segunda-feira, 21 de maio de 2012

A.Vampiro - tocada pelas sombras (capitulo 27)


esse capitulo e o mas triste de todo o livro, sempre que leio eu choro !!!!
todos os sonhos acabam aqui e começa uma nova luta para Rose que seque ate o ultimo livro, a perca do seu amor!!!



VINTE E SETE
Nenhum dos outros pareceu notar nossa ausência. Mais guardiões, como prometido, tinham
aparecido, e agora nós quase tínhamos cinqüenta. Era um verdadeiro exercito, e como
aconteceu com os Strigoi, o número era sem precedentes, fora as velhas lendas européias de
grandes batalhas épicas entre nossas raças.Tinhamos mais guardiões no campus, mas alguns
tinham que ficar e proteger a escola. Muitos dos meus colegas tinham sido incobidos desse
dever, mas mais ou menos 10 (incluindo eu) iriam acompanhar os outros nas cavernas.
Uma hora antes da partida, nos encontramos de novo para repassar o plano. Tinha uma
grande câmera na parte mais distante da caverna, e fazia mais sentido que os Strigoi
estivessem lá para que eles fossem embora assim que a noite chegasse. Iriamos atacar dos
dois lados. Quinze guardiões iriam de cada lado, acompanhados por três Moroi. Dez guardiões
iriam ficar na entrada para pegar qualquer Strigoi que estivesse fugindo. Eu fui designada a
cuidar da entrada no lado mais distante. Eu queria desesperadamente poder estar lá com eles,
mas eu sabia que eu tinha sorte só de poder ir junto. E numa missão dessas, todo trabalho era
importante.
Nosso pequeno exercito saiu, se movendo nun passo rápido para cobrir 80km. Descobrimos
que iria levar um pouco menos de uma hora, e ainda havia luz do dia suficiente para a luta e
volta da viagem. Nenhum Strigoi estaria em guarda, então podíamos entrar nas cavernas sem
sermos notados. Quando nosso pessoal entrasse, no entanto, era quase certo que a audição
superior dos Strigoi iriam imediatamente os alertar do ataque.
Então houve pouca conversa quando nos aproximamos. Ninguém estava afim de conversar, e
a maior parte da conversa era de natureza logística. Eu andei com os novatos, mas de vez
enquanto, eu olhei e encontrei os olhos de Dimitri. Eu sentia como se houvesse uma ligação
invisível entre nós agora, tão grossa e intensa que era de se admirar que todos não pudessem
ver. O rosto dele estava pronto para batalha, mas eu vi o sorriso nos olhos dele.
Nosso grupo se separou quando chegamos na entrada mais perto para a caverna. Dimitri e
minha mãe iriam aqui, e eu dei a eles um ultimo olhar, meus sentimentos tinham pouco a ver
com meu interlúdio romântico de mais cedo. Tudo que eu sentia era preocupação,
preocupação de nunca mais os ver de novo. Eu tive que me lembrar que eles eram durões –
dois dos melhores guardiões por aí. Se alguém iria sair disso, eram eles.Eu era a única que
precisava ter cuidado, e quando entramos na outra base a 700 metros, eu cuidadosamente
coloquei minhas emoções em um compartimento no fundo da minha mente. Eles teriam que
ficar lá até tudo isso acabar. Eu estava no modo batalha agora e não podia deixar meus
sentimentos me distraírem.
Quando estávamos quase na nossa entrada, eu vi algo prateado pelo canto do olho. Eu estive
mantendo as imagens fantasmagóricas que viviam fora das wards longe, mas esse era um que
eu queria ver. Olhando ao redor, eu vi Mason. Ele estava parado ali, dizendo nada, usando sua
perpetua expressão de tristeza. Ele ainda parecia estranhamente pálido para mim. Enquanto
nosso grupo passava, ele levantou uma mão, como uma despedida ou benção, eu não sabia.
