quarta-feira, 23 de maio de 2012

house of night - escolhida (capitulo 10)


DEZ
“Merda. Então ela realmente não pode lidar com a luz do sol,” eu disse.
“Você já não sabia disso?” Afrodite disse.
“Não tem sido fácil falar com Stevie Rae desde que ela, bem, morreu.”
“Mas você a viu e falou com ela?”
Eu parei de andar e fiquei na frente de Afrodite para que ela tivesse que me olhar.
“Olha, você não pode contar a ninguém sobre Stevie Rae.”
“Sério? Eu achei que devia colocar no papel da escola.”
“Estou falando serio, Afrodite.”
“Não me trate como uma idiota. Se alguém além de nós souber sobre Stevie Rae,
Neferet vai saber. Ela estava fadada a isso já que ela pode ler a mente de praticamente
todo mundo. Bem, com exceção da gente.”
“Ela também não pode ler sua mente?”
O sorriso de Afrodite era de satisfação e mais do que um pouco odioso. “Ela nunca
foi capaz. Como você acha que eu me safei de tanta merda por tanto tempo?”
“Que maravilha.” Eu lembrei distintamente que terrível vaca Afrodite tinha sido como
a líder das Filhas Negras. Na verdade, desde o momento que eu encontrei Afrodite ela foi
egoísta e maldosa e odiosa. Sim, as visões dela me ajudaram a salvar minha avó e Heath,
mas ela deixou claro que ela não se importava em salvar nenhum deles, e só me ajudou
porque ela ganhou algo com isso. Eu estreitei os olhos para ela. “Ok, Você vai ter que
explicar porque está se incomodando em me dizer tudo isso. O que você ganha?”
Afrodite aumentou os olhos em uma zombação inocente e usou um sotaque do sul
ridículo, “Porque, o que você quer dizer? Estou ajudando você porque você e seus amigos
sempre foram tão doces comigo.”
“Pare com a merda, Afrodite.”
A expressão dela mudou e sua voz voltou ao normal.
“Vamos apenas dizer que eu tenho que me retratar.”
“Com Stevie Rae?”
“Com Nyx.” Ela olhou para longe mim. “Você provavelmente não vai entender isso,
sendo toda poderosa com seus novos dons de Nyx e basicamente sendo a Miss Perfeita,
mas quando você tiver seus dons por um tempo vai poder descobrir que não é sempre
fácil fazer a coisa certa. Outras coisas - pessoas - entram no caminho. Você vai cometer
erros.” Afrodite ridicularizou. “Bem, talvez você não cometa. Mas eu cometi. Eu posso não
estar nem ai por você ou Stevie Rae ou ninguém na escola, mas eu me importo com Nyx.”
A voz dela balbuciou. “Eu sei o que é acreditar que a deusa se virou contra mim e não
quero sentir isso de novo.”
Eu toquei o braço dela. “Mas Nyx não se virou contra você. Essas foram apenas
mentiras que Neferet contou para que ninguém acreditasse em suas visões. Você sabe
que Neferet está por trás do que aconteceu com Stevie Rae não sabe?”
“Eu sei desde a visão, em que eu vi Heath morrendo.” Ela forçou uma pequena
risada. “Que bom que ela não pode ler nossas mentes. Eu não sei o que ela faria com um
calouro que sabe o quão horrível ela é.”
“Ela sabe que eu sei.”
“Você tem que estar brincando!”
“Bem, ela sabe que eu cai na dela.” Eu hesitei, e então pensei, que diabos. Estranho
o bastante, estava parecendo que Afrodite (AKA, a bruxa do inferno) era a única pessoa
na terra que eu podia falar. “Neferet tentou apagar minha memória na noite que eu salvei
Heath daqueles garotos mortos vivos. Funcionou por um tempo, mas eu soube
imediatamente que tinha algo errado. Eu usei o poder dos cinco elementos para curar
minha memória, e, bem, eu meio que deixei Neferet saber que eu lembrava o que tinha
acontecido.”
“Você meio que deixou ela saber?”
Eu fiquei inquieta. “Bem, ela me ameaçou. Disse que ninguém ia acreditar em mim
se eu falasse contra ela. E, uh, me deixou irritada. Então eu disse a ela que não importava
se nenhum vampiro ou calouro acreditasse em mim, porque Nyx acredita.”
Afrodite sorriu. “Aposto que isso a irritou.”
“Yeah, eu suponho que sim.” Na verdade me deixava um pouco enjoada pensar no
quanto Neferet provavelmente estava irritada. “Mas ela partiu logo depois para as férias
de inverno. Eu não a vi desde então.”
“Ela volta logo.”
“Eu sei.”
“Você está assustada?” Afrodite perguntou.
“Totalmente,” eu disse.
