quinta-feira, 17 de maio de 2012

A.Vampiro - tocada pelas sombras (capitulo 21)


VINTE E UM
Eu mal podia esperar para meu dia acabar. Eu prometi a Lissa que eu ia sair com ela e com os
outros depois da aula. Deveria ser divertido, mas os minutos se arrastaram. Eu também estava
muito inquieta. Quando o toque de recolher começou, eu me separei deles e corri de volta
para meu dormitório. Eu perguntei para a mulher na recepção se ela podia ligar para o quarto
de Dimitri – que era fora dos limites para estudantes – porque eu tinha um assunto “urgente”
com ele. Ela tinha acabado de pegar o telefone quando Celeste apareceu.
“Ele não está lá,” ela me disse. Ela tinha um grande machucado do lado do rosto. Algum
novato tinha atingido ela de jeito – algum novato que não era eu. “Eu acho que ele estava indo
na capela. Você vai ter que ver ele amanhã – não pra chegar lá e voltar antes do toque de
recolher.”
Eu acenei e agi como se estivesse indo para a ala dos estudantes. Ao invés disso, assim que ela
estava fora de vista, eu fui para rua de novo e corri para a capela. Ela estava certa. Eu não ia
conseguir respeitar o toque de recolher, mas quem sabe Dimitri pudesse se certificar que eu
voltasse sem ter grandes problemas.
As portas da capela não estavam trancadas quando eu as alcancei. Eu entrei e vi as velas
acessas, fazendo todos os ornamentos da igreja brilharem. O padre ainda devia estar
trabalhando. Mas, quando eu pisei no santuário, ele não estava ali. Mas Dimitri estava.
Ele estava sentado no ultimo banco. Ele não estava rezando ou ajoelhado nem nada. Ele só
estava sentado ali, parecendo relaxado. Embora ele não fosse um membro praticante da
igreja, ele me disse que frequentemente encontrava paz ali. Dava a ele a chance de pensar
sobre a vida e sobre o que ele tinha feito.
Eu sempre pensei que ele parecia bom, mas ali, algo sobre ele quase me fez ficar parada.
Talvez fosse por causa do fundo, a madeira polida e os ícones coloridos dos santos. Talvez
fosse o jeito que a luz das velas brilhavam contra seu cabelo escuro. Talvez fosse porque ele
parecia estar de guarda baixa, quase vulnerável. Ele normalmente era tão duro, tão inquieto...
mas até ele precisava de momentos ocasionais de descanso. Ele parecia brilhar em meus
olhos, do jeito que Lissa sempre parecia fazer. A tensão normal dele voltou quando ele me
ouviu entrar.
“Rose, está tudo bem?” Ele começou a levantar, e eu o fiz se sentar enquanto sentava em um
lugar perto dele. O fraco cheiro de incenso pairava no ar.
“Sim... bem, mais ou menos. Nada de colapsos, se é isso que te preocupa. Eu só tenho uma
pergunta. Ou, melhor, uma teoria.”
Eu expliquei a conversa com Alice e o que eu deduzi disso. Ele ouviu pacientemente, sua
expressão pensativa.
“Eu conheço Alice. Não sei se ela é confiável,’ ele disse quando eu terminei. Era similar ao que
ele tinha dito sobre Victor.
“Eu sei. Eu pensei a mesma coisa. Mas muita coisa faz sentido.”
“Nem tanto.Como você disse, porque suas visões são tão irregulares aqui? Isso não combina
com a teoria. Você deveria se sentir como se sentiu no avião.”
“E se as wards estão apenas fracas?” eu perguntei.
Ele balançou a cabeça. “Isso é impossível. Wards levam meses para enfraquecer. Novas são
colocadas a cada duas semanas.”
“Tão freqüentemente?” eu perguntei, incapaz de esconder meu desapontamento. Eu sei que a
manutenção era freqüente mas não tão freqüente.