Na entrada da caverna, nosso grupo se dividiu. Alberta e Stan estavam liderando o grupo para
entrar. Eles ficaram posicionados na abertura, esperando pela hora exata que eles
concordaram com o outro grupo em entrar. A Sra. Carmack, minha professora de mágica,
estava entre os Moroi que iria entrar com eles. Ela parecia nervosa mas determinada.
O momento chegou, e os adultos se dispersaram. O resto de nós ficou parado ali, alinhado em
um circulo perto da caverna. Nuvens cinzas estavam no céu. O sol tinha começado a descer,
mas ainda tínhamos algum tempo.
“Isso vai ser fácil,” murmurou Meredith, uma das outras três garotas na turma dos veteranos.
Ela falou incerta, mais para ela do que para mim, eu acho. “Vai ser fácil. Eles vão acabar com os
Strigoi antes deles perceberem. Não vamos ter que fazer nada.”
Eu esperava que ela estivesse certa. Eu estava pronta para lutar, mas se eu não precisasse,
significa que tudo tinha saído como planejado.
Nós esperamos. Não tinha mais nada para fazer. Cada minuto parecia uma eternidade. Então
ouvimos: o som de luta. Choros abafados e gemidos. Alguns gritos. Todos nós estávamos
tensos, corpos tão rígidos que quase quebramos. Emil era nosso líder nisso, e ele estava
parado perto da entrada, a estaca na mão e suor se formando em sua sobrancelha enquanto
ele observava a escuridão, pronto para qualquer sinal de Strigoi.
Alguns minutos depois, ouvimos o som de passos vindo na nossa direção. Nossas estacas
estavam prontas. Emil e outro guardião foram mais pertos para a entrada, prontos para pular e
matar o Strigoi que fugia.
Mas não foi um Strigoi que apareceu. Era Abby Badica. Ela estava machucada e suja, mas fora
isso, ela estava viva. O rosto dela estava nervoso e cheio de lagrimas. A principio, ela gritou
quando nós viu. Então ela percebeu quem nós éramos e caiu nos braços da primeira pessoa
que ela pode – Meredith.
Meredith parecia surpresa, mas ela deu a Abby um abraço resseguro. “Está tudo bem,”
Meredith disse. “Tudo vai ficar bem. Você está no sol.”
Gentilmente, Meredith soltou Abby e a colocou numa arvore ali perto. Abby sentou na base,
com o rosto enterrado nas mãos. Meredith voltou para sua posição. Eu queria confortar Abby.
Eu acho que todos queríamos, mas teríamos que esperar.
Um minuto depois, outro Moroi saiu.Era o Sr. Ellsworth, um professor que eu tive na quinta
série. Ele também parecia cansado, e o pescoço dele mostravam marcas de perfuração. Os
Strigoi o tinham usado para se alimentar,mas não o tinham matado ainda. Ainda sim, apesar
dos horrores que ele devia ter passado, o Sr. Ellsworth estava calmo, os olhos dele alertas e
atentos. Ele reconheceu a situação e imediatamente saiu do nosso circulo.
“O que está acontecendo lá?” perguntou Emil, os olhos dele na caverna. Alguns dos guardiões
tinham fones de ouvido, mas eu imaginei que no meio da batalha, era difícil fazer um relatório.
“Está uma confusão,” disse o Sr. Ellsworth. “Mas estamos fugindo – nas duas direções. É difícil
dizer uqem está lutando com quem, mas os Strigoi estão distraídos. E alguém...” ele
franziu,”eu vi alguém usar fogo nos Strigoi.”
Nenhum de nós respondeu. Era muito complexo para explicar agora. Ele pareceu perceber isso
e se afastou para sentar perto da triste Abby.
Dois Moroi e um dhampir que eu não conhecia se juntaram a Abby e ao Sr. Ellsworth. Toda vez
que alguém saia, eu rezava que fosse Eddie. Tínhamos 5 vitimas até agora, e eu tinha que
assumir que os outros estavam escapando pela entrada mais próxima da escola.
