quinta-feira, 17 de maio de 2012

house of night - traída (capitulo 27)

VINTE E SETE
Nos reunimos no nosso pequeno grupo depois que eles saíram, e não falamos muito enquanto
a sala voltava ao normal. Eu notei uma mudança no local. O DVD de Star Wars foi esquecido,
pelo menos essa noite.
“Você está bem?” Erik finalmente perguntou suavemente. Ele pos seus braços ao meu redor e
eu me aninhei contra ele.
“Yeah, eu acho que sim.”
“Os policias tinham noticias sobre Heath?” Damien perguntou.
“Nada mais do que já ouvimos,” eu disse. “Ou se eles tem, não me falaram.”
“Podemos fazer alguma coisa?” Shaunee perguntou.
Eu balancei a cabeça. “Vamos apenas assistir o canal local e ver o que o jornal das 10 tem a
dizer.”
Eles murmuram oks e todos sentaram para assistir a marota de reprises de Will and Grace
enquanto esperávamos pelo noticiário. Eu olhei para a TV, e pensei sobre Heath. Eu tinha um
mal pressentimento sobre ele? Definitivamente. Mas era o mesmo pressentimento que eu tive
sobre Chris Ford e Brad Higeons? Não, eu acho que não. Eu não sabia como explicar. Meu
instinto dizia que Heath estava em perigo, mas não dizia que ele estava morto. Ainda.
Quanto mais eu pensava em Heath, mais inquieta eu ficava. Quando o noticiário local começou
eu mal consegui ficar sentada vendo a história de como uma nevasca inesperada fez com que
Tulsa e a área ao redor ficasse completamente branca. Eu fiquei inquieta enquanto assistíamos
as imagens das estradas, sinistramente vazias e parecendo quase como um pos-meteoro-ouguarra-
nuclear.
Não havia nada novo sobre Heath a não ser um relatório de como o tempo estava dificuldade
as buscas.
“Eu tenho que ir.” As palavras saíram da minha boca e eu estava de pé antes da minha mente
lembrar que eu não fazia idéia de onde eu iria e como chegar lá.
“Ir onde, Z?” Erin perguntou.
Minha mente se debateu e se deu conta de uma coisa – uma pequena ilha de contentamento
em um mundo que tinha ficado estressante e confuso e louco.
“Eu vou para os estábulos.” Erik parecia tão vazio quanto todo mundo. “Lenobia disse que eu
podia escovar Persephone sempre que eu quisesse.” Eu movi meus ombros. “Escovar ela me
faz ficar calma, e agora eu podia usar um pouco de calma.”
“Bem, ok. Eu gosto de cavalos. Vamos escovar Persephone, Erik disse.
“Eu preciso ficar sozinha.” As palavras soaram tão mais duras do que eu queria que eu sentei
perto dele e deslizei minha mão na dele. “Eu sinto muito. Eu só preciso de tempo para pensar,
e isso é algo que eu tenho que fazer sozinha.”
Os olhos azuis dele pareciam tristes, mas ele me deu um pequeno sorriso. “Que tal eu te levar
até o estábulo, e então voltar até aqui e cuidar das noticias para você enquanto você pensa?”
“Eu gostaria disso.”
Eu odiei o olhar de preocupação no rosto dos meus amigos, mas eu não podia fazer muito para
ressegurar eles. Erik e eu não nos incomodados de usar casacos. O estábulo não era muito
longe. O frio não teria chance de nos incomodar.
“Essa neve é incrível,” Erik disse depois que andamos um pouco pela calçada. Alguem tinha
tentado tirar ela, porque estava menos profunda na calçada que nos arredores, mas a neve
estava caindo tanto que quem limpou não conseguiu acompanhar e a neve já estava no nosso
calcanhar.
“Eu lembro que estava nevando assim quando eu estava na sexta ou sétima série. Foi durante
o feriado de natal e foi uma droga não perdermos aula.”
Erik deu uma vaga resposta, típica de um cara, e então andamos em silencio. Normalmente,
nosso silencio não era constrangedor, mas esse parecia estranho. Eu não sabia o que dizer –
como consertas as coisas.
Erik limpou a garganta. “Você ainda gosta dele, não? Quero dizer, mais do que apenas um exnamorado.”
“Sim.” Erik merecia a verdade, e eu estava cheia de mentiras.
Chegamos na porta do estábulo, e paramos perto das luzes. A entrada nos protegeu da maior
parte da neve, e parecia que estávamos parados numa bolha dentro de um globo de neve.
