segunda-feira, 21 de maio de 2012

A.Vampiro - tocada pelas sombras (capitulo 29) final


eu acabei de ler o livro laço de espirito, e esse livro de deixar na expectativa do proximo, por mas que nesse livro a luta de rose acabe, tudo ficou para ser resolvido no ultimo livro ultimo sacrificio, o laço de espirito so começa a acontecer alguma ação na metade do livro e isso me deixa muito irritada com a autora que tem a mania de fazer isso, mas nesse livro ela exagerou. por mas que eu tenha no meu pc o ultimo livro da saga vou espera para o lançamento do livro...



VINTE E NOVE
Quase uma semana depois, eu apareci no quarto de Adrian.
Não tinhamos aula desde o ataque, mas nosso toque de recolher normal ainda estava
funcionando, e já era quase hora de dormir. O rosto de Adrian registrou um choque completo
e total quando ele me viu. Era a primeira vez que eu o procurava, ao invés de ser ao contrario.
“Pequena dhampir,” ele disse, dando um passo para o lado.”Entre.”
Eu entrei, e quase fique assoberbada com o cheiro de álcool que senti quando passei por ele. A
casa de convidados da Academia era boa, mas ele claramente não fez muito para manter sua
suíte limpa. Eu tinha a impressão que ele provavelmente estava bebendo sem parar desde o
ataque. A TV estava ligada, e numa pequena mesa perto do sofá estava uma garrafa de vodka
pela metade. Eu a peguei e li o rotulo. Estava em russo.
“Má hora?” eu perguntei, a colocando de volta.
“Nunca uma má hora para você,” ele me disse galantemente. O rosto dele parecia cansado. Ele
ainda era tão bonito como sempre foi, mas tinha círculos escuros embaixo de seus olhos como
se ele não tivesse dormindo bem. Ele me levou em direção a uma cadeira e sentou no sofá.
“Não vi muito você.”
Eu me inclinei para trás.”Eu não queria ser vista,” eu admiti.
Eu mal falei com qualquer um desde o ataque. Eu passei muito tempo sozinha ou com Lissa. Eu
me confortava em estar ao redor dela, mas não tínhamos falado muito. Ela entendia que eu
precisava processar as coisas e simplesmente esteve lá por mim, não insistindo em coisas que
eu não queria falar – em pensar que tinha várias coisas que ela queria perguntar.
A dos estudantes da Academia tinha sido honrada em um funeral, embora suas famílias
tivessem feito arranjos para cada um ter um funeral particular. Eu fui ao funeral maior. A
capela tinha sido cheia. O Padre Andrew tinha lido o nome dos mortos, listando Dimitri e Molly
entre eles. Ninguém estava falando sobre o que tinha acontecido com eles. Tinha muita
tristeza mesmo assim. Estávamos afundados nela. Ninguém nem sabia como a Academia ia
juntar os pedaços e começar a funcionar de novo.
“Você parece pior do que eu,” eu disse a Adrian. “Eu não achei que isso fosse possível.”
Ele colocou a garrafa nos lábios e deu um longo gole. “Nah, você quase parece bem. Quanto a
mim... bem, é dificil explicar. As auras estão me atingindo.Tem muito pesar por aqui.Você não
pode nem começar a entender. Irradia de todos em um nível espiritual. É demais. Faz sua aura
negra parecer alegre.”
“É por isso que você está bebendo?”
“Sim.Fecha a minha visão das auras, graças a Deus, então não posso te fazer seu relatório do
dia.” Ele me ofereceu a garrafa, e eu neguei. Ele deu nos ombros e tomou outro gole. “Então o
que posso fazer por você, Rose? Eu tenho o pressentimento que você não está aqui para ver se
estou bem.”
