quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A.Vampiro - aura negra (capitulo 9)


NOVE
Eu não vi Dimitri por um tempo depois disso. Ele mandou uma mensagem mais tarde naquele
dia dizendo que era melhor cancelar as nossas próximas duas sessões por causa dos planos de
deixar o campus que já estavam quase chegando. As aulas estão pra acabar de qualquer
forma, ele disse; tirar uma folga do treino parece uma coisa razoável.
Era uma desculpa idiota, e eu sabia que não era esse o motivo dele estar cancelando. Se ele
queria me evitar, eu teria preferido que ele tivesse inventado algo sobre como ele e mais
alguns guardiões tinham que cuidar da segurança ou treinar movimentos ninja ultra secretos.
Independente da história, eu sabia que ele estava me evitando por causa do beijo. Aquele
maldito beijo. Eu não me arrependia, não exatamente. Só Deus sabia o quanto eu estava
esperando por ele. Mas eu o beijei pelas razões erradas. Eu o beijei porque eu estava chateada
e frustrada e só queria provar que eu podia. Eu estava tão cansada de fazer a coisa certa o
tempo todo, a coisa inteligente. Eu estava tentando estar mais no controle ultimamente, mas
eu parecia estar escorrendo.
Eu não tinha esquecido do aviso que ele me deu uma vez – que nós ficarmos juntos não era só
um problema de idade. Interferiria no nosso trabalho. Forçá-lo a me beijar...bem, eram as
chamas de um problema que eventualmente iria prejudicar Lissa. Eu não deveria ter feito isso.
Ontem, eu estive incapaz de me parar. Hoje eu podia ver com mais clareza e não conseguia
acreditar no que eu tinha feito.
Mason me encontrou na manhã de natal, e nós fomos nos encontrar com os outros. Foi uma
boa oportunidade para tirar Dimitri da minha cabeça. Eu gostava de Mason-bastate. E não era
como se eu tivesse que fugir e casar com ele. Como Lissa tinha dito, seria saudável para mim
só namorar alguém de novo.
Tasha era a anfitriã do nosso brunch de natal em um elegante salão nos quartos de convidados
da Academia. Várias atividades de grupos e festas estavam ocorrendo na escola, mas eu
rapidamente notei que a presença de Tasha sempre criava um distúrbio. As pessoas ou a
encaravam ou saiam do seu caminho para evitá-la. As vezes ela os desafiava. As vezes ela só
era discreta. Hoje, ela escolheu ficar fora do caminho dos outros da realeza e simplesmente
aproveitar essa pequena, e privada festa com aqueles que não a evitava.
Dimitri tinha sido convidado, e um pouco da minha resolução dissolveu quando eu o vi. Ele
realmente se vestiu para a ocasião. Ok, “se vestiu,” talvez seja um exagero, mas era o mais
perto que eu já vi chegar disso. Normalmente ele parecia um pouco duro... como se ele
pudesse entrar em uma batalha a qualquer momento. Hoje, seu cabelo escuro estava
amarrado na sua nuca, como se ele realmente tivesse tentado fazer ele ficar legal. Ele usava
suas jeans e botas de couro usual, mas ao invés de uma camisa ou uma camisa térmica, ele
usava um suéter preto. Era um suéter normal, nada cara ou de grife, mas acrescentava um
toque de polimento que eu não via normalmente, e oh meu Deus, ficava muito bem nele.
Dimitri não foi mal comigo nem nada disso, mas ele certamente não saiu do seu caminho para
conversar comigo. Ele conversou com Tasha, no entanto, e eu assisti fascinada enquanto eles
conversavam naquele jeito fácil deles. Eu soube que um bom amigo dele era um primo
distante da família de Tasha; que tinha sido como os dois haviam se encontrado.
“Cinco?” perguntou Dimitri surpreso. Eles estavam discutindo o número de filhos do amigo.
“Eu não ouvi isso.”