Vários minutos passaram, no entanto, e mais ninguém saiu. Minha camiseta ensopada com o
meu suor. Eu tinha que mudar a mão que eu segurava a estaca de vez em quando. Meu aperto
era tão forte que meus dedos estavam duros. De repente, eu vi Emil hesitar. Eu percebi que
ele estava recebendo uma mensagem através do fone. O rosto dele mostrava uma intensa
concentração, e então ele murmurou algo em resposta. Olhando para nós, ele apontou para
três novatos.
“Você – os leve de volta para a escola.” Ele gesticulou em direção aos refugiados, então virou
para os guardiões adultos. “Entrem. A maior parte dos prisioneiros saiu, mas nosso pessoal
está preso. Tem um empate.“ Os guardiões entraram sem hesitar, e alguns segundos depois,
os novatos e seus protegidos foram embora.
Isso deixava 4 de nós, dois adultos – Emil e Stephen – e dois novatos, eu e Shane. A tensão ao
nosso redor era tão grossa, que mal podíamos respirar. Mas ninguém estava saindo.Mais
nenhum relatório estava sendo feito. Emil olhava e parecia alarmado. Eu segui seu olhar. Mais
tempo tinha passado do que percebi. O sol estava significativamente baixo. Emil de repente
hesitou de novo enquanto outra mensagem vinha.
Ele olhou para todos nós, seu rosto perturbado. “Precisamos de mais gente lá dentro para
cobrir a fuga dos outros. Não parece que perdemos muito. Eles ainda estão tendo problemas
com a retirada.”
Muitos, ele disse. Não, nenhum. Isso significava que perdemos pelo menos uma pessoa. Eu
senti frio.
“Stephen, entre você,” disse Emil. Ele hesitou, e eu podia ler o dilema dele como um livro. Ele
queria entrar também, mas como o líder desse lado ele precisava ficar posicionado aqui até o
ultimo momento possível. Ele estava prestes a desobedecer aquelas ordens, eu percebi. Ele
estava considerando entrar com Stephen e deixar Shane e eu aqui. Ainda sim, ao mesmo
tempo, ele não conseguia se permitir deixar dois novatos sozinhos, caso algo inesperado
acontecesse. Emil suspirou, e olhou para nós. “Rose, vá com ele.”
Eu não desperdicei um segundo. Seguindo Stephen, eu entrei na caverna, e imediatamente,
senti a náusea em mim. Tinha estado frio lá fora, mas ficou ainda mais frio enquanto
entravamos mais fundo. E também mais escuro. Nossos olhos podiam agüentar uma boa
quantidade de escuridão, mas logo ficou escuro demais. Ele ligou uma pequena luz que estava
presa em sua jaqueta.
“Eu queria poder te dizer o que fazer, mas não sei o que vamos encontrar,” ele me
disse.”Esteja pronta para tudo.”
A escuridão na nossa frente começou a sumir. Os sons ficaram mais altos. Nós aumentamos o
ritmo, olhando para todas as direções.De repente, nos encontramos em na grande câmera
mostrada no mapa. Fogo queimava em um canto – uma que os Strigoi tinham feito, nada
mágica – que estava providenciando a luz. Olhando ao redor, eu imediatamente vi o que tinha
acontecido.
Parte da parede tinha caído, criando pilhas de pedra. Ninguém tinha sido esmagado embaixo,
mas tinha quase bloqueado toda a abertura do outro lado da caverna. Eu não sabia se mágica
tinha causado isso, ou se a luta tinha. Talvez tivesse sido uma coincidência. Qualquer que fosse
a razão, sete guardiões – incluindo Dimitri e Alberta – estavam presos contra 10 Strigoi.