Ele estava certo, e eu só me sentia um pouco mal sobre o porque deu estar aqui. Eu pensei
muito nessa semana. Processar meu pesar por Mason tinha sido difícil. Na verdade, eu nem
tinha resolvido isso direito quando o negocio dos fantasmas começou. Agora eu tinha que
estar de luto de novo. Afinal de conta, mais do que Dimitri tinha sido perdido. Professores
morreram, guardiões e Moroi igualmente. Nenhum dos meus amigos íntimos tinha morrido,
mas pessoas que eu conhecia da aula tinham. Eles estavam estudando na Academia a tanto
tempo quanto eu,e era estranho pensar que eu nunca mais os veria. Isso era muita perda para
lidar, muitas pessoas para dar adeus.
Mas... Dimitri. Ele era um caso diferente. Afinal de contas, como dizemos adeus a alguém que
não morreu exatamente? Esse era o problema.
“Eu preciso de dinheiro,” eu disse a Adrian, sem me incomodar em fingir.
Ele arqueou uma sobrancelha. “Inesperado. De você, pelo menos. Eu recebo esse tipo de
pedido de outras pessoas bastante. Me conte, o que eu estarei patrocinando?”
Eu olhei para longe dele, me focando na TV. Era um comercial para algum tipo de desodorante.
“Estou deixando a Academia,” eu disse finalmente.
“Também inesperado. Falta só alguns meses para a formatura.”
Eu encontrei os olhos dele. “Não importa.Eu tenho coisas a fazer agora.”
“Eu nunca imaginei que você abandonaria os guardiões. Você vai se juntar as meretrizes de
sangue?”
“Não,” eu disse. “É claro que não.”
“Não pareça tão ofendida. Essa não é uma presunção não razoável. Se você não vai ser uma
guardiã, o que você vai fazer?”
“Eu disse a você. Eu tenho coisas a fazer.”
Ele arqueou uma sobrancelha. “Coisas que vão te meter em problemas?”
Eu dei nos ombros. Ele riu.
“Pergunta idiota, hein? Tudo que você faz te mete em problemas.” Ele sustentou o seu
cotovelo no braço do sofá e descansou o seu queixo na sua mão.”Pra que você veio pegar
dinheiro comigo?”
“Porque você tem.”
Isso também o fez rir. “E porque você acha que eu vou te dar?”
Eu não disse nada. Eu só olhei para ele, forçando o máximo de charme feminino que eu
pudesse em minha expressão. O sorriso dele sumiu, e seus olhos verdes se apertaram em
frustração. Ele olhou para o outro lado.
“Merda, Rose. Não faça isso. Não agora. Você está brincando em como eu me sinto em relação
a você.Isso não é justo.” Ele bebeu mais vodka.
Ele estava certo. Eu vim até ele porque achei que podia usar seus sentimentos para conseguir
o que eu queria. Era um golpe baixo, mas eu não tinha escolha. Me levantando, eu me movi
para sentar ao lado dele. Eu segurei a mão dele.
“Por favor, Adrian,” eu disse. “Por favor me ajude. Você é o único a quem eu posso recorrer.”
“Isso não é justo,” ele repetiu, modulando um pouco suas palavras. “Você está usando esses
olhos vem-aqui em mim, mas não sou eu quem você quer. Nunca fui eu. Sempre foi Belikov, e
só Deus sabe o que você vai fazer agora que ele morreu.”
Ele estava certo sobre isso também.”Você vai me ajudar?” eu perguntei, ainda brincando de
ser carismática. “Você é o único com quem eu podia falar... o único que realmente me
entende... “
“Você vai voltar?” ele perguntou.
“Eventualmente.”
Colocando sua cabeça para trás, ele suspirou fundo. O cabelo dele, que eu sempre achei que
era estilosamente bagunçado, simplesmente parecia bagunçado hoje. “Talvez seja melhor
você ir embora. Talvez você o supere mais rápido se você ficar fora algum tempo. Não iria ser
ruim ficar longe da aura de Lissa também. Pode deixar a sua escurecer mais devagar – parar
essa raiva que você sempre parece ter. Você precisa ser feliz. E parar de ver fantasmas.”
Minha sedução caiu por um momento. “Não é por causa de Lissa que estou vendo fantasmas.
