quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A.Vampiro - aura negra (capitulo 8)


OITO
Christian estava beijando ela, e wow, era um belo beijo. Ele não estava brincando. Era o tipo
de beijo que crianças pequenas não deveriam ter permissão de ver. Diabos, era o tipo de beijo
que ninguém deveria ter permissão de ver – muito menos experimentar através de uma
ligação mental.
Como eu tinha notado antes, as emoções fortes de Lissa podiam fazer esse pandemônio
acontecer – aquele que me fazia entrar na cabeça dela. Mas sempre, sempre, era por causa de
uma emoção negativa muito forte. Ela ficava magoada ou irritada, e isso me alcançava. Mas
dessa vez? Ela não estava chateada.
Ela estava feliz. Muito, muito feliz.
Oh cara. Eu preciso sair daqui.
Eles estavam no sótão da igreja da escola ou, como eu gostava de chamar, o ninho de amor
deles. O lugar tinha se transformado no lugar em que eles ficavam, quando um deles estava se
sentindo anti social e queria escapar. Eventualmente, eles decidiram ser anti sociais juntos, e
uma coisa levava a outra. Desde que eles começaram a namorar publicamente, eu sabia que
eles não passavam muito mais tempo lá. Talvez eles tivessem voltado devido aos velhos
tempos.
E de fato, uma celebração parecia estar acontecendo. Pequenas velas aromáticas estavam
espalhadas ao redor do empoeirado e velho lugar, velas que enchiam o ar com o cheiro de
lilás. Eu estaria um pouco nervosa de acender todas aquelas velas em um espaço pequeno
cheio de caixas e livros inflamáveis, mas Christian provavelmente descobriu que ele podia
controlar qualquer acidente.
Eles finalmente pararam com o insano longo beijo e se afastaram um do outro. Eles deitaram
lado a lado no chão. Vários cobertores tinham sido espalhados no chão.
O rosto de Christian era aberto e delicado enquanto ele olhava para Lissa, seus olhos azuis
brilhavam com alguma emoção interna. Era diferente do jeito que o Mason me observava.
Tinha adoração em seus olhos, mas Mason era muito mais quando você entra numa igreja e
cai de joelhos respeitoso e com medo de algo que você adora mas não entende de verdade.
Christian claramente adorava Lissa do seu jeito, mas tinha um brilho conhecido em seus olhos,
um senso que os dividiam um entendimento um do outro tão perfeito e poderoso que não era
necessário palavras para conduzi-lo.
“Você não acha que nós para o inferno por isso?” perguntou Lissa.
Ele a alcançou e tocou seu rosto, traçando seus dedos pela bochecha e pescoço e para baixo
em sua camiseta de seda. Ela respirava pesado com aquele toque, era um gesto gentil e
pequeno, mas evocava uma forte paixão nela.
“Por isso?” Ele brincou com as extremidades da camiseta, deixando seus dedos mal
encostarem dentro dela.
“Não,” ela riu. “Por isso.” Ela gesticulou ao redor de forma teatral. “Isso é uma igreja.Nós não
deveríamos fazer esse tipo, hum, de coisa aqui.”
“Não é verdade,” ele discutiu. Gentilmente, ele a puxou para as costas dele e se inclinou por
cima. “A igreja é lá embaixo. Isso é um armazém. Deus não vai se importar.”
“Você não acredita em Deus,” ela o castigou. Suas mão foram para o peito dele. Seus
movimentos eram leves e deliberados como os dele, e ela despertava a mesma resposta
poderosa nele.
Ele tinha lembranças felizes enquanto ela deslizava debaixo de sua camiseta e em cima de sua
barriga. “ Eu vou mimar você “
“ Você diria qualquer coisa nesse momento”, ela acusa nesse momento. Os dedos dela
pegaram a borda de sua camiseta e a puxou para cima. Ele se moveu para que ela pudesse
puxar até o fim, e então se inclinou em cima dela, sem camisa.
“Você está certo” ela concordou. Ele ,com cuidado, abriu um botão de sua blusa. Apenas um.
Então, ele de novo se inclinou para baixo, e deu para ela um daqueles fortes e profundos
beijos. Quando ele veio buscar por ar, ele continuou como se nada tivesse acontecido. “ Me
Diga o que você precisa ouvir, e eu vou dizer.” Ele abriu outro botão.