Nenhum usuário Moroi de fogo tinha sido pego desse lado, mas os flashs de luz vindo através
da abertura me mostrou que eles ainda estavam lutando do outro lado. Eu vi corpos deitados
no chão. Dois eram de Strigoi, mas eu não podia identificar os outros.
O problema era obvio. Passar pela abertura iria precisar de alguém praticamente se arrastasse.
Iria colocar a pessoa numa posição vulnerável. Isso significava que os Strigoi precisavam ser
mortos antes dos guardiões poderem fugir. Stephen e eu iríamos ajudar a melhorar as
chances. Fomos por trás dos Strigoi, mas três deles nos sentiram de algum jeito e viraram na
nossa direção. Dois deles pularam em Stephen, e outro veio em mim.
Instantaneamente, eu entrei no modo de batalha.Toda a raiva e frustração saindo de mim. A
caverna fez a luta ser mais próxima, mas eu ainda fui capaz de lutar. Na verdade, o pouco
espaço foi minha vantagem porque o Strigoi, mais alto, tinha problemas para se desviar e
atacar. Eu fiquei fora do alcance dele, embora ele tenha conseguido me segurar o suficiente
para me jogar contra a parede. Eu nem senti. Eu só continuei, me movendo ofensivamente. Eu
desviei do próximo ataque, e acertei um golpe, e, com meu pequeno tamanho, consegui
deslizar e empalar ele antes do seu próximo ataque. Eu arranquei a lamina num segundo e fui
ajudar Stephen. Ele tinha matado um dos agressores, e entre nós dois, ele matou o outro.
Sobravam 7 Strigoi agora. Não, seis. Os guardiões presos – que estavam tendo problema com
suas posições apertadas – tinham matado outro. Stephen e eu tiramos o Strigoi perto de nós
do circulo. Ele era forte – muito velho, e muito poderoso – e mesmo entre nós dois, foi difícil
matar ele. Finalmente, conseguimos. Com o número de Strigoi reduzido, os outros guardiões
estavam tendo mais facilidade em matar os outros. Eles começaram a se liberar das posições
apertadas, e seus números sozinhos agora eram uma vantagem.
Quando só sobrava dois Strigoi, Alberta gritou para nós para começar a escapar. Nosso
alinhamento no lugar tinha mudado. Agora nós éramos quem cercavam os últimos dois Strigoi.
Isso deixava o caminho livre para três guardiões escaparem pela caminho que tínhamos
entrado. Stephen, enquanto isso, se arrastou pelo buraco para o outro lado. Dimitri empalou
um dos dois Strigoi. Só sobrava um. Stephen enfiou sua cabeça de volta e gritou algo para
Alberta que eu não consegui entender. Ela respondeu sem olhar para ele. Ela, Dimitri e outros
dois estavam indo para o ultimo Strigoi.
“Rose,” gritou Stephen, acenando.
Seguir ordens. Era isso que fazíamos. Eu sai da briga, passando pelo buraco mais facilmente
que ele, graças a meu pequeno tamanho. Outro guardião imediatamente seguiu atrás de mim.
Ninguem estava desse lado da caverna. A luta ou tinha acabado ou ido para outro lugar.
Corpos mostravam que as coisas tinham sido intensas, no entanto, eu vi mais Strigoi, assim
como um rosto familiar: Yuri. Eu apressadamente olhei em direção de Stephen, que estava
ajudando outro guardião. Alberta veio em seguida.
“Eles estão mortos,” ela disse. “Parece que tem mais alguns bloqueado a saída aqui. Vamos
terminar isso antes do sol sumir.”
Dimitri veio por ultimo. Ele e eu trocamos breves, e aliviados olhares, e então estávamos em
movimento. Essa era a parte mais longa do túnel, e corremos por ela, ansiosos para tirar o
resto do nosso pessoal. A principio, não encontramos nada, e então flash´s de luz indicavam
que outra luta mais adiante. A Sra. Carmack e minha mãe estavam lutando com três Strigoi.