“E quanto a mim?” Erik perguntou.
Eu olhei para ele. “Eu também gosto de você. Erik, eu queria poder consertar isso, fazer todas
as coisas ruins desaparecerem, mas não posso. E eu não vou mentir para você sobre Heath. Eu
acho que tive um Imprint com ele.”
Eu vi surpresa nos olhos de Erik.”Daquela única vez no muro? Z, eu estava lá, e você mal
provou o sangue dele. Ele só não quer perder você, é por isso que está tão obcecado. Não que
eu o culpe,” ele acrescentou com um sorriso torto.
“Eu o vi de novo.”
“Huh?”
“Foi a alguns dias atrás. Eu não consegui dormir, então fui para a Starbucks na Utica Square
sozinha. Ele estava lá colocando pôsteres de Brad. Eu não queria ver ele, e se eu soubesse que
ele estaria lá eu não teria ido. Eu te prometo isso, Erik.”
“Mas você o viu.”
Eu acenei.
“E você se alimentou dele?”
“Só – só meio que aconteceu. Eu tentei negar, mas ele se cortou. De propósito. E eu não
consegui me parar.” Eu mantivesse meu olhar honesto no dele, pedindo a ele que entendesse.
Agora que eu estava confrontado a possibilidade de Erik e eu terminarmos, eu percebi o
quanto eu não queria que isso acontecesse, o que definitivamente não ajudou na minha
confusão ou no meu nível de estresse porque eu ainda me importava com Heath.”Eu sinto
muito, Erik. Eu não pedi que isso acontecesse, mas aconteceu, e agora tem coisas entre Heath
e eu, e eu não tenho certeza sobre o que vou fazer sobre isso.“
Ele suspirou profundamente e tirou um pouco de neve do meu cabelo. “Ok, bem, tem algo
entre você e eu também. E algum dia, se nós conseguirmos passar pela porcaria da Mudança,
seremos iguais. Eu não vou me tornar um velho enrugado e morrer décadas antes de você.
Estar comigo não será algo que outros vampiros vão fofocar sobre, e humanos irão te odiar
por isso. Será normal. Será o certo.” Então as mãos dele estavam atrás do meu pescoço e ele
estava me puxando para perto dele. Ele me beijou com força. Ela tinha um gosto frio e doce.
Meus braços foram para os ombros dele e eu o beijei de volta. A principio eu só queria fazer a
dor que eu causei a ele desaparecer. Então nosso beijo se aprofundou, e pressionamos nossos
corpos juntos. Eu não estava sobrepujada por uma cega ânsia por sangue por ele, como o que
aconteceu entre Heath e eu, mas eu gostava do jeito que o beijo de Erik me fazia sentir, um
gentil calor e leve. Diabos, no final das contas eu gostava dele. Muito. Além do mais, ele tinha
razão. Ele e eu seriamos o certo juntos. Heath e eu não.
O beijo terminou com nós dois respirando com dificuldade. Eu coloquei a bochecha de Erik na
minha mão. “Eu realmente sinto muito.”
Erik virou a cabeça e beijou minha mão. “Vamos superar isso.”
“Eu espero que sim,” eu sussurrei, mais para mim do que para ele. Então me afastei dele e pus
minha mão na velha maçaneta. “Obrigada por me trazer até aqui. Eu não sei quando eu volto.
Você não deve esperar por mim. “Eu comecei a abrir a porta.
“Z, se você realmente teve um Imprint com Heath você pode ser capaz de achar ele,” Erik
disse. Eu parei e me virei para Erik. Ele parecia cansado e infeliz, mas ele não hesitou para
explicar. “Enquanto estiver escovando a égua, pense em Heath. Chame por ele. Se ele for
capaz ele vira até você. Se não e seu Imprint for forte o bastante, você pode ter uma idéia de
onde ele está.”
“Obrigado, Erik.”
Ele sorriu, mas não parecia feliz. “Até mais, Z.” Ele se afastou e a neve o engoliu.
O cheiro do feno mistura com o limpo cheiro de cavalo seco, contrastava dramaticamente com
a fria neve do lado de fora. O estábulo estava turvamente iluminado por alguns lâmpadas. Os
cavalos estavam fazendo barulhos sonolentos de mastigação. Alguns deles estavam
assoprando pelo nariz, o que parecia um pouco como ronco. Eu olhei ao redor procurando por
Lenobia enquanto tirava a neve da minha camiseta e cabelo e me movia para pegar a escova,
mas era bem obvio que, com exceção dos cavalos, eu estava sozinha.
