segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A.Vampiro - beijo das sombras (capitulo 23)


VINTE E TRÊS
Eu nunca tive tanta dificuldade em me manter longe da cabeça de Lissa antes, mas também,
nós nunca tínhamos imaginado que algo assim iria acontecer. A força dos pensamentos dela e
seus sentimentos ficavam tentando me puxar e eu corri através da floresta.
Correndo através dos arbustos e dar arvores, Christian e eu nós movemos para cada vez mais
longe da cabana. Cara, como eu queria que a Lissa tivesse ficada aqui atrás. Eu teria adorado
ver a invasão através dos olhos dela. Mas isso estava atrás de nós agora, e enquanto eu corria,
a insistência de Dimitri em dar voltas no campo valeu a pena. Ela não estava se movendo
muito rápido, e eu podia sentir a distancia diminuindo entre nós, me dando uma idéia mais
precisa de onde ela estava. Igualmente, Christian não podia me acompanhar. Eu comecei a
diminuir a velocidade por causa dele, mas logo me dei conta o quão estúpido isso era.
E ele também. “Vá.” Que arfou, me empurrando pra ir mais cedo.
Quando eu cheguei em um ponto perto o bastante que eu achei que ela podia me ouvir, eu
gritei seu nome, esperando que ela voltasse. Mas ao invés disso, o que me respondeu foi um
par de uivos- e um suave ronronar.
Psi-hounds. É claro. Victor tinha dito que ele caçava com eles; ele podia controlar essas bestas.
Eu de repente entendi porque ninguém na escola se lembrava de ter mandado psi-hounds
atrás de Lissa e eu em Chicago. A Academia não tinha arranjado isso; Victor tinha.
Um minuto mais tarde, eu cheguei a uma clareira onde Lissa estava escondida, atrás de uma
arvore. Pela sua aparência e os sentimentos na nossa ligação, ela deveria ter desmaiado a
muito tempo. Somente uma enorme força de vontade a fez continuar. Seus olhos abertos e o
rosto pálido, ela encarava horroziada quatro psi-hounds que a estavam encurralando ela.
Notando o sol, me ocorreu que ela e Christian tinham outro obstáculo aqui fora.
“Hey,” eu gritei para os hounds, tentando chamar atenção para mim mesma. Victor deve ter
mandado eles para pega-la, mas eu esperava que eles sentissem e respondessem a outra
doce- especialmente a um dhampir. Psi-hounds não gostavam de nós tanto quanto nenhum
outro animal gostava.
Certa o suficiente, eles se viraram para mim, seus dentes cerrados e baba saindo de suas
bocas. Eles se pareciam com lobos, mas tinham pelo marrom e olhos que brilhavam como
fogo. Ele provavelmente tinha mandado eles não a ferirem, mas eles não tinham essas
instruções sobre mim.
Lobos. Exatamente como na aula de ciências. O que a Sra. Meissner tinha dito? Muita dos
confortos tinha a ver com força de vontade? Fechando minha mente, eu tentei projetar uma
atitude de um alfa, mas eu não acho que eles caíram nessa. Qualquer um deles me passava.
“Oh yeah- eles também estavam em maior número. Não, eles não tinham motivos para ter
medo.
Tentando fingir que isso era só um luta de vale tudo com Dimitri, eu peguei um galho do chão
que tinha o mesmo peso e altura de um taco de baseball. Eu o posicionei na minha mão
quando dois dos psi-hounds pularam pra cima de mim. Garras e dentes se agarram em mim,
mas eu me segurei surpreendentemente bem enquanto eu tentava me lembrar de tudo que
eu tinha aprendido nesses dois meses sobre lutar contra oponentes mais fortes e maiores.