Bem, ela é, mas não do jeito que você acha. Eu vejo fantasmas porque eu sou uma shadowkissed.
Estou ligada com o mundo da morte, e quanto mais eu mato, mais forte fica essa
ligação.É por isso que eu vejo os mortos e por isso que me sinto estranha perto dos Strigoi. Eu
posso sentir eles agora. Eles estão ligados com aquele mundo também.”
Ele franziu. “Você está dizendo que as auras não significam nada? Que você não está pegando
os efeitos do Espírito?”
“Não. Isso está acontecendo também. É por isso que tudo tem sido tão confuso. Eu achei que
só tinha uma coisa acontecendo, mas tem duas. Eu vejo os fantasmas porque eu sou uma
shadow-kissed. Eu fico... chateada e irritada... malvada, até mesmo... porque eu estou
pegando o lado negro de Lissa. É por isso que minha aura é escura, porque estou ficando tão
enfurecida ultimamente. Agora, tudo só parece como se eu tivesse um mal temperamento...”
eu franzi, pesando na noite que Dimitri tinha me impedido de ir atrás de Jesse. “Mas eu não sei
o que vai acontecer em seguida.”
Adrian suspirou. “Porque tudo é tão complicado com você?”
“Você vai me ajudar?Por favor, Adrian?” eu passei meus dedos pela mão dele. “Por favor me
ajude.”
Baixo, baixo. Isso era tão baixo para mim, mas não importava. Apenas Dimitri importava.
Finalmente, Adrian olhou para mim. Pela primeira vez, ele parecia vulnerável. “Quando você
voltar, você vai me dar uma chance?”
Eu escondi minha surpresa. “Como assim?”
“É como eu disse. Você nunca me quis, nunca nem me considerou. As flores, o flerte... não
atingiu você. Você estava tão caída por ele, e ninguém notou. Se você vai fazer suas coisas,
você vai me levar a serio? Você vai me dar uma chance quando voltar?”
Eu me assustei. Eu definitivamente não esperava isso. Meu instinto inicial era dizer não, que
eu nunca poderia amar alguém de novo, que meu coração tinha sido despedaçado junto com
os pedaços da minha alma que Dimitri possuía. Mas Adrian estava me olhando tão seriamente,
e não havia nenhuma de suas brincadeiras nisso. Ele falou sério, e eu percebi que a afeição que
ele tinha por mim que ele sempre brincava também não era uma brincadeira. Lissa estava
certa sobre os sentimentos dele.
“Você vai?” ele repetiu.
Só Deus sabe o que você vai fazer agora que ele morreu.
“É claro,” Não era uma resposta honesta, mas uma necessária.
Adrian olhou para o outro lado e bebeu mais. Não tinha mais muito sobrando. “Quando você
vai embora?”
“Amanha.”
Soltando a garrafa, ele levantou e entrou no quarto. Ele voltou com uma grande pilha de
dinheiro. Eu me perguntei se ele mantinha de baixo da cama dele ou algo assim. Ele me deu
sem falar nada e pegou o telefone e fez algumas ligações. O sol estava brilhando, no mundo
humano, que lidava com a maior parte do dinheiro dos Moroi, que também estava acordado.
Eu tentei assistir TV enquanto ele falava, mas eu não conseguia me concentrar. Eu ficava
querendo coçar a minha nuca. Porque como não tinha como saber quantos Strigoi eu e os
outros tinhamos matado, todos recebemos uma tatuagem diferente das molnija. Eu tinha
esquecido o nome, mas essa tatuagem parecia uma pequena estrela. Significa que o portador
tinha estado em uma luta e matado muitos Strigoi.
Quando ele finalmente terminou suas ligações, Adrian me deu um pedaço de papel. Tinha o
nome e endereço de um banco em Missoula.
“Vá até lá,’ ele disse. “Eu suponho que você tenha que ir a Missoula primeiro se você vai ir a
qualquer lutar civilizado. Tem uma conta preparada para você... com muito dinheiro nela. Fale
com eles, e eles vão terminar a papelada para você.”