Meu grupo se aproximou, e em segundos, os Strigoi estavam no chão.
“Já acabou para esse grupo,” minha mãe arfou. Eu estava agradecida por ver ela viva também.
“Mas eu acho que tem mais aqui do que pensamos. Eu acho que eles deixaram alguns pra trás
quando foram atacar a escola. O resto do nosso pessoal – que sobreviveu – já saiu.”
“Tem outros outras sessões na caverna,” disse Alberta. “Strigoi podem estar escondidos lá.”
Minha mãe concordou. “Eles poderiam. Alguns sabem que estão ultrapassados e vão apenas
esperar nós sairmos para escapar. Outros podem vir atrás de nós.”
“O que vamos fazer?” perguntou Stephen.”Matar eles? Ou nos retirar?”
Viramos para Alberta. Ela fez uma decisão rápida. “Nós vamos nos retirar. Pegamos o máximo
que podiamos, e o sol está se pondo. Precisamos voltar para trás das wards.”
Nós saímos, tão perto da vitoria, abastecidos pela luz que desaparecia. Dimitri estava ao meu
lado enquanto nos movíamos. “Eddie saiu?” eu não tinha visto o corpo dele, mas eu também
não estava prestando muita atenção.
“Sim,” disse Dimitri, respirando com dificuldade. Só Deus sabia com quantos Strigoi ele tinha
lutado hoje. “Tivemos que praticamente o obrigar a sair. Ele queria lutar.” Isso parecia bem
Eddie.
“Eu lembro dessa curva,” minha mãe disse quando viramos a curva. “Não é mais muito longe.
Logo veremos a luz.” Até aqui, éramos apenas guiados pelas luzes nas jaquetas.
Eu senti a náusea apenas um segundo antes deles atacarem. Em uma interseção T, sete Strigoi
pularam em nós. Eles deixaram alguns escapar, mas estiveram esperando por nós, três de um
lado quatro do outro. Um guardião, Alan, nem viu chegando. Um Strigoi o agarrou e quebrou o
pescoço de Alan tão rápido que pareceu rápido. Provavelmente foi. Era tão parecido com o
que tinha acontecido com Mason que eu quase fiquei paralisada. Ao invés disso, eu voltei,
pronta para lutar.
Mas estávamos em uma parte estreita do túnel, e nem todos nós podíamos passar pelos
Strigoi. Eu estava presa atrás. A Sra. Carmack estava ao meu lado, e ela tinha visibilidade o
suficiente para iluminar alguns Strigoi, facilitando para aqueles guardiões na luta matar eles.
Alberta olhou para mim e os outros guardiões. “Comecem a retirada!” ela gritou.
Nenhum de nós queria sair, mas não tinha muita coisa que pudéssemos fazer. Eu vi um
guardião cair, e meu coração doeu. Eu não o conhecia, mas não importava. Em segundos
minha mãe estava no Strigoi agressor, passando sua estaca através do coração dele.
Então eu perdi a visão da luta enquanto eu virava o canto com os três guardiões comigo. Mais
distante no corredor, eu vi fracas luzes púrpuras. A saída. Rostos de outros guardiões
apareceram para nós. Conseguimos. Mas onde estavam os outros?
Corremos em direção a saída, emergindo pelo ar. Meu grupo se amontoou perto da entrada,
ansioso pelo que tinha acabado de acontecer.
O sol, eu estava apavorada em ver, tinha quase desaparecido. A náusea não tinha
desaparecido, o que significava que os Strigoi ainda estavam vivos.
Momentos mais tarde, o grupo da minha mãe apareceu no final do corredor. Por números,
mais um tinha caído. Mas eles estavam tão perto. Todos ao meu redor ficaram tensos. Tão
perto, tão perto, tão perto.
