segunda-feira, 28 de maio de 2012

house of night - escolhida (capitulo 17)


dEZESSETE
Erik ia ficar muito bravo comigo. As Gêmeas estavam sentadas em suas cadeiras
favoritas assistindo Homem Aranha 3 quando me apressei para a cozinha pegando minha
lata de coca e a bolsa cheia de sangue.
“Puta merda, Z, você está bem?” Shaunee perguntou, parecendo meio assustada e
meio surtada.
“Ouvimos sobre você e a bruxa -” Erin pausou e então relutantemente se corrigiu,
“digo, você e Afrodite encontrarem a professora Nolan. Deve ter sido horrível.”
“Yeah, foi bem ruim.” Eu me fiz sorrir de forma segura e então não fiz parecer que
estava louca para sair da sala.
“Eu não consigo acreditar que isso realmente aconteceu,” Erin disse.
“Eu sei. Simplesmente não parece real,” Shaunee disse.
“É real. Ela está morta,” eu disse solenemente.
“Você tem certeza que está bem?” Shaunee perguntou.
“Estávamos preocupadas com você,” Erin acrescentou.
“Estou bem. Prometo.” Minhas entranhas reviraram. Shaunee, Erin, Damien, e Erik
eram meus melhores amigos, e eu odiava mentir para eles, mesmo que eu estivesse
apenas omitindo informações. Nos dois meses que estou na House of Night nos tornamos
uma família, então eles não estão fingindo. Elas estão genuinamente preocupadas comigo.
E enquanto eu estava ali tentando descobrir o que eu podia ou não dizer para eles, uma
horrível premonição tremeu na minha pele. E se eles descobrissem sobre as coisas que eu
estava escondendo deles e se virassem contra mim? E se eles parassem de ser minha
família? Só de pensar nessa horrível possibilidade me deixou toda agitada e em pânico por
dentro. Antes de poder amarelar, e confessar tudo, e me jogar aos pés delas enquanto
implorava pelo entendimento e para não ficarem com raiva de mim, eu disse, “Eu tenho
que ir ver Heath.”
“Heath?” Shaunee parecia confusa.
“O ex-namorado humano dela, Gêmea. Lembra?” Erin disse.
“Oh, yeah, o gostosinho loiro que quase foi comido por vampiros fantasmas dois
meses atrás, e então quase foi morto pelas nojentas pessoas de rua que viraram serial
Killers mês passado,” Shaunee disse.
“Você sabe, Z, você pega pesado com seu ex-namorado,” Erin disse.
“Yeah, é ruim ser ele,” eu disse, me movendo casualmente em direção a porta. “Eu
tenho que ir, gente.”
“Eles não estão deixando ninguém sair do campus,” Erin disse.
“Eu sei, mas eu, um, bem...” eu hesitei, e então me senti ridícula pela hesitação. Eu
não podia dizer as Gêmeas sobre Stevie Rae ou Loren, mas eu com certeza podia dizer a
eles algo tipicamente adolescente tipo sair da escola. “Eu sei uma saída secreta para fora
do campus.”
“Muito bem, Z!” Shaunee disse feliz. “Vamos totalmente usar suas habilidades
superiores para sair da escola durante as provas finais essa primavera, quando
deveríamos estar estudando.”
“Por favor.” Erin virou os olhos. “Como se tivéssemos que estudar. Especialmente
quando tem uma liquidação de sapatos.” Então ela ergueu a sobrancelha e acrescentou,
“Uh, Z. O que falamos para o seu namorado?”
“Namorado?”
“O seu namorado, Erik, eu são tão booommmm Night.” Erin me deu um olhar que
dizia que ela achava que eu tinha perdido a cabeça.
“Olá. Terra para Zoey. Tem certeza que está bem?” Shaunee disse.
“Yeah, yeah. Estou bem. Desculpa. Porque vocês tem que dizer qualquer coisa pra o
Erik?”
“Porque ele nos disse para dizer a você para ligar para ele no instante que você
acordasse. Ele está muito preocupado com você,” Shaunee disse.
“Sem duvidas se ele não ouvir logo de você ele vai acampar aqui,” Erin disse.
“Ooooh, Gêmea!” Os olhos dela se alargaram e ela curvou os lábios num sorriso sexy.
