sábado, 17 de março de 2012

A.Vampiro - tocada pelas sombras (capitulo 10)

DEZ
No dia seguinte, voltei as minhas funcoes como guardia de Christian. De novo, minha vida foi
posta de lado para outra pessoa.
“Como foi sua penitencia?” ele perguntou enquanto cruzavamos o campus.
Eu segurei um bocejo. Eu nao consegui dormir, devido a meus sentimentos por Dimitri e por
causa do que o Padre Andrew tinha me contado. Ainda sim, eu mantive um olhar afiado. Esse
era o local onde Stan ja tinha nos atacado duas vezes,e alem do mais, os guardioes eram
doentes e problematicos o suficiente para vir atras de mim quando eu estava tao exausta.
“Foi ok. O padre nos deixou sair mais cedo.”
“Nos?”
“Dimitri apareceu para me ajudar. Eu acho que ele sentia mal por mim ficar presa com aquele
trabalho.”
“Ou isso ou ele nao tinha mais nada para fazer agora que ele nao esta fazendo treinamentos
extras.”
“Talvez, mas eu duvido. No geral, eu acho que nao foi um dia ruim.” A nao ser que voce
considere aprender sobre fantasmas.
“Eu tive um dia otimo,” disse Christian, uma menor quantidade de presuncao em sua voz.
Eu reprimi a vontade de virar os olhos. “E, eu sei.”
Ele e Lissa tinham se aproveitado da falta de guardioes para se aproveitar um do outro. Eu
suponho que eu deveria ter ficado feliz por eles esperarem ate Eddie e eu nao estarmos por
perto, mas em muitas formas, nao importava. Verdade, quando estava acordada, eu podia
bloquear todos os detalhes, mas eu ainda sabia o que o que estava acontecendo. Um pouco de
inveja e raiva que eu sentia pela ultima vez que eles estiveram juntos retornou. Era o mesmo
problema todo de novo: Lissa estava fazendo todas as coisas que eu nao podia.
Eu estava morrendo de vontade para comer cafe. Eu podia sentir o cheiro de torradas e xarope
de bordo. Carboidratos e mais carboidratos. Ymm. Mas Christian queria sangue antes de
comer comida solida, e as necessidades dele venceram as minhas. Eles vem primeiro. Ele
aparentemente tinha pulado sua alimentacao diaria de sangue ontem –provavelmente para
maximizar o tempo romantico.
O a sala de alimentacao nao estava cheia, mas nos ainda sim tivemos que esperar.
“Hey,” eu disse. “Voce conhece Brett Ozera? Voces sao parentes, certo?” Depois do meu
encontro com Jill, eu finalmente coloquei os quebra-cabecas juntos. Brett Ozera e Dane Zeklos
como Brandon parecia no dia do primeiro ataque de Stan. O desastre do ataque me fez
esquecer completamente sobre Brandon, mas a coincidencia aqui finalmente agucou minha
curiosidade. Todos os tres tinham apanhado.Os tres estavam negando.
Christian acenou. “E, de certa forma todos parentes.Eu nao o conheco tao bem –ele e tipo um
primo de 3o ou 4o grau. Seu lado da familia nao tem muito a ver comigo desde...bem, voce
sabe,”
“Eu ouvi algo estranho sobre isso.” Entao em relacionei o que Jill tinha me dito sobre Dane e
Brett.
“Isso e estranho,” concordou Christian. “Mas pessoas brigam.”
“E, mas tem algo estranho aqui. E a realeza normalmente nao se mete em brigas –todos eles
sao.
“Bem, talvez seja isso.Voce sabe como e.Muitos da realeza estao se irritando com quem nao e
nobre e querendo mudar a forma dos guardioes serem selecionados para Moroi e querem
lutar. Esse e todo o ponto do clube idiota do Jesse e do Ralf. Eles querem se certificar que a
realeza fique por cima. Os plebeus provavelmente estao ficando putos e querem lutar.”
“Entao,o que, algum tipo de vigilante esta fazendo a realeza pagar?”
“Nao seria a coisa mais estranha que aconteceu por aqui,” ele apontou.
“Isso com certeza,” eu murmurei.
O nome de Christian foi chamado, e ele deu uma olhada. “Olhe pra isso,” ele disse feliz.”Alice
de novo.”
“Eu nao entendo sua fascinacao por ela,” eu apontei enquanto nos aproximavamos da velha
alimentadora.”Lissa sempre esta meio excitada em ver ela tambem. Mas Alice e louca.”