Tasha acenou. “É loucura. Eu juro, eu não acho que a esposa dele teve mais de 6 meses de
folga entre os nascimentos. Ela é baixa,também – então ela só ficou mais e mais gorda.”
“Quando eu o encontrei pela primeira vez, ele jurou que ele não queria filhos.”
Os olhos dela cresceram excitados. “Eu sei!Eu não posso acreditar. Você deveria ver agora. Ele
simplesmente derrete perto deles. Eu nem consigo entendê-lo metade do tempo. Eu juro, ele
fala mais língua de bebê do que inglês.”
Dimitri deu um raro sorriso. “Bom...crianças fazem isso com as pessoas.”
“Eu não consigo imaginar isso acontecer com você,” ela riu. “Você é sempre tão severo. É
claro... eu suponho que você usaria a língua de bebê em russo, então ninguém nunca saberia.”
Os dois riram disso, e eu me virei, agradecida por Mason estar lá para conversar com ele. Ele
era uma boa distração pra tudo, porque além de Dimitri me ignorar, Lissa e Christian estavam
conversando em seu próprio mundo também. Sexo parecia ter deixado eles muito mais
apaixonados, e eu me pergunto se eu vou passar algum tempo com ela na viagem de esqui. Ela
eventualmente se afastou para me dar seu presente de natal.
Eu abri a caixa e olhei para dentro.Eu vi um rosário, e o cheiro de rosas flutuou no ar.
“O que ...”
Eu levantei o rosário, e um crucifixo pesado balançou na ponta dele. Ela tinha me dado um
achotki. Era parecido a um rosário, mas menor. Do tamanho de um bracelete.
“Você está tentado me converter?” eu perguntei ironicamente. Lissa não era uma louca
religiosa nem nada assim, mas ela acreditava em Deus e ia a igreja regularmente. Como muitas
famílias Moroi que tinham vindo da Rússia ou do Leste Europeu, ela era Cristã Ortodoxa.
Eu? Eu era basicamente uma Ortodoxa Agnóstica. Eu imagino que Deus provavelmente existe,
mas eu não tinha o tempo ou a energia para investigar. Lissa respeitava isso e nunca tentou
me passar a fé dela, o que fazia o presente ser muito mais estranho.
“Vire ao contrário,” ela disse, claramente entretida com meu choque.
Eu virei. Atrás da cruz, um dragão decorado com flores tinha sido entalhado no outro. O
símbolo dos Dragomir. Eu olhei para ela, estarrecida.
“É uma herança de família,” ela disse. “Um dos melhores amigos de papai tem guardado caixas
dessas coisas. Isso estava lá. Pertencia a guardiã da minha bizavó.”
“Liss...” eu disse. O chotki teve um outro significado. “Eu não posso... você não pode me dar
algo assim.”
“Bem, eu certamente não posso ficar com ele. É para um guardião. Meu guardião.”
Eu enrolei o rosário no meu pulso. A cruz era fria contra a minha pele.
“Você sabe,” eu provoquei,”tem uma boa possibilidade deu ser expulsa da escola antes de
poder me tornar sua guardiã.”
Ela riu.”Bem, quando isso acontecer você devolve.”
Todo mundo riu. Tasha começou a dizer algo, então parou quando olhou para porta.
“Janine!”
Minha mãe estava parada lá, parecendo mais rígida e impassível que nunca.
“Desculpe o atraso,” ela disse.”Eu negócios a tratar.”
Negócios. Como sempre. Mesmo no natal.
Eu senti meu estomago se remexer e calor subiu para as minhas bochechas enquanto os
detalhes da nossa briga vinham a minha mente. Ela nunca mandou uma palavra de
comunicação desde do ocorrido dois dias atrás, nem mesmo quando eu estava na enfermaria.
Nada de desculpas. Nada. Eu cerrei os dentes.