Ótimo. Eu precisava pensar, e não explicar o que eu estava fazendo ali no meio de uma
tempestade de neve no meio da noite.
Ok, eu disse a Erik a verdade sobre Heath e ele não terminou comigo. É claro, dependendo do
que acontecesse com Heath, ele ainda podia me largar. Como essas garotas vadias saem com
uma dúzia de caras ao mesmo tempo? Dois era exaustivo. A memória do sorriso sexy de Loren
e incrível voz passou por minha mente cheia de culpa. Eu mordi o lábio e peguei a escova e um
pente. Na verdade, eu meio que estava vendo três caras, o que era insano. Eu decidi então que
já tinha problemas o suficiente sem acrescentar o estranho flerte que pode ou não estar
acontecendo entre Loren e eu na mistura. Só de pensar em Erik descobrindo que mostrei toda
aquela pele para Loren... Eu tremi. Me fez querer me chutar. De agora em diante eu iria evitar
Loren, e se não pudesse evitar ele eu o trataria como qualquer outro professor, o que significa
nada de flerte. Agora eu só precisava descobrir o que fazer com Erik e Heath.
Eu abri o estábulo de Persephone e disse a ela o quão bonita e doce ela era, quando ela me
deu um sonolento e surpreso ronco e se lambeu meu rosto depois que eu a beijei suavemente
no nariz. Ela suspirou e ficou parada com três patas quando eu comecei a escovar ela.
Ok, de jeito nenhum eu podia descobrir nada sobre sair com Erik e Heath até Heath estar
seguro. ( Eu me recusei a considerar que ele poderia nunca ficar seguro – nunca ser
encontrado vivo.) Eu comecei a aquietar a tagarelice e mistura e confusão que estava na minha
mente. Na verdade, eu não precisa que Erik me dissesse que eu poderia ser capaz de encontrar
Heath. Essa possibilidade era uma das muitas que estavam me deixando tão inquieta hoje a
noite. A verdade covarde, era que eu estava com medo – medo do que eu poderia encontrar e
do que eu poderia não encontrar, e com medo de não ser forte o bastante para lidar com isso.
A morte de Stevie Rae me deixou quebrada, e eu não tinha certeza se eu podia salvar alguém.
Mas não era como se eu tivesse escolha.
Então... pensando em Heath... eu comecei lembrando que fofo que ela era no primeiro grau.
Na terceira série o cabelo dele era bem mais loiro do que agora, e ela tinha tipo um zilhão de
redemoinhos. Que costumavam ficar na cabeça dele como um ninho de pato. A terceira série
foi quando ele me disse pela primeira vez que ele me amava e algum dia ia casar comigo. Eu
estava na segunda série, e eu não levei ele a sério. Quero dizer, eu era quase dois anos mais
nova, mas era quase 30 centímetros mais alta. Ele era fofo, mas também era um garoto, o que
significa que ele era irritante.
Ok, então ele podia ainda ser irritante, mas ele cresceu e estufou. Em algum lugar no meio da
terceira série e o primeiro ano eu comecei a levar ele a sério. Eu lembrei da primeira vez que
ele realmente me beijou, e o jeito excitado e feliz que ele me fez sentir. Eu lembrei o quão
quente e doce ele era, e como ele me fazia sentir linda, mesmo quando eu estava
terrivelmente gripada e meu nariz vermelho. E como ele era um cavalheiro. Heath abria portar
e carregava meus livros desde que tinha nove anos.
Então eu pensei sobre a ultima vez que eu o vi. Ele tinha tanta certeza que pertencíamos
juntos e tão sem medo de mim que ele se cortou e ofereceu seu sangue para mim. Eu fechei
meus olhos e me inclinei contra a suave costela de Persephone, pensando em Heath e
deixando as memórias dele passar por minhas pálpebras como uma tela de cinema. Então as
imagens do nosso passado mudaram e eu tive um vago senso de escuridão e umidade e o frio
– e medo se apoderando de mim. Eu arfei, mantendo meus olhos ligeiramente fechados. Eu
queria me focar nele, como eu tinha naquela vez em que de alguma forma eu o vi no seu
quarto, mas essa conexão entre nós era diferente. Era menos clara, mais cheia de emoções
obscuras do que desejo. Eu me concentrei mais, e fiz o que Erik disse para mim fazer. Eu
chamei Heath.