“ Não há nada que eu precisa ouvir,” ela riu. Outro botão foi aberto. “ Você pode me dizer o
que você quiser- seria muito bom se fosse verdade.”
“ A verdade, huh? Ninguém quer ouvir a verdade. A verdade nunca é sexy. Mas você...” O
ultimo botão foi aberto, jogou sua camiseta longe. “ Você é muito sexy para ser real. “
Suas palavras mantiveram o tom de voz, que é sua marca registrada, mas seus olhos
transmitiram uma mensagem completamente diferente. Eu estava testemunhando esta cena
através dos olhos de Lissa, mas eu podia imaginar o que ele via. Sua pele suave e branca. Sua
cintura e quadris magros. O sutiã branco de laços. Através dela eu podia sentir que o tecido
coçava, mas ela não se importava.
Sentimento tanto de afeição quanto de fome se espalharam por suas feições. Através de Lissa,
eu podia sentir seu coração bater mais rápido e respiração aumentar. Emoções similares as de
Christian enevoaram todos os outros pensamentos. Virando para baixo, ele deitou em cima
dela, pressionando seus corpos juntos. Sua boca buscava a dela de novo, e quando seus lábios
e línguas fizeram contato, eu sabia que tinha de sair de lá.
Porque eu entendi. Eu entendi porque Lissa tinha se arrumado e porque seu ninho de amor
tinha sido enfeitado como um quarto de hotel. Era isso. O momento. Depois de um mês
namorando, eles iriam fazer sexo. Lissa, eu sabia, já havia feito antes com seu antigo
namorado. Eu não sabia do passado de Christian, mas eu sinceramente duvidada que muitas
garotas tinham sido vítimas do seu charme.
Mas sentindo o que Lissa sentia, eu podia dizer que nada disso importava. Não naquele
momento. Nessa hora, eram apenas os dois e o que eles sentiam um pelo outro era o certo
agora. E em uma vida cheia de preocupações que alguém da idade dela não deveria ter, Lissa
sentia absoluta certeza sobre o que ela estava fazendo. Era o que ela queria. O que ela queria
por um longo tempo com ele.
E eu não tinha direito de estar testemunhando isso.
E a quem eu estava enganando? Eu não queria testemunhar isso. Eu não sentia prazer em
assistir outras pessoas se pegando, e eu com certeza não queria experimentar sexo com
Christian. Seria como perder ,virtualmente, minha virgindade.
Mas Jesus Cristo, Lissa não estava facilitando para eu sair de sua cabeça. Ela não tinha desejo
de se desapegar de sentimentos e emoções, e quanto mais forte ficavam, com mais força eles
me seguravam. Tentando me distanciar dela, eu foquei minhas energias em voltar a mim
mesma, me concentrando o máximo que eu pude.
Mais roupas desapareceram...
A camisinha apareceu...ecaaa.
Você é sua própria pessoa, Rose. Volte para a sua cabeça.
Seus membros se interligaram, seus corpos se moviam juntos...
Filho da-
Eu sai de sua cabeça e voltei a mim mesma. Mais uma vez, eu estava de volta no meu quarto,
mas eu não tinha mais nenhum interesse em arrumar minha mochila. Meu mundo inteiro
estava de cabeça para baixo. Eu me senti estranha e violada- quase sem ter certeza se eu era
Rose ou se eu era Lissa. Eu também sentia ressentimento em relação a Christian de novo. Eu
certamente não queria fazer sexo com Lissa, mas tinha a mesma dor forte dentro de mim,
aquele frustrante sentimento em que eu não mais era o centro do mundo dela.
Deixando a mochila intocada, eu fui direto para a cama, colocando meus braços em volta de
mim mesma e ficando em posição de feto, eu tentei oprimir a dor que eu sentia em meu peito.
Eu adormeci bem rápido e acordei cedo como resultado. Normalmente, eu tinha que me
arrastar para fora da cama para ir encontrar Dimitri, mas hoje eu apareci cedo o suficiente que
eu na verdade cheguei mais cedo que ele no ginásio. Enquanto eu esperava, eu vi Mason
passando por um dos prédios em direção a salas de aula.