Ele levantei e coloquei as notas na minha jaqueta. “Obrigado,” eu disse.
Sem hesitar, eu o abracei. O cheiro de vodka era forte, mas eu sentia que devia a ele.Eu estava
me aproveitando dos sentimentos dele para poder aumentar meus próprios recursos. Ele pos
seus braços ao meu redor e me segurou por vários segundos antes de me soltar. Eu passei
meus lábios na bochecha dele antes de nos separarmos, e eu pensei que ele tivesse parado de
respirar.
“Eu não vou esquecer disso,” eu murmurei na orelha dele.
“Eu não suponho que vá me contar onde está indo?” ele perguntou.
“Não,” eu disse. “Sinto muito.”
“Só mantenha sua promessa e volte.”
“Eu não disse a palavra prometo,” eu apontei.
Ele sorriu e pressionou seus lábios na minha testa. “Você está certa. Eu vou sentir sua falta,
pequena dhampir. Tenha cuidado. Se você precisar de qualquer coisa, me avise. Eu vou
esperar por você.”
Eu agradeci de novo e fui embora, sem me incomodar em dizer que ele poderia ter que
esperar muito tempo. Tinha uma possibilidade bem real que eu não voltasse.
No outro dia, eu levantei cedo, muito antes de qualquer um no campus acordar. Eu mal dormi.
Eu pus uma mochila por cima do meu ombro e fui até o escritório principal no prédio
administrativo. O escritório também não estava aberto ainda, então sentei no chão no
corredor na frente dele. Estudando minhas mãos enquanto esperava, eu notei dois pedaços
pequenos de dourado da minhas unhas do pé. Eles eram o que restava da minha manicure.
Cerca de 20 minutos depois, a secretária apareceu com as chaves e me deixou entrar.
“O que posso fazer por você?” ela perguntou, assim que sentei na mesa dela.
Eu entreguei a ela um pedaço de papel que estava segurando. “Estou me retirando.”
Os olhos dela abriram a um tamanho impossível. “Mas... o que... você não pode...”
Eu apontei para o papel. “Eu posso. Está tudo preenchido.”
Ainda gaguejando, ela murmurou algo sobre mim esperar, e então saiu da sala. Alguns minutos
depois, ela voltou com a Direto Kirova. Kirova tinha aparentemente sido informada e estava
olhando para mim de forma bem desaprovadora.
“Srta. Hathaway, qual o significado disso?”
“Estou saindo,” eu disse. “Desistindo. Abandonando. Tanto faz.”
“Você não pode fazer isso,” ela disse.
“Bem, obviamente eu posso, já que vocês mentem uns papeis de desistência na livraria. Está
tudo preenchido como o necessário.”
A raiva dela mudou para algo mais triste e ansioso. “Eu sei que muita coisa aconteceu
ultimamente – todos estamos tendo problemas para nos ajustar – mas isso não é motivo para
tomar uma decisão precipitada. De tudo, precisamos de você mais agora do que nunca.”Ela
estava quase implorando. Difícil acreditar que seis meses atrás ela queria me expulsar. “Isso
não é precipitado,” eu disse. “Eu pensei muito sobre isso.”
“Pelo menos me deixe chamar sua mãe para que possamos conversar sobre isso.”
“Ela partiu para a Europa 3 dias atrás. Não que importasse.” Eu apontei para a linha de cima do
formulário que dizia data de nascimento. “Tenho 18 anos hoje. Ela não pode fazer mais nada.
Essa é minha escolha. Agora, você vai aceitar o formulário, ou vai tentar me segurar? Tenho
certeza que eu poderia te derrubar numa luta, Kirova.”
Eles aceitaram meus papeis, nada felizes. A secretaria fez uma copia do papel oficial que
declarava que eu não era mais uma estudante da Academia St. Vladimir. Eu precisava sair pelo
portão principal.
