quarta-feira, 23 de maio de 2012

A.Vampiro - promessa de sangue (capitulo 1)


Vampire Academy – Blood Promise


LIGADA POR AMOR, MAS JURADA A MATAR…
O resto do mundo estava considerando Dimitri morto. E a uma certa extensão, ele
estava. Mas eu não fui capaz de esquecer a conversa que eu e ele tivemos uma vez.
Nós dois concordamos que seria melhor morrer – morrer de verdade – que andar pelo
mundo como um Strigoi. Era hora de honrar essas palavras.
A vida da guardiã Rose Hathaway nunca será a mesma.
O recente ataque a Academia St. Vladimir devastou todo o mundo Moroi. Muitos estão
mortos. E, pelas poucas vitimas carregadas pelos Strigoi, o destino deles é ainda pior.
Uma rara tatuagem agora adorna o pescoço de Rose, uma marca que diz que ela
matou Strigoi demais para contar. Mas apenas uma vitima importa... Dimitri Belikov.
Rose agora deve escolher, um de dois caminhos bem diferentes: princesa – ou,
abandonar a academia para sair sozinha em uma caça para matar o homem que ela
ama. Ela terá de ir ao fim do mundo para encontrar Dimitri e manter a promessa que
ele implorou para ela fazer. Mas a pergunta é, quando a hora chegar, ele irá querer ser
salvo?
Agora, com tudo em jogo – e mundos de distancia da St. Vladimir e sua desprotegida e
vulnerável, e recentemente rebelde, melhor amiga – Rose pode encontrar forças para
destruir Dimitri?
Ou, ela vai se sacrificar para ter uma chance em um amor eterno?”



CAPÍTULO UM
Eu estava sendo seguida.
Era meio irônico, considerando o jeito que eu tenho seguido outros nas últimas
semanas. Pelo menos não era um Strigoi. Eu saberia. Um recente efeito de ser
Shadow-Kissed é a habilidade de sentir os mortos vivos – atrás de um ataque de
náusea, infelizmente. Ainda sim, eu apreciava o aviso antecipado do meu corpo e
estava aliviada por meu perseguidor de hoje a noite não ser um insanamente rápido e
cruel vampiro. Eu lutei com o baste desses recentemente, e eu meio que queria a noite
de folga.
Eu tinha que chutar que meu perseguidor era um dhampir como eu,
provavelmente um do clube. Na verdade, essa pessoa estava se movendo de maneira
um pouco menos firme do que eu esperaria de um dhampir. Seus passos eram
claramente audíveis contra o pavimento da escura calçada em que eu estava, e, uma
vez, eu vi um breve deslumbre de uma sombra. Ainda sim, considerando minha reação
afobada hoje a noite, um dhampir era o culpado mais provável.
Tudo tinha começou no Nightingale1. Esse não era o verdadeiro nome do bar, só
uma tradução. Seu nome verdadeiro era algo em Russo que estava além da minha
habilidade de pronunciar. Nos EUA, o Nightingale é bem conhecido entre os ricos
Moroi que viajam para o exterior, e agora eu podia entender porque. Não importava
que hora do dia seja, as pessoas no Nightingale se vestem como se estivessem num
baile imperial. E, bem, todo o lugar meio que parecia como algo dos tempos antigos da
realeza russa, com paredes de marfim cobertas com ornamentos espirais e mofo. Ele
me lembrava muito o Palácio de Inverno, uma residência real deixada da época em
que a Rússia ainda era regida pelo czar. Eu a visitei quando cheguei em São
Petersburgo.
No Nightingale, elaborados lustres cheios de velas de verdade brilhavam no ar,
iluminando a decoração dourada, para que mesmo com pouca luz, todo o
estabelecimento brilhasse. Havia um grande salão de jantar com mesas envolvidas em
veludo e barracas, assim como um lounge e um bar onde as pessoas podiam se
misturar. Tarde da noite, uma banda se colocaria ali, e casais poderiam dançar.
Eu não tinha me incomodado com o Nightingale quando eu cheguei à cidade duas
semanas atrás. Eu fui arrogante o bastante para pensar que eu podia encontrar Moroi
que imediatamente me direcionariam para a cidade natal de Dimitri, na Sibéria. Com
nenhuma outra pista sobre onde Dimitri tinha ido na Sibéria, a cidade que ele cresceu
me pareceu a melhor chance de me aproximar dele. Só que, eu não sabia onde era, e
era por isso que eu estava tentando encontrar Moroi para me ajudar. Haviam várias
cidades e comunidades de dhampir na Rússia mas quase nenhuma na Sibéria, o que
1 Rouxinol (passarinho).

me fez acreditar que a maior parte dos Moroi locais saberiam o lugar que ele nasceu.
Infelizmente, acabou que os Moroi que viviam em cidades humanas eram muito bons
em se esconder. Eu chequei o que pensei mais provavelmente ser os locais onde Moroi
ficavam, só para não encontrar nada. E sem esses Moroi, eu não tinha respostas.
Então, eu comecei a visitar o Nightingale, o que não foi fácil. Era difícil para uma
garota de 18 anos se misturar em um dos clubes de maior elite da cidade. Eu logo
descobri que roupas caras e gorjetas altas o bastante me ajudariam bastante. Os
garçons passaram a me conhecer, e se eles achavam que minha presença era estranha,
eles não falaram nada e ficavam felizes em me dar a mesa de canto que eu sempre
pedia. Eu acho que eles pensaram que eu era a filha de algum magnata ou político.
Qualquer que fosse meu histórico, eu tinha o dinheiro para estar lá, e isso era tudo
com que eles se importavam.
Mesmo assim, minhas primeiras noites lá foram desencorajadoras. O Nightingale
pode ser um local de elite para os Moroi, mas também era frequentado por humanos.
E a principio, pareceu que esses eram os únicos clientes do clube. As multidões
ficavam cada vez maiores conforme a noite progredia, e observando através das mesas
cheias e das pessoas amontoadas no bar, eu não tinha visto nenhum Moroi. A coisa
mais notável que eu havia visto era uma mulher com longo cabelo loiro platinado
andando pelo lounge com um grupo de amigos. Por um momento, meu coração havia
parado. A mulher estava de costas para mim, mas ela parecia tanto com Lissa que eu
senti certeza que eu havia sido rastreada. O estranho era que, eu não sabia se deveria
me sentir excitada ou horrorizada. Eu sentia tanta, tanta falta de Lissa – mas ainda sim,
ao mesmo tempo, eu não queria ela envolvida nessa perigosa viagem minha. Então a
mulher virou. Não era Lissa. Ela nem era Moroi, só humana. Devagar, minha respiração
voltou ao normal.
Finalmente, mais ou menos uma semana atrás, eu avistei alguns pela primeira vez.
Um grupo de mulheres Moroi tinha chego para um almoço tardio, acompanhadas por
dois guardiões, um homem e uma mulher, que sentavam cumprindo seu dever
silenciosamente na mesa enquanto elas fofocavam e riam bebendo champagne a
tarde. Evitar guardiões tinha sido a parte mais difícil. Para aqueles que sabiam o que
procurar, Moroi eram fácil de se ver: mais altos que a maior parte dos humanos,
pálidos, e super magros. Eles também tinham um jeito engraçado de sorrir e manter
seus lábios numa posição em que não mostrasse suas presas. Dhampir, com nosso
sangue humano, apareciam... bem, humanos.
Era assim que eu certamente parecia para o destreinado olhar humano. Eu tinha
cerca de 1,70m e onde Moroi tendem ter um corpo de modelo irreal, o meu era
atleticamente construído e tinha curvas no peito. Os genes do meu desconhecido pai
turco e tempo demais no sol tinham me dado um leve bronzeado assim como um
longo, e quase negro cabelo e olhos igualmente escuros. Mas aqueles que haviam sido
criados no mundo Moroi podiam me ver como uma dhampir através de um exame