“Whoa,” eu chamei. “Desde quando você acorda tão cedo?”
“Desde que eu tive que rezar o teste de matemática,” ele disse, andando para perto de mim.
Ele me deu seu sorriso travesso. “Talvez valha a pena perder, no entanto, para ficar com você.”
Eu ri, me lembrando da conversa que tive com Lissa. Sim, definitivamente haviam coisas piores
que eu podia fazer que flertar e começar algo com Mason.
“Nah.Você pode entrar em problemas, mas eu não teria um verdadeiro desafio nas
montanhas.”
Ele virou os olhos, ainda sorrindo. “Sou eu com o verdadeiro desafio, lembra?”
“Você já está pronta para apostar algo?Ou você ainda está com medo?”
“Assista,” ele preveniu, “ou eu posso pegar de volta seu presente de natal.”
“Você me comprou um presente?” Eu não esperava por isso.
“Sim. Mas se você continuar respondendo, eu posso dar ele para outra pessoa.”
“Como a Meredith?” eu provoquei.
“Ela é alem da sua conta, e você sabe.”
“Mesmo com um olho roxo?” eu perguntei com uma careta.
“Mesmo com dois olhos roxos.”
O olhar que ele me deu ali não era provocativo e nem mesmo sugestivo. Era só bom. Bom,
amigável, e interessante. Como se ele realmente se importasse. Depois de todo o estresse de
ultimamente, eu decidi que eu gostava de ser cuidada. E com a negligencia que eu estava
começando a sentir de Lissa, eu me dei conta que eu também meio que gostava de ter alguém
que prestava tanta atenção em mim.
“O que você vai fazer no natal?” eu perguntei.
Ele deu nos ombros. “Nada. Minha mãe quase veio mas teve que cancelar no ultimo minuto...
você sabe, com tudo que aconteceu.”
A mãe de Mason não era uma guardiã. Ela era um dhampir que decidiu cuidar da casa e ter
filhos. Como resultado, eu sabia que ele a via bastante. O que era irônico, eu pensei, é que a
minha mãe realmente estava aqui, mas para todas as intenções e propósitos, ela podia muito
bem estar em outro lugar.
“Saia comigo,” eu disse em um impulso.”Eu vou estar com Lissa e Christian e a tia dele. Vai ser
divertido.”
“Mesmo?”
“Muito divertido.”
“Não é isso que eu estou perguntando a você.”
Eu ri. “Eu sei. Só esteja lá,ok?”
Ele me deu uma de suas galantes reverencias que ele gostava de fazer. “Absolutamente.”
Mason saiu quando Dimitri apareceu para o treinamento.Falar com Mason me fez sentir
vertiginosa e feliz;eu não tinha pensado sobre meu resto quando estava com ele. Mas com
Dimitri, eu de repente me tornei auto-consciente.Eu não queria ser nada além menos que
perfeita com ele, e enquanto ele andava para dentro, eu me virei para que ele não pudesse
olhar pra mim completamente. Me preocupar com isso diminuiu o meu humor, e enquanto eu
me aprumava, todas as outras coisas que estavam me incomodando voltaram.
Nós voltamos para o quarto de treinamento com os bonecos, e ele me disse que simplesmente
queria que eu praticasse as manobras de dois dias atrás. Feliz por ele não ter comentado sobre
a briga, eu fui fazer minha tarefa com um ardente zelo, mostrando aos bonecos o que
aconteceria se eles mexessem com Rose Hathaway. Eu sabia que a minha luta furiosa tinha se
incendiado por mais do que um simples desejo de me sair bem. Meus sentimentos estavam
fora de controle essa manhã, grosso e intenso devido ao a luta com a minha mãe e o que eu
tinha testemunhado com Lissa e Christian a noite passada. Dimitri sentou e me assistiu,
ocasionalmente criticando minha técnica e oferecendo sugestões para novas táticas.
“Seu cabelo está no caminho,” ele disse em certo ponto. “Você não está apenas bloqueando
sua visão periférica, você está correndo o risco de deixar seu inimigo buscar apoio.”
“Se eu estivesse mesmo numa luta, eu usaria preso.” Eu resmunguei enquanto empurrava a
estaca por entre as “costelas” do boneco. Eu não sabia do que esses ossos artificiais eram
feitos, mas eles eram uma merda para desviar. Eu pensei sobre minha mãe de novo e adicionei
uma força extra no golpe. “Eu estou apenas usando solto hoje, só isso.”