“Você acha que o gostoso vai trazer dois amigos quentes?”
Shaunee jogou o cabelo para trás. “É definitivamente uma possibilidade, Gêmea. T.J
e Cole são amigos dele e é uma época muito estressante.”
“Você está certa, Gêmea. E todos sabemos que durante tempos estressantes amigos
devem ficar juntos.”
Em perfeita concordância as Gêmeas viraram para mim. “Vá em frente e faça o que
precisa com o ex-namorado,” Erin disse.
“Yeah, nós te cobrimos. Vamos esperar Erik aparecer e dizer a ele que é muito
assustador para nós ficarmos sozinhas,” Shaunee disse.
“Definitivamente precisamos de proteção,” Erin disse. “O que significa que vamos ter
que ir pegar os amigos dele e esperar você voltar do seu encontro.”
“Parece um plano. Ok, mas não digam a ele que eu sai do campus. Ele vai surtar. Só
sejam vagas, como se eu estivesse falando com Neferet ou algo assim.”
“Tanto faz. Te cobrimos. Mas, falando em sair do campus, tem certeza que é
seguro?” Shaunee disse. “Não estamos esquecendo completamente o fato de que está
assustador por aqui no momento.”
“Yeah, você não pode terminar com seu namorado humano depois, tipo depois de
pegarem o maluco que decapitou e crucificou a professora Nolan?” Erin perguntou.
“É algo que eu tenho que fazer agora. Você sabe, com o Imprint não é exatamente
fácil terminar.”
“Drama,” Erin disse.
“Muito drama.” Shaunee acrescentou em solene concordância.
“Yeah, e quanto mais durar, pior vai ser. Eu quero dizer, Heath acabou de voltar
para a cidade e já está me mandando 10 mil mensagens.” As Gêmeas me deram olhares
simpáticos. “Então, até depois. Eu volto em tempo de me trocar antes do ritual de
Neferet.” Eu me afastei rápido enquanto as Gêmeas falavam “te vemos mais tarde” para
mim.
Eu me apressei para a porta e me encontrei com o que pareceu uma enorme
montanha masculina. Mãos impossivelmente fortes me seguraram antes deu cair. Eu olhei
para cima (e mais e mais para cima) para um homem parecendo uma rocha, com um
rosto incrivelmente bonito. E então pisquei surpresa. Ele definitivamente era um vampiro
adulto (com tatuagens muito legais), embora ele não parecesse muito mais velho que eu.
Mas, nossa, ele é muito alto!
“Cuidado, caloura,” a montanha que tinha se vestido de preto disse. Então a
expressão dele mudou. “Você é Zoey Redbird.”
“Yeah, eu sou Zoey.”
Me soltando, ele deu um passo para trás e pressionou o punho por cima do coração
e me saudou. “Merry met. É um prazer conhecer a caloura ao qual Nyx deu tantos dons.”
Me sentindo constrangida e boba, eu retornei a saudação. “Prazer em conhecer você
também. E você é?”
“Darius, um Filho de Erebus,” ele disse, se curvando formalmente e dizendo como se
fosse um titulo e não apenas uma descrição.
“Você é um dos caras chamados pelo que aconteceu com a professora Nola?” Minha
voz morreu um pouco, o que ele claramente notou.
“Hey,” ele disse, parecendo ainda mais jovem, e ainda sim, de alguma forma,
incrivelmente poderoso, “Você não deveria se preocupar, Zoey. Os Filhos de Erebus vão
proteger a escola de Nyx até o nosso último fôlego.”
O jeito como ele disse isso me fez minha pele formigar. Ele era enorme e forte e
muito, muito serio. Eu não podia imaginar nada nem ninguém que podia passar por ele,
muito menos fazer ele respirar pela última vez. “O-obrigado,” eu murmurei.
“Meus irmãos guerreiros estão todos no território da escola. Você pode descansar
segura, pequena sacerdotisa,” ele sorriu para mim. Pequena sacerdotisa? Por favor. O
garoto tinha que ter Mudado apenas recentemente.