mais detalhado. Eu não tenho certeza o que era – talvez algum instinto que nos leva
para nossa própria espécie e nos faz reconhecer a mistura de sangue Moroi.
Independentemente, era imperativo que eu parecesse humana para aqueles
guardiões, então eu não levantei suspeitas. Eu sentei do outro lado do aposento, no
meu canto, pegando caviar e fingindo ler meu livro. Para registro, eu acho caviar
nojento, mas ele parece estar em todo lugar na Rússia, particularmente nos bons
lugares, isso e borscht – um tipo de sopa de beterraba. Eu quase nunca termino minha
comida no Nightingale e vou com entusiasmo no Mc Donalds depois, embora os
restaurantes russos do Mc Donalds fossem um pouco diferentes dos com os quais eu
cresci nos EUA. Ainda sim, uma garota precisa comer.
Então se tornou um teste de minha habilidade, estudar os Moroi quando seus
guardiões não estavam observando. Na verdade, guardiões tem pouco a temer
durante o dia, já que não tem nenhum Strigoi sob o sol. Mas é da natureza dos
guardiões observar tudo, e os olhos deles varriam o aposento continuamente. Eu tinha
o mesmo treinamento e sabia seus truques, então eu consegui espionar sem ser
detectada.
A mulher voltou várias vezes, normalmente tarde. St. Vladimir tinha um horário
noturno, mas os Moroi e dhampir vivendo entre os humanos ou viviam de dia ou algo
no meio termo. Por um tempo, eu considerei me aproximar deles – ou até mesmo de
seus guardiões. Algo me segurou. Se alguém soubesse onde vários dhampir viviam,
seriam Moroi homens. Muitos deles visitavam as cidades dhampir na esperança de
conseguir garotas dhampir. Então eu me prometi que eu tinha que esperar outra
semana para ver se algum cara aparecia. Caso contrário, eu veria que tipo de
informação a mulher poderia me dar.
Finalmente, dois dias atrás, dois Moroi tinham começado a aparecer. Eles tendiam
a vir tarde da noite, quando os verdadeiros festeiros chegavam. Os homens eram cerca
de 10 anos mais velhos que eu e muito bonitos, usando ternos de marca e gravatas de
seda. Eles andavam como poderosas e importantes pessoas, e eu apostaria muito
dinheiro que eles eram da realeza – particularmente já que cada um tinha um
guardião. Os guardiões eram sempre os mesmos; jovens homens que usam terno para
se misturar mas ainda sim observavam o lugar cuidadosamente com aquela inteligente
natureza guardiã.
E havia mulheres – sempre mulheres. Os dois Moroi eram terríveis no flerte,
sempre observando e flertando com qualquer mulher a vista, até mesmo humanas.
Mas eles nunca foram para casa com nenhuma humana. Esse era um tabu ainda
firmemente integrado no nosso mundo. Moroi se mantiveram separados dos humanos
por séculos, temendo serem detectados por um raça que tinha crescido muito e era
poderosa.
Ainda sim, isso não significa que os homens iam para casa sozinhos. Em algum
ponto na noite, mulher dhampir apareciam – diferentes a cada noite. Elas vinham em
vestidos com bainha curta e muita maquiagem, bebendo muito e rindo de tudo que os

caras diziam – o que provavelmente não era nem engraçado. As mulheres sempre
usavam seus cabelos soltos, mas de vez em quando, elas viram sua cabeça de uma
forma que mostrava seu pescoço, que estava coberto de machucado. Elas eram
meretrizes de sangue, dhampirs que deixavam Moroi beber seu sangue durante o
sexo. Isso também era um tabu – embora ainda aconteça em segredo.
Eu fiquei esperando pegar um homem Moroi sozinho, longe dos olhos vigilantes
dos seus guardiões para que eu pudesse questionar eles. Mas era impossível. Os
guardiões nunca deixavam seus Moroi desprotegidos. Eu até tentei seguir eles, mas
cada vez que o grupo saia do clube, eles quase que imediatamente subiam numa
limusine – deixando impossível para mim seguir eles a pé. Era frustrante.
Eu finalmente decidi hoje a noite que eu tinha que me aproximar do grupo todo e
arriscar ser detectada pelos dhampir. Eu não sabia se alguém de casa estava de fato
procurando por mim, ou se o grupo sequer ia se importar com quem eu era. Talvez eu
só tivesse que manter minhas opiniões para mim mesma. Era definitivamente possível
que ninguém estivesse preocupado com uma desistente fugitiva. Mas se alguém
estivesse procurando por mim, minha descrição sem sombra de dúvidas tinha
circulado entre os guardiões ao redor do mundo. Embora eu tivesse 18 anos agora,
isso não me faria passar por algumas das pessoas que eu sei que me enviariam de volta
aos EUA, e eu não podia retornar até encontrar Dimitri.
Então, justo quando eu estava considerando como iria agir com o grupo de Moroi,
uma das mulheres dhampir saiu da mesa e foi até o bar. Os guardiões a observaram, é
claro, mas pareciam confiantes sobre a segurança dela e estavam mais ocupados com
os Moroi. Todo esse tempo estive pensando que homens Moroi seriam o melhor jeito
de conseguir informações sobre uma vila de dhampirs e meretrizes de sangue – mas
que jeito melhor de localizar esse lugar do que perguntar para uma meretriz de sangue
de verdade?
Eu saí casualmente da minha mesa e me aproximei do bar, como se eu fosse pegar
uma bebida. Eu fique parada enquanto a mulher esperava pelo bartender e a estudei
em meu perímetro. Ela era loira e vestia um longo vestido coberto com lantejoulas
prateadas. Eu não conseguia decidir se isso fazia meu vestido preto aparecer de bom
gosto ou chato. Todos os movimentos dela – até mesmo a forma como ela ficava
parada – eram graciosos, como o de uma dançarina. O bartender estava atendendo
outros, e eu sabia que era agora ou nunca. Eu me inclinei na direção dela.
“Você fala inglês?”
Ela pulou surpresa e olhou para mim. Ela era mais velha do que eu esperava, a
idade dela inteligentemente escondida pela maquiagem. Os olhos azuis dela me
olharam rapidamente, me reconhecendo como dhampir. “Sim,” ela disse
cuidadosamente. Mesmo a única palavra carregava um forte sotaque.
“Estou procurando por uma cidade... uma cidade onde dhampir vivem, na Sibéria.
Você sabe do que estou falando? Eu preciso encontrá-la.”

De novo ela me estudou, e eu não consegui ler a expressão dela. Ela podia muito
bem ser uma guardiã por tudo que o rosto dela revelou. Talvez ela tenha treinado em
alguma época da vida.
“Não,” ela disse rapidamente. “Deixe para lá.” Ela se virou, o olhar dela de volta no
bartender, enquanto ele fazia algum coquetel azul adornado com cerejas.
Eu toquei o braço dela. “Eu preciso encontrar. Tem um homem...” eu quase me
afoguei com a palavra. E lá se foi meu frio interrogatório. Só de pensar em Dimitri fazia
meu coração grudar na minha garganta. Como eu poderia explicar isso para essa
mulher? Que eu estava seguindo uma pista distante, procurando o homem que eu
mais amava no mundo – o homem que tinha se tornado um Strigoi e que agora eu
precisava matar? Mesmo agora, eu podia perfeitamente visualizar o calor em seus
olhos castanhos e o jeito que as mãos dele costumavam me tocar. Como eu poderia
fazer o que eu tinha cruzado o oceano para fazer?
Se concentre, Rose. Se concentre.
A mulher Dhampir olhou de volta para mim. “Ele não vale a pena,” ela disse,
confundindo o que eu quis dizer. Sem dúvida ela pensava que eu era uma garota
apaixonada, correndo atrás de algum namorado – o que, eu suponho, era mais ou
menos isso. “Você é muito jovem... não é tarde demais para você evitar isso.” O rosto
dela podia ser impassível, mas havia uma tristeza na voz dela. “Vá fazer outra coisa da
vida. Fique longe daquele lugar.”
“Você sabe onde é!” Eu exclamei, muito agitada para explicar que eu não eu ia ser
uma meretriz de sangue. “Por favor – você tem que me dizer. Eu tenho que chegar lá!”
“Algum problema?”
Tanto ela quanto eu viramos para olhar para o poderoso rosto de um dos
guardiões. Merda. A mulher dhampir pode não ser a principal prioridade deles, mas
eles notaram alguém incomodando ela. O guardião era apenas um pouco mais velho
que eu, e eu dei a ele um doce sorriso. Eu posso não estar escorregando para fora do
meu vestido como essa mulher, mas eu sabia que a bainha curta fazia maravilhas pelas
minhas pernas. Certamente nem mesmo um guardião seria imune a isso? Bem,
aparentemente ele era. A expressão dura dele mostrou que meu encanto não estava
funcionando. Ainda sim, eu achei que era melhor tentar minha sorte com ele ao tentar
conseguir informação.
“Estou tentando encontrar uma cidade na Sibéria, uma cidade onde dhampirs
vivem. Você conhece?”
Ele nem piscou. “Não.”
Maravilhoso. Os dois estavam sendo difíceis. “Yeah, bem, talvez seu chefe
conheça?” eu perguntei modestamente, esperando soar como uma aspirante a
meretriz de sangue. Se os dhampir não podiam falar, talvez um Moroi falasse. “Talvez
ele queira companhia e fale comigo.”
“Ele já tem companhia,” o guardião respondeu. “Ele não precisa de mais.”