Em voz alta, assim como tudo dentro de mim, e disse, “Heath, venha até mim. Estou
chamando você, Heath. Eu quero que você venha até mim agora. Onde você estiver, saia da aí
e venha até mim!”
Nada. Não houve resposta. Nenhum resultado. Nenhum sendo a não ser um profundo e frio
medo. Eu chamei de novo. “Heath! Venha até mim!” Dessa vez eu senti uma onda de
frustração, seguida por desespero. Mas não tive nenhuma imagem dele. Eu sabia que ele não
podia vir até mim, mas eu não sabia onde ele estava.
Porque eu fui capaz de ver ele muito mais fácil antes? Como eu tinha feito? Eu estava
pensando em Heath como agora. Eu estava pensando sobre...
Sobre o que eu estava pensando? Então senti meu peito ficar quente quando percebi o que
tinha me atraído pra ele antes. Eu não estava pensando sobre o quão fofo ele era quando
garoto ou o quão bonita ele me fazia sentir. Eu estava pensando sobre beber o sangue dele...
me alimentar dele... e a ânsia por sangue que isso causou.
Ok, então...
Eu respirei fundo e pensei no sangue de Heath. Era um desejo liquido, quente e grosso e
elétrico. Fez meu corpo ganhar vida em lugares que só tinham começado a se excitar antes. E
esses lugares estavam famintos. Eu queria beber o doce sangue de Heath enquanto ele
satisfazia meu desejo pelo toque dele, o corpo dele, o seu gosto...
A desconjunta imagem que eu tinha da escuridão se clareou com tal brutalidade que foi um
choque. Ainda estava escuro, mas não era problema nenhum para minha visão noturna. A
principio eu não entendi o que estava vendo. O lugar era estranho. Era mais como uma
pequena alcova numa caverna ou um túnel do que uma sala. As paredes eram redondas e
úmidas. Havia alguma luz, mas estava vindo de uma turva e suave lanterna que estava pendura
em um gancho rústico. Todo o resto era uma escuridão completa. O que eu achei que era uma
pilha de roupas sujas se moveu e lamentou. Dessa vez não era como se eu tivesse vendo
através de um fio. Era como se eu estivesse flutuando, e quando eu reconheci o lamento o
meu corpo que pairava foi até ele.
Ele estava curvado em um colchão manchado. Suas mãos e joelhos estavam presos com fita
adesiva e ele estava sangrando de vários ferimentos em seus braços e pescoço.
“Heath!” Minha voz não era audível, mas ele virou minha cabeça como se eu tivesse gritado
para ele.
“Zoey? É você?” E então os olhos dele se alargaram e ele sentou direito, olhando
ansiosamente ao redor. “Saia daqui, Zoey! Eles são loucos. Eles vão matar você como mataram
Chris e Brad.” Então ele começou a lutar, tentando desesperadamente rasgar a fita, embora
tudo que estivesse acontecendo era ele fazer seus pulsos sangrarem.
“Heath, pare! Está tudo bem – estou bem. Eu não estou aqui, não de verdade.” Ele parou de
lutar e virou os olhos ao redor como se estivesse tentado me ver.
“Mas eu posso ouvir você.”
“Dentro da sua cabeça. É onde você me ouve, Heath. É porque você e eu tivemos um Imprint e
agora estamos ligado.”
Inesperadamente, Heath riu. “Isso é legal, Zo.”
Eu virei os olhos mentalmente. “Ok, Heath se concentre. Onde você está?”
“Você não vai acreditar nisso, Zo, mas estou debaixo de Tulsa.”
“O que isso significa, Heath?”
“Lembra da aula de história do Shaddox? Ele nos contou sobre os túneis que foram cavados de
baixo de Tulsa no século 20 por causa daquela coisa nada de álcool.”
“Proibição,” eu disse.
“Yeah, isso. Eu estou em um deles.”
Eu não soube o que dizer por um segundo. Eu vagamente lembrava de aprender sobre os
túneis na aula de história, e fiquei surpresa por Heath – que não era exatamente um aluno
excelente – lembrasse disso.
Como se ele entendesse minha hesitação ele riu e disse, “Era sobre esconder bebida. Eu achei
legal.”
Depois de outra virada de olhos mental eu disse, “Só me diga como chegar aí, Heath.”
Ele balançou a cabeça bruscamente e um olhar muito familiar de teimosia de assentou no
rosto dele. “De jeito nenhum. Eles vão matar você. Vá chamar a policia e peça a eles
mandarem o time da SWAT ou algo assim.”