Ela se sentou conosco e logo se juntou a conversa. Fazia muito tempo eu sabia que ela só sabia
falar de uma coisa: assuntos de guardiões. Eu me pergunto se ela tem algum hobbie.O ataque
aos Badica estava na mente de todos, e isso a levou para uma conversa sobre uma luta
parecida que ela esteve. Para meu horror, Mason estava preso no mundo dela.
“Bom, decapitar alguém não é tão fácil quanto parece,” ela disse em seu jeito de “aliás”. Eu
nunca pensei que fosse fácil, mas seu tom sugeriu que ela acreditava que todos achavam que
era moleza. “Você tem que passar pela espinha e os tendões.”
Através da ligação, eu senti Lissa ficar inquieta. Ela não gostava de conversas nojentas.
Os olhos de Mason se iluminaram. “Qual é a melhor arma pra fazer isso?”
Minha mãe considerou. “Um machado. Você coloca mais peso nele.”Ela fez um movimento
ilustrativo.
“Legal,” ele disse. “Cara, eu espero que eles me deixem carregar um machado.” Era uma idéia
cômica e ridícula, já que machados não eram armas convenientes para carregar por aí. Por
meio segundo, a idéia de Mason andando pela rua com uma machado em seus ombros
melhorou meu humor. O momento passou rápido.
Eu honestamente não conseguia acreditar que estávamos tendo essa conversa no natal. A
presença dela tinha azedado tudo. Felizmente, os convidados eventualmente se dispersaram.
Lissa e Christian foram fazer suas próprias coisas, e Dimitri e Tasha aparentemente tinham
mais coisas para conversar. Mason e eu estávamos a caminho do dormitório dos dhampirs
quando minha mãe se juntou a nós.
Nenhum de nós disse nada. Estrelas enchiam o céu. Brilhantes e agudas, seu brilho combinava
com o gelo e a neve ao redor de nós. Eu usava minha capa marfim com pele falsa . Fez um bom
trabalho em manter meu corpo quente, embora eu não fizesse nada contra a rajada de vento
que atingia meu rosto. O tempo todo que andamos, eu fiquei esperando que minha mãe
virasse para a área dos guardiões, mas ela entrou no dormitório conosco.
“Eu estava querendo falar com você,” ela disse finalmente. Meu alarme ligou. O que eu tinha
feito agora?
Isso foi tudo o que ela disse, mas Mason entendeu instantaneamente. Ele não era idiota ou
inconsciente das pistas sociais, embora naquele momento, eu meio que desejava que ele
fosse. Eu também achei irônico que ele quisesse lutar com cada Strigoi no mundo mas tivesse
medo da minha mãe.
Ele me olhou pedindo desculpas, encolheu os ombros e disse, “Hey, eu preciso ir, hum, para
algum lugar. Eu vejo você depois.”
Eu observei com lamento enquanto ele partia, desejando poder correr junto com ele. Minha
mãe provavelmente iria me atacar ou socar meu outro olho se eu tentasse fugir. Melhor fazer
as coisas do jeito dela e acabar logo com isso. Virando inconfortável, eu olhei para ela e
esperei ela falar. Pelo canto dos meus olhos, eu notei algumas pessoas nos olhando.
Lembrando que todo mundo parecia saber que ela tinha me dado um olho roxo, eu de repente
decidi que eu não queria que as testemunhas ao redor vissem qualquer sermão que ela estava
prestes a me dar.
“Você quer, hum, ir para o meu quarto?” eu perguntei.
Ela parecia surpresa, quase em duvida. “Claro.”
Eu a levei para cima, mantendo uma distancia segura enquanto andávamos. Uma grande
tensão se criou entre nós. Ela não disse nada quando chegamos no meu quarto, mas eu a vi
examinar cada detalhe com cuidado, como se um Strigoi pudesse entrar ali. Eu sentei na cama
e esperei ela entrar, sem saber o que fazer. Ela passou seus dedos por uma pilha de livros de
comportamento animal e evolução.
“Esses são para um relatório?” ela perguntou.
“Não. Eu só me interesso por eles, só isso.”