“Eu sei,’ ele disse. “Por isso que e tao bom.”
Alice nos cumprimentou enquanto Christian sentava ao lado dela. Eu me inclinei contra a
parede, bracos cruzados sobre o peito. Me sentindo inquieta, eu disse, “Alice, o cenario nao
mudou. Esta exatamente o mesmo da ultima vez.”
Ela virou seu olhar deslumbrado para mim.”Paciencia, Rose. Voce deve ser paciente. E
preparada. Voce esta preparada?”
A mudanca no assunto, me deixou um pouco anime. Era como falar com Jill, a nao ser que ela
era menos sa.”Um, me preparar como? Para o cenario?”
No que era uma ironia, ela olhou para mim como se eu fosse gorda. “Armada. Voce esta
armada? Voce vai nos proteger, nao vai?”
Eu pus minha mao dentro do meu casaco e tirei minha estaca de pratica que foi me dada para
a experiencia de campo. “Eu te cubro,” eu disse.
Ela parecia imensamente aliviada e aparentemente nao pode diferenciar uma estava de
verdade de uma falsa.”Otimo,” ela disse. “Agora estaremos seguros.”
“Isso mesmo,” disse Christian.”Com Rose armada, nao temos nada para nos preocupar. O
mundo Moroi pode descansar traquilo.”
Alicia nao percebeu o sarcasmo dele. “Sim.Bem,agora aqui e seguro.”
Eu escondi a estaca de novo. “Estamos a salvo. Temos os melhores guardioes do mundo nos
protegendo, sem mencionar as wards. Strigoi nao podem entrar aqui.”
Eu nao acrescentei o que recentemente tinha descoberto: que Strigoi podiam fazer humanos
quebrar as wards. Wards eram linhas invisiveis de poder que eram compostas dos 4
elementos. Elas eram criadas por 4 Moroi, cada um controlando um elemento, andava pela
area e fazia um circulo de magia no chao, criando uma barreira protetora. A magia dos Moroi
era cheia de vida, e um forte campo mantinha os Strigoi longe, ja que eles nao tinham vida.
Entao wards frequentemente eram colocadas em residencias Moroi. Varias delas estavam ao
redor da escola. Ja que estacas tambem tinham os 4 elementos, se podia perfurar atraves de
uma ward com a estaca e cancelar os efeitos protetores. Isso nunca tinha sido uma
preocupacao ja que Strigoi nao podem tocar nas estacas. No entanto, em um ataque recente,
humanos –que podem tocar nas estacas –tinha ajudado os Strigoi e quebrado algumas wards.
Nos acreditavamos que o Strigoi que eu matei tinha sido o chefe do grupo, mas eu ainda nao
tinha certeza.
Alice me estudou de perto com seus olhos enevoados, quase como se pudesse ver o que eu
estava pensando. “Nenhum lugar e seguro. Wards somem. Guardioes morrem.”
Eu olhei para Christian, que riu de um jeito “o que voce esperava dela?”
“Se voces ja terminaram com suas conversas de garota, posso comer agora?” ele perguntou.
Alice estava mais que feliz em obedecer; ele era a o primeiro que ela alimentava no dia. Ela
logo esqueceu sobre wards e tudo mais e simplesmente se perdeu no estase da mordida dele.
Eu esqueci das wards tambem. Eu tinha uma preocupacao, na verdade: Eu ainda queria saber
se Mason era real ou nao. Deixando de lado a explicacao do padre, eu tinha que admitir que as
visitas de Mason nao tinham sido ameacadoras, so assustadoras. Se ele queria me pegar, ele
nao estava fazendo um trabalho muito bom. De novo, eu comecei a me puxar para a teoria do
estresse e da fadiga.
“Agora e hora deu comer,” eu disse quando Christian terminou. Eu tinha certeza que eu podia
sentir o cheiro de bacon. Isso provavelmente deixou Christian feliz. Ele podia comer sua
torrada.
Nos mal entramos no salao quando Lissa veio correndo na nossa direcao, Eddie atras dela.
Excitacao estava no rosto dela, embora os sentimentos nao fossem exatamente feliz.
“Voce ficou sabendo?” ela perguntou, um pouco sem ar.
“Soube o que?” eu perguntei.
“Voce tem que se apressar –va arrumar suas coisas. Vamos ao julgamento de Victor. Agora.”
Nao houve aviso sobre quando seria o julgamento de Victor, muito menos que alguem decidiu
que nos iriamos. Christian e eu trocamos olhares rapidos, entao nos apressamos para o quarto
dele para pegar nossas coisas.