Eu não gostei de machuca-los. Eles me lembravam muito de cachorros. Mas era eu ou eles, e
os sentimentos de sobrevivência tomar conta. Um deles eu consegui derrubar no chão, ele
estava morto ou inconsciente eu não sabia. O outro ainda estava em cima de mim, ainda vindo
rápido e furioso. Seus companheiros pareciam preparados para se juntar a ele,mas então um
novo competidor apareceu em cena-mais ou menos. Christian.
“Saia daqui,” eu gritei pra ele, sacudindo meu psi-hounds enquanto suas garras rasgavam a
pele nua da minha perna, quase me fazendo cair. Eu ainda estava usando o vestido, embora
tivesse tirado os saltos fazia algum tempo.
Mas Christian, como qualquer cara apaixonado, não ouviu. Ele também pegou um galho e o
balançou para perto dos hounds. Chamas brotaram da floresta. O hounds se apoiou, ainda
compelido a seguir as ordens de Victor, embora estivesse claramente com medo do fogo.
Seus companheiros, os quatro hounds, circularam a fogueira e vieram por trás de Christian.
Bastardos espertos. O bicho pulou em cima de Christian, batendo nele primeiro. O galho voou
de suas mãos, o fogo imediatamente se apagando. Os dois hounds então pularam para sua
forma caída. Eu terminei com o meu hound- de novo me sentindo doente com o que eu tive
que fazer para derruba-los – e me movi em direção dos outros dois, me perguntando se eu
tinha a força para derrubar os dois últimos.
Mas eu não precisei. Socorro apareceu na forma de Alberta, emergindo de algumas árvores.
Com uma arma na mão, ela atirou nos hounds sem hesitação. Elas eram muito chatas- e
completamente inúteis contra Strigoi-mas contra outros coisas? Armas eram eficazes. Os
hounds pararam de se mexer e cair perto do corpo de Christian.
E o corpo de Christian...
Nós três fomos em direção a ele-Lissa e eu praticamente nos arrastando. Quando eu o vi, eu
tive que olhar para o outro lado. Meu estomago se contorceu, e foi necessário muito esforço
para mim não vomitar. Ele não estava morto ainda, mas eu não achava que ele ia durar muito.
Os olhos de Lissa, espantados e distraídos, se embevecia dele. Em uma tentantiva, ela
estendeu suas mãos em direção a ele mas as derrubou.
“Eu não posso,” ela disse baixo. “Eu não tenho mais forças.”
Alberta, levantou seu rosto cheio de dureza e compaixão, e gentilmente acariciou o braço dela.
“Vamos, princesa. Nós precisamos te tirar daqui. Vamos mandar ajuda.”
Me virando de volta para Christian, eu me forcei a olhar pra ele e me deixei sentir o quanto
Lissa gostava dele.
“Liss,” eu disse hesitante. Ela olhou para mim, como se ela tivesse esquecido que eu estava lá.
Com dificuldade, eu tirei meu cabelo do meu pescoço e me inclinei em direção a ela.
Ela encarou por um momento, seu rosto branco; então o entendimento brilhou em seus olhos.
Aquelas presas que estavam atrás do seu bonito sorriso morderam meu pescoço, um lamento
escapou dos meus lábios. Eu não tinha me dado conta do quanto eu sentia falta, da doce,
maravilhosa dor que fluiu gloriosamente maravilhosa. Felicidade se apoderou de mim.
Deslumbramento. Alegria. Como estar em um sonho.
Eu não me lembro exatamente por quanto tempo Lissa bebeu de mim. Provavelmente não
muito. Ela nunca iria considerar beber uma quantidade suficiente para matar uma pessoa ou a
transformar num Strigoi. Ela terminou, e Alberta me segurou quando eu comecei a oscilar.
Tonta, eu observei quando Lissa se curvou em direção de Christian e colocou suas mãos nele. A
distancia, eu ouvi os outros guardiões invadindo a floresta.