Alice quase tinha me fornecido uma explicação solida, uma que não envolvia eu ser louca.
“Talvez elas estejam sendo quebradas,” eu sugeri. “Por humanos ou algo – como vimos antes.”
“Guardiões andam pelo território algumas vezes por dia. Se houvesse uma estaca na fronteira
do campos, notaríamos. “
Eu encarei.
Dimitri moveu sua mão para cima da minha, e eu recuei. Ele não a removeu no entanto, e
como ele fazia freqüentemente, adivinhou meus pensamentos.”Você pensou que se ela
estivesse certar, explicaria tudo.”
Eu acenei. “Eu não quero ser louca.”
Você não é louca.”
“Mas você não acredita que eu realmente esteja vendo fantasmas.”
Ele olhou para outro lado, os olhos dele encarando a chama das velas no altar. “Eu não sei. Eu
ainda estou tentando manter a mente aberta. E estar estressada não é a mesma coisa que ser
louca.”
“Eu sei,” eu admiti, ainda consciente do quão quente a mão dele era. Eu não deveria pensar
sobre essas coisas na igreja. “Mas.. bem... tem outra coisa...“
Eu contei a ele sobre a possibilidade de Anna “pegar” a loucura de Vladimir. Eu também
expliquei a observação de Adrian em relação as auras. Ele voltou seu olhar para mim, com a
expressão expeculativa.
“Você contou sobre isso a mais alguém? Lissa? Sua conselheira?”
“Não,”” eu disse em uma voz pequena, incapaz de olhar ele nos olhos. “Eu estava com medo
do que eles poderiam pensar.”
Ele apertou minha mão. “Você tem que parar com isso. Você não tem medo de se jogar contra
o perigo, mas você fica apavorada de deixar alguém conhecer você.”
“Eu.. eu não sei,” eu disse, olhando para ele. “Talvez.”
“Então porque você me contou?”
Eu sorri. “Porque você me disse que eu deveria confiar nas pessoas. Eu confio em você.”
“Você não confia em Lissa?”
Meu sorriso sumiu. “Eu confio nela, absolutamente. Mas não quero contar a ela coisas que a
deixem preocupada. Eu acho que é um jeito de proteger ela, como manter os Strigoi longe.”
“Ela é mais forte do que você acha,” ele disse. “E ela sairia do caminho para ajudar você.”
“E daí? Você quer que eu confie nela e não em você?”
“Não, eu quero que você confie em nós dois. Eu acho que vai ser bom pra você. O que
aconteceu com Anna incomoda você?”
“Não.” Eu olhei pra longe. “Me assusta.”
Eu acho que essa admissão atordoou nós dois. Eu certamente não tinha esperado dizer isso.
Nós dois congelamos por um momento, e então Dimitri enrolou seus braços ao meu redor e
me puxou para seu peito. Um choro se criou em mim enquanto descansava minha bochecha
contra seu casaco de couro e ouvia a batida do coração dele.
“Eu não quero ser desse jeito,” eu disse a ele. “Eu quero ser como todo mundo. Eu quero que a
minha mente seja... normal. Normal para os padrões de Rose, quero dizer. Eu não quero
perder controle. Eu não quero ser como Anna e me matar. Eu amo estar viva. Eu morreria para
salvar meus amigos, mas espero que isso não aconteça. Eu queria que todos vivêssemos longas
e felizes vidas. Como Lissa disse – uma grande família feliz. Tem tanta coisa que eu quero fazer,
mas eu tenho tanto medo... medo de ser como ela ... medo de não ser capaz de parar – “
Ele me apertou com mais força. “Não vai acontecer,” ele murmurou. “Você é selvagem e
impulsiva, mas no fim do dia, você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço. Mesmo que
você seja o mesmo que Anna – e eu não acho que você seja – vocês duas não vão dividir o
mesmo destino.”