As sobrancelhas dela levantaram. Ela não sabia disso. Mas como ela saberia? Ela não sabia
nada sobre mim. Ela continuou sua avaliação, parando e estudando coisas pequenas que
aparentemente a surpreenderam sobre mim. Uma foto de Lissa e eu vestidas de fadas no
Halloween. Uma bolsa de SweeTarts. Era como se minha mãe estivesse me encontrando pela
primeira vez.
Bruscamente, ela se virou e estendeu sua mão para mim. “Aqui.”
Assustada, eu me inclinei para frente e pus minha palma embaixo da dela. Algo pequeno e frio
caiu na minha mão. Era um pingente redondo, bem pequeno – não era muito maior que uma
moeda de 10 centavos. A base de prata segurava um disco de vidro liso com círculos coloridos.
Franzindo a sobrancelha, eu passei meu dedo pela superfície. Era estranho, mas os círculos
quase pareciam um olho. O interior era menor, como uma pupila. Era um azul tão escuro que
parecia preto. Ao redor tinha um circulo grande de um azul pálido, e que ao redor tinha um
circulo branco. Uma pequena, pequena parte da aquele azul escuro circulava fora do branco.
“Obrigado,” eu disse. Eu não esperava nada dela. O presente era estranho, porque diabos ela
me daria um olho? – mas era um presente. “Eu não... eu não tenho nada pra você.”
Minha mãe acenou, rosto vazio e sem preocupação de novo. “Está tudo bem. Eu não preciso
de nada.”
Ela se virou de novo e começou a andar pelo quarto. Ela não tinha muito espaço para fazer
isso, mas sua altura a fazia dar passos menores. Cada vez que ela passava pela janela na frente
da minha cama, a luz atingia seu cabelo e o iluminava. Eu assisti a curiosidade dela e percebi
que ela estava tão nervosa quanto eu.
Ela parou de andar e olhou para mim. “Como está seu olho?”
“Melhorando.”
“Ótimo,” ela abriu sua boca, e eu tive a sensação que ela estava prestes a se desculpar. Mas
ela não se desculpou.
Quando ela começou a andar de novo, eu decidi que eu não conseguia agüentar ficar parada.
Eu comecei a colocar meus presentes para longe. Eu tinha ganhando uma boa quantidade de
coisas essa manhã. Um deles era um vestido de seda de Tasha, vermelho e bordado com
flores. Minha mãe me assistiu pendurar ele no pequeno armário do quarto.
“Isso foi muito gentil de Tasha.”
“É,” eu concordei. “Eu não sabia que ela ia me dar alguma coisa. Eu gosto muito dela.”
“Eu também.”
Eu virei do armário surpresa e encarei minha mãe. Sua surpresa me encarou. Se eu não
soubesse melhor, eu diria que nós estávamos concordando em algo. Talvez um milagre de
natal tenha acontecido.”
“O guardião Belikov será um bom companheiro para ela.”
“Eu-“ eu pisquei, sem ter certeza do que ela estava falando. “Dimitri?”
“Guardião Belikov,” ela me corrigiu firmemente, ainda não aprovando meu jeito casual de me
dirigir a ele.
“Que...que tipo de companheiro?” eu peguntei.
Ela levantou uma sobrancelha. “Você não ficou sabendo? Ela pediu a ele que fosse seu
guardião – já que ela não tem um.”
Eu senti como se tivesse levado um novo soco. “Mas ele...ele foi designado para cá. E para
Lissa.”
“Arranjos podem ser feitos. E independente da reputação dos Ozera... ela ainda é da realeza.
Se ela forçar, ela pode pegar ele.”
Eu encarei um espaço em branco. “Bom, eu acho que eles são amigos e tudo mais.”
“Mais do que isso – ou possivelmente poderiam ser.”
Bam! Soco de novo.”
“O que?”
“Hmm? Oh. Ela... se interessa por ele.” Pelo tom da minha mãe, era claro que romantismo não
interessava para ela. “Ela estava disposta em ter filhos dhampir, então é possível que eles
eventualmente façam a, um, arranjos se ele for o guardião dela.”