“Oh, ótimo. Uh, eu vou.” Eu comecei a descer os degraus. “Eu só vou para os, uh,
estábulos, visitar minha égua. Persephone. Foi um prazer te conhecer. Estou feliz que
você esteja aqui,” eu acrescentei, dando a ele um ridículo aceno e então correndo para a
calçada em direção ao estábulo. Eu podia sentir os olhos dele me seguindo.
Droga. Isso não é bom. Eu me pergunto o que diabos eu ia fazer. Como eu vou sair
daqui com essas montanhas de guerreiros (não importando o quão fofos e jovens eles
sejam) por todo lado? Não que importe o quão jovem e fofo ele seja. Como se eu tivesse
tempo para outro possível namorado? Absolutamente não. Sem mencionar que a
gostosura dele não deixa menos montanhoso. Jeesh, e eu estava uma confusão e tinha
uma péssima dor de cabeça.
E então eu ouvi uma suave voz na mente, me dizendo para pensar... fique calma...
As palavras passaram pela minha mente freneticamente. Automaticamente eu
comecei a diminuir a velocidade. Eu respirei fundo, me permitindo pensar e relaxar. Eu
preciso me acalmar... ficar firme... pensar e -
E bem assim veio até mim. Eu sabia o que precisava fazer. Nas sombras entre os
dois postes de luz eu sai silenciosamente da calçada e decidi andar entre os enormes
carvalhos, só que quando cheguei na primeira árvore eu parei na sombra, fechei os olhos,
e me concentrei. Então, como tinha feito antes, eu chamei o silencio e invisível para mim,
me protegendo me fazendo ficar dura como um tumulo (eu brevemente esperei que a
metáfora era por mim ser muito imaginativa e não ser algum tipo de pressagio
assustador).
Eu sou perfeitamente silenciosa... ninguém pode me ver... ninguém pode me ouvir...
eu sou como a nevoa... sonhos... espírito...
Eu podia sentir a presença dos Filhos de Erebus, mas eu não olhei ao redor. Eu não
permiti minha concentração ser minada. Eu me movi como um sussurro ou um segredo,
indetectável e escondida em camadas de silêncio e neblina, nevoa e mágica. Meu corpo
tremeu. Parecia que eu estava flutuando, e quando olhei para mim mesma eu só vi
sombras entre uma nevoa na escuridão. Isso deve ser o que Bran Stoker descreveu em
Drácula. Ao invés de me atrapalhar, a idéia firmou minha concentração e eu me senti ficar
ainda menos substancial. Me movendo como num sonho, eu encontrei a árvore e subi por
seu tronco quebrado e encontrei o grosso galho que ficava contra a parede.
Bem como Afrodite tinha dito, havia uma corda amarrada ao redor do galho que
parecia uma cobra. Ainda me movendo em silencio, com movimentos de um sonho, eu me
firmei no topo do muro. Então, seguindo os instintos que saiam do núcleo da minha alma
até meu corpo, eu ergui meus braços e sussurrei, “Venha até mim ar e espírito. Como a
nevoa da meia noite, me carregue pela terra.”
Eu não tive que pular do muro. O vento se moveu ao meu redor, erguendo meu
corpo, que tinha sido transformado em um espírito sem substancia, e me flutuou até a
grama do outro lado do muro. Por um segundo o senso de maravilha que me encheu me
fez esquecer sobre a professora assassinada, problemas de namorados, e o estresse da
minha vida em geral. Com os braços ainda erguidos, eu me virei, adorando o sentimento
do vento e poder contra minha pele transparente. Era como se eu tivesse virado parte da
noite. Mal tocando o chão eu me movi pela grama até chegar na calçada da rua Utica até
a Utica Square. Eu estava me sentindo tão incrível que eu quase esqueci de parar e
colocar a maquiagem para esconder as tatuagens. Relutantemente, eu parei para pegar a
maquiagem e o espelho que estava na bolsa. Meu reflexo me fez parar de respirar. Eu
parecia iridescente. Minha pele brilhava com cores perolizadas como uma miragem. Meu
cabelo escuro se levantava suavemente ao meu redor, flutuando com a brisa que soprava
ao meu redor. Eu não parecia humana e não parecia uma vampira. Eu parecia um novo
tipo de ser, nascida da noite e abençoada pelos elementos.