Se arrumar foi rapido. Minha mala ja estava pronta, e Christian levou apenas um minuto para
juntar suas coisas. Em menos de meia hora, estavamos nos jardins de fora da Academia. Dois
jatos privados estavam a nossa disposicao, cada um cheio de combustivel e pronto para partir.
Alguns Moroi se preocuparam sobre fazer coisas de ultimo minuto com o aviao.
Ninguem parecia saber o que estava acontecendo. Simplesmente tinham dito a Lissa que ela,
Christian, e eu iriamos testemunhar e que Eddie podia ir junto para continuar a experiencia de
campo. Nao houve explicacao do porque as coisas tinham mudado, e uma estranha mistura de
ansia e apreensao estava ao nosso redor. Todos queriamos ver Victor preso pra sempre, mas
agora que realmente encaravamos a realidade do julgamento e ver ele –bem, era meio
assustador.
Alguns guardioes se demoraram a entrar no aviao. Eu reconheci um deles como um dos que
tinham ajudado a capturar Victor. Eles provavelmente estariam no protegendo e tambem
testemunharia. Dimitri estava perto dos outros, e eu corri para perto dele.
“Eu sinto muito,” eu pus pra fora. “Eu sinto muito.”
Ele se virou para mim, seu rosto naquela perfeita figura de neutralidade que ele sempre
mantinha. “Desculpe pelo que?”
“Por todas as coisas terriveis que eu disse ontem. Voce conseguiu –voce realmente
conseguiu. Voce fez eles deixarem a gente ir.”
Apesar do meu nervosismo sobre ver Victor, eu estava cheia de deleite. Dimitri tinha
conseguido. Eu sempre soube que ele se importava comigo –e isso provava. Se nao tivesse
tantas pessoas ao nosso redor, eu teria abracado ele.
O rosto de Dimitri nao mudou. “Nao fui eu, Rose. Eu nao tive nada a ver com isso.”
Alberta disse que podiamos embarcar, e nos nos apressamos para nos juntar aos outros. Eu
congelei por um momento, observando ele e tentando descobrir o que aconteceu. Se ele nao
tinha intercedido, entao porque estavamos indo? Os esforcos diplomaticos de Lissa nao
tinham surtido efeito.Porque a mudanca de ideia?
Meus amigos ja tinham embarcado, entao me apressei para alcancar eles. Assim que eu pisei
na cabine, uma voz me chamou. “Pequena dhampir! Ja era hora de voce chegar.”
Eu olhei e vi Adrian acenando, um drink em sua mao. Otimo. Nos tivemos que implor para vir
junto, e ainda sim Adrian de algum jeito se meteu junto. Lissa e Christian estavam sentados
juntos, entao eu me juntei a Eddie na esperanca de ficar longe de Adrian. Eddie me deixou
sentar na janela. Adrian sentou na nossa frente, no entanto, era como estar sentado em nosso
lado, de tanto que ele se virava para falar comigo. Seu flerte barato e ultrajante indicavam que
ele estava bebendo bem antes de nos embarcarmos. Eu meio que queria ter bebido enquanto
estavamos no ar. Uma dor de cabeca bizarra comecou assim que o aviao levantou voo, e eu
entraria em um estado de fantasia que a vodka fizesse entorpecer a dor.
“Nos vamos para o tribunal.” Adrian disse. “Voce nao esta excitada com isso?”
Eu fechei meus olhos e esfreguei minhas temporas. “Qual deles? O da realeza ou o legal?”
“O da realeza. Voce trouxe um vestido?”
“Ninguem me disse pra trazer.’
“Entao... isso e um “nao.””
“Sim.”
“Sim? Eu pensei que voce tinha dito nao.”
Eu abri meus olhos e o encarei. “Eu disse nao, e voce sabe. Nao, eu nao trouxe um vestido.”
“Vamos conseguir um pra voce,” ele disse alto.
“Voce vai me levar para as compras?Eu vou sair numa limosine e eles nao vao considerar um
confiavel acompanhante.”
“As compras? Ate parece. Tem alfaiates que vivem la. Vamos conseguir algo feito sob medida.”
“Nao vamos ficar tanto tempo. E eu realmente preciso de um vestido para o que vamos fazer
la?”
“Nao, eu so meio que gosto de te ver em um.”