Não houve brilho ou fogos de artifício na cura. Tudo aconteceu invisível, ocorrendo apenas
entre Lissa e Christian. E em pensar que a mordida cheia de endorfinas tinha entorpecido
minha conexão com ela, eu lembrei de quando Victor tinha sido curado e das cores lindas e da
musica que ela devia estar trazendo a tona.
Um milagre se desdobrou na frente dos meus olhos, e Alberta se arfou. Os ferimentos de
Christian estavam curados. O sangue tinha secado. Cor – o tanto que um Moroi tinha, pelo
menos – voltou para suas bochechas. Suas pálpebras tremeram, e seus olhos retornaram a
vida de novo. Se focando em Lissa, ele sorriu. Era como assistir um filme da Disney.
Eu devo ter me inclinado depois disso, porque eu não me lembro de mais nada depois disso.
Eventualmente, eu acordei na clinica da Academia, onde eles forçaram fluidos e açúcar em
mim por dois dias. Lissa ficou do meu lado praticamente todo o tempo, e devagar, os eventos
do seqüestro se desdobraram.
Nós tivemos que contar para Kirova e mais alguns sobre os poderes de Lissa, e como ela tinha
curado Victor e Christian, e, bem, eu.As noticias foram chocantes, mas os administradores
concordaram em manter segredo do resto da escola. Ninguém nem mesmo considerou levar
Lissa embora como tinham feito com a Sra. Karp.
No geral o que os estudantes sabiam era que Victor Dashkov tinha seqüestrado Lissa Dragomir.
Eles não sabiam porque. Alguns de seus guardiões tinham morrido quando o bando de Dimitri
atacou-uma pena,já que o numéro de guardiões já é tão pequeno. Victor agora estava sendo
mantido sob vigilância 24 horas por dia na escola, esperando que um regimento real de
guardiões o levassem embora.Os governantes dos Moroi poderiam ser simbólicos já que eles
estavam dentro de outro país com um grande governo, mas eles tinham um sistema de justiça,
e eu ouvi falar das prisões Moroi. Não é um lugar que eu queira ir.
Quanto a Natalie... ela foi complicada. Ela ainda era menor, mas ela tinha conspirado com seu
pai. Ela trouxe os animais mortos e manteve os olhos em Lissa-mesmo antes de nós partimos.
Sendo uma usuária de Terra como Victor, ela também tinha sido responsável pelo
apodrecimento do banco que tinha quebrado meu tornozelo. Depois que ela tinha me visto
afastar Lissa do pombo, ela e Victor se deram conta que eles precisavam me ferir para fazer ela
agir – era a chance deles de fazer ela curar de novo. Natalie simplesmente tinha esperado por
uma boa oportunidade. Ela não foi presa ou algo assim ainda, e a Academia não sabia o que
fazer com ela até que a guarda real chegasse.
Eu não podia evitar de sentir pena dela. Ela era tão desajeitada e auto-consciente. Qualquer
um podia ter manipulado ela, ainda mais seu pai, a quem ela amava e de quem ela queria
desesperadamente atenção. Ela teria feito qualquer coisa. Dizem os rumores que ela ficou
parada gritando perto do centro de detenção, implorando que eles a deixassem vê-lo. Eles se
recusaram e levaram ela pra longe.
Enquanto isso, Lissa e eu voltamos a ser amigas como se nada tivesse acontecido. No resto do
mundo dela, muita coisa tinha ocorrido. Depois de toda a excitação e o drama, ela pareceu
ganhar um novo senso de importância pra ela. Ela terminou com Aaron. Eu tenho certeza que
ela foi muito gentil, mas ainda teve deve ter sido difícil pra ele. Ela tinha dado o fora nele duas
vezes agora. E o fato de que a sua ultima namorada tinha traído ele provavelmente não estava
ajudando a melhorar sua confiança.