Mas não perto o bastante. Três Strigoi esperavam em um canto. Passamos por eles, mas eles
nos deixaram passar. Tudo aconteceu tão rápido; ninguém poderia reagir a tempo. Um dos
Strigoi agarrou Celeste, sua boca e presas indo para o pescoço dela. Eu ouvi um grito
estrangulado e vi sangue em toda parte. Um dos Strigoi foi pegar a Sra. Carmack, mas minha
mãe a tirou do caminho e a empurrou em nossa direção.
O terceiro Strigoi agarrou Dimitri. Desde que eu o conheço, eu nunca vi Dimitri hesitar. Ele era
sempre rápido, sempre mais forte que todo mundo. Não dessa vez. Esse Strigoi o tinha pego
de surpresa, e aquela pequena vantagem foi o necessário.
Eu me assustei. Era o Strigoi loiro. O que tinha falado comigo na batalha.
Ele agarrou Dimitri e o empurrou para o chão. Eles lutaram, força contra força, e então eu vi
aquelas presas se afundarem no pescoço de Dimitri. Os olhos vermelhos levantaram e fizeram
contato com os meus.
Eu ouvi outro grito – dessa vez, era o meu.
Minha mãe começou a voltar para onde eles tinham caído, mas então mais cinco Strigoi
apareceram. Era um caos. Eu não conseguia mais ver Dimitri; eu não conseguia ver o que tinha
acontecido com ele. Indecisão passou pelas feições de minha mãe enquanto ela tentava
decidir entre fugir ou lutar, e então, com arrependimento por todo o rosto ela, ela continou
correndo em direção a nós e a saída. Enquanto isso, eu estava tentado correr de volta para
dentro, mas alguém estava me impedindo. Era Stan.
“O que você está fazendo, Rose? Mais estão vindo.”
Ele não entendia? Dimitri estava lá. Eu tinha que pegar Dimitri.
Minha mãe e Alberta saíram, arrastando a Sra. Carmack. Um grupo de Strigoi estava atrás
delas, derrapando numa parada na beira da luz. Eu ainda estava lutando com Stan. Ele não
precisava de ajuda, mas minha mãe me segurou e me empurrou para longe.
“Rose, temos que sair daqui!”
“Ele está lá!” eu gritei, lutando o máximo que eu podia. Como eu podia ter matado Strigoi e
não ser capaz de me livrar desses dois? “Dimitri está lá!Temos que voltar por ele!Não
podemos ir embora!”
Eu estava resmungando, histericamente, gritando para todos eles que tínhamos que resgatar
Dimitri. Minha mãe me chacoalhou com força e se aproximou para que só houvesse alguns
centímetros entre nós.
“Ele está morto, Rose!Não podemos voltar lá. O sol vai desaparecer em 15 minutos, e eles
estão esperando por nós. Vamos ficar no escuro antes de podermos voltar para as wards.
Precisamos de cada segundo que conseguirmos – e ainda sim pode não ser o bastante.”
Eu podia ver os Strigoi reunidos na entrada, seus olhos vermelhos brilhando de antecipação.
Eles enchiam completamente a abertura, eram 10. Talvez mais. Minha mãe estava certa. Com
a velocidade deles, mesmo nossa distancia de 15 minutos talvez não fosse o suficiente. E ainda
sim, eu ainda não consegui dar um passo. Eu não podia parar de encarar a caverna, onde
Dimitri estava, onde metade da minha alma estava. Ele não podia estar morto. Se ele
estivesse, então certamente eu também estaria morta.
Minha mãe me bateu, a dor me tirando da minha inconsciência.
“Corra!” ela gritou para mim. “Ele está morto! Você vai se juntar a ele!”
Eu vi o pânico no seu próprio rosto, pânico por mim – sua filha – sendo morta. Eu lembrei de
Dimitri dizer que ele preferia morrer a me ver morta. E se eu ficasse parada ali de forma
estúpida, deixando os Strigoi se aproximarem, eu falharia nas duas coisas.
“Corra!” ela chorou de novo.
Com lagrimas correndo pelo meu rosto, eu corri.

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