Eu mantive o sorriso. “Tem certeza?” Eu disse. “Talvez devêssemos perguntar para
ele.”
“Não,” respondeu o guardião. Com aquela única palavra, eu ouvi o desafio e a
ordem. Se afaste. Ele não hesitaria em derrubar ninguém que ele achasse que fosse
uma ameaça para o seu mestre – mesmo uma dhampir. Eu considerei continuar a
insistir mas rapidamente decidi seguir o aviso e de fato recuei.
Eu dei nos ombros despreocupadamente. “A perda é dele.”
E com nenhuma outra palavra, eu andei casualmente de volta para minha mesa,
como se a rejeição não fosse nada demais. Enquanto eu segurava o fôlego, meio que
esperando que o guardião me arrastasse para fora do clube pelos cabelos. Isso não
aconteceu. Ainda sim, enquanto eu pegava meu casaco e colocava dinheiro na mesa,
eu vi ele me observando, olhos atentos e calculistas.
Eu saí do Nightingale com aquele mesmo ar despreocupado, me dirigindo em
direção a rua movimentada. Era sábado a noite, e haviam vários restaurantes e clubes
por perto. Festeiros enchiam as ruas, alguns vestidos tão ricamente quanto os clientes
da Nightingale; outros eram da minha idade e estavam vestidos casualmente. Filas se
formavam fora dos clubes, música dançante alta e com muito baixo. Restaurantes com
uma fachada de vidro mostravam elegantes jornais e ricas mesas. Enquanto eu andava
pelas multidões, cercada por conversa em russo, eu resisti a vontade de olhar para
trás. Eu não queria aumentar ainda mais suspeitas se aquele dhampir estivesse
observando.
Ainda sim, quando eu virei numa silenciosa rua, que era um atalho para o meu
hotel, eu podia ouvir o suave som de passos. Eu aparentemente tinha chamado
atenção o bastante para o guardião decidir me seguir. Bem, de jeito nenhum eu ia
deixar ele por as mãos em mim. Eu posso ser menor que ele – e estar usando um
vestido e salto alto – mas eu tinha lutado com vários homens, incluindo Strigoi. Eu
podia lidar com esse cara especialmente se eu usasse o elemento de surpresa. Depois
de observar essa vizinhança por tanto tempo eu conhecia suas entradas e saídas bem.
Eu aumentei meu ritmo e virei algumas esquinas, uma delas me levou a um beco
escuro e deserto. Assustador, yeah, mas eu consegui um bom ponto de emboscada
perto de uma porta. Silenciosamente tirei meu salto alto. Eles eram pretos com faixas
de couro, mas não eram ideais para lutar, a não ser que eu planejasse furar o olho de
alguém com o salto. Na verdade essa não é uma má ideia. Mas eu não estava tão
desesperada ainda. Sem eles o pavimento era frio embaixo dos meus pés. Havia
chovido mais cedo.
Eu não tive que esperar muito. Alguns minutos depois eu ouvi os passos e vi a
sombra do meu perseguidor aparecer no chão, feita pela luz fraca do poste de luz da
rua adjacente. Meu perseguidor parou, sem dúvidas procurando por mim. Na verdade,
eu pensei, esse cara é descuidado. Nenhum guardião em perseguição teria sido tão
óbvio. Ele deveria se mover mais silenciosamente, e não se revelar tão facilmente.
Talvez o treinamento para guardião aqui na Rússia não fosse tão bom quanto o que eu

cresci. Não isso não poderia ser verdade. Não do jeito que Dimitri acabava com seus
inimigos. Eles o chamavam de deus na Academia.
Meu perseguidor deu mais alguns passos e foi então que agi. Eu pulei, deixando
meus punhos prontos. “Ok,” eu exclamei. “Eu só queria fazer algumas perguntas,
então só afaste ou então -”
Eu congelei, o guardião do clube não estava parado ali.
Uma humana estava.
Uma garota, nem mais velha que eu. Ela tinha minha altura, cabelo loiro escuro,
usando um casaco azul marinho que parecia caro. Debaixo eu podia ver uma calça e
botas de couro que pareciam tão caras quanto o casaco. O mais surpreendente era
que eu a reconheci. Eu a havia visto duas vezes no Nightingale, conversando com
homens Moroi. Eu assumi que ela era só mais uma das mulheres que eles gostavam de
flertar e tinha ignorado ela. Afinal de contas, que uso teria um humano para mim?
O rosto dela estava parcialmente coberto por sombras, mas mesmo com pouca luz
não pude deixar de notar a expressão irritada dela. Isso não era o que eu esperava. “É
você não é?” ela perguntou. Mais choque, o inglês dela era tão americano como o
meu. “E você quem tem deixado corpos de Strigoi pela cidade. Eu te vi no clube hoje à
noite, e soube que só pode ter sido você.”
“Eu...” Nenhuma palavra se formou nos meus lábios. Eu não fazia ideia de como
responder. Um humano falando casualmente sobre Strigoi? Nunca tinha ouvido falar
disso. É mais surpreendente do que se encontrar com um Strigoi aqui. Eu nunca tinha
visto algo assim na minha vida. Ela não pareceu se importar com meu estado de
estupefação.
“Olha, você não pode simplesmente fazer isso, ok? Você sabe que saco é para eu
lidar com isso? Esse estágio é ruim o bastante sem que você faça bagunça. A polícia
encontrou o corpo que você deixou no parque. Você nem consegue imaginar quantos
favores tive que pedir para cobrir aquilo.”
“Quem... quem é você?” Eu perguntei finalmente. Era verdade. Eu tinha deixado
um corpo no parque, mas sério, o que eu deveria fazer? Arrastar ele de volta para meu
hotel e dizer ao mensageiro que meu amigo havia bebido muito?
“Sydney,” a garota disse ansiosa. “Meu nome é Sydney. Eu sou a Alquimista
designada para cá.”
“A, o que?”
Ela suspirou alto, e eu tinha certeza que ela havia virado os olhos. “É claro. Isso
explica tudo.”
“Não, na verdade não,” eu disse finalmente me recompondo. “Na verdade, eu
acho que é você que tem muito a explicar.”
“E atitude também. Você é algum tipo de teste que eles mandaram para mim? Oh,
cara. É isso.”

Eu estava ficando com raiva agora. Eu não gostava de ser perseguida. Eu
certamente não gostava de ser perseguida por um humano que fazia soar como se eu
matar Strigoi fosse algo ruim.
“Olha, eu não sei quem você é ou como você sabe sobre essas coisas, mas eu não
vou ficar parada aqui e -”
Náusea tomou conta de mim e eu fiquei tensa, minha mão imediatamente se
dirigiu para minha estaca de prata que eu mantinha no bolso do casaco. Sydney ainda
estava com aquela expressão irritada, mas estava misturada com confusão agora,
devido a brusca mudança na minha atitude. Ela era observadora, isso ela era.
“Qual o problema?” ela perguntou.
“Você vai ter outro corpo para lidar,” eu disse, assim que um Strigoi a atacou.





house of night - escolhida (capitulo 10)