“Rose,”ele disse preventivo. Ignorando ele, eu empurrei de novo. A voz dele veio mais afiada
da próxima vez que ele falou. “Rose. Pare.”
Eu me afastei do boneco, surpresa por encontrar minha respiração difícil. Eu não tinha me
dado conta que estava trabalhando com tanta força.Minhas costas bateram na parede. Sem
lugar pra ir, eu olhei pra longe dele, direcionando meus olhos para o chão.
“Olhe para mim,” ele ordenou.
“Dimitri-“
“Olhe para mim.”
Não importava nossa história de proximidade, ele ainda era meus instrutor. Eu não podia me
recusar a obedecer uma ordem direta. Devagar, e relutante eu me virei para ele, ainda
colocando minha cabeça um pouco para baixo para que o cabelo ficasse do lado do meu rosto.
Se levantando da cadeira dele, ele andou para perto e parou na minha frente.
Eu evitei seus olhos mas vi sua mão se inclinar para frente para tirar meu cabelo do resto.
Então ele parou. Assim como a respiração dele. Nossa atração meio vivida tinha se enchido de
perguntas e reservas, mas uma coisa eu sabia com certeza: Dimitri tinha amado meu cabelo.
Talvez ele ainda amasse. É um ótimo cabelo, eu admito. Longo e macio e escuro. Ele
costumava encontrar desculpas para tocá-lo, e ele tinha me dito tantas vezes que era contra
cortar ele como tantas guardiãs faziam.
A mão dele pairava sobre ele, e o mundo parou enquanto eu esperava para ver o que ele faria.
Depois do que parecia uma eternidade, e deixou sua mão gradualmente cair ao seu lado. O
desapontamento queimou e se apossou de mim, e no entanto ao mesmo tempo, eu entendi
algo. Ele hesitou. Ele tinha ficado com medo de me tocar,o que talvez – apenas talvez –
significasse que ele ainda queria.Ele teve que se segurar.
Eu devagar inclinei minha cabeça para que pudéssemos fazer contato visual. A maior parte do
cabelo saiu do meu resto – mas não todo. As mãos dele tremeram de novo e eu esperei de
novo que ele a inclinasse para frente. A mão se firmou. Minha excitação diminuiu.
“Dói?” ele perguntou. O cheiro daquele pós barba, misturado com seu suor, se apoderou de
mim. Deus, eu queria que ele tivesse me tocado.
“Não,” eu menti.
“Não está tão ruim,” ele me disse. “Vai sarar.”
“Eu odeio ela,” eu disse, surpresa com quanto veneno essas palavras tinham.Mesmo quando
eu havia me excitado de repente e querendo Dimitri, eu ainda não podia deixar de lado o
rancor que eu mantinha contra a minha mãe.
“Não,você não odeia.” Ele disse gentilmente.
“Eu odeio.”
“Você não tem tempo de odiar ninguém,”ele avisou, sua voz ainda gentil.”Não na nossa
profissão.Você deveria fazer as pazes com ela.”
Lissa tinha dito exatamente a mesma coisa.Ultraje se juntou as minhas emoções. A escuridão
em mim começou a fluir. “Fazer as pazes com ela?Depois que ele deu um olho roxo de
propósito!Porque eu sou a única que vê o quão louco isso é?”
“Ela não fez isso de propósito,” ele disse, sua voz dura. “Não importa o quanto você seja
ressentida com ela, você tem que acreditar nisso.Ela não faria isso, e de qualquer forma, eu a
vi mais tarde naquele dia. Ela estava preocupada com você.”
“Provavelmente mais preocupa que alguém fizesse uma acusação de abuso de crianças,” eu
murmurei.
“Você não acha que essa é a época do ano para perdoar?”
Eu suspirei alto.”Isso não é um especial de natal!Isso é a minha vida. No mundo real, milagres
e coisas boas não simplesmente acontecem.”
Ele ainda me olhava com calma. “No mundo real, você pode fazer seus próprios milagres.”