E sem hesitação, Lissa começou a sair com Christian, sem se importar com as conseqüências
para sua reputação. Os vendo em publico, de mãos dadas, me fez fazer uma tomada dupla. Ele
não parecia ser capaz de acreditar em si mesmo. O resto dos nossos colegas estavam muito
surpresos para compreender ainda. Eles mal podiam processar o conhecimento de que ele
existia, muito mais estar perto de alguém como ela.
Meu estado romântico era menos rosa que o deles – se eu sequer pudesse dizer de estado
romântico. Dimitri não tinha me visitado durante a minha recuperação, e nossas aulas foram
suspensas indefinidamente. Não foi até o quarto dia desde que Lissa tinha sido seqüestrada
que eu me encontrei com ele no ginásio. Nós estávamos sozinhos.
Eu tinha voltado para buscar minha bolsa de ginástica e eu congelei quando eu o vi, incapaz de
falar. Ele começou a passar mas então parou.
“Rose...” ele começou depois de vários momentos desconfortáveis. “Você precisa reportar o
que aconteceu. Com a gente.”
Eu estive esperando muito tempo para falar com ele, mas essa não era a conversa que eu tinha
imaginado.
“Eu não posso fazer isso. Eles vão despedir você. Ou pior.”
“Eles deveriam me demitir. O que eu fiz foi errado.”
“Você não podia impedir. Era o feitiço...”
“Não importa. Foi errado. E idiota.”
Errado?Idiota?Eu mordi meus lábios, e lagrimas começaram a encher meus olhos. Eu tentei
recuperar minha compostura rapidamente. “Olha, não é grande coisa.”
“É grande coisa!Eu me aproveitei de você.”
“Não,” eu disse de maneira justa. “Você não se aproveitou.”
Devia ter alguma revelação no tom da minha voz porque os olhos dele encontraram os meus
com uma profunda e seria intensidade.
“Rose, eu sou vários anos mais velho que você.Em 10 anos, isso não significaria muito, mas
agora, é bastante. Eu sou um adulto.Você é uma criança.”
Ai.Eu recuei. Era mais fácil ele ter me socado.
“Você não pareceu achar que eu era uma criança quando estava em cima de mim.”
Agora ele recuou. “Só porque o seu corpo... bom, isso não faz de você uma adulta. Nós
estamos em dois lugares bem diferentes.Eu estive no mundo. Eu estive sozinho. Eu matei,
Rose – pessoas,não animais. E você... você está apenas começando. Sua vida é sobre dever de
casa e roupas e bailes.”
“É só com isso que você acha que eu me importo?”
“Não, é claro que não. Não totalmente. Mas é tudo parte do seu mundo. Você ainda está
crescendo e descobrindo quem você é e o que é importante. Você precisa continuar fazendo
isso. Você precisa ficar com caras da sua idade.”
Eu não queria caras da minha idade. Mas eu não disse isso. Eu não disse nada.
“Mesmo que você escolha não dizer nada, você precisa entender que foi um erro.E nunca vai
acontecer de novo,” ele acrescentou.
“Porque você é muito velho pra mim? Porque não é responsável?”
Sua face estava perfeitamente vazia. “Não. Porque eu simplesmente não estou interessado em
você desse jeito.
Eu encarei. A mensagem- a rejeição – apareceu alta e clara. Tudo daquela noite, tudo que eu
tinha acreditado que era tão lindo e cheio de significado, se tornou pó na frente dos meus
olhos.
“Isso só aconteceu por causa do feitiço. Você entendeu?”
Humilhada e com raiva, eu me recusei a fazer papel de boba discutindo ou implorando. Eu só
concordei. “É. Eu entendi.”
Eu passei o resto do dia de mal humor, ignorando a tentativa de Lissa e Mason de me arrastar
para fora do meu quarto. Era irônico que eu quisesse ficar dentro. Kirova tinha se
impressionado o suficiente com a minha performance no resgate que ela acabou com a prisão
domiciliar.