Era engraçado. Eu freqüentemente dizia a Lissa a mesma coisa sobre ela e Vladimir. Ela sempre
teve dificuldades em acreditar, e agora eu entendia. Dar conselhos era muito mais fácil do que
seguir eles.
“Você também não está vendo algo,” ele continuou, passando a mão sob o meu cabelo. “Se
você está em perigo por causa da mágica de Lissa, então pelo menos você sabe porque. Ela
pode parar de usar sua mágica, e vai ser o fim disso.”
Eu me afastei levemente para poder olhar para ele. Com dificuldade, eu passei minha mão sob
meus olhos em caso de qualquer lagrima escapar.
“Mas eu posso pedir a ela para fazer isso?” eu disse. “Eu senti como isso a faz se sentir. Eu não
acho que posso tirar isso dela.”
Ele me olhou surpreso. “Mesmo ao custo da sua vida?”
“Vladimir fez coisas grandiosas – ela também poderia. Além do mais, eles vem primeiro,
certo?”
“Nem sempre.”
Eu encarei. Eu tinha o mantra eles vem primeiro desde criança. Era tudo que os guardiões
acreditavam. Apenas os guardiões que fugiam não seguiam isso. O que ele disse era quase
como traição.
“As vezes, Rose, você precisa saber quando se colocar em primeiro lugar.”
Eu balancei a cabeça. “Não com Lissa.” Eu podia estar com Ambrose ou Deirdre de novo.
Porque todos de repente começaram a desafiar que eu tinha como a verdade absoluta a
minha vida toda?
“Ela é sua amiga. Ela entende.” Para fazer seu ponto, ele foi para frente e puxou o chotki que
estava embaixo da minha manga, as pontas dos dedos dele acariciando meus pulsos.
“É mais que isso,” eu disse. Eu apontei para a cruz. “De tudo, isso é a prova. Eu estou ligada a
ela, para proteger os Dragomirs, a todo custo.”
“Eu sei, mas...” ele não terminou, e honestamente, o que ele poderia dizer? Isso estava se
tornando uma velha discussão, uma sem solução.
“Eu preciso voltar,” eu disse bruscamente. “Já passou da hora do toque de recolher.”
Um sorriso torto apareceu no rosto de Dimitri. “E você precisa que eu te leve de volta ou você
terá problemas.”
“Bem, sim, eu estava meio que esperando...”
Nós ouvimos um murmuro perto da porta do santuário, e o Padre Andrew entrou, o que
definitivamente terminou nossa conversa. Ele estava se aprontando para fechar a igreja.
Dimitri o agradeceu, e então nós dois fomos para o dormitório dos dhampirs. Nenhum de nós
falou no caminho, mas era um silencio confortável. Era estranho, mas desde a explosão dele
fora da clinica, eu senti que algo se intensificou entre nós, embora isso possa parecer
impossível.
Dimitri me fez passar pela mulher da recepção, e quando estava prestes a ir para a minha ala,
um guardião chamado Yuri entrou. Dimitri o chamou.
“Você esteve trabalhando com a segurança, não tem? Quando foi a ultima vez que as wards
foram trocadas?”
Yuri pensou. “Dois dias atrás. Porque?”
Dimitri me deu um olhar significativo. “Apenas curiosidade.”
Eu acenei para Dimitri para mostrar que eu entendi o ponto dele, e então fui para cama.
Depois disso, a próxima semana teve um padrão chato e repetitivo. Eu seguia Christian 3 dias
por semana, tinha minhas sessões de terapia, e treinava com Dimitri. Durante essas horas, eu
podia ver a preocupação no rosto de Dimitri. Ele sempre perguntava como eu estava mas não
insistia para me fazer falar sobre qualquer coisa que eu não quisesse. Na maior parte, era um
treinamento físico, que eu gostava já que não era necessário muita conversa.
O melhor de tudo, eu não via Mason durante essas horas.
Eu também não testemunhei nenhum ataque – tanto da Mână como dos guardiões.
