, o que
significa que ele era irritante.
Ok, então ele podia ainda ser irritante, mas ele cresceu e estufou. Em algum lugar no meio da
terceira série e o primeiro ano eu comecei a levar ele a sério. Eu lembrei da primeira vez que
ele realmente me beijou, e o jeito excitado e feliz que ele me fez sentir. Eu lembrei o quão
quente e doce ele era, e como ele me fazia sentir linda, mesmo quando eu estava
terrivelmente gripada e meu nariz vermelho. E como ele era um cavalheiro. Heath abria portar
e carregava meus livros desde que tinha nove anos.
Então eu pensei sobre a ultima vez que eu o vi. Ele tinha tanta certeza que pertencíamos
juntos e tão sem medo de mim que ele se cortou e ofereceu seu sangue para mim. Eu fechei
meus olhos e me inclinei contra a suave costela de Persephone, pensando em Heath e
deixando as memórias dele passar por minhas pálpebras como uma tela de cinema. Então as
imagens do nosso passado mudaram e eu tive um vago senso de escuridão e umidade e o frio
– e medo se apoderando de mim. Eu arfei, mantendo meus olhos ligeiramente fechados. Eu
queria me focar nele, como eu tinha naquela vez em que de alguma forma eu o vi no seu
quarto, mas essa conexão entre nós era diferente. Era menos clara, mais cheia de emoções
obscuras do que desejo. Eu me concentrei mais, e fiz o que Erik disse para mim fazer. Eu
chamei Heath.
Em voz alta, assim como tudo dentro de mim, e disse, “Heath, venha até mim. Estou
chamando você, Heath. Eu quero que você venha até mim agora. Onde você estiver, saia da aí
e venha até mim!”
Nada. Não houve resposta. Nenhum resultado. Nenhum sendo a não ser um profundo e frio
medo. Eu chamei de novo. “Heath! Venha até mim!” Dessa vez eu senti uma onda de
frustração, seguida por desespero. Mas não tive nenhuma imagem dele. Eu sabia que ele não
podia vir até mim, mas eu não sabia onde ele estava.
Porque eu fui capaz de ver ele muito mais fácil antes? Como eu tinha feito? Eu estava
pensando em Heath como agora. Eu estava pensando sobre...
Sobre o que eu estava pensando? Então senti meu peito ficar quente quando percebi o que
tinha me atraído pra ele antes. Eu não estava pensando sobre o quão fofo ele era quando
garoto ou o quão bonita ele me fazia sentir. Eu estava pensando sobre beber o sangue dele...
me alimentar dele... e a ânsia por sangue que isso causou.
Ok, então...
Eu respirei fundo e pensei no sangue de Heath. Era um desejo liquido, quente e grosso e
elétrico. Fez meu corpo ganhar vida em lugares que só tinham começado a se excitar antes. E
esses lugares estavam famintos. Eu queria beber o doce sangue de Heath enquanto ele
satisfazia meu desejo pelo toque dele, o corpo dele, o seu gosto...
A desconjunta imagem que eu tinha da escuridão se clareou com tal brutalidade que foi um
choque. Ainda estava escuro, mas não era problema nenhum para minha visão noturna. A
principio eu não entendi o que estava vendo. O lugar era estranho. Era mais como uma
pequena alcova numa caverna ou um túnel do que uma sala. As paredes eram redondas e
úmidas. Havia alguma luz, mas estava vindo de uma turva e suave lanterna que estava pendura
em um gancho rústico. Todo o resto era uma escuridão completa. O que eu achei que era uma
pilha de roupas sujas se moveu e lamentou. Dessa vez não era como se eu tivesse vendo
através de um fio. Era como se eu estivesse flutuando, e quando eu reconheci o lamento o
meu corpo que pairava foi até ele.
Ele estava curvado em um colchão manchado. Suas mãos e joelhos estavam presos com fita
adesiva e ele estava sangrando de vários ferimentos em seus braços e pescoço.
“Heath!” Minha voz não era audível, mas ele virou minha cabeça como se eu tivesse gritado
para ele.
“Zoey? É você?” E então os olhos dele se alargaram e ele sentou direito, olhando
ansiosamente ao redor. “Saia daqui, Zoey! Eles são loucos. Eles vão matar você como mataram
Chris e Brad.” Então ele começou a lutar, tentando desesperadamente rasgar a fita, embora
tudo que estivesse acontecendo era ele fazer seus pulsos sangrarem.
“Heath, pare! Está tudo bem – estou bem. Eu não estou aqui, não de verdade.” Ele parou de
lutar e virou os olhos ao redor como se estivesse tentado me ver.
“Mas eu posso ouvir você.”
“Dentro da sua cabeça. É onde você me ouve, Heath. É porque você e eu tivemos um Imprint e
agora estamos ligado.”
Inesperadamente, Heath riu. “Isso é legal, Zo.”
Eu virei os olhos mentalmente. “Ok, Heath se concentre. Onde você está?”
“Você não vai acreditar nisso, Zo, mas estou debaixo de Tulsa.”
“O que isso significa, Heath?”
“Lembra da aula de história do Shaddox? Ele nos contou sobre os túneis que foram cavados de
baixo de Tulsa no século 20 por causa daquela coisa nada de álcool.”
“Proibição,” eu disse.
