domingo, 26 de fevereiro de 2012

academia de vampiros - beijo das sombras (capitulo 15)


QUINZE
Mason entregou.
Ele me achou no outro dia antes da aula. Ele estava carregando uma caixa de livros.
“Eu peguei eles,” ele disse. “Pegue eles antes que você tenha problemas por ser vista falando
comigo.”
Ele me entregou os livros, e eu resmunguei. Eles eram pesado. “Christian te deu todos esses?”
“Sim. Eu consegui falar com ele sem ninguém notar. Ele tem uma certa atitude, você notou
isso?”
“Sim, eu notei.” Eu compensei Mason com um sorriso que ele gostou. “Valeu. Isso significa
muito.”
Eu levei os livros até o meu quarto, consciente do qual estranho era que uma pessoa que odeia
estudar tanto quanto eu prestes a ficar enterrada em livros empoeirados do século XIV.
Quando eu abri o primeiro livro, eu vi esses deveriam ser Xerox do Xerox do Xerox,
provavelmente porque algo assim tão velho provavelmente já teria se virando pó.
Xeretando pelos livros, eu descobri que eles caiam em 3 categorias: Livros escritos por pessoas
depois que o Santo Vladimir tinha morrido, livros escritos por outras pessoas enquanto ele
estava vivo, e um diário que foi escrito por ele. O que o Maison tinha dito sobre fontes
primarias e secundarias? Esses eram os grupos de que eu queria.
Seja quem for que tinha reimprimido tinham reformulado os livros bastante para que eu não
tivesse de ler eles em um inglês antigo ou algo assim. Ou talvez, Russo, eu suponha. O Santa
Vladimir tinha vivido no antigo país.
Hoje eu curei a mãe de Sava que já faz tempo estava sofrendo de dores no estomago. Sua
doença agora se foi, mas Deus não me permitiu fazer isso de forma fácil. Eu estou fraco e
tonto, e a loucura está tentando entrar em minha mente. Eu agradeço a Deus todos os dias
pela Shadow-Kissed Anna, pois sem ela, eu certamente não seria capaz de agüentar.
Anna de novo. E “Shadow-Kissed.” Ele falava muito sobre ela, entre outras coisas. Na maior
parte do tempo ele escrevia longos sermões, como se ele estivesse na Igreja. Super chato. Mas
em outras partes, o livro se lia como um diário comum, recapitulando o que ele tinha feito
naquele dia. E se fosse só um monte de merda, então ele curava o tempo todo. Pessoas
doentes. Pessoas feridas. Até mesmo plantas.Ele trouxe colheitas de volta a vida quando as
pessoas estavam famintas. As vezes ele fazia as flores florescerem só por fazer.
Lendo, eu descobri que era uma boa coisa que o velho Vlad tinha Anna por perto, porque ele
era bem perturbado. Quanto mais ele usava o poder dele, mais eles o atingiam. Ele ficava
irracionalmente irritado e triste. Ele culpava os demônios e coisas estúpidas do tipo, mas era
obvio que ele sofria de algum tipo de depressão. Uma vez ele admitiu em seu diário, que ele
havia tentado se matar. Anna o havia impedido.
Mais tarde, passando por um livro que um cara que conhecia Vladimir escreveu, eu li:
E muitas coisas são milagrosas também, o poder de abençoar que Vladimir mostra aos outros.
Moroi e dhampirs se aproximam dele e ouvem suas palavras, felizes só de estar perto dele.
Alguns dizem que é loucura o que toca nele e não o espírito, mas a maioria o adora e fariam
qualquer coisa que ele pedisse. De certa forma Deus o marcou como seu favorito, e se tais
momentos são permitidos por alucinações e desespero, é um pequeno sacrifico pela
quantidade de coisas boas e espírito de liderança que ele mostra para as pessoas.
Soava muito com o que o padre tinha dito, eu senti algo mais que uma simples “boa
personalidade” as pessoas o adoravam, fariam qualquer coisa que ele quissese. Sim, Vladimir
tinha usado compulsão em seus seguidores, isso era certo. Muitos Moroi faziam isso naquele
tempo, antes de ser banido, mas eles não faziam em Moroi ou dharmpir. Eles não podiam.
Apenas Lissa podia.
Eu fechei o livro e me reclinei contra a cama. Vladimir cuidava das plantas e animais. Ele podia
usar compulsão em grande escala. E até onde eu pude notar, usar esses poderes tinham feito
ele enlouquecer e ficar deprimido.