Nós estávamos no ponto alto da experiência de campo, e todos os outros novatos da minha
turma estavam lutando regularmente. Os testes ficaram cada vez mais difíceis, e todos tinham
que ficar atentos. Eddie parecia ter que defender Lissa dia sim dia não dos guardiões que
estavam se fazendo de Strigoi – mas nunca aconteceu quando eu estava por perto. Na
verdade, eu comecei a ter uma idéia. Eles estavam pegando leve comigo. Eles estavam
preocupados que eu não pudesse lidar com isso.
“Eles podiam muito bem ter me cortado da experiência de campo,afinal de contas,” eu
reclamei para Christian certa manhã. “Eu não estou fazendo nada.”
“Sim, mas se você ainda sim passar, porque se preocupar? Eu quero dizer, você quer lutar todo
dia mesmo?” Ele então virou os olhos. “Esquece. É claro que você quer.”
“Você não entende,” eu disse a ele. “Esse trabalho não é sobre facilidades. Eu quero provar
que eu posso – para eles e para mim. Você nunca pode ter treinado demais. Eu quero dizer, a
vida de Lissa está em jogo.” E também a possibilidade de meu futuro com ela. Eu estava
preocupada antes que eles decidissem me substituir – e isso foi antes deles pensarem que eu
era louca.
Já era quase hora do toque de recolher, e eu estava largando ele pela noite. Ele balançou a
cabeça. “Rose, eu não sei se você é louca ou não, mas eu estou começando a achar que você
pode será melhor guardiã – ou prestes a ser guardiã - por ai.”
‘Você acabou de me dar um elogio sério?”eu perguntei.
Ele virou de costas para mim e entrou no dormitório. “Boa noite.”
Minha vida estava um caos, mas eu não pude evitar de dar um pequeno sorriso quando voltei
para o meu próprio quarto. A caminhada sempre me fazia ficar nervosa já que eu agora vivia
com um medo perpetuo de me encontrar com Mason. Tinha outras pessoas se apressando
para voltar antes do toque de recolher, no entanto, e ele tinha a tendência de aparecer
quando eu estava sozinha, ou porque ele preferia a privacidade ou porque ele era imaginação
minha.
Falar sobre Lissa me lembrou que eu mal a tinha visto hoje. Confortável e contente, eu deixei
minha mente entrar na dela enquanto meu corpo continuava a andar.
Ela estava na biblioteca, apressada tentando acabar alguns trabalhos. Eddie estava perto dela,
olhando ao redor. “Melhor se apressar,” ele disse provocando. “Ela está fazendo outra ronda.”
“Quase terminei,” Lissa disse, anotando mais algumas palavras.
Ela fechou o livro, quando a bibliotecária apareceu e disse que eles precisavam ir embora
agora. Com um suspiro de alivio, Lissa enfiou seus papeis na mochila e seguiu Eddie para a
saída. Ele pegou a mochila e a carregou em seus ombros enquanto eles saiam.
“Você não tem que fazer isso,” ela disse. “Você não é meu carregador.”
“Você pode pegar ela de volta assim que arrumar isso.” Ele apontou para a complicação que
ela estava tendo com seu casaco. Ela o enfiava enquanto tentava sair da biblioteca a tempo.
Ela riu da sua própria desorientação e ajustou as mangas.
“Obrigado,” ela disse quando ele devolveu a mochila.
“Sem problemas.”
Lissa gostava de Eddie – embora não de um jeito romântico. Ela só achava que ele era legal.
Ele fazia coisas desse tipo o tempo todo, ajudando ela enquanto fazia um excelente trabalho
com seus deveres. As ações dele também não eram românticas. Ele só era um daqueles raros
caras que podiam ser um cavalheiro e um cara forte. Ela tinha planos para ele.
‘Você já pensou em convidar Rose para sair?”
“O que?” ele perguntou.
O QUE? Eu pensei.