DEZ
“Merda. Então ela realmente não pode lidar com a luz do sol,” eu disse.
“Você já não sabia disso?” Afrodite disse.
“Não tem sido fácil falar com Stevie Rae desde que ela, bem, morreu.”
“Mas você a viu e falou com ela?”
Eu parei de andar e fiquei na frente de Afrodite para que ela tivesse que me olhar.
“Olha, você não pode contar a ninguém sobre Stevie Rae.”
“Sério? Eu achei que devia colocar no papel da escola.”
“Estou falando serio, Afrodite.”
“Não me trate como uma idiota. Se alguém além de nós souber sobre Stevie Rae,
Neferet vai saber. Ela estava fadada a isso já que ela pode ler a mente de praticamente
todo mundo. Bem, com exceção da gente.”
“Ela também não pode ler sua mente?”
O sorriso de Afrodite era de satisfação e mais do que um pouco odioso. “Ela nunca
foi capaz. Como você acha que eu me safei de tanta merda por tanto tempo?”
“Que maravilha.” Eu lembrei distintamente que terrível vaca Afrodite tinha sido como
a líder das Filhas Negras. Na verdade, desde o momento que eu encontrei Afrodite ela foi
egoísta e maldosa e odiosa. Sim, as visões dela me ajudaram a salvar minha avó e Heath,
mas ela deixou claro que ela não se importava em salvar nenhum deles, e só me ajudou
porque ela ganhou algo com isso. Eu estreitei os olhos para ela. “Ok, Você vai ter que
explicar porque está se incomodando em me dizer tudo isso. O que você ganha?”
Afrodite aumentou os olhos em uma zombação inocente e usou um sotaque do sul
ridículo, “Porque, o que você quer dizer? Estou ajudando você porque você e seus amigos
sempre foram tão doces comigo.”
“Pare com a merda, Afrodite.”
A expressão dela mudou e sua voz voltou ao normal.
“Vamos apenas dizer que eu tenho que me retratar.”
“Com Stevie Rae?”
“Com Nyx.” Ela olhou para longe mim. “Você provavelmente não vai entender isso,
sendo toda poderosa com seus novos dons de Nyx e basicamente sendo a Miss Perfeita,
mas quando você tiver seus dons por um tempo vai poder descobrir que não é sempre
fácil fazer a coisa certa. Outras coisas - pessoas - entram no caminho. Você vai cometer
erros.” Afrodite ridicularizou. “Bem, talvez você não cometa. Mas eu cometi. Eu posso não
estar nem ai por você ou Stevie Rae ou ninguém na escola, mas eu me importo com Nyx.”
A voz dela balbuciou. “Eu sei o que é acreditar que a deusa se virou contra mim e não
quero sentir isso de novo.”
Eu toquei o braço dela. “Mas Nyx não se virou contra você. Essas foram apenas
mentiras que Neferet contou para que ninguém acreditasse em suas visões. Você sabe
que Neferet está por trás do que aconteceu com Stevie Rae não sabe?”
“Eu sei desde a visão, em que eu vi Heath morrendo.” Ela forçou uma pequena
risada. “Que bom que ela não pode ler nossas mentes. Eu não sei o que ela faria com um
calouro que sabe o quão horrível ela é.”
“Ela sabe que eu sei.”
“Você tem que estar brincando!”
“Bem, ela sabe que eu cai na dela.” Eu hesitei, e então pensei, que diabos. Estranho
o bastante, estava parecendo que Afrodite (AKA, a bruxa do inferno) era a única pessoa
na terra que eu podia falar. “Neferet tentou apagar minha memória na noite que eu salvei
Heath daqueles garotos mortos vivos. Funcionou por um tempo, mas eu soube
imediatamente que tinha algo errado. Eu usei o poder dos cinco elementos para curar
minha memória, e, bem, eu meio que deixei Neferet saber que eu lembrava o que tinha
acontecido.”
“Você meio que deixou ela saber?”
Eu fiquei inquieta. “Bem, ela me ameaçou. Disse que ninguém ia acreditar em mim
se eu falasse contra ela. E, uh, me deixou irritada. Então eu disse a ela que não importava
se nenhum vampiro ou calouro acreditasse em mim, porque Nyx acredita.”
Afrodite sorriu. “Aposto que isso a irritou.”
“Yeah, eu suponho que sim.” Na verdade me deixava um pouco enjoada pensar no
quanto Neferet provavelmente estava irritada. “Mas ela partiu logo depois para as férias
de inverno. Eu não a vi desde então.”
“Ela volta logo.”
“Eu sei.”
“Você está assustada?” Afrodite perguntou.
“Totalmente,” eu disse.
“Eu não te culpo. Ok, eu sei isso de certeza por causa das minhas visões. Temos que
levar Stevie Rae para algum lugar seguro e para longe do resto daquelas coisas. E temos
que fazer isso agora. Antes de Neferet voltar. Tem alguma conexão entre os dois. Eu não
entendi, mas eu sei que está ali, e eu sei que é errado.” Afrodite fez uma cara como se
tivesse provado algo ruim. “Na verdade o negocio todo dos monstros mortos vivos está
toda errada. Em falar em criaturas nojentas.”
“Stevie Rae é diferente do resto deles.”
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela definitivamente não acredita em mim.
“Pense nisso. Porque Nyx daria a um calouro um dom tão poderoso como uma
afinidade pela terra e então a deixaria morrer. E depois reviver.” Eu parei, lutando sobre
como fazer ela entender. “Eu acho que a conexão dela com a terra é a razão do porque
Stevie Rae manteve parte da sua humanidade, e eu realmente acreditaria nosso se eu -
eu quero dizer, nós, se nós pudermos ajudar ela a achar o resto da humanidade dela. Ou
talvez a gente encontre um jeito de curar ela. De transformar ela de volta em um calouro
ou talvez até em uma vampira completa. E talvez se Stevie Rae for consertada, isso
signifique que haja uma chance para o resto deles também.”
“Então você tem idéia de como consertar ela?”
“Não. Nem idéia.” Então eu ri. “Mas agora eu tenho uma caloura poderosa que tem
visões e afinidade com a terra me ajudando.”
“Ótimo. Isso me faz sentir muito melhor.”
Eu não queria admitir para Afrodite, mas a verdade era que ser capaz de falar com
ela sobre Stevie Rae e ter ela me ajudando a descobrir o que deveríamos fazer me fazia
sentir melhor. Muito melhor.
“De qualquer forma,” Afrodite estava dizendo, “como você vai encontrar Stevie Rae?”
Ela curvou os lábios. “Não me diga que você espera que eu rasteje naqueles túneis
nojentos com você.”
“Na verdade, Stevie Rae disse que iria se encontrar comigo no gazebo do Philbrook
hoje a noite as 3 horas.”
“Ela vai aparecer?”
Eu mordi o lábio. “Eu vou dar roupas para ela, então acho que sim.”
Afrodite balançou a cabeça. “Então ela morreu, volta como morta viva, e ainda não
tem nenhum senso de moda.”
“Aparentemente.”
“Agora isso sim é triste.”
“Yeah.” Eu suspirei. Eu amo Stevie Rae, mas até eu tenho que admitir que ela tem
um péssimo gosto por roupas.
“Então, onde você vai levar ela depois de dar as roupas?”
Eu não achei que devia mencionar que gostaria de levar ela direto para a banheira.
“Eu não sei. Eu não pensei muito além das roupas e, uh, sangue.”
“Sangue!”
“Ela precisa. Sangue humano. Ou ela fica maluca.”
“Ela já não é louca?”
“Não! Ela só tem problemas.”
“Problemas?”
“Muitos problemas,” eu disse firmemente.
“Ok. Tanto faz. Você tem que decidir aonde vai levar ela. Ela não pode ficar com o
resto daquelas coisas. Isso não vai ajudar ela,” Afrodite disse.
“Eu ia tentar falar com ela para voltar aqui. Eu achei que podia esconder ela com
facilidade enquanto a maior parte dos vampiros não está aqui.”
“Você não pode trazer ela aqui.” Afrodite ficou pálida. “É aqui que ela morre. De
novo.”
“Merda! Então não sei o que diabos vou fazer,” eu admiti.
“Eu suponho que você poderia levar ela para minha antiga casa,” Afrodite disse.
“Yeah, certo. Seus pais são tão compreensivos e tudo mais. Parece uma ótima idéia,
Afrodite.”
Ela virou os olhos. “Meus pais não estão. Eles saíram mais cedo para uma viagem de
esqui de três semanas. Além do mais, ela não vai ficar dentro da casa. Meus pais vivem
numa daquelas antigas mansões na rua do Philbrook. Eles tem um apartamento na
garagem que costumava ser o aposento dos servos. Não é mais usada a não ser quando
vovó vem visitar, e minha mãe só a jogou num daqueles chiques, de alta segurança e
altamente caras casas de repouso, então não precisamos nos preocupar com isso. Ainda
sim, tudo no apartamento deve funcionar - você sabe, eletricidade e água e tudo mais.
“Você acha que ela vai ficar bem lá?”
Afrodite deu nos ombros. “Ela vai ficar mais segura do que aqui.”
“Certo. Então ela vai para lá.”
“Ela vai ficar bem com isso.”
“Yeah,” eu menti. “Eu digo a ela que a geladeira vai estar cheia de sangue.” Eu
suspirei. “Embora eu não faça idéia de como vou conseguir uma taça de sangue, muito
menos uma geladeira cheia.”
“Está na cozinha.”
“Na sua casa?” Agora eu estava totalmente confusa.
“Não, jeesh, fique comigo. Eles tem sangue aqui. Em uma em enorme geladeira de
aço na cozinha. Para os vampiros. Carregamentos frescos chegam todo dia dos humanos
doadores. Todos os estudantes mais velhos sabem sobre isso. Conseguimos para usar em
alguns dos rituais.”
“Isso vai funcionar, especialmente desde que quase não tem mais ninguém aqui. Eu
devo ser capaz de entrar na cozinha e pegar sangue sem ser pega.” Eu franzi. “Por favor,
me diga que está em algum jarro ou algo igualmente perturbador.”
Ok, embora eu realmente, realmente gostasse de beber sangue, eu ainda ficava
completamente enojada pela idéia de beber sangue. Eu sei, eu preciso de terapia. De
novo.
“Está em uma bolsa, como nos hospitais. Nada para se estressar.”
Até ai viramos automaticamente para a direita e estávamos indo de volta para o
dormitório.
“Você tem que ir comigo,” eu disse bruscamente.
“Para a cozinha?”
“Não, para onde está Stevie Rae. Você tem que nos mostrar a casa e como entrar no
apartamento e tudo mais.”
“Ela não vai querer me ver,” Afrodite disse.
“Eu sei, mas ela vai ter que superar. Ela sabe que suas visões salvaram minha avó.
Quando eu falar para ela que você teve uma visão sobre ela, ela vai ter que acreditar.” Eu
estava feliz por soar tão certa. Eu definitivamente não me sentia certa. “Mas pode ser
melhor você se esconder e esperar até eu falar com ela antes dela ver você.”
“Olha, estou tentando fazer a coisa certa aqui, mas eu não vou me esconder duma
garota que costumava ser usada como uma refrigeradora.”
“Não chame ela assim!” Eu surtei. “Você já pensou que grande parte do seu
problema e do porque de tantas coisas ruins acontecerem com você não é por causa de
Neferet e tudo que ela está tramando, mas o fato de você ter uma atitude tão nojenta e
vadia?”
As sobrancelhas de Afrodite se ergueram e ela colocou a cabeça de lado, o que a fez
parecer um pássaro loiro. “Yeah, eu pensei nisso, mas não sou como você. Eu não sou
positiva e a Miss Simpatia. Me diz algo. Você acha que as pessoas são basicamente boas,
não acha?”
A pergunta dela me surpreendeu, mas eu dei nos ombros e acenei. “Yeah, eu acho
que sim.”
“Eu não. Eu acho que a maior parte das pessoas, e eu estou falando de vampiros ou
humanos, são merdas. Elas fingem. Elas fingem ser boazinhas, mas estão a um passo de
mostrar sua verdadeira face.”
“Esse é um jeito deprimente de passar pela vida,” eu disse.
“Você chama de deprimente. Eu chamo de realista.”
“Como você confia em alguém?”
Afrodite olhou para mim. “Eu não confio. Parece mais fácil. Você vai descobrir.” Ela
encontrou meus olhos de novo e eu não podia ler a estranha expressão neles. “O poder
muda as pessoas.”
“Eu não vou mudar.” Eu ia dizer mais, mas daí pensei sobre o fato de que apenas
alguns meses atrás se alguém tivesse me dito que eu ficaria com um homem adulto
enquanto eu tinha não um mas dois namorados eu diria de jeito nenhum. Então isso não
significa que eu mudei?
Afrodite sorriu como se pudesse ler minha mente. “Eu não estava falando sobre
você. Eu estava falando das pessoas ao seu redor.”
“Oh,” eu disse. “Afrodite, sem querer ser má nem nada, mas eu entendo meus
amigos mais do que você.”
“Veremos. Falando nisso - você não deveria ir ao cinema e encontrar seus amigos
agora?”
Eu suspirei. “Yeah, mas eu não posso ir. Eu tenho que ir pegar o sangue para Stevie
Rae, juntar suas roupas, e também quero passar no Wal-Mart* (*loja de departamento) e
comprar um celular. Eu acho que será uma boa idéia dar a Stevie Rae para poder me
ligar.”
“Ótimo. Porque você não pega do lado de fora da porta escondida no muro leste as
2:30? Isso nos dá muito tempo para chegar a Philbrook antes de Stevie Rae.”
“Parece bom. Só preciso ir até meu quarto, pegar umas roupas de Stevie Rae e
minha bolsa, então saiu daqui.”
“Ok, vamos para o dormitório primeiro.”
“Huh?” eu disse.
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela achava que eu era uma retardada. “Você
não quer que as pessoas me vejam com você. Elas vão achar que somos amigas ou algo
ridículo assim.”
“Afrodite, eu não me importo com o que as pessoas acham.”
Ela virou os olhos. “Eu me importo.” Então ela foi na minha frente para o dormitório.
“Hey!” Eu chamei. Ela olhou por cima dos ombros. “Obrigado por me ajudar.”
Afrodite franziu. “Nem diga nada. E eu falei serio. Não. Diga. Nada. Jeesh.”
Balançando a cabeça, ela se apressou para o dormitório