Eu encarei e inclinei minha cabeca contra a janela. A dor no meu cranio ainda era
perturbadora. Era como se o ar estivesse me pressionado.Algo apareceu na minha visao
periferica, e eu me virei surpresa, mas nao tinha nada a nao ser estrelas fora da janela.
“Algo preto,” ele continuou. “Seda, eu acho... talvez com rendas. Voce gosta de rendas?
Algumas mulheres acham que elas cocam.”
“Adrian.” Era como um martelo, um martelo dentro da minha cabeca.
“Voce poderia colocar uma renda de veludo. Essa nao coca.”
“Adrian.” Ate meus olhos pareciam doer.
“E um pouco mais levantado do lado para mostrar suas pernas maravilhosas. Podia ir quase
ate o quadril e ter um laco mais fofo –“
“Adrian!” Algo dentro de mim explodiu. “Da pra diabos voce calar a boca por cinco segundos?”
Eu gritei tao alto que o piloto provavelmente me ouviu. Adrian tinha um raro olhar de surpresa
em seu rosto.
Alberta, sentada perto de Adrian, falou em seu assento. “Rose,” ela exclamou. “O que esta
acontecendo?”
Eu cerrei meus dentes e esfreguei minha cabeca. “Eu estou com a dor de cabeca mais foda do
mundo, e ele nao cala a boca.” Eu nem percebi que eu tinha xingado na frente da minha
instrutora ate varios segundos depois. Do outro lado do meu campo de visao, eu pensei ter
visto outra coisa –outra sombra andando impetuosamente pelo aviao, que me lembrava de
asas negras. Como um morcego ou corvo. Eu cobri meus olhos. Nao tinha nada voando pelo
aviao. “Deus, porque nao passa?”
Eu esperava que Alberta me xingasse por minha explosao, mas ao inves disso, Christian
falou:”Voce nao comeu hoje. Ela estava com muita fome mais cedo.”
Eu descobri meus olhos. O rosto de Alberta estava cheio de preocupacao, e Dimitri estava
atras dela. Mas sombras apareceram na minha linha de visao. A maior parte nao dava para
distinguir, mas eu podia jurar que eu vi algo que parecia um cranio junto com a escuridao. Eu
pisquei rapidamente, e tudo desapareceu. Alberta se virou para as aeromocas. “Voce pode
pegar algo para ela comer? E conseguir a ela um analgesico?”
“Onde e?” Dimitri me perguntou. “A dor?” com toda essa atencao, minha explosao de repente
parecia excessiva. “E uma dor de cabeca... tenho certeza que vai passar...” Vendo o olhar
preocupado dele, eu apontei para o centro da minha testa. “E como algo pressionando meu
cranio. E tem dor meio que atras dos meus olhos. Eu fico me sentindo como...bem, como se eu
tivesse algo no meu olho. Eu acho que eu estou vendo uma sombra ou algo assim. Entao eu
pisquei e ela sumiu.”
“Ah,” disse Alberta. “Isso e um sintoma de enxaqueca –ter problemas de visao. Se chama
aura. As pessoas a tem antes da dor de cabeca aparecer.“
“Uma aura?” eu perguntei, encarando. Eu olhei para Adrian. Ele estava olhando pra mim por
cima de seu assento, seus longos bracos atras dele.
“Nao desse tipo,” ele disse, um pequeno sorriso voltando a seus labios. “Mesmo nome. Como
uma Corte e uma corte.Auras de enxaqueca sao imagens e luz que voce ve quando a
enxaqueca comeca. Elas nao tem nada a ver com a aura ao redor das pessoas que eu vejo. Mas
vou te dizer... a aura que eu posso ver... a que esta ao seu redor... wow.”
“Preta?”
“E muito. E obvio ate depois dos drinks que eu tomei. Nunca vi nada assim.”
Eu nao sabia exatamente o que fazer sobre isso, mas entao a aeromoca voltou com uma
banana, uma barra de cereais, e tylenol. Nao era nem de perto torrada, mas soava muito bom
para um estomago vazio. Eu comi tudo e pus um travesseiro contra a janela. Fechando meus
olhos, eu descansei minha cabeca e esperei poder dormir com a dor de cabeca antes de
pousarmos. Misericordiamente, todo mundo ficou quieto.
Eu me mexi um pouco quando senti um leve toque no meu braco. “Rose?”
Eu abri meus olhos, e vi Lissa sentada onde Eddie estava antes. Aquelas formas de asas se
mexiam atras dela, e minha cabeca ainda doia. Naquelas sombras, eu de novo vi o que parecia
ser um rosto, dessa vez uma boca aberta e olhos de fogo. Eu me encolhi.