“Vocês tem tanto em comum,’ ela disse, tentando soar casual. Por dentro, ela estava excitada.
Ela achava que essa era a melhor idéia do mundo. Para mim, era um daqueles momentos em
que estar na mente dela era estar muito perto dela. Eu preferia estar ao lado dela para poder
colocar algum senso na cabeça dela.
“Ela é só minha amiga,” ele riu, seu rosto ficando de um jeito fofamente tímido. “E eu não
acho que somos compatíveis. Além do mais...” a expressão dele caiu. “Eu nunca poderia sair
com a namorada de Mason.”
Lissa começou a dizer o que eu sempre disse a ela, que eu não tinha sido a namorada de
Mason. Sabiamente, ela ao invés disso escolheu deixar Eddie acreditando nisso. “Todos tem
que seguir em frente as vezes.”
“Não faz tanto tempo, não de verdade. Só um pouco mais de um mês. E não é algo que você se
recupera rapidamente.” Os olhos dele estavam tristes, um olhar que magoava eu e Lissa.
“Eu sinto muito,” ela disse. “Eu não queria fazer parecer que algo pequeno. O que você viu –
eu sei que foi horrível.”
“Quer saber o que é estranho? Na verdade eu não lembro de muita coisa. E isso é o que é
horrível. Eu estava tão drogado que eu não fazia idéia do que estava acontecendo. Eu odeio
isso – você não tem idéia. Ficar indefesso desse jeito... é a pior coisa do mundo.”
Eu me sentia do mesmo jeito. Eu acho que é uma coisa dos guardiões. Eddie e eu nunca
conversamos sobre isso, no entanto. Nunca nem falamos sobre Spokane.
“Não é sua culpa,” Lissa disse a ele. “As endorfinas dos Strigoi são fortes. Você não poderia
lutar contra elas.”
“Eu deveria ter tentado mais,” ele discutiu, segurando a porta aberta para ela. “Se eu estivesse
pelo menos um pouco mais consciente... eu não sei. Mason poderia ainda estar vivo.”
Eddie e eu, eu percebi, deveríamos ambos ter começado uma terapia quando voltamos das
férias de inverno. Eu finalmente entendi porque todos diziam que eu me culpar pela morte de
Mason era irracional. Eddie e eu ambos estávamos nos considerando responsáveis por coisas
que não podíamos controlar. Estavamos nos torturando com uma culpa que não merecíamos.
“Hey, Lissa. Vem aqui.”
O assunto serio foi deixando de lado quando Jesse e Ralf acenaram para ele do outro lado do
lobby. Minhas defesas imediatamente levantaram. Assim como as dela. Ela não gostava deles
tanto quanto eu.
“O que foi?” perguntou Eddie atento.
“Eu não sei,” ela murmurou, andando até eles. “Eu espero que isso seja rápido.”
Jesse deu a ela um sorriso deslumbrante, um que eu já tinha achado muito quente. Agora eu
via o quão falso era. “Como você vai?”ele perguntou.
“Ficando cansada,” ela respondeu. “Preciso ir para cama. Qual problema?”
Jessie olhou para Eddie. “Você nos daria um pouco de privacidade?” Eddie olhou para Lissa. Ela
acenou, e Eddie se afastou o suficiente para estar longe do alcance para ouvir, mas a inda a
observava. Quando ele saiu, Jesse disse, “Temos um convite para você.”
“Para o que, uma festa?”
“Mais ou menos. É um grupo...” Ralf não era bom com palavras, e Jesse assumiu de novo.
“Mais que um grupo. É um para pessoas de elite.” Ele fez um gesto ao redor. “Você e eu e
Ralf... não somos como os outros Moroi. Não somos nem como os outros da realeza. Temos
preocupações e problemas que precisamos resolver.” Eu pensei que era engraçado incluir Ralf.
A realeza de Ralf vinha por parte de sua mãe, uma Voda, então ele nem carregava o nome da
realeza, embora tecnicamente ele tivesse o sangue.