house of night - escolhida (capitulo 9)


NOVE
“Oh, de jeito nenhum!” Shaunee gritou.
“Idem, Gêmea! Só que foda de jeito nenhum!” Erin disse.
“Eu não consigo acreditar que isso está certo,” Damien disse.
“Acredite,” eu disse, minhas costas ainda para o resto do circulo enquanto ainda
encarava Afrodite. Antes dos meus amigos poderem surtar mais eu acrescentei, “Olhem
para o circulo.” Eu não precisava olhar. Eu já sabia o que ia ver, e quando arfaram isso
me disse que eu estava certa. Ainda sim, eu me virei devagar, aterrada pela beleza e
poder do fio de luz que ligava os quatro juntos.
“Ela está dizendo a verdade. Nyx a mandou aqui. Afrodite tem uma afinidade pela
terra.”
Chocados em silencio, meus amigos só encararam quando eu me movi para o centro
do circulo e peguei a vela púrpura. “Espírito o que nos faz únicos, o que nos da coragem e
força, e é o que vive quando nossos corpos não vivem mais. Venha até mim, espírito!” Eu
fui engolfada pelos quatro elementos quando espírito passou por mim, me enchendo de
paz e alegria. Eu andei pelo circulo, encontrando o olhar confuso e chateado dos meus
amigos, tentando ajudar eles a entender algo que eu nem entendia direito, mas o que eu
podia sentir era que, de fato, essa era a vontade de Nyx.
“Eu não finjo entender Nyx. A deusa trabalha por caminhos misteriosos e às vezes
ela pede coisas difíceis de nós. Isso é uma daquelas coisas difíceis. Precisamos estar em
acordo sobre deixar Afrodite entrar, ou -” eu hesitei, sem saber como terminar. Tentamos
fazer o circulo com outra pessoa, e Erik não recebeu permissão para representar a terra.
Talvez fosse apenas Erik que deusa não quisesse representando a terra, mas eu achava
difícil de acreditar isso. Erik não só era um cara legal ele já era um membro do nosso
Conselho, mas eu tinha o pressentimento que o problema não era Nyx não querer Erik. O
problema era que Nyx queria especificamente Afrodite. Eu suspirei e continuei. “Ou eu
suponho que possamos continuar procurando alguém e ver que mais ninguém pode
manifestar a terra.” Eu olhei para longe do circulo e encarei os olhos de Erik. “Mas eu não
acho que Erik é o problema.” Ele sorriu para mim, mas foi apenas um movimento que a
boca dele fez; o sorriso não alcançou seus olhos ou seu rosto.
“Eu acho que temos que fazer o Nyx quer que façamos. Mesmo não gostando,”
Damien disse.
“Shaunee?” eu virei para ela. “Qual seu voto?”
Shaunee e Erin dividiram um olhar e eu juro, por mais estranho que soe, eu quase
podia ver palavras voando pelo ar entre elas.
“Vamos deixar a vadia se juntar ao circulo,” Shaunee disse.
“Mas apenas porque Nyx quer,” Erin disse.
“Yeah, mas queremos que seja registrado que não entendemos o que Nyx quer,”
Shaunee acrescentou, com Erin acenando em concordância.
“Eles podem continuar me chamando de bruxa?” Afrodite disse.
“Você está respirando?” Shaunee perguntou.
“Se estiver respirando ainda é uma bruxa,” Erin disse.
“Que é do que vamos chamar você,” Shaunee terminou.
“Não,” eu disse firmemente. As Gêmeas viraram seus olhares para mim. “Vocês não
tem que gostar dela. Vocês não tem nem que gostar que Nyx queira ela. Mas se
aceitarmos Afrodite, então nós aceitamos ela. Isso significa que chamar ela por nomes
tem que parar.” As Gêmeas sugaram o ar, obviamente se preparando para discutir
comigo, então eu acrescentei com pressa, “Olhem dentro de si, especialmente agora
quando estão manifestando seu elemento. O que sua consciência está dizendo?”
Então segurei o fôlego e esperei.
As Gêmeas pausaram.
“Yeah, ok,” Erin disse infeliz.
“Entendemos seu ponto. Só não gostamos,” Shaunee disse.
“E quanto a ela? Então paramos de chamar ela de vadia, mas ela ainda pode agir
como uma?” Erin disse.
“Agora Erin tem razão,” Damien disse.
Eu olhei para Afrodite. Pela expressão dela ela estava entediada, mas eu pude ver
que ela continuava respirando fundo, como se não pudesse sentir o bastante o cheiro da
campina que a terra tinha manifestado ao redor dela. De vez enquanto eu notei que ela
passava os dedos para baixo ao redor dela como se estivesse passando pela grama.
Claramente, ela não estava tão inafetada pelo que tinha acabado de acontecer como
fingia estar.
“Afrodite vai fazer o mesmo que vocês duas. Ela vai procurar em sua consciência e
fazer a coisa certa.”
Afrodite parecia estar zombando como se estivesse procurando por algo que pudesse
estar escondido na noite. Então ela deu nos ombros.
“Oops. Parece que eu não tenho uma consciência.”
“Pare!” eu surtei, e a energia que eu evoquei com o circulo passou entre Afrodite e
eu, passando perigosamente ao redor do corpo dela. O poder aumentou minha voz,
fazendo os olhos azuis aumentarem em surpresa e medo. “Aqui não. Não nesse circulo.
Você não ira mentir e fingir. Decida agora. Você também tem escolha. Eu sei que você
ignorou Nyx antes. Você pode escolher ignorar ela de novo. Mas se escolher ficar e fazer a
vontade da deusa, não ira fazer isso com mentiras e ódio.”
Eu pensei que ela ia quebrar o circulo e se afastar. Eu quase desejei que ela fizesse
isso. Seria mais fácil não ter ninguém representando a terra. Eu podia só acender a vela
verde sozinha e a colocar no chão. Tanto faz. Mas Afrodite me surpreendeu, e isso era
apenas a primeira de muitas surpresas que Nyx tinha guardado para mim.
“Ótimo. Eu fico.”
“Ótimo,” eu disse. Eu olhei para meus amigos. “Ótimo?”
“Yeah, ótimo,” eles resmungaram.
“Ótimo. Então temos nosso circulo,” eu disse.
Antes de outra coisa bizarra acontecer eu me movi na direção oposta do relógio,
dando tchau para cada elemento. A linha prateada de poder desapareceu, deixando para
trás o cheiro do oceano e flores selvagens numa brisa quente. Ninguém disse nada, e o
silencio constrangedor cresceu até eu começar a sentir pena de Afrodite. É claro, e, a
abriu a boca e, como sempre, destruiu qualquer pena que alguém pudesse sentir dela.
“Não se preocupe. Eu vou deixar vocês para que possam voltar para suas reunião de
Dungeons and Dragons* (*um RPG) ou algo assim ,” Afrodite desprezou.
“Hey, não jogamos Dungeons and Dragons!” Jack disse.
“Anda, temos tempo de ir buscar algo de comer antes do filme começar,” Damien
disse, e o grupo todo completamente ignorou Afrodite quando começaram a se afastar,
conversando entre si sobre o quão bons os Espartanos eram e como dessa vez enquanto
assistiam 300 eles iriam contar quantos vampiros atores estavam nele.
Eles já estavam a vários passos de distancia quando Erik notou que eu não estava
com eles.
“Zoey?” ele chamou. A turma parou e olhou para mim, obviamente surpresos por ver
Afrodite e eu ainda paradas no circulo desfeito. “Você não vem?” A voz dele era
cuidadosamente neutra, mas eu podia ver sua mandíbula se endurecendo com uma
mistura do que podia ser irritação e preocupação.
“Vão vocês na frente. Eu encontro vocês no cinema. Eu preciso falar com Afrodite.”