O que Loren disse sobre mim na biblioteca? Algo sobre eu ser uma deusa entre
semi-deuses. O jeito que eu parecia agora me fez pensar que ele podia estar certo sobre
algo. O poder passou por mim, e meu cabelo levantou do meu ombro. Eu juro que podia
sentir as tatuagens queimando como um delírio no meu pescoço e costas. Talvez Loren
estivesse certo sobre muitas coisas - sobre nós dois sermos amantes nas estrelas. Talvez
depois de terminar com Heath eu devesse me afastar de Erik também. A idéia de deixar
Erik me fez perder o fôlego, mas isso era esperado. Eu não era sem coração - eu
realmente gostava dele. Mas a morte da professora Nolan não provou que nunca se sabe
o que pode acontecer? A vida, mesmo para vampiros, pode ser muito curta. Talvez eu
devesse ficar com Loren - talvez essa fosse a coisa certa a se fazer. Eu continuei olhando
para meu reflexo mágico.
Afinal de contas, eu realmente não era como outros calouros.
Isso era algo que eu deveria aceitar a parar de lugar contra isso ou me sentir
assustada.
E se eu não era como outros calouros, então não era lógico que eu precisava ficar
com alguém especial - algum outro calouro que eu fosse capaz de ficar?
Mas Erik se importa com você, e eu me importo com ele. Eu não estou sendo justa
com Erik... ou com Heath... Loren é um adulto... ele deveria ser um professor... então
talvez não devêssemos ficar juntos escondidos...
Eu ignorei a culpa que passou pela minha consciência. E silenciosamente ordenei que
o vento e a nevoa e a escuridão levantasse para que eu pudesse me materializar
completamente e poder cobrir minhas intricadas tatuagens. E então, levantando meu
queixo e endireitando as costas, eu andei pela caçada até a Utica Square, para a
Starbucks, e Heath, ainda sem ter 100% de certeza sobre o que diabos eu ia fazer.
Eu fiquei no lado escuro da calçada onde havia poucos postes de luz e andei
devagar, tentando descobrir o que dizer a Heath e fazer ele entender que ele e eu não
podíamos mais nos ver. Eu estava a alguns metros de distancia da praça quando eu o vi
vindo em minha direção. Na verdade, eu senti ele antes. Como se ele estivesse na minha
pele que eu não podia alcançar para coçar. E numa compulsão abstrata eu me movi para
frente, procurando por alguém que eu conhecia e queria, mas não sabia como encontrar.
E então a compulsão passou de abstrata para definitiva - de subconsciente insistente para
exigente. Então eu o vi. Heath. Ele estava vindo me encontrar. Nos vimos ao mesmo
tempo. Ele estava andando do lado oposto da rua e estava debaixo de um poste. Eu podia
ver os olhos dele brilharem e seu sorriso aumentar. Instantaneamente, ele começou a
correr a cruzou a rua (eu notei que ele não olhou para nenhum dos olhos e eu estava feliz
pelo péssimo tempo estar mantendo o trânsito mínimo - o garoto poderia ter sido
atropelado por um carro).
Os braços dele estavam ao meu redor e a respiração dele fez cócegas na minha
orelha. “Zoey! Oh, baby, eu realmente senti sua falta!”
Eu odiei notar que meu corpo respondeu a ele instantaneamente. Ele tinha cheiro de
lar - uma versão sexy, e gostosa de casa - mas era um lar. Antes de poder derreter nos
braços dele eu me afastei, de repente ciente do quão escuro e isolado, até intimo, estava
nesse lado da calçada.
“Heath, você deveria esperar por mim na Starbucks.” Yeah, no pequeno pátio da
área da calçada estaria cheio de gente e definitivamente não seria intimo.
Ele deu nos ombros e riu. “Eu estava, mas quando senti você chegando eu não
consegui mais ficar sentado.” Os olhos dele brilharam adoravelmente e suas mãos
acariciavam a minha bochecha enquanto acrescentou, “Nós tivemos um Imprint, lembra?
É você e eu, baby.”
Eu me senti dar um passo para trás para que ele não invadisse mais meu espaço
pessoal. “É sobre isso que preciso falar com você. Então vamos para a Starbucks e pegar
dois cafés e conversar.” Em publico. Onde não ficaria tão tentada a tirar ele da calçada e
levar a um beco e afundar meus dentes em seu doce pescoço e -
“Não posso,” ele disse, rindo de novo.