“Eu não te culpo. Ok, eu sei isso de certeza por causa das minhas visões. Temos que
levar Stevie Rae para algum lugar seguro e para longe do resto daquelas coisas. E temos
que fazer isso agora. Antes de Neferet voltar. Tem alguma conexão entre os dois. Eu não
entendi, mas eu sei que está ali, e eu sei que é errado.” Afrodite fez uma cara como se
tivesse provado algo ruim. “Na verdade o negocio todo dos monstros mortos vivos está
toda errada. Em falar em criaturas nojentas.”
“Stevie Rae é diferente do resto deles.”
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela definitivamente não acredita em mim.
“Pense nisso. Porque Nyx daria a um calouro um dom tão poderoso como uma
afinidade pela terra e então a deixaria morrer. E depois reviver.” Eu parei, lutando sobre
como fazer ela entender. “Eu acho que a conexão dela com a terra é a razão do porque
Stevie Rae manteve parte da sua humanidade, e eu realmente acreditaria nosso se eu -
eu quero dizer, nós, se nós pudermos ajudar ela a achar o resto da humanidade dela. Ou
talvez a gente encontre um jeito de curar ela. De transformar ela de volta em um calouro
ou talvez até em uma vampira completa. E talvez se Stevie Rae for consertada, isso
signifique que haja uma chance para o resto deles também.”
“Então você tem idéia de como consertar ela?”
“Não. Nem idéia.” Então eu ri. “Mas agora eu tenho uma caloura poderosa que tem
visões e afinidade com a terra me ajudando.”
“Ótimo. Isso me faz sentir muito melhor.”
Eu não queria admitir para Afrodite, mas a verdade era que ser capaz de falar com
ela sobre Stevie Rae e ter ela me ajudando a descobrir o que deveríamos fazer me fazia
sentir melhor. Muito melhor.
“De qualquer forma,” Afrodite estava dizendo, “como você vai encontrar Stevie Rae?”
Ela curvou os lábios. “Não me diga que você espera que eu rasteje naqueles túneis
nojentos com você.”
“Na verdade, Stevie Rae disse que iria se encontrar comigo no gazebo do Philbrook
hoje a noite as 3 horas.”
“Ela vai aparecer?”
Eu mordi o lábio. “Eu vou dar roupas para ela, então acho que sim.”
Afrodite balançou a cabeça. “Então ela morreu, volta como morta viva, e ainda não
tem nenhum senso de moda.”
“Aparentemente.”
“Agora isso sim é triste.”
“Yeah.” Eu suspirei. Eu amo Stevie Rae, mas até eu tenho que admitir que ela tem
um péssimo gosto por roupas.
“Então, onde você vai levar ela depois de dar as roupas?”
Eu não achei que devia mencionar que gostaria de levar ela direto para a banheira.
“Eu não sei. Eu não pensei muito além das roupas e, uh, sangue.”
“Sangue!”
“Ela precisa. Sangue humano. Ou ela fica maluca.”
“Ela já não é louca?”
“Não! Ela só tem problemas.”
“Problemas?”
“Muitos problemas,” eu disse firmemente.
“Ok. Tanto faz. Você tem que decidir aonde vai levar ela. Ela não pode ficar com o
resto daquelas coisas. Isso não vai ajudar ela,” Afrodite disse.
“Eu ia tentar falar com ela para voltar aqui. Eu achei que podia esconder ela com
facilidade enquanto a maior parte dos vampiros não está aqui.”
“Você não pode trazer ela aqui.” Afrodite ficou pálida. “É aqui que ela morre. De
novo.”
“Merda! Então não sei o que diabos vou fazer,” eu admiti.
“Eu suponho que você poderia levar ela para minha antiga casa,” Afrodite disse.
“Yeah, certo. Seus pais são tão compreensivos e tudo mais. Parece uma ótima idéia,
Afrodite.”
Ela virou os olhos. “Meus pais não estão. Eles saíram mais cedo para uma viagem de
esqui de três semanas. Além do mais, ela não vai ficar dentro da casa. Meus pais vivem
numa daquelas antigas mansões na rua do Philbrook. Eles tem um apartamento na
garagem que costumava ser o aposento dos servos. Não é mais usada a não ser quando
vovó vem visitar, e minha mãe só a jogou num daqueles chiques, de alta segurança e
altamente caras casas de repouso, então não precisamos nos preocupar com isso. Ainda
sim, tudo no apartamento deve funcionar - você sabe, eletricidade e água e tudo mais.
“Você acha que ela vai ficar bem lá?”
Afrodite deu nos ombros. “Ela vai ficar mais segura do que aqui.”
“Certo. Então ela vai para lá.”
“Ela vai ficar bem com isso.”
“Yeah,” eu menti. “Eu digo a ela que a geladeira vai estar cheia de sangue.” Eu
suspirei. “Embora eu não faça idéia de como vou conseguir uma taça de sangue, muito
menos uma geladeira cheia.”
“Está na cozinha.”
“Na sua casa?” Agora eu estava totalmente confusa.