Eu esperei que Afrodite fizesse um comentário espertinho, mas ela não fez. Eu dei
um olhar lateral para ela e vi que ela estava olhando para escuridão sem prestar atenção
em mim ou nos meus amigos.
“Mas, Z, você vai perder as panquecas de chocolate,” Jack disse.
Eu sorri para ele. “Está tudo bem. Eu comi um pouco a noite passada - sendo meu
aniversario e tudo mais.”
“Elas precisam conversar, então vamos,” Erik disse.
Eu não gostei de como ele falou - quase como se ele não se importasse - mas antes
de poder dizer algo mais ele estava se afastando. Merda. Eu definitivamente ia ter que
ficar com ele.
“Erik gosta das coisas do jeito dele. Ele também gosta de uma namorada que o
coloque em primeiro lugar. Suponho que você ainda esteja descobrindo isso,” Afrodite
disse.
“Eu não vou falar sobre Erik com você. Eu só quero saber sobre o que Nyx te
mostrou da vontade dela.”
“Você já não deveria saber sobre a vontade de Nyx, blá, blá, tanto faz? Você não é
escolhida?”
“Afrodite, eu já estou com uma horrível dor de cabeça. Eu gostaria de estar com
meus amigos comendo panquecas. Então eu queria ir ver 300 com meu namorado. Então
eu já estou cansada da atuação eu-sou-uma-vadia-total-o-tempo-todo. O negocio é esse -
só responda a pergunta e nós duas podemos ir fazer o que queremos.” Eu estava
esfregando minha testa. A última coisa que eu esperava era a bomba que ela de repente
jogou.
“Você está falando mesmo é que é pra responder a pergunta para que possa ir
encontrar a criatura que Stevie Rae virou, não é?”
Eu senti como se a cor tivesse sido drenada do meu rosto. “Do que diabos você está
falando Afrodite?”
“Vamos andar,” ela disse e começou a andar de lado do enorme muro de pedra da
fronteira da escola.
“Afrodite, não.” Eu agarrei o braço dela. “Me diga o que você sabe.”
“Olha, é difícil para mim ficar quieta quando acabei de ter uma visão, e a que eu
tive e que me fez vir até aqui não foi uma visão normal.” Afrodite se libertou de mim e
passou a mão pela sobrancelha como se tivesse uma dor de cabeça também. Eu notei que
as mãos dela estavam tremendo - na verdade o corpo dela estava tremendo e ela parecia
anormalmente pálida.
“Está certo. Vamos andar.”
Ela não disse nada por um tempo, e eu tive que lutar para não agarrar ela e balançar
ela até me contar como ela sabia sobre Stevie Rae. Quando ela finalmente começou a
falar, ela não olhou para mim e parecia estar falando mais para a noite do que para mim.
“Minhas visões tem mudado. Começou com aquela que eu tive quando aqueles
humanos foram mortos. Eu costumava poder ver as coisas como se fosse uma
observadora. Eu via o que acontecia mas não era tocada por isso. Tudo e todos eram
claros, fácil de entender. Com aqueles garotos foi diferente. Eu não estava mais
deslocada. Eu era um deles. Eu podia me sentir sendo morta com ele.” Ela parou e deu
nos ombros. “Eu também não podia ver as coisas claramente. As coisas ficaram um
enorme emaranhado de pânico e medo e emoções malucas. Eu tenho flashes de coisas
que não consigo identificar ou entender, como quando eu te contei o que tinha que fazer
para tirar Heath daqueles túneis ou ele morria. Mas na maior parte eu surto e fico
confusa, e depois me sinto horrível.” Afrodite olhou para mim como se estivesse
lembrando agora quem ela realmente era. “Como foi quando tive a visão da sua avó se
afogando. Eu era a sua avó, e foi sorte ter pego deslumbres da ponte e saber onde ela
caiu na água.”
Eu acenei. “Eu lembro que você não podia me contar muito. Eu pensei que era mais
porque você não queria me contar mais do que podia.”
O sorriso dela era sarcástico. “Sim, eu sei. Não que eu me importe com o que você
pensou.”
“Só fale sobre a parte com Stevie Rae.” Deus, ela era irritante.
“Eu não tinha uma visão a um mês. O que foi uma boa coisa, já que meus pais
insistiram que eu visitasse durante as férias de inverno. Frequentemente.”
O olhar dela dizia que visitar seus pais não era exatamente uma coisa boa, o que eu
já sabia. Na última visitação dos pais eu meio que acidentalmente assisti uma horrível
cena entre Afrodite e seus pais. O pai dela o prefeito de Tulsa. Sua mãe podia ser o Satã.
Basicamente, eles faziam meus pais parecerem os pais de Brady* (*serie da TV) (sim, eu
sou uma nerd que assisti as reprises da Nickelodeon),
“Eu tive uma cena de aniversario com meus pais ontem.”
“Seu padrasto é um dos malucos das Pessoas de Fé, não é?”
“Totalmente. Minha avó o chamou de coco de macaco.”
Isso a fez rir. Eu digo realmente rir. Eu observei ela, maravilhada pela transformação
no rosto dela de frio e bonito para quente e lindo.
“Yep. Eu também odeio meus pais,” eu disse.
“Quem não odeia,” ela disse.
“Stevie Rae não odiava dos dela. Ou pelo menos não odiava antes...” Minha voz
morreu e tive que lutar contra a vontade de não explodir em lágrimas embaraçosas.
“Então essa parte da visão já aconteceu. Stevie Rae já virou um monstro.”
“Ela não é um monstro! Ela só está diferente do que costumava ser.”
Afrodite levantou uma sobrancelha perfeita. “Eu diria que poderia ser um
melhoramento se não tivesse visto o que ela se tornou.”
“Só me diga o que você viu.”
“Eu vi vampiros sendo mortos. Horrível.” Afrodite tinha parado para engolir, como se
estivesse tentando com força não vomitar.
“Por Stevie Rae?” Eu guinchei.
“Não. Essa foi uma visão diferente.”
“Ok, estou confusa.”
“Tente ter a merda das visões, ou pelo menos essas visões novas que eu tenho tido.
Confusão é do que elas são. E dor. E medo elas são uma droga.”
“Então Stevie Rae não estava na que os vampiros morreram?”
Ela balançou a cabeça. “Não, mas as duas pareciam não estar juntas.” Afrodite
suspirou. “Eu vi Stevie Rae. Ela estava horrível. Suja e magra e seus olhos brilhavam de
um vermelho estranho. E você não ia acreditar no que ela estava vestindo. Quero dizer,
não que ela fosse uma Miss de Senso Fashion, mas ainda sim.”
“Yeah, yeah, eu entendi. Então você a viu morta viva.”
“É o que ela é, não é. Ela se transformou em algum horrível clichê vampiro, No
monstro que os humanos tem nos chamado a séculos.”
“Nem todos os humanos. Sabe, você realmente precisa superar sua péssima atitude
sobre os humanos. Costumávamos ser um,” eu disse.
“Tanto faz. Eu costumava ser apaixonada por Sean William Scott, também. Em falar
em notícias velhas.” Ela virou os cabelos para as costas. “De qualquer forma, eu vi Stevie
Rea quando morreu. De novo. Dessa vez pra sempre. E sabia que se a visão se tornasse
verdade de alguma forma ia significar a morte dos vampiros e vi o que realmente
aconteceu. Então temos que descobrir um jeito de salvar Stevie Rae porque Nyx está
seriamente nada feliz com o fato de vários vampiros serem mortos.”
“Como Stevie Rae morre?”
“Neferet mata ela. Ela empurra Stevie Rae diretamente na luz do sol e ela pega
fogo.”