“Não pode?” Eu balancei a cabeça, tentando me livrar do semi-nojenta (ok,
provavelmente não era semi) cena que tinha começado a se formar na minha (vadia)
imaginação.
“Não podemos, porque Kayla e o esquadrão de vadias estão no Starbucks.”
“Esquadrão de vadias?”
“Yeah, é assim que eu Josh e Travis chamamos Kayla e Whitney e Lindsey e Chelsea
e Paige.”
“Oh, ugh. Desde quando Kayla começou a andar com aquelas vadias odiosas?”
“Desde que você foi Marcada.”
Então eu estreitei os olhos para ele. “E porque Kayla e seus novos amigos
escolheram essa noite em particular para estar na Starbucks? E porque nessa Starbucks
ao invés de uma em Broken Arrow que é muito mais perto de onde vivemos?”
Heath ergueu a mão como se estivesse cercado. “Eu não fiz de propósito!”
“Fez o que, Heath?” Jeesh, o garoto era um idiota às vezes.
“Eu não sabia que elas iam sair da Gap logo quando eu estava começando a
encostar na Starbucks. Eu não as vi até que elas me viram. Era muito tarde daí.”
“Bem isso explica o desejo repentino delas por cafeína. Estou surpresa que elas não
te seguiram pela calçada.” Ok, sim. Eu lembrava que eu deveria terminar com ele, mas
ainda me irritava pensar que Kayla estava dando em cima dele.
“Então você não quer ver elas, quer?”
“Não, diabos não.” Eu disse.
“Achei que não. Bem, que tal eu te acompanhar de volta para escola então.” Ele se
aproximou de mim. “Eu lembro quando conversamos no muro alguns meses atrás. Aquilo
foi bom.”
Eu lembrava também. Especialmente porque foi a primeira vez que eu provei o
sangue dele. Eu tremi. E então me recompus. Eu realmente precisava controlar essa ânsia
por sangue. “Heath,” eu disse firmemente. “Você não pode ir comigo na escola. Você não
viu o noticiário? Algum humano idiota matou um vampiro. Agora o lugar virou um
acampamento do exercito. Eu tive que fugir para vir ver você, e não posso demorar.”
“Oh, yeah. Eu ouvi sobre isso.” Ele pegou minha mão. “Você está bem? Você
conhecia o vampiro que foi morto?”
“Sim, eu conhecia ela. Ela era minha professora de teatro. E não, eu não estou bem.
É uma das razões das quais eu precisava falar com você.” Eu me decidi. “Anda. Vamos
andar pela rua e ir até o Parque Woodward. Podemos conversar lá.” Além do mais, era um
parque publico, no meio do centro de Tulsa, não podia ser muito privado. Pelo menos era
o que eu esperava.
“Tudo bem por mim,” Heath disse feliz.
Ele se recusou a largar minha mão, então começamos a descer a rua juntos como
fazíamos desde o ensino fundamental. Só tínhamos nos afastado uns poucos quando uma
voz passou por mim e eu tentei não pensar no fato que o pulso dele estava pressionado
contra o meu e eu podia sentir nossos pulsos batendo juntos.
“Zo, o que aconteceu nos túneis?”
Eu dei a ele um afiado olhar de lado. “O que você lembra?”
“Na maior parte escuridão, e você?”
“Como assim?”
“Eu não lembro como cheguei lá, mas lembro de dentes e olhos vermelhos que
brilhavam.” Ele apertou minha mão. “E eu não me refiro a seus dentes, Zo. Além do mais,
seus olhos não brilham. Eles cintilam.”
“Eles cintilam?”
“Totalmente. Especialmente quando você está bebendo meu sangue.” Ele diminuiu a
velocidade para que quase parássemos quando ergueu minha mão até os lábios dele e a
beijou. “Você sabe que é muito bom quando você bebe de mim, não sabe?”
A voz de Heath ficou profunda e rouca, e os lábios dele pareciam fogo contra a
minha pele. Eu queria me inclinar nele e me perder nele e afundar meus dentes nele e...

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