Minha frustração de repente estava na beira de explodir, e eu desisti tentando manter meu
controle. Eu estava tão cansada de ser sempre razoável, fazer coisas praticas sempre que as
cosias davam errada na minha vida. Em algum lugar dentro de mim, eu sabia que Dimitri só
queria ajudar, mas eu não estava no humor para palavras de boa intenção. Eu queria conforto
pelos meus problemas. Eu não queria pensar sobre o que me faria uma pessoa melhor. Eu
queria que ele só me segurasse e me disse para não me preocupar.
“Ok, você pode parar com isso de uma vez?” eu exigi, mãos nos meus quadris.
“Parar com o que?”
“Com essa merda Zen. Você não fala comigo como uma pessoa de verdade. Tudo que você diz
é só alguma sábia lição de vida idiota. Você soa como um especial de natal.” Eu sabia que não
era justo descontar minha raiva nele, mas eu estava praticamente gritando. “Eu juro, as vezes
parece que você só quer se ouvir falar!E eu sei que você não é sempre assim. Você estava
perfeitamente normal quando você falou com Tasha. Mas comigo? Você só segue a maré.
Você não se importa comigo. Você só está preso no seu estúpido papel de mentor.”
Ele me encarou, surpreso de maneira não característica. “Eu não me importo com você?”
“Não.” Eu estava sendo pequena – muito, muito pequena. E eu sabia a verdade – que ele se
importava e mais do que apenas como um mentor. Eu não podia me impedir, no entanto. Só
continuou vindo mais e mais. Eu golpeei seu peito com meu dedo. “Eu sou outra aluna pra
você. Você só continua com suas estúpidas lições de vida para que – “
A mão que eu esperava que tocasse meu cabelo de repente se ergueu e agarrou minha mão
que apontava. Ele a prendeu contra a parede, e eu estava surpresa em ver uma chama de
emoção em seus olhos. Não era raiva exatamente...mas era frustração de outro tipo.
“Não me diga o que eu estou sentindo,” ele rosnou.
Então eu vi que metade do que eu tinha dito era verdade. Ele era quase sempre calmo, sempre
no controle – mesmo quando lutava. Mas ele também tinha me contado como ele havia
perdido a cabeça e batido no seu pai Moroi. Ele tinha sido como eu algum dia – sempre
prestes a agir sem pensar, fazendo coisas que ele sabia que não devia.
“É isso, não é?”eu perguntei.
“O que?”
“Você está sempre lutando por controle. Você é igual a mim.”
“Não,” ele disse, ainda obviamente emocionado. “Eu aprendi meu controle.”
Algo sobre essa nova realização me encorajou. “Não,” eu informei a ele.”Você não
aprendeu.Você coloca uma boa cara, e a maior parte do tempo você fica em controle. Mas as
vezes você não pode. E as vezes...” Eu me inclinei para frente, baixando minha voz. “As vezes
você não quer.”
“Rose...”
Eu podia ver sua respiração difícil e eu sabia que o coração dele estava batendo tão rápido
quanto o meu. E ele não estava se afastando. Eu sabia que isso era errado – sabia de todas as
razões lógicas para nós ficarmos separados. Mas bem ali, eu não me importava. Eu não queria
me controlar. Eu não queria ser boa.
Antes dele se dar conta o que estava acontecendo, eu o beijei. Nosso lábios se encontraram, e
quando eu senti ele me beijar de volta, eu sabia que era o certo. Ele se apertou mais perto de
mim, me apertando contra a parede. Ele continuou apertando minha mão, mas a outra se
colocou atrás da minha cabeça, deslizando no meu cabelo. O beijo era cheio de tanta
intensidade; tinha raiva, paixão, liberação...
Foi ele que parou. Ele se jogou para longe de mim dando vários passos para trás, parecendo
abalado.
“Não faça isso de novo,” ele disse duramente.
“Não me beije de volta então,” eu respondi.
Ele me encarou pelo que pareceu ser para sempre. “Eu não dou lições “Zen” para me ouvir
falar. Eu as dou porque você é outro aluno. Eu estou fazendo isso para te ensinar a se
controlar.”
“Você está fazendo um ótimo trabalho,” eu disse brevemente.
Ele fechou seus olhos por meio segundo, expirou, e murmurou algo em russo. Sem me olhar
de novo, ele se virou e saiu do quarto.

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