house of night - escolhida (capitulo 8)


OITO
Todos já estavam lá quando eu cheguei. Até mesmo Nala. Eu juro que ela olhou para
mim com olhos que diziam que ela sabia exatamente o que tinha acontecido na biblioteca.
Então ela disse um mal humorado "mee-uf-ow!" na minha direção, espirrou, e se afastou.
Deus, estou tão feliz por ela não poder falar.
De repente os braços de Erik estavam ao meu redor. Ele me beijou rapidamente e
me abraçou quando sussurrava no meu ouvido, “Eu passei o dia todo ansioso para te ver.”
“Bem, eu estava na biblioteca.” Eu percebi que meu tom era muito brusco e odioso
(em outras palavras, culpado) quando ele se afastou de mim e me deu um doce, mas
confuso sorriso.
“Yeah, foi o que as Gêmeas nos falaram.”
Eu olhei nos olhos dele, me sentindo como cocô. Como eu pude arriscar perder ele?
Eu nunca deveria ter deixado Loren me beijar. Eu sabia que era errado e-
“Hey, Z, bonito colar,” Damien disse, puxando uma das pontas com o boneco de
neve e interrompendo minha culpa mental.
“Obrigado, meu amigo me deu,” eu tentei provocar, mas sabia que tinha soado toda
estranha e provocativa.
“Por esse comentário ela quis dizer o namorado dela que é um cara,” Shaunee disse,
me dando um virada de olhos.
“Yeah, não se estresse Jack,” Erin disse. “Damien não está mudando de times.”
“Você não deveria estar dizendo para mim não me estressar?” Erik perguntou
divertido.
“Não, querido,” Erin disse.
“Se Z largar você pela Rainha Damien estaremos aqui para ajudar você a lidar com
sua dor.” Shaunee disse. Então as Gêmeas deram uma batidinha improvisada e riram para
Erik. Apesar da culpa que eu estava sentido, as duas me fizeram rir, e eu cobri os olhos de
Erik.
Damien franziu para as Gêmeas e limpou a garganta. “Vocês duas são incorrigíveis.”
“Gêmea, eu esqueci, o que incorrigível significa?” Shaunee disse.
“Eu acredito que significa que somos mais sexys e quentes do que a orda das
corrigíveis,” Erin disse, ainda batendo e rindo.
“Vocês duas são bobas, o que significa que tem pouco senso,” Damien disse, mas
mesmo ele não pode se impedir de rir, especialmente quando a risada de Jack se juntou e
riu. “De qualquer forma,” ele continuou. “Eu quase fui para biblioteca, mas daí Jack e eu
nos envolvemos assistindo a reprise de Will and Grace e eu perdi noção do tempo. Da
próxima vez que quiser pesquisar, me avise, e eu vou ficar feliz em ajudar.”
“Ele é uma traça,” Jack disse, dando nos ombros de forma divertida.
Damien corou. As Gêmeas fizeram barulhos de engasgo. Erik riu. Eu queria vomitar.
“Oh, sem problemas. Eu só estava procurando por umas, uh, coisas,” eu disse.
“Mais coisas de novo?” Erik riu para mim.
Eu odeie que ele parecesse tão compreensivo e me apoiasse. Se ele soubesse que as
coisas que eu estava pesquisando era ficar com Loren Blake... Oh, Deus. Não. Ele nunca,
nunca poderia descobrir.
E, sim, eu percebi o quando insignificante e vadia era de a não muito tempo atrás eu
estar sugando a cara de Loren e me sentindo quente e formigando por ele, mas agora eu
estava praticamente estava sufocando numa onda de culpa.
Claramente eu precisava de terapia.
“Então trouxeram as velas?” eu perguntei as Gêmeas, resolvendo de uma vez por
todas pensar na bagunça com Loren depois.
“É claro,” Erin disse.
“Por favor. Foi fácil-fácil,” Shaunee disse. “Até colocamos ela em seus lugares
certos.” Ela apontou para trás de nós para uma boa área debaixo do carvalho. Eu podia
ver as quatro velas representando os elementos nos lugares, com a quinta vela,
representando o espírito, no meio do circulo.
“Eu trouxe os fósforos,” Jack disse entusiasmado.
“Ok. Bem. Vamos nessa,” eu disse. Nós cinco fomos para nossas velas. Damien me
surpreendeu ficando um pouco para trás e sussurrando, “Se você quer que Jack saia, só
me diga e eu falo para ele.”
“Não,” eu disse automaticamente, e então minha mente alcançou minha boca e eu
acrescentei, “Não, Damien. Está tudo bem ele estar aqui. Ele é parte de nós. Ele
pertence.”
Damien me deu um sorriso agradecido e fez menção a Jack para que ele trouxesse
os fósforos. Ele me entregou no meio do circulo.
“Eu ia pegar um isqueiro, mas dai eu pensei sobre isso e não parecia certo.” Ele
explicou muito sério. “Eu acho que é melhor usar madeira de verdade. Sabe, fósforos de
verdade. Um isqueiro é muito frio e moderno para um ritual ancestral. Então trouxe
esses.”
Ele me entregou uma coisa longa e cilíndrica. Quando eu só olhei para ele como um,
bem, ponto de interrogação, ele tirou a parte de cima e me entregou a parte de baixo.
“Vê, longos e totalmente chiques fósforos de lareiras. Eu consegui eles com a reitora do
nosso dormitório. Você sabe, para lareiras.”
Eu peguei os fósforos dele. Eles eram longos e grandes com uma cor violeta e
pontas vermelhas. “São perfeitos,” eu disse, feliz por deixar alguém feliz. “Se certifique de
trazer eles amanha para o ritual. Eu uso eles ao invés do isqueiro.”
“Ótimo!” ele disse e então, dando um sorriso de satisfação para Damien, ele correu
para sair do circulo e sentar confortavelmente debaixo da árvore, se recostado contra o
tronco do carvalho.
“Ok, estão prontos?’
Meus três amigos e namorado (graças a Deus só havia um namorado presente)
falaram junto seus “sim’s.”
“Vamos só passar o básico e não deixar isso tudo complicado e envolvente. Vocês
ficam nos lugares certos com o resto das Filhas e Filhos Negros. Então Jack vai ligar a
musica e eu entro, como no mês passado.”
“O professor Blake vai recitar um poema de novo?” Damien perguntou.
“Oh, baby, eu espero que sim.” Shaunee disse.
“Aquele vampiro é tão boooommmm que ele quase faz a poesia ser interessante,”
Erin disse.
“Não!” eu surtei. Então quando todos me deram olhares estranhos (eu assumi que
todos estavam me dando olhos estranhos - as Gêmeas e Damien fizeram, eu evitei olhar
para Erik). Eu continuei numa voz menos louca, “eu quero dizer, eu não acho que ele vai
recitar nada. Eu não falei com ele sobre isso, mas tanto faz,” eu disse de forma
despreocupada, e então continuei com pressa. “Então eu me mexo rapidamente para o
meio do circulo com a musica, com ou sem poesia, até chegar no centro. Eu vou lançar o
circulo, pedir para Nyx abençoar todos nós especificamente do inicio do ano novo, passar
o vinho ao redor, então fechar o circulo e todos podemos comer.” Eu olhei para Damien,
“Você cuidou da comida, certo?”
“Yep, o chefe voltou das férias de inverno, e ela decidimos o menu ontem. Vamos ter
Chili de um zilhão de jeitos diferentes. E,” ele acrescentou em uma voz que dizia que ele
estava sendo totalmente nojento, “vamos ter também, cerveja importada.”
“Parece bom,” eu sorri em apreciação para ele. Sim, parecia estranho e vagamente
ilegal que menores vão beber cerveja em um evento da escola. A verdade é que devido a
Mudança física que acontece dentro dos nossos corpos, álcool não nos afeta mais - ou
pelo menos não o suficiente para nos fazer agir como adolescentes típicos (em outras
palavras, não vamos ficar bêbados e usar isso como desculpa para transar).