Antes da escola no outro dia, eu fui até onde Victor estava sendo mantido preso. A academia
tinha celas de prisão, com barras de ferro, e dois guardiões estavam vigiando em um corredor
ali perto. Foi necessário um pouco de trapaça de minha parte para fazer eles me deixarem
entrar pra falar com ele. Nem mesmo Natalie tinha permissão. Mas um dos guardiões tinha
andando comigo na SUV e me viu sentir a tortura de Lissa. Eu disse a ele que precisava
perguntar a Victor sobre o que ele tinha feito com Lissa. Era uma mentira, mas os guardiões
caíram e sentiram pena de mim. Eles me permitiram 5 minutos para falar com ele, se
afastando discretamente do correr para onde eles podiam observar mas não ouvir.
Parada fora da cela de Victor, eu não podia acreditar que eu já tinha sentido pena dele. Ver
seu corpo novo e forte me encheu de raiva. Ele estava sentado com as pernas cruzadas em
uma cama estreita, lendo. Quando ele me viu se aproximar, ele olhou pra cima.
“Rose, que surpresa boa. Sua esperteza nunca falha em me impressionar. Eu não achei que
eles me permitiram receber visitas.”
Eu cruzei meus braços, tentando dar a ele um olhar de guardião feroz. “Eu quero que você
quebre o feitiço. Termine com ele.”
“O que você quer dizer?”
“O feitiço que você fez pra mim e Dimitri.”
“O feitiço está acabado. Ele se destruiu.”
Eu balancei minha cabeça. “Não. Eu continuou pensando nele. Eu continuo querendo que
ele...”
Ele sorriu entendendo quando eu não pude continuar. “Minha cara, isso já estava lá, muito
antes de eu fazer isso.”
“Não era assim. Não era tão ruim.”
“Talvez não conscientemente. Mas todo o resto... a atração-fisica e mental – já estava em
você. E nele. Não teria funcionado caso contrario. O feitiço não adicionou nada novo- só
removeu as inibições e reforçou o sentimentos que vocês já tinham um pelo outro.”
“Você está mentindo. Ele disse que não se sente assim sobre mim.”
“Ele está mentindo. Eu te disse, o feitiço não teria funcionado se fosse ao contrario, e
honestamente, ele deveria saber mais. Ele não tinha direito de se deixar se sentir desse jeito.
Você pode ser desculpada por uma paixão escolar. Mas ele? Ele deveria ter demonstrado mais
controle e escondido seus sentimentos. Natalie viu e me falou. Depois de apenas algumas
observações próprias, era obvio para mim também. Me deu a chance perfeita para distrair
vocês dois. Eu lancei o feitiço no colar para vocês dois, e vocês fizeram o resto.”
“Você foi nojento filho da mãe, fazendo isso comigo e com ele. E com Lissa.”
“Eu não tenho arrependimentos sobre o que eu fiz com ela,” ele declarou, se inclinando contra
a parede. “Eu faria de novo se pudesse. Acredite no que você quiser, eu amo minha gente. O
que eu queria fazer era o melhor para eles. Agora? Difícil dizer. Eles não tem líder, nenhum
líder real. Não tem ninguém digno, na verdade. “Ele balançou sua cabeça em direção a mim,
considerando. “Vasilisa na verdade pode ser uma - se ela puder algum dia acreditar em algo
dentro dela e superar as influencias do Espírito. É irônico, na verdade. Espírito pode moldar
alguém em um líder e também destruir suas habilidade de continuar um. O medo, a
depressão, e a incerteza dominam, e mantém sua força enterrada dentro dela. Ainda sim, ela
tem o sangue dos Dragomirs, o que não é algo pequeno. E é claro, ela tem você a sua guardião
shadow-kissed. Quem sabe? Ela pode ainda nos surpreender.”
“Shadow-Kissed?” Aí estava de novo, a mesma coisa que a Sra. Karp tinha me chamado.