“Soa meio... snobby,” ela disse. “Sem ofensa. Obrigada pela oferta, mesmo assim.”Essa era
Lissa. Sempre educada, mesmo com idiotas como esses.
“Você não entende. Não estamos fazendo nada. Estamos trabalhando para fazer as coisas
serem feitas. Nós – “ ele hesitou e então falou suavemente, “ – estamos trabalhando em
maneiras para fazer nossa voz lá, para fazer as pessoas verem as coisas da nossa maneira.”
Lissa deu uma risada desconfortada. “Parece como compulsão.”
“E?”
Eu não podia ver o rosto dela, mas eu podia sentir ela trabalhado para manter essa
possibilidade estranha. “Você perdeu a cabeça? Compulsão é proibido. É errado.”
“Apenas para algumas pessoas.E aparentemente não para você já que você é muito boa
nisso.”
Ela endureceu. “Porque você acha isso?”
“Porque alguém – algumas pessoas, na verdade – disseram.”Pessoas? Eu tentei lembrar o que
Christian e eu tínhamos dito na sala dos alimentadores. Nunca mencionamos o nome dela,
embora tivéssemos nos gabado de ter visto alguém usar compulsão. E aparentemente, Jesse
tinha notado outras coisas sobre ela. “Além do mais, é meio obvio. As pessoas amam você.
Você teve tantos problemas, e finalmente entendemos. Você tem usado isso nas pessoas o
tempo todo. Eu estava observando você o outro dia na aula quando você convenceu o Sr. Hill a
deixar Christian trabalhar com você naquele projeto. Ele nunca teria deixado mais ninguém
fazer isso.”
Eu estava com eles na aula aquele dia. Lissa tinha usado compulsão para fazer o professor
deixar conseguir ajuda com Christian. Ela estava tão atenta em sues pedidos que ele compeliu
o Sr. Hill sem nem mesmo perceber. Comparada com outras coisas que eu vi ela fazer, tinha
sido uma compulsão bem fraca. Ninguém tinha notado. Bem, quase ninguém.
“Olha,” disse Lissa inquieta, “Eu não faço idéia do que vocês estão falando. Eu preciso ir pra
cama.”
O rosto de Jesse ficou excitado. “Não, está tudo bem. Nós achamos que é legal. Queremos
ajudar você – ou na verdade, queremos que você nos ajude. Eu não consigo acreditar que não
notei antes. Você é muito boa e precisamos que você nos mostre. Além do mais, nenhum dos
outros capítulos da Mână teve um Dragomir. Seremos o primeiro a ter todas as famílias reais
representadas.”
Ela acenou. “Se eu pudesse usar compulsão, eu faria vocês desaparecerem. Eu disse, eu não
estou interessada.”
“Mas precisamos de você!” exclamou Ralf. Jesse deu a ele um olhar afiado e então deu um
sorriso para Lissa. Eu tive esse estranho sentimento como se ele realmente tivesse tentando
compelir ela, mas não teve absolutamente nenhum efeito nela – ou em mim, já que eu estava
observando pelos olhos dela.
“Não é só sobre você nos ajudando. Tem um grupo de Mână em cada escola,” disse Jesse. Ele
estava parado perto, e de repente, ele não parecia mais tão amigável. “Seus membros estão
em todo o mundo. Sendo parte disso, você tem todas as conexões que você quiser para sua
vida. E se todos pudermos trabalhar com compulsão, podemos parar o governo Moroi de fazer
coisas estúpidas – podemos nos certificar que a rainha e todos os outros tomem as decisões
certas. Tudo nisso é bom pra você!”
“Estou muito bem sozinha, obrigado,” ela disse, dando um passo para trás. “E eu não tenho
certeza que isso seja o melhor para os Moroi.”
“Bem? Como seu namorado quase Strigoi e uma quase vadia guardiã?” exclamou Ralf. Ele
falou alto o bastante para chamar a atenção de Eddie, e Eddie não parecia feliz.