Era uma longa caminhada até a frente da escola, e o céu estava vermelho então o sol
desaparecia no horizonte. O tempo esquentou, mesmo a noite. A primavera finalmente tinha
chegado. Fez ser um tempo bom para caminhas já que eu ainda tinha muito chão para
percorrer até chegar na estrada. De lá, eu iria pegando carona para Missoula. Pegar carona
não era seguro, mas a estaca de prata no meu casaco me fez sentir bem segura sobre tudo que
eu enfrentasse. Ninguém tinha pegado ela de mim depois da luta, e funcionaria tão bem
contra humanos esquisitos como contra Strigoi.
Eu estava quase fora dos portões quando eu a senti. Lissa. Eu parei de andar e me vire em
direção a umas arvores. Ela estava perto delas, perfeitamente parada, e tinha conseguido
esconder seus pensamentos tão bem que eu nem percebi que ela estava praticamente do meu
lado. Os cabelos e olhos dela brilhavam no por do sol, e ela parecia ser muito bonita e muito
suave para fazer parte da paisagem.
“Hey,” eu disse.
“Hey.” Ela colocou os braços ao seu redor, com frio mesmo com o casaco. Moroi não tinham a
mesma resistência a mudanças de temperatura que os dhampirs tinham. O que eu achava
quente e agradável ainda era frio para ela. “Eu sabia,” ela disse. “Desde o dia que eles falaram
que o corpo dele sumiu. Algo me disse que você faria isso. Eu estava só esperando.”
“Você pode ler minha mente agora?” eu perguntei com tristeza.
“Não, eu posso ler você. Finalmente. Eu não posso acreditar o quão cega eu era. Eu não
consigo acreditar que eu nunca notei. O comentário de Victor... ele estava certo.” Ela olhou
para o por do sol, e então virou seu olhar de volta para mim.Um flash de raiva, dos seus
sentimentos e olhas, me atingiram. “Porque você não me contou?” ela chorou. “Porque você
não disse que amava Dimitri?”
Eu me assustei. Não conseguia lembrar a ultima vez que Lissa tinha gritado com qualquer um.
Talvez no outono passado, quando toda a insanidade com Victor tinha acontecido. Explosão
eram minha praia, não dela. Mesmo quando estava torturando Jesse, a voz dela tinha sido
baixa.
“Eu não podia contar a ninguém,” eu disse.
“Eu sou sua melhor amiga, Rose. Passamos por tudo juntas. Você acha mesmo que eu teria
contado? Eu poderia ter mantido em segredo.
Eu olhei para o chão. “Eu sei que você teria. Eu só... eu não sei. Eu não podia falar sobre isso.
Nem com você. Eu não consigo explicar.”
“O quão...” Ela buscou a pergunta que sua mente já tinha formado. “O quão sério foi? Foi só
você ou -?”
“Foi nós dois,” eu disse a ela. “Ele sentia a mesma coisa. Mas sabíamos que não podíamos ficar
juntos, não com nossa idade...e, bem, não quando deveríamos estar protegendo você.”
Lissa franziu. “Como assim?”
“Dimitri sempre disse que se nos envolvêssemos, nos preocuparíamos mais em nos proteger
do que proteger você. Não podíamos fazer isso.”
Culpa passou por ela ao pensar que ela era a responsável por nos manter separados.
“Não é sua culpa,” eu disse rapidamente.
“Certamente...deveria ter um jeito... não seria um problema...”
Eu suspirei, sem vontade de mencionar o nosso ultimo beijo na floresta, quando Dimitri e eu
tinhamos pensado em uma solução para nosso problema.
“Eu não sei,” eu disse. “Só tentamos ficar separados. As vezes funcionava. As vezes não.”
A mente dela era um redemoinho de emoções. Ela sentia pena de mim, mas ao mesmo tempo
ela estava braba. “Você deveria ter me dito,” ela repetiu. “Eu sinto como se você não confiasse
em mim.”
“É claro que eu confio em você.”
“É por isso que você está fugindo?”
“Isso não tem nada a ver com confiança,” eu admiti. “Sou eu... bem, eu não queria falar para
você. Eu não podia agüentar te contar que eu estava indo embora ou explicar porque.”