Isso era exatamente o que eu queria fazer. Eu queria pegar o cartão do Detetive Marx do meu
bolso, ligar para ele, e fazer ele salvar o dia.
Infelizmente, eu não podia.
“Quem são “eles”?” eu perguntei.
“Huh?”
“As pessoas que pegaram você? Quem são eles?”
“Não são pessoas, e não são vampiros embora bebam sangue, mas não são como você, Zo.
Eles são –“ ele parou de repente.”Eles são outra coisa. Algo errado.”
“Eles tem bebido seu sangue?” A idéia me deixava furiosa numa intensidade que eu estava
tendo dificuldades de controlar minhas emoções. Eu queria rasgar alguém e gritar, Ele
pertence a mim! Eu me forcei a respirar fundo várias vezes enquanto ele respondia.
“Yeah, eles tem.” Heath riu. “Mas eles reclamam muito sobre isso. Eles dizem que meu sangue
não tem um bom gosto. Eu acho que a razão principal é porque ainda estou vivo.”Então ele
engoliu com força e o rosto dele ficou um tom mais pálido. “Não é como quando você bebe
meu sangue, Zo. Isso é bom. O que eles fazem é – é nojento. Eles são nojentos.”
“Tem quantos deles?” Eu disse através dos dentes cerrados.
“Eu não tenho certeza. É tão escuro aqui e eles sempre vem em grupos estranhos, todos juntos
como se tivessem medo de ficarem sozinhos. Bem, a não ser por três deles. Um se chama
Elliott, uma se chama Venus – que é completamente estranho – e a outra se chama Stevie
Rae.”
Meu estomago deu um nó. “ Stevie Rae tem um cabelo loiro?”
“Yeah. Ela que está no comando.”
Heath comprovou meus medos. Eu não podia chamar a policia.
“Ok, Heath. Eu vou sair daqui. Me diga como encontrar o túnel.”
“Você vai chamar a policia?”
“Sim,” eu menti.
“Não. Você está mentindo.”
“Eu não estou!”
“Zo, eu sei que você está mentindo. Eu posso sentir. É essa coisa de ligação.” Ele riu.
“Heath. Eu não posso chamar a policia.”
“Então não vou te dizer onde estou.”
Ecoando pelo fim do túnel veio um agito que me lembrou o som de um experimento com ratos
no laboratório de ciências enquanto eles corriam pelo labirinto que nós construímos na aula
de biologia. O riso de Heath sumiu, assim como a cor que tinha retornado as suas bochechas
enquanto conversávamos.
“Heath não temos tempo para isso.” Ele começou a balançar a cabeça. “Me escute! Eu tenho
poderes especiais. Aqueles –“ Eu hesitei, sem ter certeza do que chamar o grupo de criaturas
que de alguma forma incluía minha melhor amiga morta. “Aquelas coisas não vão ser capazes
de me machucar.”
Heath não disse nada, mas ele não parecia convencido e o som parecido com o de ratos estava
ficando mais alto.
“Você disse que sabe que estou mentindo por causa da nossa ligação. Você tem que ser capaz
de perceber o que eu estou dizendo a verdade.” Ele parecia prestes a falar besteira, então
acrescentei, “Pense mais. Você disse que lembra um pouco da noite que você me encontrou
em Philbrook. Eu te salvei aquela noite, Heath. Nada de policia. Nem vampiros adultos. Eu
salvei você, e eu posso fazer de novo.” Eu estava feliz por soar mais certa do que eu me sentia.
“Me diga onde você está.”
Ele pensou um pouco, e eu estava pronta para gritar com ele (de novo) quando ele finalmente
disse, “Você sabe onde é o velho deposito no centro?”
“Yeah, você pode ver ele de Centro de Artes onde fomos ver Fantasma no meu aniversário,
ano passado, certo?”
“Yeah. Eles me prenderam num porão. Eles passaram por algo que parece uma porta trancada.
É velha e rústica, mas leva para cima. O túnel começa da rede de drenagem de lá.”
“Ótimo, eu –“
“Espere, isso não é tudo. Tem vários túneis. São mais como cavernas. Não é como eu imaginei
que fossem na aula de história. Eles são escuros e molhados e nojentos. Pegue o da direita, e
então continue virando a direita. Estou no fim de um desses.”
“Ok. Eu vou estar aí assim que puder.”
“Tenha cuidado, Zo.”
“Eu vou. Fique seguro.”
“Vou tentar.” O assobio foi acrescento por barulhos de pessoas correndo. “Mas você
provavelmente deveria se apressar.”

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