“Fique quieto,’ Jesse disse a ele irritado. Ele se virou para Lissa. “Ele não deveria ter dito isso...
mas ele meio que está certo. A reputação da sua família está nas suas mãos, e do jeito que
está indo, ninguém vai levar você a serio. A rainha já está tentando manter você na linha e te
afastar do Ozera. Você vai bater e queimar.”
Lissa estava ficando cada vez mais irritada. “Você não tem idéia do que está falando. E-“ ela
franziu. “O que você quer dizer sobre ela estar tentando me afastar de Christian?”
“Ela quer cas –“ Ralf começou a falar, mas Jesse imediatamente o cortou.
“É exatamente disso que estamos falando,” disse Jesse. “Sabemos todo o tipo de coisa que
podem afetar e ajudar você – você e Christian.”
Eu tinha o pressentimento que Ralf estava prestes a mencionar os planos da rainha de casar
Lissa com Adrian. Eu estava passada sobre como ele sabia disso ante que eu lembrei que Ralf
era parente dos Vodas. Priscilla Voda era a conselheira e amiga da rainha. Ela sabia dos planos
da rainha e provavelmente tinha dito a Ralf. A relação dele com ela deveria ser mais intima do
que eu pensei.
“Me diga,” Lissa exigiu. A idéia de usar compulsão nele passou pela cabeça dela, mas ela
ignorou. Ela não seria tão baixa. “O que você sabe sobre Christian?”
“Não é uma informação gratuita,” disse Jesse. “Vá para uma reunião e vamos contar a você
tudo.”
“Tanto faz. Não estou interessada na suas conexões elitistas, e eu não sei nada sobre
compulsão.” Apesar das palavras dela, ela estava insanamente curiosa sobre o que ele sabia.
Ela começou a se afastar, mas Jesse agarrou o braço dela. “Merda! Você tem que –“
“Lissa vai pra cama agora,” disse Eddie. Ele se aproximou assim que Jesse a tocou. ‘Retire a sua
mão, ou eu faço isso para você.”
Jesse olhou para Eddie. Como a maioria das discussões Moroi- dhampir, Jesse tinha altura,
Eddie tinha músculos. Todos sabiam quem iria ganhar se Eddie lutasse contra eles. A beleza
disso era que Eddie provavelmente nem teria problemas se alegasse que ele tinha feito isso
para salvar Lissa de ser perseguida.
Jesse e Ralf se afastaram devagar. “Precisamos de você.” Disse Jesse. “Você é a única. Pense
sobre isso.”
Quando eles saíram, Eddie perguntou, “você está bem?”
“Sim... obrigado. Deus, isso foi estranho.” Eles foram em direção as escadas.
“Sobre o que foi?”
“Eles estão obcecados com a sociedade real ou algo assim e queriam que eu me juntasse a eles
para terem todos os membros das famílias reais. Eles estavam meio fanáticos sobre isso.
“Eddie sabia sobre o Espírito, mas ela não estava confortável em lembrar a ele como ela era
boa em compulsão.
Ele abriu a porta para ela. “Bem, eles podem chatear você o quanto quiserem, mas não podem
fazer você se juntar a algo que você não quer.”
“Sim, eu suponho.” Parte dela ainda estava imaginando o se eles sabiam sobre Christian ou se
eles estavam blefando. “Eu só espero que eles não fiquem muito chatos.”
“Não se preocupe,” ele disse a ela, a voz dura. “Eu vou me certificar que eles não fiquem.”
Eu voltei para meu corpo e abri a porta para meu dormitório. Na metade das escadas, percebi
que eu estava sorrindo. Eu certamente não queria que Jesse e Ralf incomodassem Lissa, mas
se Eddie tivesse que lidar com eles? Yeah. Eu não me importaria em ver uma pequena
vingança pelo que eles tinham feito aos outros.

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