“Eu já sei,” ela disse. “Eu descobri.”
“Como?” eu perguntei. Lissa estava cheia de surpresa hoje.
“Eu estava lá. Ultimo outono quando pegamos aquela van para Missoula. A viagem de
compras? Você e Dimitri estavam falando sobre Strigoi, sobre como se tornar algo cruel...
como destrói a pessoa que você costumava ser e faz você fazer coisas horríveis. E eu ouvi...”
Ela estava com problemas para dizer. Eu tinha dificuldades em ouvir, e meus olhos estavam
úmidos. A memória era muito dura, pensar em estar sentada com ele aquele dia, quando
recém tínhamos nos apaixonado. Lissa engoliu e continuou. “Eu ouvi vocês dois dizerem que
preferiam morrer a se tornar um monstro daqueles.”
Silencio caiu entre nós. O vento aumentou e soprou nosso cabelo, escuro e claro.
“Eu tenho que fazer isso, Liss. Eu tenho que fazer por ele.”
“Não,” ela disse firmemente. “Você não precisa. Você não prometeu nada.”
“Não em palavras, não. Mas você... você não entende.”
“Eu entendo que você está tentando superar e isso é o melhor jeito. Você precisa encontrar
outro jeito de deixar ele para trás.”
Eu balancei a cabeça. “Eu tenho que fazer isso.”
“Mesmo que isso signifique me deixar?”
Do jeito que ela disse, o jeito que ela olhou para mim... oh Deus. Várias memórias passaram
pela minha mente. Estávamos juntas desde a infância. Inseparáveis. Ligadas. E ainda sim...
Dimitri e eu tínhamos nos conectado também. Merda. Eu nunca quis ter que escolher entre
eles.
“Eu tenho que fazer isso,” eu disse de novo. “Desculpe.”
“Você deveria ser minha guardiã e ir comigo a faculdade,” ela discutiu. “Você é uma shadowkissed.
Deveríamos ficar juntas. Se você for embora...”
A horrível escuridão estava começando a crescer na minha mente e no meu coração. Minha
voz tremeu quando e falei. “Se eu deixar você, eles vão te conseguir outro guardião. Dois
deles. Você é a ultima Dragomir. Eles vão te manter segura.”
“Mas eles não são você, Rose,” ela disse. Aqueles olhos luminosamente verdes se fixaram em
mim, e a raiva em mim esfriou. Ela era tão linda, tão doce... e ela parecia razoável. Ela estava
certa. Eu devia a ela. Eu precisava –
“Pare!” eu gritei, me virando. Ela estava usando mágica. “Não use compulsão comigo. Você é
minha amiga. Amigos não usam seus poderes nos outros.”
“Amigos também não abandonam os outros,” ela disse. “Se você fosse minha amiga você não
faria isso.”
Eu me aproximei dela, tomando cuidado para não olhar muito fundo nos olhos dela, caso ela
tentasse usar compulsão comigo de novo. A raiva em mim explodiu.
“Não é sobre você, ok? Dessa vez, é sobre mim. Não você. É minha vida, Lissa... toda a minha
vida, tem sido a mesma. Eles vem primeiro. Eu vivi minha vida por você.Eu me treinei para ser
sua sombra, mas você sabe o que?Eu quero vir primeiro. Eu preciso cuidar de mim uma vez. Eu
estou cansada de ter que cuidar de todo mundo e ter que colocar de lado o que eu quero.
Dimitri e eu fizemos isso, e olha o que aconteceu. Ele morreu. Eu nunca vou segurar ele de
novo. Agora eu devo a ele fazer isso. Eu sinto muito se te magoa, mas essa é a minha escolha!”
Eu gritei as palavras, não pausando nem para respirar, e eu esperava que minha voz não
tivesse chamado atenção dos guardiões que estavam nos portões. Lissa estava olhando para
mim, chocada e magoada. Lagrimas passaram pelas bochechas dela, e parte de mim tremeu ao
perceber que eu estava magoando a pessoa que eu jurei proteger.