Acrescentando a tudo, e fazendo tudo ficar muito mais estranho, e que todos ficavam
descrevendo sua guardiã como uma “Shadow-Kissed.” A expressão estava me incomodando
desde a primeira vez que eu a ouvi...
“Você é uma Shadow-Kissed!Você tem que cuidar dela!”
Sra. Karp tinha gritado essas palavras pra mim, as mãos delas agarrando minha camiseta e me
trazendo pra perto dela. Tinha acontecido numa noite dois anos atrás quando eu entrei na
parte superior da escola para devolver um livro. Já tinha quase passado o horário de se
recolher, e os corredores estavam vazios.
Eu tinha ouvido uma forte comoção e, em seguida, a Sra.
Karp tinha aparecido lagrimejando virando a esquina, parecendo frenética e abatida.
Ela me empurrou contra a parede, ainda me pressionando. “Você entende?”
Eu sabia o suficiente de defesa pessoal para empurrá-la para longe se eu quisesse, mas o
choque me congelou.
“Não.”
“Eles estão vindo por mim. Eles virão por ela.”
“Quem?”
“Lissa. Você tem que protege-la. Quanto mais ela usa, pior ela vai ficar. Pare ela, Rose. Pare ela
antes que eles notem, antes que eles notem e a levem embora também. Tire ela daqui.“
“Eu... o que você quer dizer? Tirar ela... você quer dizer da Academia?”
“Sim! Você tem que partir. Vocês estão ligadas. Cabe a você. Tire ela desse lugar.”
As palavras dela eram loucas.Ninguem saia da Academia. Mas enquanto ela me segurava lá e
me encarava, eu comecei a me sentir estranha. Um sentimento confuso escureceu minha
mente. O que ela disse de repente pareceu bem razoável, como a coisa mais razoável do
mundo. Sim. Eu precisava levar Lissa embora, levar ela –
Pés fizeram barulho no corredor, e um grupo de guardiões viraram o corredor. Eu não os
reconheci; eles não eram da escola. Eles nos separaram, segurando firme ela. Alguém
perguntou se eu estava bem, eu só podia continuar olhado para a Sra. Karp.
“Não deixe ela usar os poderes!” ela gritou. “Salve ela. Salve ela dela mesma!”
Os guardiões mais tarde explicaram para mim que ela não estava bem e havia sido levada para
um lugar onde ela pudesse se recuperar. Ela estaria segura e receberia cuidados, eles me
asseguraram. Ela iria se recuperar.
Mas ela não se recuperou.
De volta ao presente, eu encarei os livros e tentei montar tudo junto. Lissa. Sra. Karp. Santo
Vladimir.
O que eu deveria fazer?
Alguém bateu na minha porta, e me arrancou das minhas memórias. Ninguém havia me
visitado, nem mesmo os empregados desde a minha suspensão. Quando eu abri a porta, eu vi
o Mason no corredor.
“Duas vezes em um dia?” Eu perguntei. “Como é que você chegou aqui?”
Ele deu um sorriso. “Alguem pos um forforo acesso na lata de lixo do banheiro. Uma pena. Os
empregados estão meio ocupados. Vem eu estou soltando você.”
Eu balancei minha cabeça. Ele colocar fogo era aparentemente um sinal de afeição. Christian
havia feito e agora Mason. “Desculpe, sem salvamentos hoje a noite. Se eu for pega-“
“Ordens da Lissa.”
Eu calei a boca e deixei ele me tirar do prédio. Ele me levou até o dormitório Moroi e
milagrosamente fez com que eu entrasse sem no quarto dela sem que ninguém notasse. Eu
me perguntei se tinha um banheiro pegando fogo no dormitório deles também.
Dentro do quarto dela, eu encontrei uma festa acontecendo. Lissa, Camille, Carly, Aaron e
alguns outros da realeza estavam sentados rindo, ouvindo musica alta, e passando entre si
garrafas de whiskey. Nada de Mia ou Jesse. Natalie, eu notei algum tempo depois, sentada
longe do grupo, claramente sem saber como agir perto deles. Seu desconforto era totalmente
obvio.
Lissa tropeçou nos seus pés, os sentimentos confusos através da nossa ligação indicanvam que
ela estava bebendo fazia algum tempo. “Rose!” Ela se virou para Mason com um sorriso
deslumbrante. “Você a trouxe.”