“Yeah, isso. Eu estou em um deles.”
Eu não soube o que dizer por um segundo. Eu vagamente lembrava de aprender sobre os
túneis na aula de história, e fiquei surpresa por Heath – que não era exatamente um aluno
excelente – lembrasse disso.
Como se ele entendesse minha hesitação ele riu e disse, “Era sobre esconder bebida. Eu achei
legal.”
Depois de outra virada de olhos mental eu disse, “Só me diga como chegar aí, Heath.”
Ele balançou a cabeça bruscamente e um olhar muito familiar de teimosia de assentou no
rosto dele. “De jeito nenhum. Eles vão matar você. Vá chamar a policia e peça a eles
mandarem o time da SWAT ou algo assim.”
Isso era exatamente o que eu queria fazer. Eu queria pegar o cartão do Detetive Marx do meu
bolso, ligar para ele, e fazer ele salvar o dia.
Infelizmente, eu não podia.
“Quem são “eles”?” eu perguntei.
“Huh?”
“As pessoas que pegaram você? Quem são eles?”
“Não são pessoas, e não são vampiros embora bebam sangue, mas não são como você, Zo.
Eles são –“ ele parou de repente.”Eles são outra coisa. Algo errado.”
“Eles tem bebido seu sangue?” A idéia me deixava furiosa numa intensidade que eu estava
tendo dificuldades de controlar minhas emoções. Eu queria rasgar alguém e gritar, Ele
pertence a mim! Eu me forcei a respirar fundo várias vezes enquanto ele respondia.
“Yeah, eles tem.” Heath riu. “Mas eles reclamam muito sobre isso. Eles dizem que meu sangue
não tem um bom gosto. Eu acho que a razão principal é porque ainda estou vivo.”Então ele
engoliu com força e o rosto dele ficou um tom mais pálido. “Não é como quando você bebe
meu sangue, Zo. Isso é bom. O que eles fazem é – é nojento. Eles são nojentos.”
“Tem quantos deles?” Eu disse através dos dentes cerrados.
“Eu não tenho certeza. É tão escuro aqui e eles sempre vem em grupos estranhos, todos juntos
como se tivessem medo de ficarem sozinhos. Bem, a não ser por três deles. Um se chama
Elliott, uma se chama Venus – que é completamente estranho – e a outra se chama Stevie
Rae.”
Meu estomago deu um nó. “ Stevie Rae tem um cabelo loiro?”
“Yeah. Ela que está no comando.”
Heath comprovou meus medos. Eu não podia chamar a policia.
“Ok, Heath. Eu vou sair daqui. Me diga como encontrar o túnel.”
“Você vai chamar a policia?”
“Sim,” eu menti.
“Não. Você está mentindo.”
“Eu não estou!”
“Zo, eu sei que você está mentindo. Eu posso sentir. É essa coisa de ligação.” Ele riu.
“Heath. Eu não posso chamar a policia.”
“Então não vou te dizer onde estou.”
Ecoando pelo fim do túnel veio um agito que me lembrou o som de um experimento com ratos
no laboratório de ciências enquanto eles corriam pelo labirinto que nós construímos na aula
de biologia. O riso de Heath sumiu, assim como a cor que tinha retornado as suas bochechas
enquanto conversávamos.
“Heath não temos tempo para isso.” Ele começou a balançar a cabeça. “Me escute! Eu tenho
poderes especiais. Aqueles –“ Eu hesitei, sem ter certeza do que chamar o grupo de criaturas
que de alguma forma incluía minha melhor amiga morta. “Aquelas coisas não vão ser capazes
de me machucar.”
Heath não disse nada, mas ele não parecia convencido e o som parecido com o de ratos estava
ficando mais alto.
“Você disse que sabe que estou mentindo por causa da nossa ligação. Você tem que ser capaz
de perceber o que eu estou dizendo a verdade.” Ele parecia prestes a falar besteira, então
acrescentei, “Pense mais. Você disse que lembra um pouco da noite que você me encontrou
em Philbrook. Eu te salvei aquela noite, Heath. Nada de policia. Nem vampiros adultos. Eu
salvei você, e eu posso fazer de novo.” Eu estava feliz por soar mais certa do que eu me sentia.
“Me diga onde você está.”
Ele pensou um pouco, e eu estava pronta para gritar com ele (de novo) quando ele finalmente
disse, “Você sabe onde é o velho deposito no centro?”
“Yeah, você pode ver ele de Centro de Artes onde fomos ver Fantasma no meu aniversário,
ano passado, certo?”
“Yeah. Eles me prenderam num porão. Eles passaram por algo que parece uma porta trancada.
É velha e rústica, mas leva para cima. O túnel começa da rede de drenagem de lá.”
“Ótimo, eu –“
“Espere, isso não é tudo. Tem vários túneis. São mais como cavernas. Não é como eu imaginei
que fossem na aula de história. Eles são escuros e molhados e nojentos. Pegue o da direita, e
então continue virando a direita. Estou no fim de um desses.”
“Ok. Eu vou estar aí assim que puder.”
“Tenha cuidado, Zo.”
“Eu vou. Fique seguro.”
“Vou tentar.” O assobio foi acrescento por barulhos de pessoas correndo. “Mas você
provavelmente deveria se apressar.”