“Você ama ela mais do que a mim.” Ela disse baixo, soando bem jovem.
“Ele precisa de mim agora.”
“Eu preciso de você. Ele morreu, Rose.”
“Não,” eu disse. “Mal ele vai morrer logo.”Eu levantei a minha manga e peguei o chotki que ela
tinha me dado no natal. Eu entreguei a ela. Ela hesitou e então o pegou.
“Pra que isso?” ela disse.
“Eu não posso usar. É para o guardião dos Dragomir. Eu vou pegar de novo quando eu...” eu
quase tinha dito se, e não quando. Eu acho que ela soube disse. “Quando eu voltar.”
As mãos delas se fecharam nas contas. “Por favor, Rose. Por favor, não me deixe.”
“Desculpe,” eu disse. Não havia outras palavras para oferecer. “Desculpe.”
Eu deixei ela lá chorando e andei em direção ao portão. Um pedaço da minha alma tinha
morrido quando DImitri caiu. Virar minhas costas a ela agora, eu senti que outro pedaço da
minha alma também tinha morrido. Logo não havia nada sobrando dentro de mim.
Os guardiões no portão ficaram tão chocados quanto a secretaria e Kirova tinham estado, mas
não tinha nada que eles pudesse fazer. Feliz aniversário para mim, eu pensei amargamente.
Dezoito finalmente. E não era nada como eu tinha esperado.
Eles abriram os portões e eu sai, para fora do terreno da escola e da proteção das wards. As
linhas eram invisíveis, mas eu me sentia estranhamente vulnerável e exposta, como se eu
tivesse pulado um grande abismo. E ainda sim, ao mesmo tempo, eu me sentia livre e no
controle. Eu comecei a andar pela estreita estrada. O sol tinha quase sumido; eu teria que
confiar na luz da lua.
Quando eu estava fora da linha de visão dos guardiões, eu parei e falei.’Mason.’
Eu tive que esperar muito tempo. Quando ele apareceu, eu mal podia ver ele. Ele estava quase
completamente transparente.
“Está na hora, não é? Você está indo... você finalmente está seguindo em frente...”
Bem, eu não fazia idéia de para onde ele estava indo. Eu não sabia o que tinha além, qualquer
que fosse o reino que o Padre Andrew acreditava ou algum mundo completamente diferente
do que eu tinha visitado. Ainda sim, Mason entendeu e acenou.
“Já passaram mais de 40 dias,” eu murmurei. “Então eu acho que você está atrasado. Estou
feliz...eu quero dizer, eu espero que você encontre paz. Embora eu meio que esperava que
você me levasse até ele.”
Mason balançou a cabeça, e ele não precisou dizer uma palavra para mim entender o que ele
queria me dizer. Você está sozinha, Rose.
Está tudo bem. Você merece seu descanso. Além do mais, eu acho que sei onde começar a
procurar.” Eu pensei nisso constantemente na ultima semana. Se Dimitri estava onde eu
acreditava que ele estava, eu tinha muito trabalho pela frente.A ajuda de Mason teria sido
bom, mas eu não queria continuar incomodando ele. Parecia que ele já tinha o suficiente para
lidar.
“Adeus,” eu disse a ele. “Obrigada pela sua ajuda... eu... vou sentir sua falta.”
Ele ficou cada vez mais fraco, e pouco antes de desaparecer, eu vi um pequeno sorriso, aquela
risada e sorriso maravilhoso que eu sempre amei tanto. Pela primeira vez desde que a morte
dele, pensar sobre Mason não me devastava. Eu estava triste e sentiria falta dele, mas eu
sabia que ele tinha ido para algum lugar bom – algum lugar muito bom. E eu não me sentia
mais culpada.
Me virando,eu encarei a longa estrada na minha frente. Eu suspirei. Essa viagem pode levar
um tempo.
“Então comece a andar, Rose,” eu murmurei pra mim mesma.
E eu sai, sai para matar o homem que eu amava.

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