Oh. Meu. Deus.
Tempo parou.
Meu coração parou de bater.
Eu percebi que a minha mãe estava esperando por uma resposta. Ela estava inclinada contra a
mesa, me observando. Ela pode ser capaz de caçar um Strigoi, mas ela era inconsciente dos
meus sentimentos.
“Ele... ele vai fazer isso? Ser o guardião dela?” eu perguntei fracamente.
Minha mãe deu nos ombros. “Eu não acho que ele concordou com isso ainda, mas é claro que
ele vai. É uma ótima oportunidade.”
“É claro,” eu repeti. Porque Dimitri recusaria a chance de ser guardião de uma amiga dele e ter
um filho?
Eu acho que a minha mãe disse algo mais depois disso, mas eu não ouvi. Eu não ouvi nada. Eu
fiquei pensando sobre Dimitri deixando a Academia, me deixando. Eu pensei sobre como ele e
Tasha se davam tão bem. E então, depois disso, minha imaginação começou a improvisar
futuros cenários. Tasha e Dimitri juntos. Se beijando. Nus. Outras coisas...
Eu fechei meus olhos por meio segundo e depois os abri.
“Estou cansada.”
Minha mãe parou no meio da frase. Eu não faço idéia o que ela estava dizendo antes deu
interrompe-la.
“Estou cansada,” eu repeti. Eu podia ouvir o vazio na minha própria voz. Vazio. Nada de
emoções. “Obrigado pelo olho...um, coisa,mas se você não se importa...”
Minha mãe me olhou surpresa, suas feições abertas e confusas. E então, desse jeito, sua
parede de profissionalismo voltou para seu devido lugar. Até aquele momento, eu não tinha
percebido o quanto ela tinha deixado sair. Mas ela tinha. Só por um breve momento, ela se
deixou ficar vulnerável comigo. Aquela vulnerabilidade agora tinha desaparecido.
“É claro,” ela disse duramente. “Eu não quero incomodar você.”
Eu queria dizer a ela que não era isso. Eu queria dizer a ela que eu não estava expulsando ela
por qualquer razão pessoal. E eu queria dizer a ela que eu desejava que ela fosse gentil e
amorosa, uma mãe compreensível que você sempre ouve falar, uma que eu pudesse
conversar. Talvez até uma mãe que eu pudesse discutir minha vida amorosa perturbada.
Deus. Eu queria poder contar a qualquer um sobre isso, na verdade. Especialmente agora.
Mas eu estava presa em meu próprio drama pessoal para dizer uma palavra. Eu me sentia
como se alguém tivesse arrancado meu coração e jogado pelo quarto. Tinha um dor que
queimava e agonizada em meu peito, e eu não fazia idéia como ela podia ser preenchida. Era
uma coisa aceitar que eu não podia ter Dimitri. Era uma algo completamente diferente
perceber que outra pessoa podia.
Eu não disse mais nada para ela porque a minha capacidade de falar não existia mais. Furia
brilhou nos olhos dela, e os seus lábios ficaram lisos naquela expressão de desprazer que ela
normalmente usava. Sem outra palavra, ela se virou e saiu, batendo a porta. Ter batido a porta
era algo que eu também teria feito, na verdade. Eu acho que nós dividimos alguns genes afinal.
Mas eu esqueci dela quase que imediatamente. Eu só fiquei sentada pensando. Pensando e
imaginando.
Eu passei o resto do dia fazendo um pouco mais que isso. Eu não fui no jantar. Eu chorei. Mas
principalmente, eu só fiquei sentada na minha cama pensando e ficando cada vez mais
deprimida. Eu também descobri que a única coisa pior que imaginar Dimitri e Tasha juntos era
lembrar quando eu e ele estávamos juntos. Ele nunca mais me tocaria daquele jeito, nunca me
beijaria de novo...
Esse era o pior natal de todos.

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