“Voce ainda esta com dor?” Lissa perguntou, me observando. Eu pisquei, e o rosto
desapareceu.
“Sim, eu-oh, nao.” Eu percebi o que ela ia fazer. “Nao faca isso. Nao desperdice comigo.”
“E facil,” ela disse. “Mal me afeta.”
“E, mas quanto mais voce usa... mais vai machucar voce a longo termo. Mesmo que seja facil
agora.”
“Eu me preocupo com isso depois. Aqui.”
Ela colocou minhas maos entre as dela e fechou seus olhos. Atraves de nossa ligacao, eu senti
a magia a envolvendo enquanto ela chamava o poder de curar do Espirito. Para ela, magica era
quente e dourada. Eu ja fui curada antes, e vinha ate mim com varias temperaturas: quente,
entao fria, entao quente,etc. Mas dessa vez, quando ela soltou a magica e enviou para mim, eu
nao senti nada exceto por uma pequeno formigamento. Os olhos dela abriram.
“O que- o que aconteceu?” ela perguntou.
“Nada,” eu disse. “A enxaqueca ainda esta forte.”
“Mas eu...” a confusao e choque em seu rosto espelhou o que eu sentia nela. “Eu a tinha. Eu
senti a magia. Funcionou.”
“Eu nao sei, Liss. Esta tudo bem, verdade. Voce so saiu dos remedios a algum tempo, sabe.”
“E, mas eu curei Eddie o outro dia sem problemas. E Adrian,” ela adicionou secamente. Ele
estava por cima do assento de novo, nos observando atentamente.
“Aqueles eram arranhoes,” eu disse. “Essa e uma super enxaqueca. Talvez voce ainda tenha
que ficar mais forte.”
Lissa mordeu seu labio. “Voce nao acha que as pilulas prejudicaram a magica
permanentemente, acha?”
“nah,” disse Adrian, com a cabeca levemente virada. “Voce acende como uma supernova
quando voce esta chamando por ela. Voce tem magia. Eu so nao acho que teve efeito nela.”
“Porque nao?” ela exigiu.
“Talvez ela tenha algo que voce nao pode curar.”
“Uma enxaqueca?”eu perguntei rapidamente.
Ele deu nos ombros. “O que eu pareco, um doutor? Eu nao sei. So estou dizendo o que eu vi.”
Eu encarei e pus uma mao na minha testa. “Bem, eu agradeco a ajuda, Liss, e agradeco seu
comentario irritante, Adrian. Mas eu acho que dormir pode ser a melhor coisa agora. Talvez
seja estresse ou algo assim. “Claro, porque nao? Estresse era a resposta para tudo
ultimamente. Fantasmas. Enxaquecas incuraveis. Rostos estranhos flutuando no ar.
“Provavelmente pode curar isso.”
“Talvez,” ela disse, soando como se ela tivesse se ofendido pessoalmente por nao ter sido
capaz de me curar. Dentro da mente dela, no entanto, as acusacoes estavam viradas contra ela
propria, nao contra mim. Ela estava preocupada em nao ser boa o bastante.
“Esta tudo bem,” eu disse suavemente. “Voce recem esta reassumindo seus poderes. Assim
que voce estiver cheia de poder, eu vou quebrar uma costela para voce testar ele.”
Ela gemeu. “A parte horrivel e que eu nao acho que voce esta brincando.” Depois de um
aperto na minha mao, ela levantou. “Durma bem.”
Ela saiu, assim que eu percebi que Eddie nao ia voltar. Ele sentou noutro lugar para que eu
tivesse mais espaco. Agradecendo, eu me afofei e reposicionei meu travesseiro enquanto
esticava minhas pernas o maximo que eu pude. Alguns outros fantasmas dancaram na minha
visao, entao eu fechei meus olhos e dormi.
Eu acordei mais tarde quando o aviao pousou, o som dos motores me acordou. Para meu
alivio, a enxaqueca desapareceu. Assim como as formas estranhas que flutuavam ao redor.
“Melhor?” Lissa perguntou quando eu levantei e bocejei.
Eu acenei. “Muito. Ficarei ainda melhor se arranjar comida de verdade.”
“Bem,” ela riu. “eu duvido que tenha alguma falta de comida por aqui.”
Ela estava certa. Olhando para a janela, eu tentei olhar ao meu redor. Nos conseguimos.
Estavamos na Corte da Realeza

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