“Não, jeesh, fique comigo. Eles tem sangue aqui. Em uma em enorme geladeira de
aço na cozinha. Para os vampiros. Carregamentos frescos chegam todo dia dos humanos
doadores. Todos os estudantes mais velhos sabem sobre isso. Conseguimos para usar em
alguns dos rituais.”
“Isso vai funcionar, especialmente desde que quase não tem mais ninguém aqui. Eu
devo ser capaz de entrar na cozinha e pegar sangue sem ser pega.” Eu franzi. “Por favor,
me diga que está em algum jarro ou algo igualmente perturbador.”
Ok, embora eu realmente, realmente gostasse de beber sangue, eu ainda ficava
completamente enojada pela idéia de beber sangue. Eu sei, eu preciso de terapia. De
novo.
“Está em uma bolsa, como nos hospitais. Nada para se estressar.”
Até ai viramos automaticamente para a direita e estávamos indo de volta para o
dormitório.
“Você tem que ir comigo,” eu disse bruscamente.
“Para a cozinha?”
“Não, para onde está Stevie Rae. Você tem que nos mostrar a casa e como entrar no
apartamento e tudo mais.”
“Ela não vai querer me ver,” Afrodite disse.
“Eu sei, mas ela vai ter que superar. Ela sabe que suas visões salvaram minha avó.
Quando eu falar para ela que você teve uma visão sobre ela, ela vai ter que acreditar.” Eu
estava feliz por soar tão certa. Eu definitivamente não me sentia certa. “Mas pode ser
melhor você se esconder e esperar até eu falar com ela antes dela ver você.”
“Olha, estou tentando fazer a coisa certa aqui, mas eu não vou me esconder duma
garota que costumava ser usada como uma refrigeradora.”
“Não chame ela assim!” Eu surtei. “Você já pensou que grande parte do seu
problema e do porque de tantas coisas ruins acontecerem com você não é por causa de
Neferet e tudo que ela está tramando, mas o fato de você ter uma atitude tão nojenta e
vadia?”
As sobrancelhas de Afrodite se ergueram e ela colocou a cabeça de lado, o que a fez
parecer um pássaro loiro. “Yeah, eu pensei nisso, mas não sou como você. Eu não sou
positiva e a Miss Simpatia. Me diz algo. Você acha que as pessoas são basicamente boas,
não acha?”
A pergunta dela me surpreendeu, mas eu dei nos ombros e acenei. “Yeah, eu acho
que sim.”
“Eu não. Eu acho que a maior parte das pessoas, e eu estou falando de vampiros ou
humanos, são merdas. Elas fingem. Elas fingem ser boazinhas, mas estão a um passo de
mostrar sua verdadeira face.”
“Esse é um jeito deprimente de passar pela vida,” eu disse.
“Você chama de deprimente. Eu chamo de realista.”
“Como você confia em alguém?”
Afrodite olhou para mim. “Eu não confio. Parece mais fácil. Você vai descobrir.” Ela
encontrou meus olhos de novo e eu não podia ler a estranha expressão neles. “O poder
muda as pessoas.”
“Eu não vou mudar.” Eu ia dizer mais, mas daí pensei sobre o fato de que apenas
alguns meses atrás se alguém tivesse me dito que eu ficaria com um homem adulto
enquanto eu tinha não um mas dois namorados eu diria de jeito nenhum. Então isso não
significa que eu mudei?
Afrodite sorriu como se pudesse ler minha mente. “Eu não estava falando sobre
você. Eu estava falando das pessoas ao seu redor.”
“Oh,” eu disse. “Afrodite, sem querer ser má nem nada, mas eu entendo meus
amigos mais do que você.”
“Veremos. Falando nisso - você não deveria ir ao cinema e encontrar seus amigos
agora?”
Eu suspirei. “Yeah, mas eu não posso ir. Eu tenho que ir pegar o sangue para Stevie
Rae, juntar suas roupas, e também quero passar no Wal-Mart* (*loja de departamento) e
comprar um celular. Eu acho que será uma boa idéia dar a Stevie Rae para poder me
ligar.”
“Ótimo. Porque você não pega do lado de fora da porta escondida no muro leste as
2:30? Isso nos dá muito tempo para chegar a Philbrook antes de Stevie Rae.”
“Parece bom. Só preciso ir até meu quarto, pegar umas roupas de Stevie Rae e
minha bolsa, então saiu daqui.”
“Ok, vamos para o dormitório primeiro.”
“Huh?” eu disse.
Afrodite me deu um olhar que dizia que ela achava que eu era uma retardada. “Você
não quer que as pessoas me vejam com você. Elas vão achar que somos amigas ou algo
ridículo assim.”
“Afrodite, eu não me importo com o que as pessoas acham.”
Ela virou os olhos. “Eu me importo.” Então ela foi na minha frente para o dormitório.
“Hey!” Eu chamei. Ela olhou por cima dos ombros. “Obrigado por me ajudar.”
Afrodite franziu. “Nem diga nada. E eu falei serio. Não. Diga. Nada. Jeesh.”
Balançando a cabeça, ela se apressou para o dormitório

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