Ele fez uma reverencia. “Estou as suas ordens.”
Eu esperava que ele tivesse feito aquilo pela emoção e não por causa da compulsão. Lissa
colocou um braço ao redor da minha cintura e me puxou para perto dos outros. “Se junte as
nossas festividades.”
“O que nós estamos celebrando?”
“Eu não sei. Você ter fugido hoje à noite?”
Alguns dos outros nos arranjaram copos de plástico, aplaudindo e me brindando. Xander
Babica serviu mais dois copos, entregando eles para Mason e eu. Eu tomei o meu com um
sorriso, enquanto sentimentos de apreensão surgiam com a virada de eventos dessa noite. A
pouco tempo atrás eu teria dado boas vindas a uma festa como essa e teria virado meu drink
em 30 segundos. Mas muita coisa estava me incomodando dessa vez. Como o fato de que a
realeza estava tratando Lissa como uma deusa. Como se ninguém parecesse se lembrar que
eles haviam me acusado de ser uma meretriz de sangue.
Ou como Lissa estava completamente infeliz apesar dos sorrisos e risadas.
“Onde você conseguiu o whiskey?” Eu perguntei.
“Sr. Nagy,” Aaron disse. Ele estava sentado bem perto de Lissa.
Todo mundo sabia que o Sr. Nagy bebia o tempo todo depois da aula e que ele mantinha um
estoque no campus. Ele usava novos lugares para esconde-los toda hora- e os estudantes
continuavam a encontrá-los.
Lissa se encostou nos ombros de Aaron. “Aaron me ajudou a entrar no quarto dele e a pegar
elas. Ele as tinha escondido no fundo do closet.”
Os outros riram, e Aaron olhou pra ela com completa adoração. Me divertindo, eu me dei
conta que ela não tinha que usar compulsão nele. Ele era simplesmente louco por ela. Ele
sempre tinha sido.
“Porque você não está bebendo?” Mason me perguntou um tempo depois, falando baixo em
meu ouvido.
Eu olhei para o meu copo, meio surpresa por vê-lo cheio. “Eu não sei. Eu acho que talvez os
guardiões não deveriam beber perto dos seus protegidos.”
“Ela não é sua protegida ainda! Você não está em serviço.Você não vai estar em serviço por
um longo tempo. Desde quando você é tão responsável?”
Eu não achava de verdade que eu fosse tão responsável. Mas eu estava pensando no que o
Dimitri tinha dito sobre balancear diversão e obrigação. Parecia errada me deixar relaxar
enquanto Lissa estava num estado tão vulnerável ultimamente. Passando pelo lugar apertado
entre ela e Mason, eu fui sentar perto de Natalie.
“Hey Nat, você está quieta hoje a noite.”
Ela segurava um copo tão cheio quanto o meu. “Você também.”
Eu ri suave. “Eu acho que sim.”
Ela inclinou sua cabeça assistindo Mason e a realeza como se eles estivessem em um tipo de
experimento científico. Eles beberam muito mais whiskey desde que eu havia chegado, e a
bobeira tinha aumentado consideravelmente. “Estranho, huh? Você costumava ser o centro
das atenções. Agora ela é.”
Eu pisquei surpresa. Eu não tinha pensado assim. “Eu acho que sim.”
“Hey, Rose,” disse Xander, quase derrubando o seu drink quando ele andava para perto de
mim. “Como que era?”
“Como que era o que?”
“Deixar alguém se alimentar de você?”
Os outros ficaram quietos, uma antecipação se apoderando deles.
“Ela não fez isso,” disse Lissa com uma voz de aviso. “Eu disse a você.”
“Sim, sim, eu sei que nada aconteceu com o Jesse e o Ralf. Mas vocês duas fizeram, certo?
Enquanto estavam fora?”
“Deixa pra lá,” disse Lissa. Compulsão funcionava melhor com contato visual direto, e a
atenção dele estava em mim, não nela.
“Eu quero dizer, é legal e tudo mais. Vocês fizeram o que precisavam, certo? Não é como você
fosse uma alimentadora. Eu só quero saber como era. Danielle Szelsky me deixou morde-la
uma vez. Ela disse que não parecia como nada.”
Houve um “eca” coletivo entre as garotas. Sexo e sangue com dhampirs era sujo; entre Moroi,
era canibalismo.