“Hey, Z, você não vai anunciar do no ritual que está comandando para o Conselho
dos Prefeitos esse ano?” Erik perguntou.
“Você tem razão. Eu esqueci que precisava fazer isso,” Eu suspirei. “Então, sim,
antes de fechar o circulo eu vou anunciar os dois garotos escolhidos.”
“E quem são eles?” Damien perguntou.
“Eu, uh, ainda não escolhi dois. Vou fazer minha decisão final hoje a noite,” eu
menti. Na verdade, eu não tinha tido idéia de nenhum nome ainda. Eu nem pensei nisso
desde que um dos dois estaria substituindo Stevie Rae no conselho. Então eu lembrei que
deveria deixar meu Conselho atual me ajudar a decidir que novos garotos íamos escolher.
“Uh, gente. Eu acho que amanha antes do ritual podemos nos encontrar e decidir os
nomes.”
“Hey, Z, não se estresse,” Erik disse. “Só escolha dois. Vamos aceitar eles.”
Eu senti uma enorme onda de alivio. “Tem certeza?”
Meus amigos falaram juntos um “ok” e “para mim parece bom.” Cada um deles,
claramente tendo total confiança em mim. Ugh.
“Ok, ótimo. Então, vocês estão tranqüilos com a ordem do ritual?” eu perguntei.
Eles acenaram.
“Ok. Vamos praticar o circulo.” Como sempre, não importava o estresse e besteiras
que estivessem acontecendo na minha vida. Quando eu lançava o circulo e chamava os 5
elementos dos quais eu tinha uma ligação, ou afinidade, a sensação de excitação e prazer
que meu dom de dava (graças a Deus) sobrepujava todo o resto. Eu tirei um longo fósforo
e o passei contra o papel lixa do fundo do cilindro. Ele acendeu e eu disse, “eu chamo o ar
para o nosso circulo. Nós respiramos contigo nossos primeiras respirações, então é o certo
que você seja o primeiro elemento a ser chamado. Venha até nós, ar!” Eu toquei o fósforo
na vela amarela que Damien segurava e a acendi, e ela continuou acessa, mesmo com o
enorme vento que circulava Damien e eu como se estivéssemos no centro de um minitornado.
Damien e eu rimos um para o outro. “Eu acho que nunca vou superar o quão incrível
isso é,” ele disse suavemente.
“Eu também não,” eu disse, e apaguei o fósforo.
Então me movi na direção do relógio, ao redor do circulo para Shaunee e sua vela
vermelha. Eu podia ouvir Shaunee sussurrando algo que eu reconheci, enquanto pegava o
próximo fósforo, como uma antiga musica de Jim Morrison, “Acenda meu Fogo.” Eu sorri
para ela. “Fogo nos aquece com sua chama apaixonada. Eu chamo o fogo para o nosso
circulo!” Como sempre, eu mal tive que acender a vela de Shaunee. Ela acendeu
instantaneamente, passando luz e calor contra nossas peles.
“Eu não poderia ter ficado mais quente se estivesse no fogo,” Shaunee disse.
“Bem, Nyx com certeza te deu o elemento certo,” eu disse a ela.
Então eu fui até Erin, que estava praticamente vibrando de excitação. Meu fósforo
ainda estava acesso, então eu simplesmente sorri e disse a Erin, “Água é o balanço
perfeito com a chama, assim como Erin é a Gêmea perfeita para Shaunee. Eu chamo a
água para o nosso circulo!” Eu toquei o fósforo na vela azul e fui instantaneamente
engolfada pelo cheiro e som do mar. Eu juro que podia sentir o calor, da água tropical
tocando nas minhas pernas, esfriando o que o fogo tinha acabado de esquentar.
“Eu realmente amo água,” Erin disse feliz.
Então respirei fundo me fortificando, me certificando que meu rosto ficasse com um
calmo sorriso, e andei até onde Erik estava parado na cabeça do circulo e segurando a
vela verde que representava o quarto elemento que era terra.
“Está pronto?” eu perguntei a ele.
Erik parecia um pouco pálido, mas acenou e a voz dele era forte quando ele disse,
“Sim. Estou pronto.”
Eu levantei o fósforo que ainda queimava e “Ouch! Merda!” me sentindo como uma
retardada e não como uma Alta Sacerdotisa em treinamento e a única caloura que já tinha
sentindo uma afinidade com os 5 elementos, eu derrubei o fósforo que eu deixei queimar
demais e queimei o dedo. Eu olhei com timidez para Erik e para o resto. “Desculpa,
gente.”
Eles deram nos ombros devido a minha natureza nerd natural. Eu estava me virando
de volta para Erik e buscando no cilindro o próximo fósforo quando o que eu vi - ou
melhor, o que eu não vi - se registrou na minha mente.
Não havia um rastro de luz entre Damien, Shaunee, e Erin. Suas velas estavam
acessas. Os elementos manifestados. Mas a conexão que sentíamos desde de nosso
primeiro circulo juntos, que era tão poderoso como visível e lindo, construído de luz,
estava faltando. Sem ter certeza do que fazer, eu mandei um apelo silencioso para Nyx.
“Por favor, deusa, me mostre o que fazer para reformar o circulo sem Stevie Rae!” Então
acendi o fósforo e olhei de forma encorajadora para Erik.
“Terra que nos suporta e nutre. Como o quarto elemento eu te chamo para o nosso
circulo!”
Eu peguei o longo fósforo e o encostei na vela verde. A reação de Erik foi
instantânea. Ele chorou de dor enquanto a vela verde voava da mão dele para longe do
circulo até uma sombra grossa da árvore. Erik estava esfregando sua mão e murmurando
algo sobre se sentir como se tivesse sido picado, ao mesmo tempo que um xingamento
estava vindo da escuridão enquanto alguém que estava, aparentemente, muito irritado,
vinha em nossa direção.
“Merda! Ouch! Droga! O que -“
Afrodite emergiu da escuridão segurando a vela verde apagada e esfregando uma
marca vermelha que estava na testa que já estava se enchendo.
“Oh, maravilha. Eu deveria ter descoberto. Me dizem para vir aqui na” - ela parou,
olhou ao redor das árvores e grama, então enrugou o nariz perfeito - “selvagem cercado
por natureza, e o que eu encontro alem de insetos e sujeira? A orda de nerdes jogando
merdas em mim,” ela disse.
“Eu só queria ter pensando nisso,” Erin disse com doçura.
“Afrodite, você é uma vadia odiosa do inferno,” Shaunee disse tão docemente
quanto.
“Nerds, não falem comigo.”
Ignorado a briga delas eu disse, “quem te disse para vir aqui?”
Afrodite me olhou nos olhos. “Nyx,” ela disse.
“Por favor!”
“Tanto faz!”
“Dificilmente!”
Damien e as Gêmeas todas falaram juntas. Eu notei que Erik estava suspeitosamente
silencioso. Eu levantei uma mão. “Chega!” Eu surtei e eles calaram a boca.
“Porque Nyx te disse para vir aqui?” eu perguntei a Afrodite.
Ainda me olhando nos olhos, ela se aproximou de mim. Mal olhando para Erik ela
disse “Saia do caminho, ex-namorado fracassado.” Me surpreendendo, Erik saiu do
caminho dela para que ela pudesse tomar o lugar da terra. “Chame a terra e acenda, e
você vai ver,” Afrodite disse.
Antes de alguém poder protestar eu segui meu instinto, já sabendo pela premonição
que ela estava me dando o que estava para acontecer. “Terra que nos suporta e nutre.
Como o quarto elemento eu chamo a terra para nosso circulo!” Eu repeti e toquei meu
fósforo na vela verde. Ela acendeu instantaneamente, cercando Afrodite e eu com o cheiro
e sons de uma campina toda florida no verão.
Afrodite falou suavemente. “Nyx decidiu que eu precisava de mais merda na minha
já horrível vida. Então agora eu tenho uma afinidade pela terra. É irônico o bastante para
você?”