‘Você foi beijada pelas sombras. Você cruzou com a Morte, no outro lado, e voltou. Você acha
que algo assim não deixa uma marca na alma? Você tem um grande senso de vida e o mundo –
muito maior que até mesmo eu tenho – mesmo que você não se dê conta. Você deveria ter
continuado morta. Vasilisa tocou a Morte para trazer você de volta e a ligou com você para
sempre. Você estava na verdade nos braços dele, e alguma parte de você vai sempre lembrar
disso, é por isso que você luta para se agarrar a vida e experimenta tudo que pode. É por sso
que você é tão descuidada em tudo que você faz.Você não segura seus sentimentos, sua
paixão, sua raiva. Faz você incrível. E faz você ser perigosa.”
Eu não sabia o que dizer sobre isso. Eu estava sem palavras, o que ele parecia ter gostado.
“É o que cria a ligação de vocês, também. Os sentimentos dela sempre pressionam para sair,
atingindo outros. A maior parte das pessoas não capta isso a não ser que ela esteja realmente
dirigindo seus pensamentos em direção a ela usando compulsão. Você, no entanto, tem uma
mente sensível a forças extra sensoriais – a dela em particular. “ Ele suspirou, quase felizes, e
eu me lembrei quando li que Vladimir tinha salvado Anna da morte. Isso deve ter feito o laço
deles também.
“Sim, essa Academia ridícula não tem idéia o que eles tem com você e ela. Se não fosse o fato
de que eu precisava matar você, eu teria feito você parte da minha guarda real quando você
fosse mais velha.”
“Você nunca terá uma guarda real. Você não acha que as pessoas não teriam desconfiado da
sua recuperação milagrosa? Mesmo que ninguém descobrisse sobre Lissa, Tatiana nunca teria
feito de você o rei.”
“Você pode estar certa, mas não importa. Existem outros meios de assumir o poder. Algumas
vezes é necessário ir além das linhas de poder. Você acha que Kenneth era o único Moroi que
me seguia? As maiores revoluções muitas vezes começam quietas, escondidas nas sombras.”
Ele me olhou.”Lembre-se disso.”
Sons estranhos vieram da entrada do centro de detenção, e eu me virei para ver de onde
estavam vindo. Os guardiões que tinham me deixado entrar tinham sumido. Do canto, eu ouvi
alguns gemidos e pancadas. Eu franzir as sobrancelhas e fiquei na ponta dos pés para dar uma
olhada melhor.
Victor se levantou. “Finalmente.”
Medo atingiu minha espinha – pelo menos até eu ver Natalie no canto.
Simpatia e raiva misturadas passaram por mim, mas eu forcei um sorriso gentil. Ela
provavelmente não veria seu pai de novo quando eles o levassem. Vilãos, ou não, eles
deveriam poder se despedir.
“Hey,“ eu disse, vendo ela caminhar em minha direção. Tinha uma postura anormal nos seus
movimentos que uma parte de mim notou não estar certa. “Eu não achei que eles deixariam
você entrar.” É claro, eles também não deveriam ter me deixado entrar também.
Ela andou direto pra mim e – sem exagero – me jogou para a parede mais longe. Meu corpo
bateu com força, e eu vi estrelas.
“O que?...” Eu pus uma mão na minha testa e tentei levantar.
Sem se preocupar comigo agora, Natalie soltou Victor com um par de chaves que eu tinha
visto no sinto dos guardiões. Cambaleando nos pés, eu me aproximei dela.
“O que você está fazendo?”
Ela me olhou, e foi quando eu vi. O vermelho nas suas pupilas. Pele muito pálida, mesmo para
um Moroi. Marcas de sangue ao redor de sua boca. E o mais notável de tudo, o olhar nos olhos
dela. Um olhar tão frio e maligno, que meu coração quase paralisou. Era um olhar que dizia
que ela não andava mais entre os vivos – um olhar que dizia que ela agora era um Strigoi.

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