“Você é um mentiroso,” disse Camille.
“Não, eu to falando sério. Foi só uma mordida pequena. Ela não ficou alta como os
alimentadores. Você ficou?” Ele colocou seu braço livre em volta do meu ombro. “Você
gostou?”
O rosto de Lissa ficou duro e pálido.O álcool emudeceu a força total dos sentimentos dela, mas
eu podia ler o suficiente pra saber como ela se sentia. Pensamentos negros e assustadores
passaram por mim – juntamente com raiva. Ela normalmente tinha um bom controle do seu
temperamento – diferente de mim – mas eu já tinha visto isso acontecer antes. Antes tinha
acontecido numa festa bem parecida com essa, apenas algumas semanas depois que a Sra.
Karp tinha sido levada embora.
Greg Daskov – um primo distante de Natalie – tinha feito a festa em seu quarto. Os parentes
dele aparentemente conheciam alguem que conheciam alguem, porque ele tinha um dos
maiores quartos do dormitório. Ele tinha sido amigo do irmão de Lissa antes do acidente e
tinha ficado mais que feliz em levar a irmãzinha do Andre no seu circulo social. Greg também
tinha ficado feliz em me levar junto, e nós dois estávamos um em cima do outro aquela noite.
Para uma estudante novata como eu, estar com um Moroi da realeza sênior era algo imenso.
Eu bebi muito aquela noite, mas ainda consegui manter minha atenção em Lissa. Ela sempre
mantinha uma certa ansiedade quando estava perto de tantas pessoas, mas ninguém tinha
notado, porque ela era capaz de interagir com eles tão bem. O fato deu estar bêbada manteve
vários sentimentos longe de mim, mas enquanto ela parecesse bem, eu não me importava.
Greg, que beijava mais ou menos de repente parou e se afastou olhando pra algo por cima do
meu ombro. Nós dois estávamos sentados na mesma cadeira, comigo no colo dele, e eu virei
meu pescoço para ver. “O que foi?”
Ele balançou sua cabeça com uma certa exasperação divertida. “Wade trouxe um
alimentador.”
Eu segui seu olhar para onde Wade Voda mantinha seus braços ao redor de uma garota frágil
da minha idade. Ela era humana e bonita, com cabelos loiros ondulados e uma pele de
porcelana pálida devido a perda de sangue. Alguns outros caras tinham se apoiado nela e
ficado com Wade, rindo e tocando seu rosto e cabelo.
“Ela já alimentou muito hoje,” eu disse, observando seu olhar colorido e cheio de confusão.
Greg deslizou suas mãos no meu pescoço e me virou de volta a ele. “Rose.”
Eu olhei pro rosto de Lissa. Sua expressão ansiosa surpreendeu porque eu não podia sentir as
emoções. Muita cerveja pra mim. Eu sai do colo de Greg.
“Onde você está indo?” ele perguntou.
“Já volto.” Eu puxei Lissa para o lado, de repente desejando estar sóbria. “Qual o problema?”
‘Eles.”
Ela acenou para onde os caras estavam com a alimentadora. Ela ainda tinha um grupo ao redor
dela, e quando ela se virou pra olhar pra um deles eu vi pequenas marcas vermelhar
espalhadas pelo pescoço dela. Eles estavam meio que se alimentando em grupo, se revezando
para morder ela e fazendo sugestões nojentas. Alta e sem noção, ela deixava.
“Ela é uma alimentadora. Ninguém vai pará-los.”
Lissa olhou pra mim com olhos imploradores. Magoa, ultraje e raiva enchendo seus olhos.
“Você vai?”
Eu sempre tinha sido a agressiva, cuidando dela desde que ela era pequena. Ver ela agora, tão
chateada e esperando que eu concertasse as coisas, era mais do que eu podia agüentar. Dando
a ela um aceno, eu fui em direção ao grupo.
“Você está tão desesperado para pegar alguma garota que você tem que drogá-las agora,
Wade?” Eu perguntei.
Ele olhou pra cima de onde ele estava passando seus lábios pelo pescoço da humana.
“Porque? Você terminou com o Greg e está procurando por mais?”
Eu pus minhas mãos nos meus quadris e esperei parecer feroz. A verdade é que eu estava
começando a me sentir um pouco nauseada devido a toda aquela bebida.”Não existem drogas
o suficiente no mundo para me fazer chegar perto de você,” eu disse a ele. Alguns dos amigos
dele riram. “Mas talvez você possa ficar com o aquela lâmpada ali. Parece ser boa o bastante
pra deixar você feliz. Você não precisa dela mais.” Mais alguns riram.
“Isso não é da sua conta,” ele disse. “Ela é só o almoço.” Se referir aos alimentadores como
comida era a única coisa pior do que chamar dhampirs de meretrizes de sangue.
“Isso não é um quarto de alimentação. Ninguém quer ver isso.“
“É,” concordou uma garota sênior. “É nojento.” Alguns outros amigos dela concordaram.
Wade olhou pra todos, me encarando mais. “Otimo. Nenhum de vocês tem que ver. Vem.” Ele
agarrou o braço da alimentadora e a levou pra longe. Tropeçando, ela choramingava baixo.
“Foi o melhor que pude fazer,’ eu disse a Lissa.
Ela me encarou chocada. “Ele só vai leva-la para o quarto dele. Ele vai fazer coisas ainda piores
com ela.”
“Liss, eu também não gosto, mas não é como se eu pudesse sair perseguindo ele nem nada.”
Eu esfreguei minha testa. “Eu poderia ir quebrar a cara dele ou algo assim, mas eu já estou
sentindo que eu vou vomitar.”
O rosto dela ficou negro, e ela mordeu seu lábio. “Ele não pode fazer isso.”
‘Desculpa.”
Eu voltei para a cadeira com Greg me sentindo um pouco mal sobre o que tinha acontecido. Eu
não queria ver eles tirarem vantagem da alimentadora tanto quanto Lissa – me lembrava
demais sobre o que os caras Moroi pensavam que podiam fazer com as garotas dhampir. Mas
eu também não podia ganhar essa luta, não essa noite.
Greg tinha me mexido um pouco para ter uma visão melhor do meu pescoço, quando eu notei
alguns minutos depois que Lissa tinha sumido. Praticamente caindo, eu subi no colo dele e
olhei em volta. “Onde está Lissa?”
Ele me pegou. “Provavelmente no banheiro.”
Eu não consegui sentir nada através da nossa ligação. O alcool tinha a adormecido. Indo até o
corredor, eu soltei um suspiro de alivio quando escapei da música e das vozes altas. Estava
quieto lá fora, exceto por um som de batida a poucos quartos abaixo. A porta estava
entreaberta, e eu a empurrei para dentro,
A alimentadora estava agachada no canto, apavorada. Lissa estava com os braços cruzados,
seu rosto com raiva e terrível. Ela estava encarando Wade intensamente, e ele olhava de volta
encantado. Ele também segurava um taco de baseball, e parecia que ele já o tinha usado,
porque o quarto estava destruído: prateleiras, o som, o espelho...
“Quebre a janela também,” Lissa disse a ele. “Anda logo. Não importa.”
Hipnotizado, ele andou para perto de uma enorme e fina janela. Eu encarei, minha boca quase
atingindo o chão, enquanto ele batia com o taco contra o vidro. Fez enormes cacos, que eram
jogados por todos os lugares deixando entrar a luz da manhã que normalmente era bloqueada.
Ele estremeceu com o brilho em seus olhos, mas ele não se mexeu.
“Lissa,” eu exclamei. “Pare com isso. Faça ele parar.”
“Ele deveria ter parado antes.”
Eu mal reconheci o olhar no rosto dela. Eu nunca a tinha visto tão chateada, e eu certamente
nunca tinha visto ela fazer nada daquilo. Eu sabia o que era, obvio. Eu soube de cara.
Compulsão. Até onde eu sabia, ela estava a segundos de mandar ele bater com o taco em si
mesmo.
“Por favor, Lissa. Não faça mais isso. Por favor.”
Atraves da confusão e da alta do alcool, eu senti um tremor em suas emoções. Elas eram
fortes o suficiente pra quase me derrubar. Negro.Raiva. Impiedade. As sensações estavam
vindo da doce e estabilizam Lissa. “Eu a conhecia desde o jardim de infância, mas naquele
momento, eu mal a reconhecia.”
E eu estava com medo.
“Por favor, Lissa,” eu repeti. “Ele não vale a pena. Deixe ele ir.”
Ela não olhou pra mim. Seus olhos tempestuosos estavam focados inteiramente em Wade.
Devagar e com cuidado, ele levantou o taco, fazendo com que ele se alinhasse com sua própria
cabeça.
‘Liss,” eu implorei. Oh meu Deus. Eu teria que atacar ela ou algo assim pra fazer ela parar.
“Não faça isso.”
“Ele deveria ter parado,” Lissa disse. O taco se moveu rápido. Estava agora na posição exata
para ganhar força e acertar o alvo. “Ele não deveria ter feito isso com ela. As pessoas não
podem tratar outras pessoas desse jeito – até mesmo os alimentadores.”
“Mas você está assustando ela,” eu disse suave. “Olhe pra ela.”
Nada aconteceu a principio, então Lissa voltou seu olhar para a alimentadora. A garota
humana ainda estava no canto, os braços envolvendo ela mesma de forma protetora. Os seus
olhos azuis estavam arregalados, luz refletia em seu suor, e lagrimas caiam no sobre seu rosto.
Ela deu um soluço chocado e apavorado.
Lissa encarava impassiva. Dentro dela, eu podia sentir a batalha que ela estava travando para
recobrar o controle. Alguma parte dela não queria ferir Wade, apesar da raiva cegante que a
encheu. Seu rosto se enrugou e ela apertou seus olhos fechados. Sua mão direita alcançou seu
pulso esquerdo e suas unhas se cravaram fundo em sua pele. Ela recuou com a dor, mas
através da ligação, eu senti o choque da dor a distrair de Wade.
Ela parou com a compulsão, e ele largou o taco, de repente parecendo confuso. Eu respirei
novamente. No corredor, o som de passos. Eu deixei a porta aberta, e quebrar a janela tinha
chamado atenção. Alguns membros da equipe do dormitório entraram no quarto, ficando
paralisados quando eles viram toda aquela destruição.
“O que aconteceu?”
Nos olhamos uns para os outros. Wade parecia complemente perdido. Ele encarava o quarto,
o taco, e então pra Lissa e eu, “Eu não sei... eu não consigo...” Ele voltou toda a sua atenção
pra mim com uma raiva crescente. “O que diabos – foi você! Você não deixou a coisa da
alimentadora em paz.”
O membros que trabalhavam no dormitório me olharam questionando, e em alguns segundos,
eu tomei uma decisão.
Você tem que protegê-la. Quanto mais ela usa, pior vai ser. Pare ela, Rose. Pare ela antes que
eles notem, antes que eles notem e a levem embora também. Tire ela daqui.
Eu podia ver o rosto da Sra. Karp em minha mente, implorando de forma frenética. Eu dei a
Wade um olhar arrogante, sabendo muito bem que ninguém iria questionar uma confissão ou
suspeitar de Lissa.
“É, bom, se você a tivesse deixado ir,” eu disse a ele, “Eu não teria ter que fazer isso.”
Salve ela. Salve ela de si mesma.
Depois daquela noite, eu nunca mais bebi. Eu me recusei a baixar a guarda perto de Lissa. E
dois dias depois, enquanto eu supostamente deveria estar suspensa por “destruição de
propriedade,” eu peguei Lissa e a tirei da Academia.
De volta ao quarto de Lissa, quando os braços de Xander ao meu redor e o olhar raivosa e
magoado dela, eu não sabia se ela faria algo drástico novamente. Mas a situação me lembrava
demais daquela que aconteceu dois anos atrás, e eu sabia que eu tinha que pará-la.
“Só um pouco de sangue,” Xander estava dizendo. “Eu não vou tirar muito. Eu só quero ver
qual o gosto de dhampir.Ninguém aqui se importa.”
“Xander,” rugiu Lissa,”deixe ela em paz.”
Eu sai dos braços dele e sorri, procurando por uma resposta divertido que não começaria uma
briga. “Anda logo,” eu provoquei. “Eu tive que bater no ultimo cara que me pediu isso, e você
é mais bonito que o Jesse. Seria um desperdício.”
“Bonito?” ele perguntou. “Eu sou incrivelmente sexy não bonito.”
Carly riu. “Não, você é bonito. “Todd me disse que você compra algum tipo de gel Frances para
o cabelo.”
Xander, distraído assim como muitas pessoas bêbadas são, se virou para defender sua honra,
me esquecendo. A tensão desaparecendo e ele levou a gozação sobre o seu cabelo bem.
Atraves do quarto, Lissa encontrou meus olhos com alivio. Ela sorriu e deu um breve aceno de
agradecimento enquanto ela virava sua atenção para Aaron.

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